Tópico: É católico todo aquele que se declara como tal

[Quereu]

Na França, só um francês entre dois ainda se declara católico. E só um católico entre dois crê em Deus. Esta é a chamada de capa do Le Monde des Religions, suplemento do jornal francês Le Monde, de janeiro-fevereiro deste ano. Estes dados são fruto de uma pesquisa levada a cabo pelo instituto de sondagens CSA. A conclusão é que se a imagem da Igreja e do papa continuam boas, a esmagadora maioria dos fiéis toma distância em relação ao dogma e permanece aberta ao diálogo com outras religiões. Que significa ser católico? Ir à missa? Ser batizado? Levar os filhos ao catecismo? A estas definições institucionais, os pesquisadores preferiram uma definição sociológica: é católico todo aquele que se declara como tal.

Para quem conhece o laxismo dos católicos brasileiros, o resultado da enquete não chega a surpreender: os católicos franceses são tão relapsos quanto os nossos. Apenas 8% assistem a uma missa por semana. 46% só a assistem em ocasiões especiais, como batismos, casamentos, enterros. 16% rezam todos os dias. 30% jamais rezam. Apenas 52% crêem que Deus existe. Mas atenção: destes, se 26% têm certeza de sua existência, outros 26% a julgam provável. 31% não sabem que dizer, 10% acham que é pouco provável e 7% crêem que não existe. Para 26%, não há nada após a morte. Para 53%, "deve existir qualquer coisa, mas não sei o quê". Apenas 10% acreditam na ressurreição dos mortos; 8% acreditam na reincarnação na terra em uma outra vida e 3% não se pronunciam.

Ou seja, não há mais uma crença unificada. Tem-se uma Igreja à la carte, onde cada um escolhe partes nas quais crer. Há inclusive quem se cale na hora de rezar o credo, para não mentir. Pois não é fácil crer na ressurreição da carne ou na vida eterna. Se a França foi um dia considerada la fille aînée de l'Eglise, hoje é um país onde se pratica um catolicismo inconseqüente, de fachada. O mesmo se poderia dizer dos demais países da Europa, onde as igrejas, antes locais de culto e prece, passaram a ser monumentos de consumo turístico. Portugal, um dos últimos bastiões do catolicismo, acaba de manifestar-se em plebiscito a favor do aborto, em flagrante desafio ao Vaticano. Faltam agora apenas Irlanda e Polônia.

Do Link
http://cristaldo.blogspot.com/

[FxF]

Para quem conhece o laxismo dos católicos brasileiros, o resultado da enquete não chega a surpreender: os católicos franceses são tão relapsos quanto os nossos. Apenas 8% assistem a uma missa por semana. 46% só a assistem em ocasiões especiais, como batismos, casamentos, enterros. 16% rezam todos os dias. 30% jamais rezam. Apenas 52% crêem que Deus existe. Mas atenção: destes, se 26% têm certeza de sua existência, outros 26% a julgam provável. 31% não sabem que dizer, 10% acham que é pouco provável e 7% crêem que não existe. Para 26%, não há nada após a morte. Para 53%, "deve existir qualquer coisa, mas não sei o quê". Apenas 10% acreditam na ressurreição dos mortos; 8% acreditam na reincarnação na terra em uma outra vida e 3% não se pronunciam.

Realmente não faço a mínima idéia do que é ser católico.

[Felius]

Huh? Catolico ateu?

[Luis Dantas]

Algum dia isso vai ser assumido oficialmente.

[FxF]

Não acredito na existência de Cristo, veracidade dos evangélicos, pós-morte, paranormal ou Deus. Mas começo a achar que também sou católico.

[Alenônimo]

Na França, só um francês entre dois ainda se declara católico. E só um católico entre dois crê em Deus. Esta é a chamada de capa do Le Monde des Religions, suplemento do jornal francês Le Monde, de janeiro-fevereiro deste ano. Estes dados são fruto de uma pesquisa levada a cabo pelo instituto de sondagens CSA. A conclusão é que se a imagem da Igreja e do papa continuam boas, a esmagadora maioria dos fiéis toma distância em relação ao dogma e permanece aberta ao diálogo com outras religiões. Que significa ser católico? Ir à missa? Ser batizado? Levar os filhos ao catecismo? A estas definições institucionais, os pesquisadores preferiram uma definição sociológica: é católico todo aquele que se declara como tal.

Para quem conhece o laxismo dos católicos brasileiros, o resultado da enquete não chega a surpreender: os católicos franceses são tão relapsos quanto os nossos. Apenas 8% assistem a uma missa por semana. 46% só a assistem em ocasiões especiais, como batismos, casamentos, enterros. 16% rezam todos os dias. 30% jamais rezam. Apenas 52% crêem que Deus existe. Mas atenção: destes, se 26% têm certeza de sua existência, outros 26% a julgam provável. 31% não sabem que dizer, 10% acham que é pouco provável e 7% crêem que não existe. Para 26%, não há nada após a morte. Para 53%, "deve existir qualquer coisa, mas não sei o quê". Apenas 10% acreditam na ressurreição dos mortos; 8% acreditam na reincarnação na terra em uma outra vida e 3% não se pronunciam.

Ou seja, não há mais uma crença unificada. Tem-se uma Igreja à la carte, onde cada um escolhe partes nas quais crer. Há inclusive quem se cale na hora de rezar o credo, para não mentir. Pois não é fácil crer na ressurreição da carne ou na vida eterna. Se a França foi um dia considerada la fille aînée de l'Eglise, hoje é um país onde se pratica um catolicismo inconseqüente, de fachada. O mesmo se poderia dizer dos demais países da Europa, onde as igrejas, antes locais de culto e prece, passaram a ser monumentos de consumo turístico. Portugal, um dos últimos bastiões do catolicismo, acaba de manifestar-se em plebiscito a favor do aborto, em flagrante desafio ao Vaticano. Faltam agora apenas Irlanda e Polônia.

Êêêêê!!! Eu sou católico também!!!

[Pregador]

Vamos mudar o nome do fórum para Clube Católico

[Luis Dantas]

Não deixa de ser ironicamente adequado, já que "católico" significa "universal".

[DIG]

7% crêem que não existe. Para 26%, não há nada após a morte

Acho que sou católico

[LuizJB]

Agora que fiquei mais confuso...fui católico até 2 meses atrás, me achei como agnóstico-atetísta, mas agora acho que vou voltar a ser católico  depois desta reportagem

[rizk]

Vocês vejam que quando eu digo, ninguém me dá bola. É dar no Le Monde e vocês passam a achar que o catolicismo ateu é normal. Discriminadores faxistas, vocês todos.

Eu voltei a me declarar católica há pouco tempo, em função dos vínculos de PERTENÇA. Querendo ou não, aquela é a minha linguagem espiritual; e, além de tudo, os vínculos que eu, ingênua, esperava estabelecer num meio ateu, nunca foram realizados.

Há inclusive quem se cale na hora de rezar o credo, para não mentir.

Ah, boa época essa.

[Eduardo Vanderlei]

Huh? Catolico ateu?

Evoluíram do pensamento ibero-cristão decadente...

[DIG]

Bom, eu já vi ateus espíritas...agora é que não duvido de mais nada mesmo

[Luis Dantas]

Ser ateu é o de menos.  O difícil de ser ateu católico deve ser lidar com a figura do Papa.

[rizk]

Ser ateu é o de menos.  O difícil de ser ateu católico deve ser lidar com a figura do Papa.

Talvez na época do João XXIII fosse mais fácil. Todo mundo diz que era.