O Referendo do Aborto e a Humilhação da Igreja CatólicaAcabei finalmente o artigo sobre o referendo do Aborto e Humilhação da Igreja Católica.
Após horas de pesquisa e escrita aqui está ele.
Vou apenas publicar parte dele, visto este ser algo longo, mas o artigo completo poderá ser acedido no seguinte link:
http://webtekk.org/ateismos/?p=208A Igreja Católica foi completamente humilhada com a vitória do SIM no referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Num país onde se estima que 90% da população seja católica, seria porventura uma tarefa fácil manipular as massas com as campanhas de terrorismo psicológico e totalitarismo, tão sobejamente utilizadas pelos pregadores das palavras de um qualquer deus. Mas não foi.
A população Portuguesa decidiu escolher pelo desenvolvimento, pelos Direitos Humanos e por uma sociedade justa e inclusiva. As mulheres emanciparam-se e vexaram a Igreja com a conquista dos seus direitos de liberdade e excluíram-se da humilhação feminina que a Igreja tanto apregoa. A laicidade impôs-se firmemente, como uma incontornável característica democrata, e derrubou a arrogância ditatorial e o proselitismo das sotainas.
A mensagem passada pelos Portugueses foi a da clarividência dos factos. Uma clarividência que não tolera totalitarismos e terrorismos psicológicos num país democrata e desenvolvido. As ameaças medievais já não amedrontam os crentes, que escolheram pensar por si próprios e deixar as apregoações clericais entoarem no vácuo.
A campanha da Igreja Católica moldou-se nas suas posturas habituais de terrorismo psicológico, desinformando os leigos, subvertendo os factos, ameaçando as vozes contrárias e constantemente infectando os organismos de serviços públicos com defecações hediondas de sexismo, arrogância, intolerância e outras características medievais negativas que tornariam o artigo excessivamente longo.
Por entre inúmeros dejectos católicos defecados aqui e acolá, decidi reunir aqueles que para mim melhor expõem as posturas terroristas clericais. A encabeçar a postura católica perante o tema em questão temos o papa Ratzinger, que comparou a despenalização da interrupção voluntária da gravidez ao terrorismo. Esta posição foi acatada com toda a subserviência pelos lacaios servilistas clericais. O Bispo da diocese de Bragança-Miranda, D. António Montes, proferiu que o aborto seria uma variante da pena de morte, e continuando os seus raciocínios ridículos, comparou o tema em questão com a execução de Saddam Hussein.
(…)
Por entre todo este terrorismo católico, convém enaltecer aqueles que deambulam pelos ambientes putrefactos do catolicismo e que impõem os seus pensamentos e as suas convicções. O padre Manuel Costa Pinto foi um desses casos de excepção, e cuja posição antagónica no tema em questão à posição da instituição que representava deve merecer o mais profundo dos respeitos. A dignidade Humana exposta pelo clerical, e as suas intenções de manifestar aquilo que a sua consciência lhe transmitia, foram uma lição de liberdade de pensamento. Envoltos em laicidade, não total, mas parcial, podemos exercer em liberdade as nossas escolhas e as nossas convicções. Quando um indivíduo se encontra amarrado a uma ditadura religiosa, lutar pela liberdade de expressão torna-se uma fasquia elevada, e quando alcançada deve ser aplaudida e ovacionada.
Mas o que pensam os paroquianos desta posição de livre pensamento do padre Manuel Costa Pinto?
Domingos Alexandre afirmou que o padre admitiu o diabo, e acrescentou que era um segundo Rei Herodes, um matador de inocentes. Ainda proferiu que o pároco deveria ser expulso da Igreja. Maria Ester Boloto disse estas palavras excelsas e sapientes: O padre Manuel deve estar possuído pelo diabo, e acrescentou: Na Alemanha, onde o aborto foi legalizado, já não há crianças, só pretos. Querem que Portugal fique igual?
Muitos outros factos e argumentos poderiam ser expostos neste artigo, mas alongariam em demasia o escrito.
A sociedade Portuguesa derrotou e humilhou a Igreja Católica.
In:
http://webtekk.org/ateismos/?p=208