Autor Tópico: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira  (Lida 1313 vezes)

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Offline Quereu

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Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Online: 09 de Março de 2007, 07:36:36 »
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Neste dia internacional da mulher, a imprensa conseguiu encontrar uma para louvar a escravidão. Segundo o noticiário on-line, Ilza Almeida, brasileira convertida ao islamismo que adotou o nome de Yasmin El Talawy, acha que tem muito mais liberdade no Egito do que tinha no Brasil: "Aqui você pode fazer qualquer coisa. Trabalhar é só você querer. Querer e o marido autorizar. Mas se a mulher não precisa trabalhar, já que o marido pode prover tudo, por que ela vai trabalhar?", afirma Ilza.

Os seguidores de Alá que me desculpem, mas uma mulher precisa ser muito vagabunda - em qualquer acepção da palavra - para decidir não trabalhar só porque o marido pode prover tudo. Sem trabalho, a vida perde o sentido. Que as muçulmanas não trabalhem, entende-se. Por uma imposição religiosa, elas não têm direito ao trabalho. Que uma brasileira, que vive em país onde trabalhar não é proibido à mulher, aceite esta condição, está além de todo entendimento.

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Offline Alegra

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Re: TRISTE VER UMA BRASILEIRA…
« Resposta #1 Online: 09 de Março de 2007, 09:55:23 »
Não vejo problema algum se a mulher decidir, juntamente com o marido, que não quer mais trabalhar fora de casa.

Cada um tem sua maneira de se sentir livre. Talvez para algumas mulheres ser livres é justamente não ser escrava de regras impostas por um patrão por exemplo e da dupla jornada de trabalho, como é o caso de muitas de nós que depois de um longo dia de trabalho ainda tem que chegar em casa cansada (e etc.) e cuidar do marido, dos filhos e dela mesma. Sim, porque muitas não podem pagar uma empregada para aliviarem o trabalho doméstico que também não é nada fácil como muitos machões por aí pensam...

Muito menos acho que só por isso elas sejam "muito vagabundas" como afirma este tal Janer como se fosse o rei da verdade.
Até muito pouco tempo atrás as mulheres se sentiam satisfeitas (nem todas claro!) em ser donas de casa e ter tempo para dar mais atenção e carinho aos seus filhos. O que hoje em dia infelizmente está cada vez mais comum...   :umm:


Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline O ENCOSTO

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Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #2 Online: 09 de Março de 2007, 13:10:13 »
Reparem na maravilha que é o Egito - anos luz em materia de igualdade entre os sexos;

"Aqui você pode fazer qualquer coisa. Trabalhar é só você querer. Querer e o marido autorizar. Mas se a mulher não precisa trabalhar, já que o marido pode prover tudo, por que ela vai trabalhar?", afirma Ilza.



´Beleza foi feita para mostrar ao marido´, diz brasileira que usa véu no Egito
Para mulheres muçulmanas, uso do véu e da burca não significa falta de liberdade

 




 
Cairo - As diferenças entre o comportamento de homens e mulheres - e as desigualdades entre os dois sexos na sociedade - podem ser notadas ao se andar nas ruas da capital egípcia, Cairo.

Existem cafés exclusivamente para homens fumarem e tomarem chá, durante as cinco orações diárias apenas homens podem ser vistos em público rezando e, um dos fatores mais evidentes para o mundo ocidental, apenas as mulheres cobrem a maior parte de seus corpos.

As vestimentas vão desde um simples véu na cabeça até a túnica preta que só deixa os olhos à mostra, a burca. Como a mulher deveria se cobrir é tema de incansáveis debates, já que o Alcorão, o código moral e religioso dos muçulmanos, fala apenas que a mulher não deve usar decote e deve se vestir de forma discreta para não chamar a atenção dos homens.

"Isso faz parte de todo um movimento de renovação crescente, é uma tendência religiosa que está atingindo todo o Oriente Médio. Mas o véu não representa de forma nenhuma falta de liberdade", diz a socióloga Madiha El-Safty, professora da Universidade Americana do Cairo.


Liberdades
Porém, muitos defensores dos direitos das mulheres consideram a retomada das vestimentas conservadoras uma forma de voltar também aos velhos tempos, quando as mulheres tinham menos liberdades.

A consultora Ilza Almeida, que adotou o nome de Yasmin El Talawy, discorda. Ela se mudou do Brasil para o Egito há cerca de dois anos e acha que tem muito mais liberdade no Egito do que tinha no país de origem.

"Aqui você pode fazer qualquer coisa. Trabalhar é só você querer. Querer e o marido autorizar. Mas se a mulher não precisa trabalhar, já que o marido pode prover tudo, por que ela vai trabalhar?", afirma Ilza.

Há alguns meses, ela também adotou o véu para esconder os cabelos. "A beleza da mulher foi feita para mostrar para o marido dela e para mais ninguém. Por que o outro vai xeretar? Por que o outro tem de saber o comprimento ou a cor do meu cabelo ou se está tudo em cima? Isso é da conta só do meu marido."

Ilza também diz que não considera as tradicionais vestimentas femininas muçulmanas um símbolo de perda de direitos. "Você acha que eu me sinto punida? Isso não representa opressão, a mulher não precisa usar se ela não quiser. Você quer maior liberdade do que usar o nikab (burca), estar completamente coberta, apenas com seus olhos aparecendo e ninguém saber quem você é?"

Algumas mulheres no Egito optaram por não usar o véu e, apesar de esta ser uma opção possível, muitas delas têm de enfrentar o assédio incessante dos homens.

"Bom, homem é homem, né?! Não pode ver nada e quando vê uma coisinha fica doido. Mas isso é da natureza do homem, lamento dizer isso. Você vai fazer o quê? Matar o cara?", diz Ilza.

http://www.estadao.com.br/revistafeminina/mulher/noticias/2007/mar/08/92.htm
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

Offline Luis Dantas

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #3 Online: 09 de Março de 2007, 13:38:07 »
Será que é assim TÃO diferente por aqui?

Há quem goste de ter os papéis dos componentes do casal bem definidos e seguindo um padrão tradicional.  Isso não é errado, desde que se saiba respeitar a vontade de quem não partilha desse mesmo gosto.

E a parte do "assédio incessante dos homens", sinceramente, não bem o que de fato acontece?
« Última modificação: 09 de Março de 2007, 13:42:38 por Luis Dantas »
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Dbohr

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #4 Online: 09 de Março de 2007, 14:16:22 »
Como já disse antes, creio que essas questões só serão resolvidas no momento em que as mulheres islmâmicas se levantarem para resolvê-las. A vontade tem que partir delas.

Offline Týr

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #5 Online: 09 de Março de 2007, 15:39:46 »
As vezes elas não tem interesse mesmo, sabe-se lá como elas pensam, para elas aquilo pode ser o melhor.

Agora... a vontade partir delas é muito improvável uma mudança evidente, acho um pouco difícil um movimento feminista naquela região do mundo, obter resultados.

rizk

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #6 Online: 10 de Março de 2007, 09:03:00 »
Olha, não é restrito às muçulmanas. Não foram poucas as vezes em que ouvi de alguém algo na linha de "não vou dar pro cara sem ganhar alguma coisa com isso". O que me lembra de um dos primeiros textos feministóides que li na vida, nos idos de 1999, que dizia que o casamento não passava de prostituição institucionalizada.

Muita mulher realmente acha que transar é prestar um serviço, e espera receber por isso - e vai MUITO além das prostitutas. A gente pode objetar e dizer que, poxa, se você dá, o cara também dá, e tá todo mundo quites. Mas o fato é que isso não é "bem além de todo o entendimento", não: é perfeitamente inteligível nas sociedades machistas em que o sexo é moeda.

Luz

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #7 Online: 10 de Março de 2007, 13:26:08 »
Olha, não é restrito às muçulmanas. Não foram poucas as vezes em que ouvi de alguém algo na linha de "não vou dar pro cara sem ganhar alguma coisa com isso". O que me lembra de um dos primeiros textos feministóides que li na vida, nos idos de 1999, que dizia que o casamento não passava de prostituição institucionalizada.

Muita mulher realmente acha que transar é prestar um serviço, e espera receber por isso - e vai MUITO além das prostitutas. A gente pode objetar e dizer que, poxa, se você dá, o cara também dá, e tá todo mundo quites. Mas o fato é que isso não é "bem além de todo o entendimento", não: é perfeitamente inteligível nas sociedades machistas em que o sexo é moeda.

Infelizmente, concordo - as mulheres continuam coniventes com o machismo. O que elas, em sua maioria não entedem é que não adianta reclamar direitos iguais enquanto não abraçarem também os mesmos deveres - que incluem dividir não somente os prazeres, mas também as despesas.

Por isso concordo absolutamente com os homens quando eles dizem que a mudança tem que partir da mulher, da mentalidade feminina. Elas nunca terão direitos iguais enquanto se comportarem de forma diferente.

O que mais falta a mulher conquistar, na verdade, não é o respeito, mas a admiração masculina - e não adamiração física, mas principalmente a admiração pessoal. Nenhuma atitude machista me doeu tanto quanto uma declaração de Charlin Chapllin: eu amo as mulheres, mas não consigo admirá-las.

E pior que escutar essa frase foi ter que, em parte, concordar com ela.

Mulheres não têm que ser igual aos homens - para ter os mesmos direitos elas precisam apenas assumir os mesmos deveres. Aliás, isso se aplica não só a mulheres em relação a homens, mas a qualquer pessoa em relação a outra.

rizk

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #8 Online: 10 de Março de 2007, 16:44:52 »
Chamar isso de "conivência" eu acho que é muito pouco, Luzinha. Aí é machismo mesmo, machismão dos brabos.

Nas conversas, já me peguei pensando que não tenho um motivo prático e à prova de balas para a esposa continuar ganhando dinheiro se tem marido que a sustenta. A meu ver, o melhor deles é "se o casamento acabar, não fica na miséria", mas aí rebatem com a pensão e tal.

Mas aí tem o outro, que é o mais importante e difícil de explicar: trabalhar fora GERA respeito. Não é um qualquer que vai bater a mão na mesa e dizer "cale a boca e faça, porque quem paga as contas sou eu, quem manda nessa porra sou eu" - que, convenhamos, é um argumento muito bom, ainda mais com a parte de socar a mesa e tal.

Acho cá eu na minha imensa ingenuidade e ignorância que, se o jogo é o capitalismo, tem mesmo é que trabalhar fora e garantir a sua autonomia, e não levar essa vida sustento em troco de sexo, que é uma coisa de puta medieval e muito demodê.

Mas, naturalmente, não é sempre uma questão de escolha, como não era pras moças de outrora, e nem para os homens, inclusive. Pensem comigo: um rapaz sem formação ganha seu dinheiro usando seu corpo, usando a força (tipo sendo peão, que é o que mais tem). E a moça, que não tendo formação nem força física pra vender, não tem muita alternativa senão se prostituir - seja na rua, seja com amante e com marido. Daí, talvez, a idéia muçulmana de poligamia para salvar as moças da vida da rua. 


De resto, tem umas pessoas (homens e mulheres) que se acham importantes demais e acham que estão fazendo um favor ao dar pro outro, e merecem compensação. Aí isso todo mundo conhece, né? Costuma vir em forma de chantagem emocional e de dessocializar(?) o outro e tal.

Eriol

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #9 Online: 10 de Março de 2007, 17:03:58 »
tá cheio de mulher machista por ai... São mulheres completamente alienadas, que para os parâmetros de certos sistemas conservadores, são "bem-educadas/construídas".

rizk

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Re: Beleza foi feita para mostrar ao marido, diz muçulmana brasileira
« Resposta #10 Online: 10 de Março de 2007, 17:45:51 »
tá cheio de mulher machista por ai… São mulheres completamente alienadas, que para os parâmetros de certos sistemas conservadores, são "bem-educadas/construídas".
Estou a par. Mas digamos com todos os termos: reconhecidas como bem-resolvidas por todos, menos por nós :D

 

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