Autor Tópico: A maldição dos livros perfeitos  (Lida 3181 vezes)

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Offline Quereu

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A maldição dos livros perfeitos
« Online: 10 de Junho de 2007, 02:29:49 »
Quero compartilhar uma experiência que tive esta noite.

Fui a um baile: eu sou péssimo dançarino e a música é ruim - o que estou fazendo aqui? Bem, sempre há a possibilidade de uma conversa estimulante com uma mulher interessante. Então, pus-me em local estratégico segurando um copo com quantidade considerável de álcool e deixei que as pessoas me vissem. Talvez alguma se interessasse por mim. Caso contrário o socorro etílico e a conversa dos amigos me salvariam.

Mas uma dama se interessou e começou a sorrir. Juro que é verdade! Não era nenhuma princesa, embora também não fosse uma bruxa má. Era mais ou menos. Um par ideal para um solitário ou um par solitário ideal. Tanto faz. Sentei ao seu lado e comecei a puxar papo. Era separada. Mãe de duas filhas. Tinha casa em duas cidades diferentes, o que lhe permitia migrar de um lugar a outro. Era carente. Queria um companheiro. Queria amor. Em duas horas ela desvelou sua vida. Eu sou meio tosco com mulheres. Ela foi tão sincera, autêntica, um ranço de melancolia soprava de sua voz. Cismei de bancar o sensível. Comecei a falar de livros. Do Proust. Do Pessoa. Isso não durou muito. Quinze minutos depois ela se levantou, disse que ia ao banheiro. Não voltou mais. Quando dei uma olhada na pista ela dançava com um cara. Eu sou meio tosco com mulheres...

Bem-feito pra mim. Eu tenho cada mania... Ah, a maldição dos livros perfeitos.
A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

Offline Rodion

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #1 Online: 10 de Junho de 2007, 02:34:57 »
eh eh
não tem problema algum, a princípio, em trazer proust ou pessoa pra conversa. acho que depende da dose e da forma...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Worf

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #2 Online: 10 de Junho de 2007, 05:56:37 »
pode soar meio gay, mas ler pessoa e proust vale mais do que ficar com mulher desconhecida em um baile. :lol:

Offline Barata Tenno

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #3 Online: 10 de Junho de 2007, 06:06:25 »
pode soar meio gay, mas ler pessoa e proust vale mais do que ficar com mulher desconhecida em um baile. :lol:

Gay.............
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Offline Herf

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #4 Online: 10 de Junho de 2007, 09:20:55 »
pode soar meio gay, mas ler pessoa e proust vale mais do que ficar com mulher desconhecida em um baile. :lol:

Depende da desconhecida...  :tarado:

Offline uiliníli

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #5 Online: 10 de Junho de 2007, 09:33:14 »
Provavelmente ela, assim como 99,95% dos seres humanos, nunca leu Proust na vida e de Pessoa no máximo já viu alguns versinhos. A questão é que se você quer bater um bom papo com alguém, seja homem ou mulher e seja lá qual for o seu interesse nessa pessoa, é fundamental que a tal pessoa se sinta incluída na conversa. Você já deve ter passado pela situação chata de estar no meio de um grupo e eles começarem a falar de algo (um seriado, um filme, um anime, um jogo...) que você não conhece, você fica excluído torcendo para eles mudarem logo para um assunto do qual você possa participar. Quando são só duas pessoas falando fica pior ainda, porque vira monólogo e o ouvinte fica naquela situação chata de só balançar a cabeça, falar "aham" e pensar em um jeito de fugir dali. Se ela fala da vida dela e isso é interessante para você, você pode agüentar duas horas de monólogo sem problema. Mas se você fala quinze minutos de Proust e ela não sabe e não quer saber quem é Proust, para ela quinze minutos serão uma eternidade.

Claro que isso não significa que você não deva mencionar que gosta de Proust ou de Pessoa, com certeza se ela gostasse desses dois autores ela ficaria muito interessada na conversa e em você, afinal, ela saberia que não é qualquer um que compartilha desses gostos com ela. O caso é que se você menciona um assunto e ela não parece se interessar é sinal de que você deve mudar de assunto, ora! Provavelmente a moça com quem você conversou não tem muito hábito de leitura, caso contrário ela poderia tentar dar outro rumo à conversa, dizendo algo, tipo "Ah, Proust eu não conheço, mas eu gosto muito de Agatha Christie!", mas se nem isso ela fez é porque provavelmente livros passam longe da lista de interesses dela.

Uma abordagem mais segura é, em vez de começar a falar sobre um assunto que te agrade você perguntar a ela do que ela gosta, por exemplo, pergunta primeiro se ela gosta de livros, de que autores ela gosta, ou de que tipo de música, ou de que tipo de filme... Procure assuntos em comum, aí a conversa sai naturalmente vocês podem ter um diálogo legal e depois, quem sabe, algo mais...

 

Tarcísio

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #6 Online: 10 de Junho de 2007, 09:36:43 »
Diga assim _ Não queria mesmo.

Offline Barata Tenno

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #7 Online: 10 de Junho de 2007, 09:54:30 »
Dentro de uma balada o que ele deveria ter feito é chamar ela pra dançar, dar uma fungadas no cangotem dela, umas passadas de mãos nas costas , umas apertadas, e uns beijos....... Isso lá é lugar pra falar sobre livros?

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Offline Diegojaf

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #8 Online: 10 de Junho de 2007, 10:50:36 »
É cara... tem todo um contexto ali que mostrou que você podia ter arrumado assunto melhor... ela tava te contando da vida dela... se você continuasse com os "Humruns", "Sério?!?", "Nossa, que interessante"... teria ganhado no mínimo o telefone...

pode soar meio gay, mas ler pessoa e proust vale mais do que ficar com mulher desconhecida em um baile. :lol:

Gay………

Super-Gay...
"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." - Rui Barbosa

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Offline Adriano

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #9 Online: 10 de Junho de 2007, 11:22:12 »
Sobre Proust, vejam o que encontrei na Wikipédia:

A homossexualidade é latente na sua obra principalmente em "Sodoma e Gomorra" e nos volumes subseqüentes.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Diegojaf

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #10 Online: 10 de Junho de 2007, 16:24:49 »
Sobre Proust, vejam o que encontrei na Wikipédia:

A homossexualidade é latente na sua obra principalmente em "Sodoma e Gomorra" e nos volumes subseqüentes.

Explicado...ela achou que você era gay...

E não sem razão...
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Offline Rodion

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #11 Online: 10 de Junho de 2007, 16:26:44 »
:lol:
só falta, agora proust vira literatura gay.
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Offline uiliníli

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #12 Online: 10 de Junho de 2007, 16:34:22 »
Meu, se você quer pegar mulher em balada você tem que ler O Segredo - A Lei da Atração  :hihi:

Offline Adriano

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #13 Online: 10 de Junho de 2007, 16:40:43 »
Sodoma e Gomorra - Marcel Proust

1ª Edição
Moral ou natureza? O desejo homossexual num dos mais marcantes volumes de «Em Busca do Tempo Perdido». Albertine deixa de ser a amante, passa a ser a esposa. Da indiferença ao ciúme, surge uma segunda mulher, um terceiro elemento: Andrée. Colega de infância de Albertine, vive com ela uma ambígua proximidade. Invocando as danadas cidades de Sodoma e Gomorra, o autor francês avança, um passo mais, em busca do seu perdido tempo.

Albertine já despertou todo o seu desejo. Ficou depois um calmo vazio. Com a presença de Andrée, uma amiga dos tempos de escola, cria-se um triângulo. Tocando o tema da homossexualidade (masculina e feminina), Marcel Proust escreveu o quarto volume de «Em Busca do Tempo Perdido» em 1921. Depois de «O Lado de Swann», «À Sombra das Raparigas em Flor» e «O Lado de Guermantes», mergulhamos num mundo de frias e pecaminosas sensualidades. Mais do que o amor ou o sentimento amoroso, Marcel Proust avança com o tema da moral. Seguir a natureza ou a moral? Pergunta a aprisionar o homem à sociedade e às suas leis.

Conhecendo por dentro a sociedade parisiense de inícios de século, tendo convivido de perto com a alta sociedade, Proust afasta-se deste ambiente após a morte da mãe, iniciando em 1913 o primeiro de sete volumes de «Em Busca do Tempo Perdido». Marcando com este deambulatório percurso o surgir do romance moderno, obtém em 1919 o Prémio Goncourt. Para a posteridade ficou a obra que pode agora reencontrar numa cuidada edição do Círculo de Leitores.

http://www.circuloleitores.pt/cl/artigo.asp?cod_artigo=95497
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Offline Oceanos

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #14 Online: 10 de Junho de 2007, 16:46:18 »
Dentro de uma balada o que ele deveria ter feito é chamar ela pra dançar, dar uma fungadas no cangotem dela, umas passadas de mãos nas costas , umas apertadas, e uns beijos…… Isso lá é lugar pra falar sobre livros?
Eu também acho que ela só queria sexo...

Offline Worf

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #15 Online: 10 de Junho de 2007, 17:11:43 »
Proust era gay. Namorava com um compositor, o Reynaldo Hahn (gay; musicou lindamente umas poesias de Verlaine, que também era gay). E Pessoa, bem… Era meio gay, também. Mario de Sá-Carneiro se matou por causa dele. :lol: Acho que Pessoa não o quis, devia ser celibatário.

Quanto à moça: mulher gosta de falar. Vai ver você falou demais, só isso. Nunca vi mulher achar ruim quando alguém a ouve ou finge que a ouve. Mas é só não a deixar falar que ela se irrita. Devia ter feito o que o Barata falou. Balada não é lugar pra conversar.

Offline Nyx

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #16 Online: 10 de Junho de 2007, 17:17:00 »
 :| Acho que a coitadinha se sentiu inferiorizada mesmo.


 :P Não é todo mundo que sabe discutir Proust.



Offline Quereu

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #17 Online: 10 de Junho de 2007, 20:28:51 »
A mulher falou que estava carente, queria um amor. Lembrei do Proust porque depois que a gente o lê percebe uma nova dimensão do ser humano - ele nos ensina amar porque nos leva a uma maior compreensão. Ele era um agudo psicólogo. Foi por aí que tentei enveredar o papo. Mas ela queria amor, não entender o amor. Quem quer elocubrações sobre o amor na madrugada de um baile? Só eu mesmo…
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rizk

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #18 Online: 10 de Junho de 2007, 20:37:45 »
Sábios jovens. Quando se conversa com alguém que a gente quer ali na hora e nada mais, temos que reduzir nossa participação vocal a perguntar e concordar. Vocês dizem aí especificamente pra mulher, mas devem convir que os rapazes também são vaidosos e a-do-ram falar de si :D

E, migo... a pessoa acabou de te conhecer e já diz que quer AMOR... pelo amor de deus, sorte sua ter sido pedante e feito ela fugir. :wink:

Offline Oceanos

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #19 Online: 10 de Junho de 2007, 22:56:56 »
Eu ainda acho que ela só queria sexo e só falou aquilo porque pensou que era o meio mais fácil de conseguir contigo.

Offline Nightstalker

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #20 Online: 10 de Junho de 2007, 22:59:38 »
Poderia ter citado Paulo Coelho, você teria ganhado ela com certeza.
Conselheiro do Fórum Realidade.

"Sunrise in Sodoma, people wake with the fear in their eyes.
There's no time to run because the Lord is casting fire in the sky.
When you make sin, hope you realize all the sinners gotta die.
Sunrise in Sodoma, all the people see the Truth and Final Light."

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #21 Online: 10 de Junho de 2007, 23:01:46 »
Sábios jovens. Quando se conversa com alguém que a gente quer ali na hora e nada mais, temos que reduzir nossa participação vocal a perguntar e concordar. Vocês dizem aí especificamente pra mulher, mas devem convir que os rapazes também são vaidosos e a-do-ram falar de si :D

E, migo… a pessoa acabou de te conhecer e já diz que quer AMOR… pelo amor de deus, sorte sua ter sido pedante e feito ela fugir. :wink:

Pensei a mesma coisa.

Offline uiliníli

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #22 Online: 10 de Junho de 2007, 23:11:02 »
Pois é, quem garante que não era "fazer amor" que ela queria... :roll:

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #23 Online: 10 de Junho de 2007, 23:42:22 »
Pois é, quem garante que não era "fazer amor" que ela queria… :roll:

Odeio estes eufemismos "fazer amor", "ir para cama", "dormir com"...
Eu digo "meter", "foder", "copular", "fazer sexo"...

Offline Diegojaf

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Re: A maldição dos livros perfeitos
« Resposta #24 Online: 10 de Junho de 2007, 23:51:16 »
Copular?? :hein:
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