Autor Tópico: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS  (Lida 1477 vezes)

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CuritibaCetica

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Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Online: 24 de Fevereiro de 2007, 19:15:32 »
Cidade Biz - 22.02.2007 - 16:58

Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no Rio Grande do Sul

Rede Record já possui acordo de transmissão com a TV Pampa

A Igreja Universal do Reino de Deus, que controla a Rede Record, adquiriu as concessões da TV Guaíba e das rádios Guaíba AM e FM, todas do Rio Grande do Sul. Até aqui, as emissoras, tradicionais no estado, pertenciam à Empresa Jornalística Caldas Jr.

Segundo o site Coletivas.net, o negócio pode envolver até R$ 100 milhões.

A Record já possui acordo com a TV Pampa, válido até 2008 em Porto Alegre e até 2009 no interior gaúcho.

O Sindicato dos Radialistas do RS se diz preocupada com a transação. Segundo comunicado, quer marcar uma reunião com a Igreja Universal para saber como fica a situação dos trabalhadores. "É preocupante uma instituição religiosa adquirir várias empresas de comunicações sem saber qual sua intenção. Será apenas para aumentar seus fiéis? Ou investirá no ramo das comunicações?", diz o documento.

Fonte: http://cidadebiz.oi.com.br/paginas/38001_39000/38283-1.html

Offline Herf

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #1 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 19:19:57 »
Não acredito!  :susto:

A TV e a rádio Guaíba! E aí estaria incluído o tradicional jornal gaúcho Correio do Povo?

Por essa eu realmente não esperava...

Alguém pare a Universal, por favor! Eles vão dominar o mundo!!  :(

Offline Spitfire

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #2 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 20:53:19 »
É trocar seis por meia dúzia…

Uma lastima que um veículo com tanta tradição seja diluído desta forma (o jornal Correio do Povo ficou de fora)… mas de certa forma isto "liberta" a Rede Pampa, que tinha uma grade de programação mais interessante antes da corja a Universal transmitir as bandalheiras deles (e mais interessante do que a TV Guaíba). Outra vantagem que vejo é o monte de emissoras de FM pirata que esta corja deve fechar pelo interior e pela Grande Porto Alegre… perde-se a Guaíba AM/FM mas sai do ar uma trocentas radios piratas.
Vou conversar com meu primo, o Renato Rossi… ele é apresentador (e jornalista) de um programa de automobilismo na TV2 Guaíba (muito bom, diga-se de passagem)… espero que ele e o Clóvis Dias Duarte passem para a Pampa.  :ok:

Offline Fabulous

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #3 Online: 24 de Fevereiro de 2007, 23:24:29 »
:o
MSN: fabulous3700@hotmail.com

Offline J Ricardo

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #4 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 00:34:56 »
Mais 100 kW de potência para proselitismo religioso.

Offline Herf

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #5 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 12:06:30 »
A TV guaíba sempre apresentou documentários e shows musicais que, apesar de bem antigos e reprisados milhares de vezes, eram muito interessantes. Fico pensando nas pregações que vão tomar conta destes horários... :(

Offline Spitfire

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #6 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 14:16:10 »
Mais 100 kW de potência para proselitismo religioso.

Milhares de radios de 1KW, piratas (portanto agindo fora das regras de programação da ANATEL), distribuídas em centenas de municípios gaúchos, gera mais.
Entenda... agora, com uma radio legal, deste porte, estarão sob as normas da ANATEL... receberão fiscalização, coisa que não acontecia quando eram piratas.

Não! Claro que não me agrada nem um pouco a idéia... mas o estrago será menor desta forma. Mal comparando é como quando a Máfia italiana resolveu investir em negócios legais e lícitos.  :wink:

Offline J Ricardo

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #7 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 15:35:01 »
Milhares de rádios de crentes piratas? Mas há se eu pego!
Isso deve acontecer nos bairros mais pobres existentes, pois se isso cai no ouvido de um ateu é denuncia na certa.
Eu fui chato em denunciar o motorista de uma empresa de ônibus por tocar repetidamente um cd gospel, imagina então uma rádio.

Offline Südenbauer

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #8 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 16:11:51 »
:(

Offline Spitfire

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #9 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 22:06:13 »
Milhares de rádios de crentes piratas? Mas há se eu pego!
Isso deve acontecer nos bairros mais pobres existentes, pois se isso cai no ouvido de um ateu é denuncia na certa.

O problema é que existe sempre um padrinho costas-quentes por trás destes crentes, geralmente crentes deputados federais, da bancada evangélica, que abafam a fiscalização da ANATEL. É mais fácil a ANATEL fechar 100 radios comunitárias de associação de bairro do que 1 radio pirata evangélica. No interior do RS radios piratas são uma praga… uns 70% delas estão em mãos de evangélicos.

Até em ondas curtas esta corja anda poluindo o espectro com suas bandalheiras.  :(
« Última modificação: 25 de Fevereiro de 2007, 22:08:27 por Spitfire »

Offline Spitfire

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Re: Igreja Universal compra a TV e a rádio Guaíba, tradicionais no RS
« Resposta #10 Online: 25 de Fevereiro de 2007, 22:16:08 »
Isto não é um fenômeno tão recente:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/aspas/ent05072000a.htm


Citar
Daniel Castro

"Políticos controlam 2.000 rádios piratas", copyright Folha de S. Paulo, 26/6/00

"As eleições deste ano devem consolidar as rádios ‘comunitárias’ como um instrumento eleitoral tão importante quanto o corpo-a-corpo dos candidatos.

Entidades que congregam emissoras clandestinas estimam que cerca de 2.000 rádios piratas, em todo o país, estejam hoje sob controle de políticos e que outras 4.000 estejam nas mãos de religiosos. No país, operam cerca de 10 mil emissoras sem concessão. As emissoras controladas por políticos são administradas por testas-de-ferro ou por associações.

Juntas, as rádios comunitárias atingem entre 115 mil e 140 mil ouvintes por minuto na Grande São Paulo, na média diária, das 5h às 24h. No conjunto ocupam o quarto lugar no ranking das FMs paulistanas.

A partir de agosto, quando começa a campanha eleitoral, o número de emissoras a serviço de políticos deve dobrar. As vendas de transmissores de FM de baixa potência cresceram 50% neste ano, segundo fabricantes do setor.

As rádios clandestinas deverão exibir propagandas, debates e entrevistas com candidatos.
Em pequenas cidades do interior, onde não há emissora comercial, as piratas poderão decidir eleições. Na cidade de Guapira (SP), no Vale do Ribeira, existem quatro comunitárias, cada uma ligada a um grupo político.

Em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, o prefeito (e provável candidato à reeleição) Silvio Cavalcanti Peccioli, do PFL, tem um programa de duas horas aos sábados na rádio pirata Parnaíba FM. Já Novo Tempo, de Barueri (Grande São Paulo), atualmente fora do ar, teria ligações com o prefeito interino da cidade, Clarindo Aparecido (PMDB).

Nas grandes cidades, as piratas deverão ser instrumento de candidatos a vereador, principalmente dos evangélicos.

Localizada no Tatuapé (zona leste), a Beta FM (92,5 MHz) exibia alguns meses atrás vinhetas dizendo que sua programação tinha o apoio do vereador Gilson Barreto, do PSDB. O vereador negou ter vínculos com a rádio pirata. Ele declarou que apenas ajudava o dono da emissora.

Também na zona leste, a rádio Atalaia (103,7 MHz) estará neste a ano a serviço de seu fundador, o vereador de Ferraz de Vasconcelos José Roberto de Oliveira, do PDT. Em São Paulo, a emissora irá apoiar o evangélico Humberto Martins, do PDT.
Os muros do metrô da zona leste já estampam a candidatura de Nairton de Castro, pelo PV. As pichações anunciam o programa que Castro apresenta em duas rádios piratas de São Miguel, a Conquista (101,3 MHz) e a Marca Maior (102,3 MHz). Anteontem, Castro negou que seus programas estivessem no ar, embora as FMs afirmassem o contrário.

Fórum de emissoras

‘Neste ano, cada rádio vai apoiar um candidato. Não existe emissora sem candidato’, diz o professor de ética no jornalismo José Carlos Rocha, coordenador do Fórum Democracia na Comunicação, que congrega 700 emissoras comunitárias -30% delas são evangélicas.
O fórum está orientando suas filiadas a pedirem autorização da Justiça Eleitoral para transmitirem o horário eleitoral gratuito.

Tido como o braço de rádios comunitárias do PT, a Abraço (Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, cujo lema é ‘Ousar, Resistir, Transmitir Sempre!’) diz possuir 4.500 associadas no país (apenas 150 no Estado de São Paulo). A entidade está orientando suas filiadas a promoverem debates com candidatos de todos os partidos.

A Abraço possui um código de ética, que prega o pluralismo, a gestão pública e rejeita os fins comerciais. ‘Este ano vai haver uma deturpação do conceito de rádio comunitária’, diz o presidente nacional da Abraço, José Soter.

São rádios comunitárias, livres, piratas, enfim, clandestinas, as emissoras que operam sem autorização do governo federal e com baixa potência.

Em 1998, foi aprovada a Lei da Radiodifusão Comunitária. Até agora, 217 associações já conseguiram autorização do Ministério das Comunicações, mas ainda dependem de aprovação do Congresso Nacional.

Para Rocha, do Fórum, as piratas vão apoiar candidatos a vereador porque estão ligadas a políticos ou porque precisam de apoio político. Soter, da Abraço, diz que o baixo custo de montagem de uma estação -cerca de R$ 5.000- incentiva os candidatos a apostar na mídia clandestina."

Citar
"Emissora vira igreja evangélica", copyright Folha de S. Paulo, 26/6/00

"Há seis anos no ar, a rádio Atalaia (103,7 MHz), da zona leste de São Paulo, é um exemplo do poder eleitoral das rádios. É também o caso único de emissora pirata que virou igreja evangélica.

Em geral é o contrário: igrejas sem dinheiro usam rádios piratas para conquistar fiéis. Igrejas ‘ricas’, como a Universal, seguem a via legal, comprando emissoras.

A Atalaia foi criada em meados de 1994 por José Roberto de Oliveira, então membro da Igreja Presbiteriana do Brasil. Só três anos depois foi fundada a Igreja Evangélica Missão Atalaia, que hoje tem seis unidades e que pretende chegar a 20 em um ano.

Inicialmente, Oliveira loteava horários entre pastores de pequenas igrejas e promovia encontros na emissora e na casa de evangélicos. Os fiéis aumentaram, as casas ficaram pequenas, e os encontros passaram a ser feitos em galpões ou no Clube Elite Itaquerense.
As vigílias foram fundamentais para que Oliveira fosse eleito vereador de Ferraz de Vasconcelos em 1996, pelo PFL. Ajudaram também a eleger Dito Salim vereador de São Paulo pelo PPB.

Em 98, usando o nome José Roberto Atalaia, Oliveira se candidatou a deputado estadual pelo PDT. Teve 27.044 votos, é o primeiro suplente do partido e espera assumir uma vaga em janeiro.

A primeira Igreja Evangélica Missão Atalaia foi inaugurada em março de 97, quando Oliveira se proclamou pastor. A sede nacional fica na Parada 15, num galpão. O local tem 700 cadeiras de plástico e recebe até 1.500 pessoas nos cultos dominicais. O logotipo da igreja é idêntico ao da rádio.

No próximo dia 8, a emissora irá comemorar o sexto aniversário no estádio de Ferraz. Planeja reunir 50 mil pessoas. Haverá o sorteio de um Uno doado por Humberto Martins, candidato a vereador em São Paulo que terá apoio da rádio e da igreja Atalaia.

A rádio foi fechada duas vezes pela Polícia Federal, mas sempre voltou ao ar em menos de uma semana. Em 97, Oliveira obteve liminar da Justiça que obrigava a PF a devolver os equipamentos apreendidos e permitia que a FM operasse com baixa potência, decisão revogada meses depois.

A Atalaia opera com potência considerada alta, acima de 500 watts: a Lei das Rádios Comunitárias só permite transmissores de até 25 watts. O carro-chefe da programação é o ‘Programa Gil Lancaster’. Ela transmite ao vivo de um sobrado na divisa de Ferraz com São Paulo. Um link leva o sinal para o transmissor, distante 11 quilômetros. A antena fica em uma torre de 15 metros de altura, no meio do mato, no topo de um morro na zona leste de São Paulo, próximo do ponto final do ônibus Metrô Patriarca/Vila Yolanda 2.

A palavra Atalaia significa vigilante, sentinela, e é citada na Bíblia em Ezequiel. No Maranhão, é sinônimo de morro mais alto de uma serra."

Citar
"Presidente da igreja nega ser o dono de emissora clandestina", copyright Folha de S. Paulo, 26/6/00

"Presidente da Igreja Evangélica Missão Atalaia, o vereador e pastor José Roberto de Oliveira, 45, nega que seja dono da rádio clandestina Atalaia.

Oliveira afirma que a emissora pertence à Associação Atalaia de Obras Assistenciais, que teria sido fundada antes da rádio. A associação, segundo ele, arrecada dinheiro para manter a emissora e para ajudar evangélicos com dificuldades financeiras.

A Folha, no entanto, obteve uma carta, de 1997, endereçada a uma operadora telefônica, em que Oliveira assina como diretor-presidente da rádio Atalaia.

Oliveira não concorda que a igreja Missão Atalaia nasceu da rádio pirata. Mas admite que a emissora foi uma ‘semente’.

O pastor conta que a emissora está tentando se legalizar e que o processo já tramita no Ministério das Comunicações. Paralelamente, a igreja tem mantido negociações com emissoras comerciais para comprar ou alugar horários.

A mudança para uma rádio comercial permitiria também a expansão da igreja. Para Oliveira, a Atalaia foi uma ‘rádio que deu certo’ e que já teve mais de 50 mil ouvintes. Ele nega que a Atalaia tenha operado com transmissores com potência superior a 25 watts.

Oliveira confirma que a emissora ajudou na campanha de Dito Salim em 1996. Procurado pela Folha, o vereador paulistano disse, por meio de sua assessoria, que só falaria sobre o tema amanhã."

Bandalhos.

 

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