0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.
Delegado investiga caso de estelionato por dirigentes de "centro de Umbanda"Além de reter um par de alianças da vítima, os "pais de santo" solicitaram pagamento de R$ 4 mil, prometendo que "trabalhos espirituais" garantiriam reconciliação de casalO delegado Homero Vieira Neto instaurou inquérito policial para apurar um caso de estelionato. A vítima efetuou a denúncia, esta semana, na Delegacia, e os acusados do crime também já foram interrogados. Dirigentes de um centro de Umbanda, localizado no Bairro de Oficinas, responderão pelo crime de estelionato, Artigo 171 do Código Penal Brasileiro. "Essa situação é comum, mas raras são as denúncias", complementa o delegado. A vítima procurou ajuda, porque seu noivo acabou com o relacionamento. "Eles prometeram que, além de voltar com o namorado, ela teria sua vida financeira impulsionada, no entanto, se eles conseguissem cumprir essa promessa não haveria crime, pois seria considerada uma prestação de serviços, mas isso é impossível sem haver malandragem no meio", delata Vieira, que desconfia que o próprio ex-noivo da vítima tenha sido cúmplice do "pai de santo", pois indicou esse tipo de ajuda à própria namorada e, em seu depoimento, foi em defesa do acusado.Entre os documentos apresentados à polícia, a vítima apresentou comprovante de depósito no valor de R$ 70, na conta do acusado. "Ele alegou que compraria uma santa para concretizar os trabalhos, mas além desse dinheiro, ainda reteve o par de alianças de ouro do casal, alegando que seria indispensável para os trabalhos, só que não devolveu mais".Além disso, conforme depoimento da vítima e de uma testemunha, houve solicitação de depósito de R$ 4 mil em dinheiro para que a moça pudesse reaver uma caminhonete, que havia emprestado para o noivo, dinheiro necessário para mais "trabalhos espirituais". "No primeiro contato, a vítima obteve a garantia de que os trabalhos espirituais que seriam realizados, também garantiriam a devolução da caminhonete", acrescenta Vieira.Foram encaminhadas à polícia, também, gravações que comprovam a extorsão. "Ponta Grossa tem muitos problemas como esse, e já tivemos um caso em que extorquiram R$ 25 mil da vítima, outro caso em que o pai de outra vítima desapareceu e, um desses falsos profissionais, pediu R$ 3 mil em dinheiro para que em uma sessão espiritual se descobrisse onde estava o parente, isso é um absurdo pois são promessas que não poderão ser cumpridas, isso é enquadrado no crime de estelionato, vulgo 171 e situações como essas são ainda piores, pois eles se baseiam na fé das pessoas para efetuarem os golpes", dispara o delegado.Vieira alerta para que qualquer pessoa que se sentir vítima, em casos semelhantes, procure a polícia. "As pessoas que são induzidas ao erro, com promessas miraculosas, devem denunciar, pois estão sendo vítimas de um esquema e de golpe". Homero enquadra, também, os casos de cartomantes, pessoas que lêem a sorte, jogadores de búzios, entre outros. "Esse esquema é comum e organizado, pois os golpistas acabam se infiltrando na vida de pessoas que estão passando por problemas, de forma discreta, para se aproveitarem da situação, são os olheiros desses videntes", alerta.De acordo com o delegado, vários profissionais de Ponta Grossa podem ser autuados em flagrante, também, pelo crime de falsidade ideológica. "Todos usam nomes falsos é só observarmos em anúncios, faixas e placas das pessoas que oferecem esse serviço", adianta. Porém, Homero alega que, com as denúncias de vítimas, as possibilidades de apuração dos casos de extorsão e estelionato ficam mais evidentes para a instauração de inquérito policial, possibilitando que as investigações tenham prosseguimento. "Estamos de olho nesses profissionais, pois a exploração da credulidade está virando moda e não vamos deixar", finaliza. Diário da Manhã 03/03/2007Ponta Grossa - PR
Desculpem a minha ignorância, mas o dízimo cobrado por igrejas crentes não poderia entrar neste artigo penal ? Gostaria que alguém com mais conhecimento de direito do que eu (o que não é difícil ) pudesse explicar porque o pessoal da "Renascer" foi acusados de estelionato e as outras igrejas continuam "trabalhando" livremente.