No Rio de Janeiro, mais um crime brutal. Três cidadãos franceses foram assassinados. O principal acusado tinha sido recolhido das ruas há dez anos por duas das vítimas.
Há 14 anos, Christian e Delphine Doyère moravam no Rio, onde mantinham em um prédio de Copacabana, uma organização não-governamental que cuida de jovens de favelas.
Um deles, Társio Ramirez, começou a trabalhar para o casal quando ainda era menor de idade. Delphine teria descoberto que ele desviou R$ 80 mil da ONG. Segundo testemunhas, hoje cedo, Társio chegou ao escritório da ONG acompanhado por dois homens. Um bolsista da organização, Jérôme Faure, estava no apartamento. Ele foi amarrado a uma cadeira. Pouco depois, Christian e Delphine apareceram. Houve briga. Os bandidos esfaquearam o casal e o bolsista.
“Eu só ouvi o grito. Não foi pedido de socorro, foi um grito sufocado, não ouvi tiro”, disse um vizinho.
Os três foram presos. Társio Ramirez, ainda no prédio, com o cofre na mochila. Luis Gonzaga sendo atendido no hospital e José Michel Cardoso, no trabalho.
Os três acusados foram indiciados por triplo homicídio qualificado. Segundo a policia, eles foram para a ONG já com a intenção de matar os franceses.
Os criminosos levaram luvas, mascaras e facas.
“Eles foram lá para matar os três integrantes da ONG, até para encobrir o desfalque que estava sendo realizado”, conta o delegado Marcus de Castro.
O casal tinha um filho de 2 anos, que está na casa de amigos da família enquanto aguarda a chegada dos avós da França.
O crime já está na página da internet do jornal francês Le Monde. Em nota, o ministro de Relações Exteriores da França transmitiu sinceros pêsames aos parentes e amigos. Disse que os serviços consulares do país se colocaram à disposição das autoridades brasileiras.
http://jornalnacional.globo.com/Jornalismo/JN/0,,AA1471746-3586-644700,00.html