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Explosão de estrela gera 'supernova mais brilhante já vista'Cientistas da Nasa, a agência espacial americana, disseram ter testemunhado a supernova mais brilhante de todos os tempos, formada pela explosão de uma estrela cerca de 150 vezes maior que o Sol.Supernovas ocorrem quando grandes estrelas, de massa pelo menos dez vezes maior que o Sol, explodem e formam o que à percepção humana se assemelha a espetáculos celestiais de fogos de artifício.A estrela, SN 2006gy, estava a cerca de 240 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia NGC 1260, e foi observada pela primeira vez em setembro do ano passado.A luz da explosão, que lançou ao universo metais e elementos necessários para o nascimento da vida, atravessou essa distância e maravilhou os cientistas por cerca de 70 dias.Antes que todo o material desaparecesse no espaço, a explosão conformou uma supernova que cientistas disseram ter sido cerca de cinco vezes mais brilhante que qualquer outra já vista.'Semear o universo'O astrônomo Nathan Smith, que coordenou a pesquisa conjunta das Universidades da Califórnia, em Berkeley, e do Texas, em Austin, disse que supernovas podem ter sido importantes para "semear" o universo no período de sua formação, ao espalhar elementos necessários para o desenvolvimento de vida.Segundo os cientistas, outra estrela, desta vez na nossa própria galáxia, a Via Láctea, poderia estar a ponto de explodir, formando uma supernova ainda mais brilhante que a da SN 2006gy.Eles afirmaram que a Eta Carinae - de massa similar à SN 2006gy, mas bem mais próxima da Terra, a de cerca de 'apenas' 7,4 mil anos-luz - tem expelido grandes quantidades de materiais, como a sua estrela semelhante, pouco antes de explodir.Uma supernova não ocorre na Via Láctea há mais de 400 anos.O astrônomo Dave Pooley, da Universidade da Califórnia, afirmou que a explosão da Eta Carinae "seria tão brilhante que poderia ser vista durante o dia, e se poderia até ler um livro sob a sua luz durante a noite".
A explosão de Eta Carinae não poderia varrer nossa atmosfera com raios gama, nos aniquilando?
Li em algum lugar (preciso, não ), que a explosão de Eta Carinae será bastante brilhante, mas não o suficiente para causar dano à vida na Terra.
Explosão de estrela gera 'supernova mais brilhante já vista'
Tó:http://apod.nasa.gov/apod/ap070510.html
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL33441-5603,00.html?newsletterProfessor da USP comentando sobre Eta Carinae.Fico pensando: se ela explodir, depois de uma centena de anos teremos uma nebulosa bem bonita e com brilho aparente grande pra gente poder olhar, de noite. =)
Cientistas observam a maior explosão estelar já vista da TerraApesar das explosões estelares - as supernovas - já terem sido observadas à vista desarmada ou com telescópios de última geração, pela primeira vez na história os astrofísicos puderam ver diretamente o que acontece quando uma estrela 50 vezes maior que nosso Sol explode. Essa é a primeira observação desse tipo e segundo os pesquisadores o evento foi acompanhado até a transformação da estrela em um buraco negro.A observação do evento foi feita por cientistas do Instituto de Ciências Weizmann, de Israel e por pesquisadores da Universidade de San Diego, dos EUA, que utilizaram imagens captadas pelo telescópio espacial Hubble e pelo telescópio Keck, instalado em Mauna Kea, no Havaí.Para testemunhar a explosão os pesquisadores Avishay Gal-Yam e Douglas Leonard localizaram e calcularam a massa de uma estrela gigante, próxima ao ponto de erupção e acompanharam todos os passos até o momento da explosão final e suas consequências. As conclusões dos cientistas deram ainda mais sustentação à teoria vigente de que estrelas entre dez e centenas de vezes a massa solar culminam sempre em buracos negros.Vida e Morte de uma EstrelaA morte de uma estrela é predeterminada logo no seu nascimento através do seu tamanho e das características da usina de força que a mantém brilhando durante toda sua vida. As estrelas, entre as quais o nosso Sol, são alimentadas pela fusão dos átomos de hidrogênio que se transformam em hélio sob o intenso calor e pressão encontrados do núcleo estelar. O núcleo do hélio produzido é ligeiramente mais leve que as massas de quatro núcleos de hidrogênio necessários à sua produção. A partir de teoria da relatividade de Einstein (E = MC²), sabemos que a falta dessa massa é transformada em energia.Estrelas similares ao nosso Sol terminam sua vida quando consomem totalmente suas reservas de hidrogênio, ardendo em uma silenciosa e gigantesca expansão de diâmetro. No entanto, estrelas com oito ou mais vezes a massa solar finalizam sua vida de modo muito mais cataclísmico. A fusão nuclear continua mesmo após a exaustão do hidrogênio, produzindo elementos pesados em diferentes camadas. O processo continua até que o núcleo estelar se transforme em ferro, quando então outro fenômeno ocorre: devido à descomunal temperatura e pressão, os átomos do ferro também se rompem em seus componentes prótons e nêutrons. Quando isso acontece as camadas superiores ao núcleo desmoronam, lançando ao espaço o resto do material estelar e produzindo um poderoso clarão chamado flash da supernova.A explosão é descomunal. Em poucos dias a supernova libera mais energia do que nosso Sol em toda a sua vida. A explosão é tão brilhante que mesmo ocorrendo a centenas de anos-luz de distância pode ser vista da Terra até durante o dia.Gravidade IntensaAo mesmo tempo em que as camadas externas da supernova são lançadas ao espaço, produzindo flashes de intensidade universal, seu núcleo se desmorona cada vez mais. A gravidade criada durante o colapso se torna tão intensa que os prótons e elétrons se comprimem formando nêutrons e o outrora gigantesco núcleo estelar é reduzido de 10 mil quilômetros para menos de 10 quilômetros de diâmetro. O núcleo se torna tão comprimido que uma caixa cheia de material estelar pesa mais que todo o Sistema Solar.Mas as coisas não param por aí. Se a supernova que acabou de explodir possuir 20 vezes mais massa que nosso Sol, sua gravidade se torna tão forte que nem mesmo a luz, que viaja a 300 mil quilômetros por segundo, consegue escapar de seu interior. Essa ex-estrela, chamada agora buraco negro, se torna então invisível.100 vezes a Massa do SolAté agora, nenhuma supernova que os cientistas estudaram havia excedido 20 vezes a massa solar. Com auxílio das imagens dos telescópios Hubble e Keck, Leonard e Gal-Yam focaram seus estudos em uma região específica do espaço e localizaram uma estrela próxima ao ponto de explosão, calculando sua massa entre 50 e 100 vezes nosso Sol.A observação revelou que apenas uma pequena parte da massa da estrela foi lançada para fora durante a explosão. A maior parte do material, diz Gal-Yam, foi atraída para a região central do colapso pela violenta atração gravitacional. A sequência de imagens após a explosão mostrou que a estrela havia desaparecido. Em outras palavras, a estrela tornou-se um buraco negro, tão denso que nem mesmo a luz consegue escapar.