Em toda essa história, eu acho engraçado a psicóloga, mãe de um dos envolvidos, impor a sua vontade e forçar a igreja a casar seus filho. Ora, a igreja não é uma instituição pública, ela pode casar ou não quem quiser! Por que o padre fica obrigado a fazer o casamento? Não vou entrar nem na discussão moral se deveria ou não casá-los. A verdade é que a igreja também tem a mesma liberdade de escolha que o indivíduo.
Fica evidente que a igreja não está preparada para encarar os problemas modernos. Antigamente jamais se aventaria a possibilidade de casar dois deficientes, então a instituição podia estar tranquila. Mas como as coisas mudaram ela se vê envolvida em polêmicas que o seu código de ética não comporta mais. É direito dela, contudo, ser atrasada.
Creio que a mãe do rapaz tenta fazer todo o possível para que seu filho tenha uma vida normal, o que é muito justo e muito digno da parte dela. Ela deve ter pensado que, já que eles vivem juntos, por que não se casarem? E o padre considerou que eles não podiam ter uma vida normal, porque eram deficientes. O que posso dizer é que vida normal eles não podem ter, mas o quanto a vida deles pode ser normal, quem sou eu para dizer?