O Túmulo do Fanatismo
Rodrigo Constantino
“A religião é vista pelas pessoas comuns como verdadeira, pelos inteligentes como falsa, e pelos governantes como útil.” (Sêneca)
Muitos acham que religião não se discute, mas eu não concordo. Afinal, o tema é sagrado apenas para os que assim o consideram, e estes não têm o direito de exigir dos demais o mesmo tratamento de reverência. Acredito que a crença religiosa dogmática é a maior inimiga da liberdade, e por isso creio que o tema não só pode como deve ser debatido sob a luz da razão.
Foi o que fez Voltaire, o “Pai do Esclarecimento”, segundo Karl Popper. Em seu livro O Túmulo do Fanatismo, Voltaire liga uma metralhadora giratória, mas munida com sólidos argumentos, contra o fanatismo religioso. Trata-se de uma crítica dura, bastante pesada, que com certeza machuca qualquer crente. Aqui faço um breve resumo do que ele diz, e peço que aqueles não dispostos a questionar a própria fé sequer leiam o restante do artigo. Afinal, como dizia Carl Sagan, “não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências, baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar”.
Logo no começo, Voltaire afirma que “um homem que recebe sua religião sem exame não difere de um boi que atrelam”. Examinar, questionar, é um dever de qualquer um que respeita a razão. A diferença básica entre a ciência e a religião é essa: uma está aberta à crítica, implora para que você prove que ela está errada, enquanto a outra o condena se você tentar provar que ela está errada, mandando aceitar com fé e calar a boca. Duvidar já é pecado! Um abismo intransponível separa os dois métodos, as duas posturas.
mais:
http://rodrigoconstantino.blogspot.comDeu uma baita discussão, até o Olavão apareceu!
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=44668&tid=2514508111185422769&start=1