Hoje em dia realizar uma explosão é atômica, "fácil" é o mínimo. De forma porca, eu diria que basta esfregar alguns resíduos de uma usina nuclear e já se tem uma explosão nuclear.
(suspiro…)
Você está absolutamente, completamente, equivocado. Para obter uma explosão nuclear digna do nome, você precisa não só ter uma massa crítica de material fissionável, a qual depende também da forma dessa massa e se é um sólido ou uma solução líquida ou um gás, como você tem que manter essa massa compacta por tempo suficiente para que a reação em cadeia se espalhe pelo material. No caso do plutônio, por exemplo, isso
foi um dos problemas mais difíceis de serem resolvidos (até que se chegou ao design da implosão).
Para esclarecer, vamos fazer uma distinção: existem as bombas que liberam energia por meio de reações em cadeia de fissão e/ou fusão, que chamamos de bombas nucleares, e existem (em princípio) bombas baseadas em explosivos convencionais, ou em massas subcríticas, cuja função é na verdade contaminar um grande área com resíduos radiativos. Essas últimas são conhecidas como bombas sujas. Construir uma bomba nuclear é um problema complicado de engenharia, mas que em princípio está ao alcance de Estados,
contanto que se tenha o material, no caso, urânio altamente enriquecido ou plutônio 239. Fabricar uma bomba suja é incrivelmente mais fácil. Basta ter uma quantidade razoável de material radiativo, mesmo que este não sirva para fabricar bombas nucleares. Com uma bomba dessas é possível "salgar" uma área grande, a um custo baixo.
Voltando ao tópico: governos como o do Paquistão, Índia ou Irã teriam que ser loucos suicidas se estivessem dispostos a dar
armas nucleares para grupos que não pudessem controlar. Acho que o perigo maior seria algum grupo conseguir essas armas através
do mercado negro em antigas repúblicas soviéticas. O mais perigoso mesmo é que grupos terroristas consigam isótpos radiativos em
quantidade suficiente para fabricarem bombas sujas.