Como espírita, eu cresci ouvindo que o Esperanto seria a língua do futuro. Nunca acreditei; achava papo de religião e não imaginava razões racionais o suficiente para se migrar de uma língua já conhecida e falada, como é o inglês, para uma outra nova, completamente diferente e não usada.
Mas há pouco tempo, fui pesquisar um pouco sobre o assunto e baixei um curso de Esperanto da Internet. Essa língua tem algumas vantagens muito interessantes, sob o ponto de vista de aprendizado e aplicação:
1. Cada combinação de letras tem apenas um único som, não importa em que palavras apareçam. Isso evita aqueles inconvenientes de você ler um X e ele poder ter som de X, S ou Z. Ou ainda palavras que se escrevem igual e se pronunciam diferente, como "read" no presente e "read" no passado em inglês. Em resumo, aprende-se a regra e não há exceções, o que facilita muito o aprendizado;
2. Todas as palavras são paroxítonas, o que evita dúvidas de entonação na hora da pronúncia;
3. Não existem verbos irregulares, o que evita a gente ter que ficar decorando aquela lista imensa nos cursos de inglês;
4. Não existem conjugações verbais, ou seja, assim como quase ocorre no inglês as conjugações em cada pessoa do singular ou plural são iguais.
5. Presente, passado e futuro são sempre formados da mesma forma para qualquer verbo. No português, por exemplo, as conjugações mudam para verbos terminados em "ar", "er", "ir" e "or".
6. Os plurais também são feitos da mesma forma, não importa a palavra. Não existem plurais irregulares como ocorre com "person" e "people" em inglês.
Essas são algumas vantagens que me lembrei rapidamente de cabeça, mas penso que há outras, pois o Esperanto é uma língua planejada, criada para aproveitar as melhores características de cada língua e eliminar as dificuldades observadas em várias delas.
Com base nisso, eu mudei a minha opinião e acho que essa língua pode pegar no futuro, principalmente se algum dia alguma grande multinacional resolver utilizá-lo como segunda língua, visto a sua facilidade de aprendizado e praticidade. Eu acho que, num curso normal com professores, é possível se aprender essa língua fluentemente em menos de 1 ano. Seria uma grande vantagem para empresas que têm subsidiárias em vários países com diferentes culturas.
Existem inclusive algumas comunidades no mundo que oferecem estadia grátis para pessoas de outros países que saibam falar a língua, para que possam praticar em conjunto e aprimorá-la.
Vamos aguardar para ver o que vai acontecer.
P.S.: Eu não falo Esperanto.
Um abraço.