Família apela à Justiça para enterro judaico 
   A requisição de um sepultamento conforme as tradições judaicas foi parar na Justiça, em Rio Grande, no sul do Estado. 
A família de Bella Goldemberg, 77 anos, morta ontem em Porto Alegre, vítima de câncer, empenha-se em sepultá-la na parte judaica do cemitério da Associação de Caridade Santa Casa de Rio Grande. Segundo a tradição judaica, o corpo deveria ser enterrado diretamente na terra, sem proteção no fundo da cova. 
A administração do cemitério diz que o solo do município não pode receber o cadáver sem estar isolado por concreto e impermeabilizado, impedindo uma possível contaminação do lençol freático, conforme determinação do Conselho Nacional do Meio Ambiente, de 2003. 
A família recorreu à Justiça. A juíza da 1ª Vara Cível de Rio Grande, Fabiane Mocellin, negou o pedido, afirmando que o interesse da coletividade deve prevalecer. O advogado da família, Luiz Francisco Barbosa, disse que entrará hoje com recurso para tentar garantir o enterro. 
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