0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.
Um grupo internacional de pesquisadores desenvolveu um meio de converter sangue dos tipos A, B e AB no tipo O, o chamado "doador universal". A técnica, divulgada on-line neste domingo no periódico científico "Nature Biotechnology", pode solucionar muitos dos problemas hoje existentes com a falta de certos tipos de sangue para transfusões.A idéia já é velha, tem pelo menos uns 25 anos, mas ninguém havia conseguido desenvolver uma maneira eficiente de "limpar" os tipos sangüíneos A, B e AB para que eles se tornassem O.O sangue é composto por glóbulos brancos e glóbulos vermelhos. Na superfície desses últimos existem certas substâncias, chamadas antígenos, que determinam o tipo sangüíneo -- se houver um certo tipo, ele é A; se houver outro tipo, é B; se tiver os dois, é AB; e se não tiver nenhum, é O.O problema é que todo mundo que tem sangue A tem anticorpos à substância presente nos glóbulos vermelhos do sangue B, e vice-versa. Quem tem sangue O possui essa resposta imune tanto ao A como ao B. Só quem tem AB pode receber qualquer tipo de sangue numa transfusão sem se preocupar.Mas agora, o grupo liderado por Henrik Clausen, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, promete mudar as regras do jogo: eles desenvolveram uma forma de "retirar" as substâncias que definem os glóbulos vermelhos como A, B ou AB, sem danificar as células. Na prática, eles se tornam tão inócuos quanto os glóbulos vermelhos O.O segredo foi manipular certos genes de bactérias de modo a obter substâncias que fazem esse serviço de "limpeza". Antes, pesquisadores já haviam conseguido fazer isso com o sangue do tipo B, mas Clausen e seus colegas encontraram a solução definitiva, que tira os antígenos A, B e AB."O método deles pode permitir a fabricação de glóbulos vermelhos universais, que iriam reduzir substancialmente a pressão sobre os suprimentos de sangue", dizem Geoff Daniels, do Instituto para Ciências de Transfusão de Bristol, na Inglaterra, e Stephen Withers, da Universidade de Columbia Britânica, no Canadá, em comentário publicado junto com o artigo de Clausen e seus colegas.Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL17143-5603,00.html
Já pensou, se esse negócio não funciona, nessas horas eu sinto até orgulho de acreditar que toda a politicagem que fazem com verbas destinadas a pesquisa as vezes chegam a algum lugar, deve ser gratificante pra quem descobre essas coisas
Com certeza. É por isso que eu nunca compro medicamento novo, espero o efeito surgir, depois eu vejo o resultado.
Estou contigo.
Vai ajudar um pouco, mas é mais provável que não resolva o problema. O problema é a falta de doações, e para isso só há duas soluções: aumentar doações por campanhas em massa ou criar substitutos sintéticos eficientes. E há investimentos pesados na segunda opção, particularmente motivados e em parte financiados pelos Testemunhas de Jeová.PS: em relação ao tema do tópico, uma observação de um colega no orkut: "Até a gente tá virando TotalFlex!!!"
Eles são sempre um "problema" quando nos relacionamos à isso, coisa esquisita, nunca vou entender, quero dizer, talvez eu até entenda, mas nunca vou concordar.
Ps-estava sumido, de férias?
Citação de: Raphael em 03 de Abril de 2007, 10:11:39Eles são sempre um "problema" quando nos relacionamos à isso, coisa esquisita, nunca vou entender, quero dizer, talvez eu até entenda, mas nunca vou concordar.Vale como exemplo de que a fé religiosa também pode impulsionar o progresso da ciência. Com o sangue sintético, resolveremos não só o problema da falta de sangue, mas também o da transmissão de infecções.
Ps-estava sumido, de férias?Não, só mais concentrado em outras atividades.
Ser médico deve dar nisso, por isso escolhi ser biólogo. Só por curiosidade, em que parte da medicina você atua?, obrigado pela resposta.
Citação de: Raphael em 03 de Abril de 2007, 10:30:47Ser médico deve dar nisso, por isso escolhi ser biólogo. Só por curiosidade, em que parte da medicina você atua?, obrigado pela resposta. Gastroenterologia.