Autor Tópico: SIONISMO E NAZISMO  (Lida 3324 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

One

  • Visitante
SIONISMO E NAZISMO
« Online: 13 de Abril de 2007, 13:51:54 »
SIONISMO E NAZISMO

Antonio Louçã

Se a comparação entre Ramallah e Auschwitz é certamente incorreta, esse não é um motivo bastante para a colocar na conta de uma emotividade desculpável num escritor ou artista. Saramago autojustificou-se com o seu dever, como escritor, de provocar reações na opinião pública. Mário Soares desculpou Saramago, invocando o direito do escritor à indignação. Ambas as explicações pecam por demasiado displicentes. Para além do fundo emotivo, é preciso discutir o fundo racional, se existe algum, nas palavras de Saramago. Estou à vontade para propor essa discussão porque fui por vezes, no tratamento de diversos temas da história do século XX, alvo de uma conotação maliciosa com o "judaísmo internacional" - uma acusação muito do agrado da extrema-direita.

As analogias históricas são legítimas desde que se recorra a elas tendo presentes os seus limites. O sionismo e o nazismo não são irmãos gêmeos. Mas a guerra em curso tem sublinhado de forma dramática alguns paralelos entre ambos.

O sionismo não tem campos de extermínio com câmaras de gás, e nisto continua a distinguir-se claramente do nazismo. Mas a jornalista israelita que retoricamente perguntou a Saramago onde estavam as câmaras de gás parecia reconhecer que essa era a última trincheira em que podia refugiar-se para marcar diferenças entre sionismo e nazismo. A resignação é precipitada, porque ainda há algumas outras diferenças de monta. Só que elas tendem a reduzir-se a um ritmo alarmante.

Para chamar as coisas pelos nomes, não podemos limitar-nos, como a habitualmente rigorosa Esther Mucznik, a um eufemismo sobre a "disputa pela terra". A limpeza étnica que o sionismo realiza contra os palestinos é em tudo semelhante à limpeza étnica que o nazismo realizou nos anos 30 contra os judeus, quando ainda não era evidente que iria dedicar-se a exterminá-los. A combinação de violências físicas com pressões econômicas era a receita do nazismo para afugentar os judeus, e volta a ser a receita do sionismo para afugentar os palestinos - com uma intensidade aliás superior à do nazismo até Novembro de 1938.

Há várias modalidades de genocídio. Algumas começam antes mesmo da limpeza étnica e muito antes das câmaras de gás. Ao decidir privar os polacos de qualquer instrução que fosse além das contas de somar e das primeiras letras mal soletradas, Heinrich Himmler formulava um programa genocida - eis uma reflexão lapidar que ouvi ao grande historiador israelita Yehuda Bauer e que só pode redundar na condenação de Israel como potência genocida.

A "lei do regresso" foi comparada com as leis de Nuremberg por intelectuais israelitas íntegros e corajosos. Ela tem, efetivamente, em comum com aquele abominável precedente a concepção de que alguém que nasceu longe e nunca conheceu o país pode ter o direito a vir instalar-se nele expulsando pela força alguém que aí nasceu e construiu a sua vida.

Com um critério racista, os nazis encorajavam a vinda dos alemães ou germano-descendentes do estrangeiro para ocuparem o lugar dos judeus a expulsar. Com um misto de critérios raciais e religiosos, os sionistas encorajam a vinda de judeus residentes no estrangeiro para ocuparem progressivamente o lugar dos palestinos. Os colonatos são atualmente um monumento póstumo ao nazismo construído à sombra da Estrela de David e das metralhadoras do Tsahal.

A "limpeza étnica" não consistiu para o nazismo, nem consiste para o sionismo, nem pode nunca consistir para ninguém, num simples e inócuo plano de transplantar populações.

Esses planos têm sempre por trás uma pulsão "eliminacionista", porque não se transplanta milhões de pessoas sem fazer morrer muitos milhares. Assim, os planos do nazismo para deportar judeus em direção à Polônia, ou a Madagascar, não podem ser vistos como uma modalidade mais benigna do genocídio, e sim como parte orgânica de um processo cuja lógica interna já apontava para Auschwitz.

Há israelitas, colonos e não só, que dizem diante das câmaras de filmar o mesmo que pensa Sharon: que os palestinos devem ser expulsos porque têm muitos países árabes onde reorganizar as suas vidas. Que eles adoecessem ou morressem "como piolhos", na expressão do falecido ministro israelita Rehavam Zeevi, seria indiferente. Esta é uma atitude genocida idêntica à dos nazis nos anos 30.

A política de confinar os grupos de população considerados indesejáveis em guetos onde vão definhando também é comum ao nazismo e ao sionismo. A miséria e a doença que grassam nesses guetos tornam-se depois uma pretensa confirmação da sub-humanidade dos grupos discriminados. A revolta generalizada que germina torna-se o pretexto para expedições punitivas, em que toda a população é considerada terrorista. A detenção de todos os homens acima dos 14 anos é um procedimento típico dos ocupantes nazis.

Sob esse aspecto, é verdade o que dizia o historiador militar israelita Martin van Creveldt: marcar os braços dos detidos com um número, como os nazis faziam em Auschwitz, "apenas" é chocante por ser um sinal exterior e altamente simbólico do parentesco entre nazismo e sionismo. Mas o mal está, segundo o próprio Creveldt, na ocupação dos campos de refugiados, na criminalização em massa da população. A partir do momento em que são estes os ingredientes da política adotada, também é inevitável que os seus sinais exteriores se assemelhem aos do nazismo, porque a marcação dos números é uma forma óbvia de identificar um grupo tão extenso como a população masculina acima dos 14 anos.

Também o entusiasmo dos estrategas israelitas pelas técnicas nazis aplicadas na destruição do gueto de Varsóvia em Abril-Maio de 1943 resulta de um parentesco iniludível: o caráter suicidário das revoltas nos guetos judeus de então e nos guetos palestinos de agora apresenta semelhanças que levam as receitas repressivas a mimetizar-se.

Tal como o general nazi Jürgen Stroop, o exército israelita compartimenta os campos de refugiados, identifica os edifícios onde existem franco-atiradores, destrói esses edifícios, captura toda a população capaz de combater. Quando o diário israelita Ha'aretz de 25 de Janeiro denunciou o estudo do modelo contra-insurreccional nazi pelo exército israelita, o porta-voz de Ariel Sharon, Ra'anan Gissen, limitou-se a explicar à imprensa que os seus oficiais acharam que "era parecido, porque iam andar a combater rua a rua contra a Autoridade Palestina". A comparação é de Gissen, não de Saramago.

Os refuseniks israelitas que se sujeitam à prisão por desobediência têm bons motivos: eles não querem encontrar-se a si próprios no papel dos jovens nazis que esmagaram a Intifada do gueto de Varsóvia e massacraram os seus avós insurretos. Existe atualmente na sociedade israelita uma fratura fundamental entre os que, ao referirem-se ao Holocausto, dizem "aquilo nunca mais pode acontecer" - e aqueles que dizem "aquilo nunca mais pode acontecer-nos".

Há os que condenam os crimes do nazismo em nome de direitos humanos considerados universais e aqueles que os condenam porque foram cometidos contra judeus. Na evocação do passado esquecem ciganos, russos, comunistas, testemunhas de Jeová, homossexuais. Na apreciação do presente nada vêem de reprovável, porque as prepotências de hoje não são contra os judeus, mas contra os árabes. Diga-se aliás de passagem: ao exercerem-se contra os árabes, essas prepotências são também anti-semitas.

As execuções de prisioneiros a sangue-frio, cuja denúncia motivou a fúria do exército israelita e os seus sucessivos disparos contra jornalistas, ainda não têm o caráter sistemático que tinham as execuções dos Einsatzkommandos na Frente Leste. Mas já o tiveram, nos massacres de Sabra e Chatila, e podem voltar a tê-lo. Dir-se-á que esses dois massacres não foram realizados pelo exército israelita e sim pelos mercenários libaneses ao seu serviço. Admitamos essa versão, embora recentemente tenham surgido indícios de que Sharon fez muito mais do que abrir as portas dos campos com a intenção de propiciar o massacre. Ainda assim mantém-se a analogia com o nazismo: muitos dos pogroms realizados na Frente Leste, massacrando aldeias inteiras, foram obra da soldadesca ucraniana ou lituana ao serviço das SS.

Num ponto, o sionismo continua e continuará sempre a distinguir-se do nazismo. Este era a expressão de um imperialismo alemão que aspirava ao domínio do mundo no segundo quartel do século XX. O sionismo está condicionado, com rédea curta, pelos estímulos e pressões do imperialismo que domina o mundo no alvorecer do século XXI. Para além de contradições secundárias, encontra-se em Washington, na Casa Branca, a responsabilidade última das acões de Israel e a explicação última para o fato de o criminoso de guerra Ariel Sharon nunca se ter sentado perante um tribunal internacional.

sionismo e nazismo

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #1 Online: 13 de Abril de 2007, 13:56:04 »

Offline Tabacof

  • Nível 05
  • *
  • Mensagens: 54
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #2 Online: 13 de Abril de 2007, 22:14:48 »
Olhe, eu não vou entrar nessa discussão porque não sou a melhor pessoa para isso, mas posso antecipar alguns argumentos:

-Os massacres de Sabra e Chatila foram feitos por milícias cristãs. Ponto. É verdade que teve o aval (alguns dizem até que foi arquitetado) de Sharon, mas quem arregaçou as mangas e fez o trabalho sujo foram os cristãos. Isso não exime o exército de Israel de parte da culpa, mas...

-Os judeus nunca ofereceram resistência aos nazistas (apesar de alguns ataques econômicos), enquanto já tiveram várias guerras contra Israel, nas quais muitas nações árabes participaram contra o país hebreu. Os judeus, antes da segunda guerra, não fizeram nenhum atentado. Os palestinos, agora, recebem muito mais apoio e suporte internacional do que os judeus receberam.

...

Eu discordo de quase todas políticas de Israel nessa questão, mas acho que comparar ao nazismo é um exagero cujo único objetivo é de ferir os judeus.

Luz

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #3 Online: 14 de Abril de 2007, 10:39:58 »
Eu discordo de quase todas políticas de Israel nessa questão, mas acho que comparar ao nazismo é um exagero cujo único objetivo é de ferir os judeus.

Também acho, pensei exatamente isso enquanto lia o texto.

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #4 Online: 14 de Abril de 2007, 10:56:55 »
Para além da comparação
por por Gilad Atzmon

 Há uma tendência entre todos nós, as vozes críticas de Israel e do sionismo. Muitas vezes comparamos Israel com o Terceiro Reich, equiparamos as IDF (Israel Defense Forces) com a Wehrmacht, descobrimos semelhanças entre as tácticas da Força Aérea israelense com a blitz técnica da Luftwaffe, por vezes associamos os crimes de guerra de Sharon e de Olmert com aqueles de Hitler. Eu próprio caí nesta armadilha mais de uma vez. Mas agora corrigi minha concepção. Este modo de falar deve cessar de uma vez por todas.

Encarar Hitler como o mal supremo é nada menos que uma capitulação ao discurso sio-cêntrico. Encarar Hitler como o homem perverso e o Terceiro Reich como a corporificação da perversidade é deixar Israel fora de perigo. Comparar Olmert a Hitler é proporcionar a Israel e a Olmert um escudo moral metafórico. A comparação mantem Hitler na liderança e deixa Olmert atrás.

Minha mãe, uma mulher realmente muito inteligente, desafiou-me tempos atrás ao perguntar-me: "Diga-me Gilad, por que é que você e os seus amigos sempre comparam Israel com os nazis? Será que Israel não é suficientemente mau?" Naquela altura considerei a sua observação um tanto divertida, mas o instinto da minha mãe estava mais do que correcto. Israel é na verdade "suficientemente mau". Israel já estabeleceu uma interpretação exclusiva da noção de perversidade que conseguiu ultrapassar qualquer outro mal. É chegado o momento de internalizarmos o facto de que Israel e sionismo são o Mal extremo sem comparação possível. E se isto não é suficiente, ao contrário do nazismo que pertence ao passado, a perversidade do sionismo é um crise que ainda está a desdobrar-se e a agravar-se.

Chavez obviamente tem todo o direito de dizer o que disse, mas devo recordar ao simpático presidente venezuelano que Hitler nunca arrasou um país sem qualquer razão de todo, e foi exactamente isto o que os israelenses fizeram no Líbano durante quatro semanas e em Gaza ao longo de anos a fio. Ao ver a carnificina e a devastação no Líbano não restam quaisquer dúvidas. A actual brutalidade israelense não é senão maldade por amor à maldade. Castigo sem compaixão. Israel é uma devastadora ressurreição colectiva do Sansão bíblico. É uma representação moderna do homem que mata mulheres, crianças e idosos, o vitorioso mestre hebreu da retaliação indiscriminada e cega.

Durante anos, liberais politicamente correctos que se consideram de esquerda tem estado a insistir em dizer-nos que a agressão israelense deveria ser compreendida em termos de expansão colonial. Esta linha de pensamento ainda é promovida por mais do que uns poucos activistas da paz judeus por todo o mundo. A razão é simples: se Israel for um estado colonialista, então o arcaico paradigma marxista do século XIX pode ser aplicado ao conflito. Além disso, se Israel for na verdade uma força regional de expansionismo colonial, então nada está categoricamente errado com os israelenses:   eles são apenas como foram os britânicos, mas com 150 anos de atraso.

Absurdo! Esta interpretação datada é fundamentalmente errada e deliberadamente enganadora. Além disso, não é mais aplicável, nem mesmo como uma folha de parreira PC [politicamente correcta] judeo-cêntrica. Ao observar a devastação que a Força Aérea Israelense deixou na sua esteira, ao olhar a morte e a carnificina no Líbano não fica qualquer espaço para a dúvida. Isto nada tem a ver com colonialismo ou expansionismo. O Líbano e Beirute nunca fizeram parte da aspiração sionista por Lebensraum [espaço vital].

É o inverso, até o fim da década de 1960 os israelenses estavam absolutamente certos de que o Líbano seria o primeiro país árabe a fazer a paz com o Estado judeu. Israel nunca teve qualquer interesse ao norte do Rio Litani e apesar disso agora Israel destruiu todas as pontes, todos os aeroportos, todas as centrais eléctricas libanesas. Hospitais, aldeias e bairros inteiros foram arrasados, um milhar de civis libaneses perdeu suas vidas e mais de um milhão de cidadãos estão deslocados e sem lar.

Agora é o momento de ficarmos de pé e dizer que, ao contrário dos nazis que tinham respeito por outros movimentos nacionais (incluindo o sionismo), Israel tem respeito zero seja por quem for, incluindo seus vizinhos do lado. O comportamento israelense deveria ser percebido como a versão moderna do vulgar barbarismo bíblico, à beira do canibalismo. Israel não é senão a maldade por amor à maldade. É a perversidade sem qualquer comparação.

Por conseguinte, não há lugar para comparações entre Israel e os nazis. Se tiver de ser feita uma comparação, então são os israelenses que ganham o campeonato da brutalidade e as razões são óbvias. A Alemanha nazi era uma tirania. Israel é uma democracia dirigida por um governo de unidade nacional de centro-esquerda. Por um lado, não temos qualquer ferramenta objectiva formal para determinar se o povo alemão aprovou os crimes nazis (em primeiro lugar os alemães não foram informados acerca dos crimes homicidas dos nazis, em segundo não havia sistemas independentes de inquéritos objectivos na Alemanha daquele tempo). Por outro, os israelenses aprovaram colectivamente os crimes do seu governo no Líbano e este facto está esmagadoramente documentado em mais do que uns poucos inquéritos.

Os nazis foram na verdade expansionistas propriamente ditos. Eles tentavam tomar cidades e terras intactas. Tapetes de bombas e apagamento total de áreas populadas, que está tão na moda entre militares e políticos israelenses (bem como entre os anglo-americanos) nunca foram uma táctica ou estratégia nazi. Aparentemente, Israel não está a tentar tomar o Líbano: os israelenses não parecem interessados na terra libanesa. Só querem destruí-la.

Alguém pode perguntar o que é que eles pretendem realmente alcançar. De facto, ninguém em Israel ou alhures sabe isso. Pretendem desmantelar o Hezbollah? Certamente alcançaram o extremo oposto.

Sua impressão de que o Hezbollah é uma pequena facção de uma milícia fundamentalista minoritária que poderia ser eliminada sem esforço mostra-se uma tese cada vez mais ridícula a cada dia que passa. O Hezbollah não só demonstrou que é uma força importante como agora é apoiado por 85 por cento do povo libanês e isto inclui a população cristã (80 por cento de apoio entre os cristãos libaneses).

Será que Israel quer manter seu poder de dissuasão? Certamente alcançou o extremo oposto. A partir de agora todo árabe sabe que o Exército Israelense não tem mais a sua aureola. De facto, as fotos das botas militares israelenses deixadas no solo libanês dizem tudo. Nesta guerra, é o soldado israelense que está a tirar as suas botas e a correr em fuga.

Será que Israel quer proteger seus centros populosos? Certamente alcançou o extremo oposto. Quanto mais Israel atinge a infraestrutura do Líbano, maiores são as barragens de mísseis que caem sobre cidades israelenses. De facto, é apenas uma questão de tempo até que Tel Aviv obtenha um vislumbre acerca da vida em Gaza e em Beirute. Na verdade Israel não tem plano ou estratégia; ao invés disso pratica a forma mais baixa de fúria bárbaro colectivo. Os israelenses demolem por amor à demolição. Israel é na realidade um mal sem qualquer comparação.

Mas temos de admitir que os nazis eram muito bons a provocar algum escândalo internacional. Poucos amaram Hitler além do mundo germânico (e da aristocracia inglesa). O canibalismo israelense, por outro lado, é adorado por alguns líderes ocidentais, e Blair, Bush e mesmo Merkel temem enfrentar a barbárie sionista.

Enquanto o nazismo foi derrotado 12 anos depois de tomar o poder, a brutalidade sionista é uma bola de neve de raiva repulsiva que não conhece fronteiras e não para. Ela volta-se sobre o ocidente e recruta em torno de si as forças mais moralmente deterioradas, sejam elas Blair e seus apaniguados ou radicais fundamentalistas cristãos americanos. O sionismo tenciona tornar o nosso planeta um campo de batalha sangrento. No imediato está a reduzir a instituição ONU a um fantoche neoconservador americano. É tempo de admitir que os sionistas estão a posicionar-se no próprio centro do chamado "Choque cultural".

Enquanto o nazismo era um movimento nacionalista-expansionista com ambições vastas mas limitadas, o Estado judeu e seu lobbies sionistas estão a tentar reviver o espírito de uma cruzada global em nome de uma bizarra guerra religiosa (judeus-cristãos contra muçulmanos).

Se quisermos salvar este mundo, se quisermos viver num planeta humano, devemos concentrar o foco sobre o mais grave inimigo da paz, aqueles que são perversos por amor à maldade: o Estado israelense e o sionismo mundial.

É mais do que tempo de sair do armário e dizer tudo em alta voz. Israel e o sionismo põem o nosso mundo em perigo. Não é apenas o Líbano, a Palestina e os árabes que sofrem. É agora a Grã-Bretanha e a América que são arrastados numa guerra idiota. É todo o ocidente a quem se pede que recupere o que os israelenses perderam no Líbano. Temos de admitir que Israel é o mal supremo ao invés da Alemanha nazi. Abe Foxman e a LAD estão correctos quanto à mudança, todos nós precisamos uma verificação de realidade. Nunca deveríamos comparar Israel à Alemanha nazi. No que diz respeito à maldade, temos agora de considerar que Israel ocupa a liderança.
11/Agosto/2006
  • Músico de jazz israelense, escritor e activista político.   A aparecer dentro em breve: a revelação de uma arma israelense que tem sido mantida em segredo.   O autor descobriu pormenores desta nova arma destrutiva utilizada contra o povo libanês.


O original encontra-se em http://onlinejournal.com/artman/publish/article_1093.shtml

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #5 Online: 14 de Abril de 2007, 11:01:25 »
Muitos judeus são anti-sionismo.
Como o autor do texto que anteriormente postei.

Crimes do passado ( de uns) não podem servir para justificar os crimes do presente ( de outros).




mode=related&search=




Israel precisa reconhecer os malefícios da exclusão do povo nativo, ou a paz será uma miragem.
« Última modificação: 14 de Abril de 2007, 11:08:41 por One »

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #6 Online: 14 de Abril de 2007, 11:10:08 »
Ninguém precisa de.. "cujo único objetivo é de ferir os judeus"

Os sionistas fazem-no melhor.

Os judeus precisam livrar-se dessa ideologia nefasta.

Luz

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #7 Online: 14 de Abril de 2007, 11:17:08 »

One, não tenho um profundo conhecimento da questão como gostaria, apenas alguns textos históricos e livros a respeito do assunto, mas eu sou da opinião que um erro nunca pode justificar outro. Por isso a realidade alemã não justifica o anti-sionismo que levou ao nazismo, o nazismo não justifica o que foi feito com os palestinos na Criação do Estado de Israel e nem isso justifica a comparação do sionismo com o nazismo.

O mais sensato, eu acredito, é analisar cada ponto sem fazer uso dessas "justificativas". Se são realidades semelhantes, são fatos diferentes, motivos diferentes, mentalidades diferentes, tempos e lugares diferentes. É uma continuação da mesma história, e claro, estão relacionadas diretamente, mas acho sinceramente que é preciso um maior cuidado.

Eu, particularmente, acho a questão toda do Oriente Médio, África, Israel e tal muito complexa para ser analisada assim rapidamente. Na minha opinião essa história não começa no século XX, mas tem um desfecho mais crítico a partir da Primeira Guerra Mundial, do crescente interesse pelo Petróleo etc.

Há um livro muito interessante que li há algum tempo sobre o assunto, de um jornalista brasileiro (eu acho) que aborda o assunto com uma grande riquesa de detalhes, que acredito que muitos desconhecem - eu desconhecia. Se interessar, posso procurar pelo título - eu recomendo, se ainda não tiver lido.

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #8 Online: 14 de Abril de 2007, 14:09:58 »
Se encontrar o título não o deixe de o divulgar, Luz.

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #9 Online: 15 de Abril de 2007, 12:36:09 »
NR=1

Luz

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #10 Online: 21 de Abril de 2007, 14:05:22 »
Se encontrar o título não o deixe de o divulgar, Luz.

One, a pessoa que me emprestou o livro volta de viagem no início do mês seguinte. Assim que chegar eu posto.

Offline Nightstalker

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.354
  • Sexo: Masculino
  • Suae quisque fortunae faber est
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #11 Online: 06 de Maio de 2007, 13:15:35 »
Viva o Estado de Israel!
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Eriol

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #12 Online: 06 de Maio de 2007, 13:27:16 »
Viva o Estado de Israel!

Viva todas as meretrizes que pariram fascistóides em toda a história do mundo!

Offline Nightstalker

  • Nível 37
  • *
  • Mensagens: 3.354
  • Sexo: Masculino
  • Suae quisque fortunae faber est
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #13 Online: 06 de Maio de 2007, 21:58:19 »
Viva o Estado de Israel!

Viva todas as meretrizes que pariram fascistóides em toda a história do mundo!

Não vou descer ao seu nível.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Eriol

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #14 Online: 07 de Maio de 2007, 10:22:26 »
me alegro.

Luz

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #15 Online: 07 de Maio de 2007, 10:31:32 »

One, como prmetido, o livro se chama: Ferida Aberta: Uma Nova Ordem Mundial, do autor Jaime Brener.

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #16 Online: 08 de Maio de 2007, 07:24:13 »

One, como prmetido, o livro se chama: Ferida Aberta: Uma Nova Ordem Mundial, do autor Jaime Brener.



Grato

Offline Donatello

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.864
  • Sexo: Masculino
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #17 Online: 08 de Maio de 2007, 10:22:55 »
O judaísmo deve ser a única religião pátria que sobreviveu. Não há nada de novo no front, então. O povo israelense sempre foi extremamente racista e este racismo sempre se desenrolou em investidas militares contra todos os que não são filhos de Jeová(desculpem-me a má palavra) e enquanto o judaísmo predominar entre os israelenses nada vai mudar. Eles vaõ continuar sendo os maiores vilões, vão continuar posando como as grandes vítimas. *

*Generalizando, é claro. Existem índivíduos israelenses que não compactuam com o (mau) caráter comum do povo judeu, assim como existiam alemães discidentes em relação ao nazismo ou brasileiros que não acreditam na lei de Gérson ou norte-americanos anti-imperialistas e por aí vai. Mas, de modo geral, Israel e racismo são mesmo unha e carne.
« Última modificação: 08 de Maio de 2007, 10:32:01 por Daniel Reynaldo »

Offline Tabacof

  • Nível 05
  • *
  • Mensagens: 54
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #18 Online: 08 de Maio de 2007, 19:33:21 »
Por toda idade média e idade moderna, os europeus mataram e expulsaram os judeus de lá, salvo raras excessões. No século XX, essas idéias anti-semitas ressurgiram com incrível força e culminaram no nazismo.

Agora, depois disso, dizer que são extremamente racistas é um grande exagero. Ficaram muito ariscos pela historia que sofreram. Não que isso justifique algum crime que cometem/cometaram, principalmente nos últimos anos.

Offline Pregador

  • Conselheiros
  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 8.056
  • Sexo: Masculino
  • "Veritas vos Liberabit".
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #19 Online: 09 de Maio de 2007, 09:02:10 »
O judaísmo deve ser a única religião pátria que sobreviveu. Não há nada de novo no front, então. O povo israelense sempre foi extremamente racista e este racismo sempre se desenrolou em investidas militares contra todos os que não são filhos de Jeová(desculpem-me a má palavra) e enquanto o judaísmo predominar entre os israelenses nada vai mudar. Eles vaõ continuar sendo os maiores vilões, vão continuar posando como as grandes vítimas. *

*Generalizando, é claro. Existem índivíduos israelenses que não compactuam com o (mau) caráter comum do povo judeu, assim como existiam alemães discidentes em relação ao nazismo ou brasileiros que não acreditam na lei de Gérson ou norte-americanos anti-imperialistas e por aí vai. Mas, de modo geral, Israel e racismo são mesmo unha e carne.

Como se os Cristão fossem menos... Não racista exatamente, por que o cristianismo não está ligado a raça diretamente, mas com todos os não cristãos. A mesma coisa vale para Muçulmanos...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

One

  • Visitante
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #20 Online: 10 de Maio de 2007, 13:56:06 »
judeus, muçulmanos ou cristãos não são raças.
No caso dos judeus existem: negros, chineses, indianos, árabes, brancos…

Segundo o conceito que muitos têm de que racismo está ligado a raça, então anti-semitismo ( judeus) não é racismo…

Parecer técnico do Supremo Tribunal Federal :

Citar

Todos esses elementos levam-me à convicção de que o racismo, enquanto fenômeno social e histórico complexo, não pode ter o seu conceito jurídico delineado a partir do referencial "raça". Cuida-se aqui de um conceito pseudo-científico notoriamente superado. Não estão superadas, porém, as manifestações racistas aqui entendidas como aquelas manifestações discriminatórias assentes em referências de índole racial (cor, religião, aspectos étnicos, nacionalidade, etc.).

4. Raça e racismo. A divisão dos seres humanos em raças resulta de um processo de conteúdo meramente político-social. Desse pressuposto origina-se o racismo que, por sua vez, gera a discriminação e o preconceito segregacionista.
Ementa do acórdão restou assim redigida (HC 82.424/RS, Relator p/ acórdão Min. Maurício Correa)

Offline Donatello

  • Nível 39
  • *
  • Mensagens: 3.864
  • Sexo: Masculino
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #21 Online: 10 de Maio de 2007, 17:44:34 »
Citar
Ficaram muito ariscos pela historia que sofreram. Não que isso justifique algum crime que cometem/cometaram, principalmente nos últimos anos.
A associação entre judaismo e racismo é muito mais antiga, leia o Pentateuco ou o Livro de Josué para verificar. A diferença é que no tempo em que foram escritos o racismo exacerbado e justificado pela proximidade afetiva/genética com um deus ou conjunto de deuses  tidos como os únicos verdadeiros era a regra. Os outros povos mudaram, o judeu não.
Citar
Como se os Cristão fossem menos… Não racista exatamente, por que o cristianismo não está ligado a raça diretamente, mas com todos os não cristãos. A mesma coisa vale para Muçulmanos…
Então Amon, como você disse, não exatamente racista e eu falei de racismo exatamente, ou seja, da idéia de que indivíduos de determinado grupo étnico sejam superiores a todos os outros independente de qualquer circunstância. As religiões antigas, todas, justificavam esta este pensamento. Cada povo tinha seu próprio deus, sendo sempre este o "verdadeiro" deus. É toda aquela coisa que Nietzche louva no seu "esplêndido" "O Anticristo". As religiões modernas, concordo, não são muito melhores do que as que se foram mas aboliram este princípio da benção divina sujeita à linhagem genética. A única excessão que conheço é o judaísmo.

One, ou eu realmente não conheço nada de judaísmo e estou falando besteira, ou todos estes etíopes, romenos, russos… que se definem como judeus o fazem por acreditarem que em sua ascendência há efetivamente o sangue de Abrão, ou seja, de algum modo entendem qe são da raça dele.

*Sempre que falo de sionismo/anti-semitismo eu me sinto na obrigação de esclarecer, não deveria, mas sinto: EU NÃO ACREDITO QUE INDIVÍDUOS JUDEUS/ISRAELENSES SEJAM INCONDICIONALMENTE FADADOS AO RACISMO OU A QUALQUER TIPO DE INTOLERÂNCIA, ASSIM COMO NÃO ACREDITO QUE OS BRASILEIROS SEJAM CONDICIONADOS À MALANDRAGEM E POR AÍ VAI. MAS ASSIM COMO POR N FATORES DA HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO DA SOCIEDADE BRASILEIRA É IMPOSSÍVEL NEGAR QUE O TAL "JEITINHO SAFADO DE SER BRASILEIRO" SE TORNOU REGRA ENTRE NÓS, TAMBÉM POR N MOTIVOS, DOS QUAIS A RELIGIOSIDADE É O PRINCIPAL , O RACISMO É CARACTERÍSTICA COMUM AO JUDEUS/ISRAELENSES E A POSIÇÃO EM CONTRÁRIO É A EXCESSÃO.

« Última modificação: 10 de Maio de 2007, 18:07:07 por Daniel Reynaldo »

Offline Tabacof

  • Nível 05
  • *
  • Mensagens: 54
Re: SIONISMO E NAZISMO
« Resposta #22 Online: 13 de Maio de 2007, 22:02:00 »
Hum então como pode haver tantos casos de judeus convertidos, se existe uma "linhagem genética"?

Eu conheço pessoalmente um caso: A mãe de um colega, que se converteu para casar com o pai dele, um judeu.

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!