O QI (quando bem-feito) mede simplesmente a capacidade lógica de um indivíduo (logo, deveria ser chamado de quociente lógico), o que não é pouco; mas também não equivale a dizer que este será superior a outros em quaisquer tarefas que não envolvam somente a lógica. Para executar tarefas complexas, não necessariamente ou exclusivamente se utiliza a lógica, pode-se utilizar a memória, o conhecimento e a concentração por exemplo.
Em relação à crença, fica muito claro que um nível lógico (seja ele inato ou devido à educação, ou ainda uma mistura) elevado reduz a probabilidade de uma pessoa ser crente. Eu tenho certeza absoluta - e alguns podem me chamar de arrogante se quiserem, mas no fundo sei que a maioria concorda - que se fosse feito um teste de QI (bem-feito) comparativo entre os foristas (céticos) do Clube Cético e de QUALQUER forum evangélico, o nível daqui seria superior.
Quando um estudo geral é feito, não significa que ele irá generalizar algo; ou seja, quando um estudo indica resultados médios não significa que todos os indivíduos pertencentes aquela classe serão iguais. Não entendo este medo politicamente correto que algumas pessoas possuem de tais estudos.
Outro preconceito que há é com o teste de QI, ao qual muitas pessoas criticam sem terem se submetido. É lógico que ele não mede quem é mais inteligente, até porque o conceito de inteligência é extremamente variável e sempre dependerá de um ponto de vista e de um ambiente. Mas ele é sim capaz de medir a capacidade puramente lógica individual, e portanto tem sua utilidade para alguns casos, tanto como uma prova de língua portuguesa pode medir quem conhece mais a língua. Também não se pode dizer que este QI é inato, pois se um indivíduo passa a sua vida estudando e utilizando a lógica, ele tende a se sair melhor no teste, ou seja, qualquer um pode se aprimorar.