Tendo em vista a necessidade esclarecer a todos sobre mitologia, que não tem nada a ver com a verdadeira ciência, recomendo a leitura e tradução, bem como a ampla divulgação dos livros:
- Richard Milton – Shattering the Miths of Darwinism
- Jonathan Wells – Icons of Evolution
Ao mesmo tempo, trago um pequeno artigo para ser amplamente divulgado, atualizando o livro “O Relojoeiro Cego”, sob o título “Franken Dawkins”, do Prof. Roberto C. de Azevedo.
“Franken Dawkins”Roberto César de Azevedo
Richard Dawkins é considerado como o maior propagandista atual do evolucionismo, autor de várias obras também em português, dentre as quais “O Relojoeiro Cego”.
O objetivo deste artigo compacto é analisar este livro sob o ponto da evidência científica atual.
Ao lado das citações textuais de Dawkins, aparece o número da página do livro “O Relojoeiro Cego”, tendo em vista facilitar sua localização.
Dawkins insiste que “é preciso ter sempre em mente que não existe nenhuma sugestão de planejamento deliberado”. (234)
“A vida não tem um objetivo a longo prazo. Não existe um alvo muito distante, nenhuma perfeição final, embora a vaidade humana acalente a idéia absurda de que nossa espécie é o objetivo final da evolução”. (84)
Esta idéia absurda foi defendida por Darwin: “Por isso, podemos antever com confiança um futuro seguro... e como seleção natural trabalha exclusivamente em prol e função de cada ser, tudo o que cada qual adquiriu, seja no que se refere ao corpo, seja no que se refere à mente, tenderá a evoluir no sentido de alcançar a perfeição”. (350)
Dawkins nem percebe que a idéia de ir alcançando a perfeição é básica no pensamento darwiniano e no próprio conceito da evolução. Do simples para o complexo, do unicelular para o pluricelular, do pequeno para o grande, do bestial para o inteligente e da cegueira total para a visão plena.
Para Dawkins, a seleção natural é o relojoeiro cego (42), um processo cego. A seleção natural cumulativa é também um relojoeiro cego. (85) Ou seja, a seleção natural ou cumulativa, um processo cego, não leva a lugar algum.
Os ingredientes básicos da seleção cumulativa são:
a. Propriedade de auto replicação
b. Erros genéticos
c. Alguns replicadores deveriam exercer poder sobre o seu próprio futuro
Assim, como já observamos o DNA primitivo sofreu desde o início de um processo degenerativo de erros genéticos.
Se isto é verdade então a evolução se tornaria inviável, pois não teria como avançar no processo.
A evolução necessita obrigatoriamente das mutações degenerativas e erros genéticos. Isto conduz à extinção.
Percebendo o fracasso da explicação, transfere o poder do Criador para o DNA!
Só que este DNA deverá aumentar a sua capacidade e ação para cegamente e sem intenção, propósito ou objetivo, por zilhões de milagres chegar ao tempo atual formando os complexos seres vivos.
Depois de argumentar insistentemente na idéia do acaso cego, pois “todo este livro (O Relojoeiro Cego) foi dominado pela idéia do acaso”, fica a sensação de que não há qualquer indício de método científico nestas confusas tentativas de explicação.
Ou seja, o livro pode ter se demonstrado completamente inútil.
Para tentar consertar este paradoxo, Dawkins sugere o seguinte mecanismo:
Acaso cego + geração espontânea + incapacidade + bilhões de milagres + infinitas probabilidades + bilhões de anos = surge o primeiro ser vivo primitivo, num planeta sem oxigênio e pouca água.
Seu DNA é rudimentar. Então começam a surgir erros genéticos, pois “evolução... é a reprodução com erros”. (93)
Desde o começo portanto são necessários os Franken Dawkins (monstros de Dawkins, que são monstros ou monstrinhos genéticos, e zilhões e milakrins-milagres de Dawkins).
Como vemos, esta postulação não é apenas anticientífica, mas um turbilhão de idéias desconexas e alucinantes que não explicam nada.
Imaginem a confusão mental na mente dos estudantes. Este ensino enganoso, no entanto é imaginado como científico. A que ponto chegamos!
A proposta criacionista é mais sólida. Os seres vivos são como relógios. São obras de arte do Criador.
O argumento de Paley de que o relógio deve ter tido um criador, e que o olho certamente teve um designer, não é uma falsa analogia.
Os seres vivos foram criados perfeitos e plenos, porém o “poderoso agente” (como diz Darwin) do mal atuou no passado e agora, degenerando.
O Criador é o Relojoeiro, o Designer, e as evidências se acumulam nesta direção.
O genoma de cada ser vivo no início era pleno, e por isto pôde suportar o processo degenerativo no decorrer dos séculos e milênios.
Apresentaremos na seqüência algumas considerações sobre o livro O Relojoeiro Cego de Richard Dawkins, à luz das evidências científicas com os seguintes títulos:
1. O Peixe com pernas
2. Raríssimos fósseis
3. Pulxiga ou beximão?
4. Planetas desolados
5. Os 1000 passos da visão
6. Maior tamanho do corpo
7. O milagre da geração espontânea
8. A origem milagrosa da inteligência
9. O Lamarckismo de Dawkins
10. Pulando de galho em galho
11. Pobres embriões
12. O código genético
1. O Peixe com pernasPara Dawkins, as barbatanas do peixe celacanto eram “parecidas com pernas”. (362)
O primeiro passo da aplicação do método científico requer uma observação cuidadosa.
Ainda no tempo de Darwin, os evolucionistas imaginaram que teria existido um peixe com pernas ou patas, um elo de transição para a existência dos quadrúpedes, que caminhava em terreno lodoso de lagoas primitivas. E o celacanto foi escolhido. Ele seria primitivo, e teria quase 400 milhões de anos, segundo a evolução.
O celacanto nesta ocasião era um peixe fóssil extinto, encontrado em todos os continentes.
Quase 80 anos depois da publicação do livro de Darwin, quando este “elo imaginário” já estava consolidado, em 1938 foi encontrado um celacanto vivo.
Após um exame cuidadoso, ficou absolutamente claro que este peixe não tem patas ou pernas, como vive a 400 metros de profundidade em água do mar, e não evoluiu.
Como o fóssil do celacanto era encontrado no interior de todos os continentes, e é de água marinha, isto apontava para a invasão do mar em todos os continentes. Catástrofe universal, o oposto do uniformismo evolucionista.
Só que ao examinarmos com cuidado este fóssil e o peixe atual, realmente não tinha nem pernas nem patas. Uma observação mal feita.
Na década de 1990, novamente este peixe foi filmado no seu habitat natural com suas nadadeiras perfeitamente adequadas para o ambiente aquático. Não havia pernas ou patas. Eu assisti, junto com milhões de pessoas o celacanto nadando tranquilamente.
Desde 1938, passaram-se mais de 65 anos, e desde Darwin quase 150 anos. É inadmissível que mesmo um ignorante em ciências possa continuar afirmando tal absurdo. E como Dawkins é zoólogo significa que além da observação ser descuidada, pode desqualificá-lo como cientista.
E além disto continuar a insistir nos livros atuais que o Celacanto, Ichthyostega ou qualquer outro peixe tenha pernas ou patas, é ensino enganoso.
2. Raríssimos fósseis“Muito raramente um animal ou planta morta se fossiliza”. (278)
Dawkins está repetindo a afirmação de Darwin de que os fósseis seriam raríssimos.
Para os evolucionistas, o número de fósseis obrigatoriamente é mínimo porque num ambiente uniforme, sem catástrofes, por acaso algum animal ou pedaço de folha morta vai para o fundo de uma lagoa ou de um rio e com algumas partículas de areia sobre os mesmo, resultará por casualidade num fóssil.
O que porém vemos na evidência fóssil, nos dados coletados pela ciência, é uma quantidade de fósseis que se medem às toneladas, aos milhões.
O processo da formação de fósseis é: presença abundante de água, soterramento rápido na lama, morte repentina, catastrófica. Nada de uniformismo e lentidão. E o resultado é o sepultamento de milhões de animais e plantas.
Observe o carvão fóssil vegetal. São bilhões de toneladas. E cada tonelada fóssil resultou de 8 a 10 toneladas de massa vegetal fresca. As turfeiras do Alasca e região ártica com 900 quilômetros cúbicos de animais e vegetais fósseis, os dinossauros enormes, pesando cada um de 5 a 20 toneladas, sepultados, enterrados no mundo todo, assim como peixes. E as bilhões de toneladas do petróleo, o combustível fóssil?
A afirmação de Dawkins não corresponde à evidência fóssil. Está rejeitando os dados.
Na página 330 afirma que “os fósseis são os únicos testemunhos diretos sobre animais e plantas do passado distante”. Concordamos. Por isto apenas a quantidade de fósseis, aos milhões contradizem a afirmação do autor. Mas, além disto, há fósseis tão bem conservados que apontam para o sepultamento em vida, em poucas horas.
3. Pulxiga ou beximão?Uma idéia curiosa de Dawkins, de que a bexiga natatória dos peixes “tenha começado com um pulmão, ao longo da evolução tornou-se uma bexiga natatória”. (135) Ou seja, era um pulmão e se tornou uma bexiga a “pulxiga”.
Para Darwin, era a bexiga natatória que se tornou pulmão “não tenho dúvidas quanto a este fato”afirma o pai do evolucionismo. É o “beximão”.
Quem estaria certo? Nenhum dos dois! É uma dedução mal feita, baseada numa idéia inadequada.
A bexiga natatória do celacanto atual, que teria “evoluído” para pulmão, apresenta em seu interior substancias gordurosas. Não é a precursora do pulmão.
Em outra palavras, tanto Dawkins como Darwin fizeram uma dedução inadequada, fruto de uma idéia equivocada.
Note a irresponsabilidade destes autores, lançando idéias imaginárias como se fossem verdadeiros fatos. Isto não é ciência.
4. Planetas desoladosFoi Oparin, no início do século passado, que ao observar os planetas do sistema solar, completamente desolados e sem vida, imaginou que seriam semelhantes à terra primitiva. Este planetas, teriam 4,6 bilhões de anos e são impróprios à vida.
Dawkins toma a mesma idéia destes “planetas sem vida e primitivos”(215), e raciocina que a partir desta situação, por acaso, cego e sem nenhuma intenção surgiu o planeta água, de cor verde e azulada, ao qual chamamos de Terra.
É evidente que a partir do fato que até hoje estes planetas não têm vida, não é possível deduzir que pudessem originar vida!
É uma dedução absurda, defendida por um “cientista” que não vê o óbvio.
O contraste é monumental. A Terra foi planejada, preparada para abrigar a vida por um Criador inteligente.
As pré-condições para a vida são: oxigênio livre e água abundante.
Mas Dawkins insiste que “é quase certo que não havia oxigênio livre na atmosfera primitiva”. (219)
Ora, desde 1980, os cientistas já sabem que é certo que havia oxigênio na atmosfera terrestre, chamada de primitiva. Isto desqualifica não só Dawkins, como as experiências de Miller.
Mas, muito antes disto, era óbvio que a idéia não se baseava na observação científica, pois as algas cianofícias ou cianobactérias, que teriam segundo a evolução 4 bilhões de anos, faziam fotossíntese (ou seja usavam bióxido de carbono) e respiravam (ou seja, teria que haver oxigênio livre).
A questão, porém, é mais complicada. Se a terra e os planetas surgiram a 4.6 bilhões de anos, e as cianobactérias aparecem prontas a 4 bilhões, restas apenas 600 milhões de anos sob altíssima temperatura, inviável à vida.
E as cianobactérias são muito semelhantes às atuais.
A maior autoridade neste assunto é o Dr James William Schopf, que esteve no Brasil em 1994 e declarou que elas “se parecem tanto com as algas azuladas, que existem atualmente. Seria isto uma prova de que a teoria da evolução precisa reparos e que não houve evolução com esses seres” (Ciência Hoje, agosto 1994).
Note que as cianobatérias, ou algas azuladas, surgiram prontas, completas, como as de hoje. Nada de “milagrinhos ou milakrins” e evolução lenta.
Insistir neste erro e continuar a ensiná-lo é ensino enganoso.
5. Os 1000 passos da visão O autor do livro “O Relojoeiro Cego” afirma que o olho humano é um “design tão primoroso, que não pode ter surgido por acaso”. (455)
Imediatamente, afirma que houve 1000 acasos cegos, sem desígnio, intenção ou propósito para surgir o olho.
Estes 1000 milagres sugeridos pelo autor, foram a partir de uma visão de apenas 0,001% e foram cumulativas, felizes, vantajosas e seqüenciais. Mas como a maioria destes “milagres” era prejudicial, impróprio ou degenerado, ocorreram milhões de monstros com olhos em qualquer lugar do corpo, como “na sola dos pés” (459). Estes pseudo olhos não estavam conectados ao sistema nervoso central. Certamente necessitaríamos de outros milhares de milagres para fazer tal conexão.
Podemos chamar estes monstros de “Franken Dawkins” ou para simplificar “Frakins”.
Só que não se encontraram estes fósseis monstruosos.
Dawkins fala em uma “série grande de intermediários” (460) e Darwin de “incontáveis elos”. Imaginando que Darwin precisava de 10 elos para passar de uma espécie para outra, com Dawkins o número é muito maior. Só para o olho, 1000 passos ou mais. Temos 200 órgãos, sistemas ou tecidos diferentes, então já agregaríamos mais alguns milhares e elos felizes e seqüenciais. Para cada milagre, seriam outros milhares de “Frakins”.
Outro monstro sugerido é o da formação do ouvido “qualquer pedaço de pele... detectando vibrações... facilmente... daria origem ao ouvido”.(138)
Esta afirmação não é apenas um absurdo. É irresponsável, indigna de um cientista. Imaginem ouvido estourando na pele de animais ou na planta dos pés. Um monstro atrás do outro. E usa a palavra facilmente. É um insulto!
Este delírio evolutivo não encontra nenhum respaldo na evidência fóssil ou atualmente.
Até agora os elos não foram encontrados, e a lista mal chega a três dezenas, metade deles são observações mal feitas, deduções equivocadas e até fraudes. Para mais detalhes veja a lista sugestiva de elos no livro Genoma, deste autor.
Como as espécies fósseis surgem repentinamente e completas, plenas, esta evidência corrobora a idéia do surgimento em apenas um só passo, fruto de um plano objetivo do Criador, e não estes milhões de milagres, os “milakrins” de Dawkins.
6. Maior tamanho do corpoPara Dawkins, há uma “tendência... no maior tamanho do corpo com o passar das eras”. (388)
Este pensamento vem de Darwin. “Do simples para o complexo, do unicelular para o pluricelular, do pequeno para o grande... da cegueira para a visão...”
Esta concepção não tem base nos fósseis, que em geral apresentam uma evidência oposta à declaração de Dawkins.
Veja alguns exemplos:
Fósseis Atuais *Proporção do tamanho
Atual em relação ao fóssil
1. Licopódios (vegetal) 20 a 30 m 2 m 10%
2. Pteridófitas (samambaia) 2 a 5 m 0,5 a 3 m 25%
3. Aranha 60 cm 15 cm 25%
4. Libélula 70 cm 14 cm 20%
5. Tubarão (carcharodon) 25 m 6m 24%
6. Jacaré 18 m 6m 33%
7. Pingüins 1,70 m 0,60 cm 35%
8. Condor 7 m 3 m 43%
9. Tatu 3,5 m 1,5 m 43%
10. Preguiça 3 m 1 m 33%
11. Elefante 3,5 a 5 m 3 m 75%
Média total 33,3%
Portanto a evidência fóssil é o oposto da afirmação do autor do Relojoeiro Cego, pois a predominância de um fóssil de uma dada espécie, em geral é superior em tamanho em relação às atuais, que correspondem a 33% a 40% de sua antepassada.
7. O milagre da geração espontânea
Segundo Dawkins, a “probabilidade da geração espontânea... é uma em 1 bilhão” “um evento fortuito e milagroso”. (214)
Poderia ser uma em alguns “zilhões” de anos. Darwin e todos os evolucionistas modernos aceitam o milagre da geração espontânea.
Mas em 1864, Louis Pasteur, um criacionista convicto, demonstrou cabalmente, experimentalmente e cientificamente que esta crendice popular é fruto de ignorância. Vida só provém de vida.
Este trabalho foi apresentado no dia 07 de abril de 1864 na Academia de Ciências de Paris, e Darwin recebeu uma cópia do mesmo.
E até hoje, sem evidência científica alguma, o ensino enganoso da geração espontânea é não só defendido por pseudo-cientistas, mas aparece em qualquer livro de biologia, tentando desqualificar Pasteur!
Como que Dawkins, 140 anos depois insiste neste gravíssimo erro?
Na tentativa desesperada de explicar a origem da vida sem o Criador, usa um argumento frágil. “Explicar a origem da máquina de DNA/proteína invocando um Designer sobrenatural é não explicar absolutamente nada, visto que a origem do Designer fica inexplicada. É preciso dizer algo como “Deus sempre existiu”.
Baseando-se nesta ingenuidade, quando Dawkins dirige o seu automóvel, ou viaja de avião, se não sabe a origem do engenheiro que imaginou estes veículos pode concluir que ele nunca existiu.
Mas ele afirma que é necessário dizer que “Deus sempre existiu”. Então vamos repetir: “Deus é eterno, sempre existiu”.
Nos dois casos o argumento de Dawkins é ingênuo de um lado e descabido no outro.
Mas pior do que isto, explicar a origem da máquina de DNA invocando um acaso cego e incapaz, aí sim, não é explicar absolutamente nada. Mais grave ainda é negar o milagre da geração espontânea e ao mesmo tempo dizer que o evento é “fantástico e milagroso”. (214)
Qual o resultado desta confusão mental para os estudantes?
Outra idéia exposta pelo autor é a “teoria da lama”, onde Dawkins, baseado em Graham, Cairns e Smith, segundo a qual, a partir da argila, cristais minerais tem propriedades de “replicação, multiplicação, hereditariedade e mutação”(228), acreditando na reprodução e árvores genealógicas de argila (231). São idéias destituídas da realidade e da evidência científica.
8. A origem milagrosa da inteligência
O surgimento da inteligência foi um “colossal golpe de sorte” (216), ou um milagre. Mais um “milakrin”.
Darwin pergunta: “Porque teria o cérebro de estar encerrado numa caixa craniana composta por placas ósseas tão numerosas e de tão extraordinária conformação?”. (pg. 319 do livro Origem das Espécies).
Como que o cérebro foi parar onde está? Note que tudo é por um acaso cego, sem plano ou objetivo. A cegueira e a incapacidade são vitais no processo evolutivo.
Se para os olhos são necessários 1.000 passos ou milagres, quantos seriam precisos para o cérebro e a inteligência?
Quem sabe alguns “zilhões” de milagrinhos sucessivos.
Mas e se o cérebro surgisse não na caixa craniana mas “na sola do pé”em baixo do braço, ou a caixa craniana surgindo a esmo em qualquer lugar do corpo? Quantos “Franken Dawkins” monstruosos teriam de surgir?
E onde há fósseis com estas características?
Notem a dependência permanente de milagres e acasos felizes.
E Dawkins insiste que tudo resulta de acasos completamente cegos, incapazes, sem desígnio e propósito. Que tipo de raciocínio alucinante é este?
9. O Lamarckismo de Dawkins
Apesar do Lamarckismo ser uma “idéia absolutamente falsa”(418), Darwin e os evolucionistas atuais, e especialmente Dawkins, acreditam nela!
Ao ler sobre como os seres humanos se tornaram bípedes ou inteligentes, aparece a “explicação” Lamarckista do uso ou desuso, e a intenção de que algum órgão ou característica evolua.
Mas Dawkins dá um passo ousado, insinuando que o cérebro é também Lamarckista, que o mesmo “acha conveniente” coordenar o sentido da visão, audição ou olfato”(61).
Os peixes “aperfeiçoaram” a bexiga natatória (136); os peixes elétricos “inventaram” sua técnica (149), os morcegos e algumas aves “inventaram a ecolocalização” (146), os golfinhos “desenvolveram um sofisticado equipamento de ecolocalização”. (147)
Acredita que as fêmeas dos pavões, aumentam das caudas, dos pavões machos (312); e que o DNA tem poder sobre o seu futuro (223) e até a argila “tem os seus propósitos”. (234)
Assim, a falsidade Lamarckista, além de continuar na mente dos evolucionistas, é transferida para animais, plantas, órgãos, sistemas, DNA e matéria bruta.
Todos estes milagres são aceitos e descritos como altamente científicos! Se assemelha a uma forma primitiva de panteísmo.
Sem perceber esta confusão, ele ataca um dos maiores Lamarckistas, evolucionistas que foi o notável T.D. Lysenko “seu fanatismo antimendeliano, sua crença fervorosa e dogmática na herança dos caracteres adquiridos... suas concepções ignorantes passaram as únicas permitidas no ensino das escolas soviéticas por toda uma geração. Um dano incalculável causado à agricultura soviética”. (423)
Vejam o desastre desta idéia falsa. Mas ela continua a ser ensinada nos livros de ciências e biologia atuais, está embutida no livro de Dawkins e está na mente dos evolucionistas.
É bom lembrar que Gregor Mendel, o pai da genética, era criacionista.
Como afirma Franklin Rumjanek: “no íntimo somos todos (os evolucionistas) Lamarckistas”. (Ciência Hoje, Janeiro-fevereiro 2004 – pg 15)
10. Pulando de galho em galho
As asas começaram a “existir através de abas de pele crescendo a partir de ângulos das articulações”. (137)
Darwin também “não via qualquer dificuldade insuperável em acreditar na possibilidade de que a seleção natural continue desenvolvendo essa membrana (do lêmur voador) até transformá-lo num verdadeiro membro alado, à semelhança do que deve ter ocorrido com os morcegos”. (155/156)
Assim, animais pulando de galho em galho, começaram a planar e depois voar.
Este tipo de explicação além de ingênua, é hilariante.
Mais sério ainda é que sabemos hoje que os morcegos fósseis de 60 milhões de anos, de acordo com a evolução, tinham asas e voavam perfeitamente, como também tinham todo o sistema de ecolocalização. E os lêmures voadores somente surgiram 20 milhões de anos depois.
Não há nenhuma evidência de que esta idéia tem respaldo nos fatos, é uma pura invenção do autor.
E teria ocasionado milhões de mortes. A falha nos saltos poderia ser a morte dos animais pulando de galho em galho. Justamente os que caiam deveriam ter voado. Os que não voavam é que resolveram adquirir asas!
11. Pobres embriões
Outra grave distorção é a questão embrionária. Dawkins acredita no conceito sepultado há um século, que o desenvolvimento embrionário recapitula a história da vida. E comete o erro de citar J.B. Haldane “algo semelhante à transição da ameba para o homem ocorre em todo útero materno em apenas 9 meses”.
O ser humano não se torna ser humano (não é uma ameba), mas é ser humano desde a fecundação. Ele se desenvolve como ser humano.
Dawkins imagina que as “mutações têm que atuar modificando os processos de desenvolvimento embrionário existentes”. (221)
Isto pode significar uma ampliação na criação de monstrengos embriológicos inviáveis.
O autor se detém em seus “biomorfos”, garatujas imaginárias resultante de um programa de computador planejado para ir ampliando formas e figuras. E elimina o autor de computador planejado para ir ampliando formas e figuras. Elimina também o autor do projeto (o próprio Dawkins) e o programador!
O que não podemos esquecer é que a fraude de Ernest Haeckel, supondo que os embriões humanos são muito parecidos com outros animais foi desmascarada em 1868. É inadmissível que depois de 140 anos se insista na mesma como “prova de ancestralidade comum”.
Os biomorfos representam uma distorção do método científico e uma forma inadequada e imaginária que não ocorre na natureza.
Os embriões de qualquer espécie se desenvolvem segundo o seu código genético, seguindo um rigoroso plano formulado pelo Criador.
12. O código genético
Conforme Dawkins, “o cerne de todo o ser vivo... são informações, palavras, instruções”. (170)
Mas ao tentar explicar o seu surgimento, descamba para a ingênua e anti-científica idéia de cegueira, falta de objetivo ou desígnio. E quer eliminar o Designer.
Quem primeiro percebeu que a tecnologia da informação dos genes é digital, foi Gregor Mendel, um criacionista convicto que se opunha a Darwin, o qual recebeu o seu trabalho produzido em 1868 e estava em sua biblioteca.
Com isto Darwin retardou a genética por pelo menos 40 anos.
Felizmente, hoje o Dr. Francis Collins declarou com todas as letras que o genoma “é nosso livro de instruções previamente conhecido somente por Deus”.
A pergunta que Dawkins não quer responder é: Quem é o autor do código genético e da informação do genoma? O genoma tem um codificador, o qual planejou as informações, palavras e instruções da espécie.
Completando o seu livro, Dawkins sugere os seguintes elementos como essenciais no processo evolutivo:
a. Uniformismo com lentidão máxima
b. Uma série monumental de elos intermediários
c. Milagres para guiar cada passo
d. Tempo suficientemente grande, infinito, de preferência.
a. Uniformismo com lentidão máxima
Alfred Wegener era um literalista bíblico que, a partir da história bíblica, sugeriu o conceito do afastamento dos continentes (deriva continental) que separou os mesmos, ocasionando mudanças geológicas catastróficas e tão terríveis que desfiguraram o planeta. E isto ele associou ao dilúvio bíblico universal. Foi duramente atacado e ridicularizado. Depois de três décadas, ainda em meados do século passado, os geólogos os evolucionistas humilhados reconheceram que o uniformismo lento estava fraturado.
Para Dawkins, o gradualismo lento é o “cerne da teoria da evolução”, que está comprometido há pelo menos cinco décadas.
b. Uma série monumental de elos intermediários
Como já demonstramos, não mais de 30 elos foram sugeridos, metade dos quais são observações mal feitas, imprecisões e até fraudes.
c. Milagres para guiar cada passo
Como Dawkins inventou os “Franken Dawkins” estes monstros condenados à morte em grande profusão, na base de 1 mil por passos de apenas um órgão ou sistema, tornou quase que inviável o processo evolutivo na base do erro genético permanente. Degeneração avassaladora. Ele nem se dá conta do prejuízo desta idéia infeliz.
Por isto, a quantidade de milagres, os “milakrins” propostos, devem ser na base de milhões para cada espécie dar certo.
E continua Dawkins a dizer que tenhamos sempre “em mente que não existe nenhuma sugestão de planejamento deliberado”. (232)
Isto quer dizer que evolucionismo é sinônimo de cegueira permanente e incapacidade plena de realizar qualquer coisa.
d. Tempo suficientemente grande, infinito, de preferência.
Dawkins, ingenuamente acha que “dado um tempo infinito... qualquer coisa é possível”. (207). É uma afirmação temerária e perigosa. É também o argumento da ignorância, o qual pouco explica sobre o processo evolutivo. Mas concordamos que é uma tentativa de ganhar tempo!
Há, porém, algumas declarações importantes no livro “O Relojoeiro Cego”:
“Com certeza, a vida surgiu uma vez aqui nesta planeta”(212), com a qual concordamos. E a vida que surgiu foi num planeta preparado pelo Criador para que ela fosse plena e abundante.
Apresenta também um interessante desafio “Se um único crânio de mamífero bem examinado, por acaso aparecesse em rochas de 500 milhões de anos, toda a teoria moderna da evolução cairia por terra”. (330) É uma afirmação perigosa e comprometedora. Cuidado!
Outra declaração é de que “as andorinhas voam” (28), têm design. Aliás consideramos esta descoberta de Dawkins como primordial na compreensão das aves.
Para voar não bastam as asas. São as penas, o design do projeto, os ossos mais leves, os pulmões planejados para o vôo, a visão precisa dos objetos para o ato de voar, a capacidade inigualável de pousar num fio elétrico ou numa fina haste vegetal sem errar.
Portanto Dawkins já andou dois terços do caminho. Falta o mais inteligente e completo que é reconhecer que as andorinhas tem um Designer Inteligente, criativo, que aprecia o belo, as cores, é O ARTISTA MESTRE!
Cada ser vivo proclama a glória do Criador.
Roberto César de Azevedo
Bacharel e Licenciado em Ciências
Biológicas pela USP
Mestre em Ciências da Comunicação - USP