Ainda que a sonda SMART-1 da Agencia Espacial Européia (ESA) tenha se estatelado (intencionalmente) na superfície da Lua em setembro de 2006, antes de fazê-lo teve a oportunidade de reunir uma enorme quantidade de dados.
A visão de uma cratera em particular deu aos cientistas da ESA a idéia de haver encontrado o lugar perfeito para um possível assentamento lunar permanente.

Imagem da cratera Plaskett obtida pela SMART-1.
Crédito: ESA
A cratera Plaskett se encontra bem próxima ao pólo norte. Isso implica, levando em conta suas especificidades, que está permanentemente iluminada pelo Sol. Esta circunstância permitiria aos futuros exploradores ter a sua disposição uma grande quantidade de energia, assim como uma temperatura previsível e constante.
As crateras próximas, que se encontram em una obscuridade permanente podem conter grandes depósitos de água congelada que poderia utilizar-se para se obter oxigênio e água potável.
A Plaskett tem um diâmetro de 109 quilômetros e tem uma elevação central. Este pico foi criado durante a formação da cratera e se compõe de rochas que originalmente estavam abaixo da superfície da Lua e que se derreteram com as altas temperaturas geradas pelo impacto que formou a cratera, fluindo à superfície onde se solidificaram formando o pico.
A cratera Plaskett poderia proporcionar um primeiro passo para a exploração humana direta do Sistema Solar. Está suficientemente próxima para que os astronautas possam simular operações em Marte, sabendo que poderiam receber ajuda desde a Terra. Isto permitiria preparar missões mais longas tanto na Lua e eventualmente em Marte.