E o que te faz tão confiante da mudança?
Não é tanto que eu seja confiante na mudança quanto na inevitabilidade da queda daquilo que não é viável. O sistema político e econômico brasileiro é bastante inviável, só não ruiu de vez porque há muita riqueza natural neste país. Mas mesmo assim inevitavelmente cairá - ou, o que no fundo é a mesma coisa, se transformará significativamente.
Não vai me dizer a mesma coisa que canso de escutar. "Raphael, se você olhar pra história da sociedade, você vai constatar que ela sempre está por mudar".
Isso é horrível, este argumento é inválido, pois a como andamos, estamos estáveis e nunca mudaremos.
Oh não, não estamos NADA estáveis... eu vejo bem por exemplo como chegamos a um gargalo preocupante no sistema educacional. Os efeitos ainda não são claramente sentidos, mas vai ser muito difícil evitar uma crise sócio-econômica das mais bravas nos próximos vinte a trinta anos.
(...)
Explique-me mais sobre a "cisão da república" no qual você citou, me interessei sobre o tema.
Pobre Partiti...

Em resumo, eu considero que há uma conjunção mórbida em ação na política brasileira atual; os políticos estão mal acostumados a estar distantes demais dos eleitores e os eleitores estão mal acostumados a estar distantes demais do poder verdadeiro.
Portanto, é preciso aprender (nem digo reaprender) Cidadania no Brasil.
E a não ser que haja uma guerra civil mais séria, a forma menos traumática de aprender Cidadania é com Estados menores, que possam aprender com as lições que os "concorrentes" ensinam, que possam ter políticas mais variadas e personalizadas de acordo com as características de cada região, e principalmente que possam de fato ter representantes políticos com um laço significativo com os próprios eleitores.
Do jeito que está hoje, basicamente estamos todos olhando o trem rumando para a montanha e torcendo para não doer muito quando houver a colisão.
ps- Eu entenderia "a mãe" mesmo não estando em negrito. 
Mas aí não haveria a ênfase que eu desejava.