Só o fato de Wittgenstein criticar Freud já demonstra a importância de sua obra.
De forma alguma, embora seja um indício. Wittgenstein não vivia apenas para decidir quem era ou não importante, você sabe...
Não que essa sequer FOSSE a questão, bem entendido... Freud foi influente, ninguém pôs esse ponto em dúvida a não ser você, agora, sei lá por que. Ele não era bom cientista, mesmo na época, mas certamente foi influente e pôs em evidência muitos assuntos importantes.
Só não conseguiu fazer muito pela correta compreensão desses assuntos, e de fato muitas vezes contribuiu para confundir essa compreensão...
E o fato de ter inúmeros discípulos também.
Ah, fala sério... por essa métrica o Cristianismo deve ser a maior fonte de sabedoria da História, não? E o Papa, um dos maiores sábios vivos...
Vamos lá, repita comigo, não vai doer:
"Ops, terei falado impulsivamente?" 
E Wittgenstein defende a filosofia analítica baseada na linguística, o que corrobora o método analítico linguístico de Freud usado na psicologia. E os estudos de histeria de Freud são um ponto de destaque. Críticar Freud, ao invés de invalidar a psicanálise é um ponto a favor pois é através da criticidade que as ciências humanas se desenvolvem. E criticidade tem muito a ver com dialética ao meu ver.
Sei lá o que isso tem a ver com o peixe, mas pode estar certo...
Não quem está exarcebando o utilitarismo aqui é você, pois toda a ciência tem objetivo de utilidade prática, mesmo que não seja no momento presente e sim no futuro. Por isso existe as pesquisas nas chamadas ciências puras.
"Exacerbando"? Não, nós utilitaristas JÁ DOMINAMOS O MUNDO! Não recebeu AINDA o memorando?!? Vou mandar o meu helicóptero preto te entregar uma segunda via.
Digo, que tal um pouco menos de drama?
A psicanálise não é a primeira, e exatamente por isso tem tanta preocupação em evitar abuso de sua própria proposta.
Não é a primeiro o que? Falsa ciência?
Eu havia relacionado "ciência" e "conhecimento de utilidade prática". Realmente não construí bem a frase; psicanálise não é ciência (nem falsa nem verdadeira) mas tem utilidade prática, foi isso o que eu quis dizer.
Se fosse ciência teria resultados
previsíveis e confiáveis; seria
segura; permitiria
verificações independentes que não dependam do sujeito. Nada disso ocorre. Mas tampouco precisa ocorrer, porque a psicanálise não tem atualmente tantas pretensões, e ainda por cima teve o grande mérito de exigir de si própria mecanismos de auto-regulação verdadeiramente admiráveis. Necessários, sim, mas também admiráveis.
O que mais admiro na psicanálise são seus mecanismos de auto-avaliação.
Um dos princípios da ciência, como é o exemplo da refutabilidade, que permite sempre que possível a reaviação das ciências naturais, de forma a corroborar ou até mesmo refutar um teoria.
Mudou de assunto bem na cara-dura, não?
