A Cegueira Ideológica de VejaVeja se tornou a revista de um olho só. Aquele que condena Israel permanentemente e vitimiza os palestinos indefinidamente. Não conseguindo enxergar diferente, o semanal culpa Israel até quando a briga é entre Fatah e Hamas, abusando para isso de erros históricos e omissões.
Este comentário foi indicado por Irene Walda Heynemann
A Revista Veja em sua edição de número 2013, de 20 de junho de 2007, traz a reportagem de Diogo Schelp sobre o conflito intra-palestino, dividida em duas partes intituladas, "Irmãos x Irmãos" e "Oportunidades Perdidas". Nelas, o número de erros históricos é uma enormidade. Ignora a história do vínculo do povo judeu nos 2000 anos de diáspora com a Terra de Israel e a história do sionismo anterior à Segunda Guerra; culpa Israel dos problemas dos palestinos; não vincula a incitação ao ódio da sociedade palestina com sua cultura da intolerância e violência; não vincula o muro e as "humilhações" sofridas pelos palestinos com o terrorismo. Fala da Guerra dos Seis Dias como se fosse uma guerra expansionista, diz que os refugiados foram expulsos em 1947 (?), e por aí vai....
Em outras palavras, até quando palestinos se matam entre si, a culpa tem de ser de Israel. Como poderia ser de um deles?
Além dos erros, omissões e defeitos, dois pontos interessantes chamam a atenção na matéria de Diogo:
1- O texto argumenta que basta usar-se o bom senso que a situação se resolve. Israel entrega Judéia, Samária e Jerusalém e o problema acaba. É o que a matéria argumenta. Como se fosse assim fácil, e já não tivesse sido tentado antes. Além disso, se existe alguém na história que provou que está disposto a fazer concessões em terras em troca de paz, foi Israel, ao entregar o Sinai ao Egito e Gaza aos palestinos.
2 - Uma frase salta aos olhos quando se lê o artigo. Ela argumenta, " O espantoso nível de violência entre, teoricamente, irmãos se encaixa na lógica tribal predominante". O que seria teoricamente irmãos? Os membros do Hamas deixaram de ser palestinos agora? Ou estaria a Veja, dizendo que os palestinos como povo não existem, mas são uma reunião de tribos árabes? Ou quem sabe, ainda mais grave, os membros do Hamas só servem para serem contados como palestinos quando são mortos por Operações Israelenses, se tornando assim vítimas do Estado beligerante?
Seria uma boa entender o sentido profundo desta afirmação. Ela pode explicar muita coisa.
Mas alguns trechos necessitam de uma análise mais apurada, para mostrar até que ponto a Veja chegou na manipulação de informações.
Para não confundir nossos leitores, vamos destrinchar o texto, usando negrito sublinhado para as partes defeituosas que queremos destacar e as nossas respostas serão escritas em azul. Vamos lá:
"Irmãos x Irmãos"
........Os palestinos já não sofrem horrores desde a criação do estado de Israel, com a perda progressiva de suas terras, as guerras malfadadas, a ocupação ou o cerco das forças israelenses? Pois nunca uma situação é tão ruim que não possa ficar mais insuportável ainda...............................
Perda progressiva de terras? Para quem? Primeiro, não havia um estado palestino. Havia o mandato britânico que deveria ser repartido em dois estados, um judeu e outro árabe ( o segundo, já que a Jordânia em outra partição semelhante havia sido criada poucas décadas antes). Quem não aceitou a partilha foram os árabes que partiram para a guerra. Quem dominou estes locais por 20 anos, até a guerra dos seis dias foram respectivamente, Egito e Jordânia. Até que estes países entraram em guerra com Israel e perderam tais territórios para o Estado Judeu. E de lá para cá, qual outra "perda progressiva" de terras houve?
Guerras Malfadadas? Realmente, malfadadas para os árabes que as convocaram, colocaram os palestinos no meio da brincadeira e depois os abandonaram a sua própria sorte. Todas as guerras realizadas contra Israel até hoje, foram iniciadas, sem exceção alguma pelos países árabes, que deveriam arcar com a responsabilidade por elas...e por suas consequências.
O "cerco" e a "ocupação" não ocorreriam se :
a - Os árabes não tivessem saído em guerra com Israel e estas terras estivessem em mãos árabes
b - O terror não torpedeasse qualquer tentativa de paz e de acordos.
Se os palestinos sofrem tanto com a ocupação, porque estão implorando para o retorno dela a Gaza para acabar com esta bagunça?
E se o problema era a "ocupação", porque continuam a atirar mísseis de lá, mesmo depois do fim dela?
"Oportunidades Perdidas"
Do lado palestino, o mais sofrido é admitir que os refugiados expulsos desde a primeira partilha, em 1947, não terão o direito de retorno garantido a seus locais de origem hoje em território de Israel – foi por isso que Yasser Arafat refugou a maior oportunidade de um acordo que já houve, em 2000, sob os auspícios do então presidente Bill Clinton.
Primeira partilha em 47? Porque, houve outra depois? Se houve alguma outra foi antes, e esta não seria a primeira partilha.
Existiram sim refugiados que foram expulsos da guerra de 48, mas a grande maioria saiu por convocação dos países árabes que não se esqueçam foram os responsáveis e os perpetradores da guerra. Estes refugiados são somente uma consequência, aos quais estes mesmos países árabes trataram de usar como bucha de canhão política para ter algum argumento para manter a guerra contra Israel até os dias de hoje.
E os refugiados judeus, expulsos dos países árabes, perdendo todos os seus pertences e a vida que construíram lá, vão receber algo em compensação por estes danos? E para que os palestinos querem um país se pretendem retornar a Israel, coisa que destruiria o país como um Estado Judeu? E porque Israel em uma NEGOCIAÇÃO teria que ceder 100% do que os palestinos pedem e mais um pouco e eles não podem conceder nada, sendo eles próprios os causadores de todo o seu drama?
A convicção de que a culpa é sempre do outro lado, o que remonta às origens do estado judeu ("Para onde iríamos depois do genocídio de 6 milhões de nós?", pergunta um lado; "Por que nós tivemos de pagar por isso?", refuta o outro), criou uma sensação de vitimização que parece intransponível.
Aqui, Diogo e Veja, simplesmente repetem a mais pura propaganda palestina revisionista e recaem em gravíssimo erro histórico, ao dizer que o estado de Israel é consequência do Holocausto. Não é verdade. O sionismo começou no século XIX e as primeiras emigrações em massa foram realizadas no final deste século ainda. O país já tinha uma certa estrutura para declarar a independência três anos somente após o fim da segunda guerra.
Vale lembrar ainda que nunca deixaram de existir pequenas comunidades judaicas em Israel durante os dois mil anos de diáspora. Jamais os laços foram rompidos totalmente
Nos territórios palestinos, 85% da população nasceu depois de 1967, quando Israel tomou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza durante a Guerra dos Seis Dias. Ou seja, a totalidade dos jovens palestinos não conhece outra realidade que não viver sob a ocupação israelense.
Porque, qual a realidade anterior que viviam? Estar sob ocupação jordaniana e egípcia? Era melhor?
E que história é essa de "tomou"? Quando alguém te ataca querendo te destruir, você se defende e conquista algo, isso é "tomar" de alguém? Cadê a contextualização dos fatos? Ou admitir que os palestinos não são tão vítimas em toda esta história faz mal?
Exatamente por isso, as pesquisas de opinião mostram que os palestinos entre 18 e 25 anos formam a faixa etária mais hostil a Israel. O tormento da ocupação infiltra-se nos atos mais banais, alimentando a cultura da intolerância e da violência.
Veja oculta um fato aqui. Onde foi parar os livros escolares, a mídia, as mesquitas, os jornais, a rádio e a televisão, os acampamentos de verão e as escolas palestinas que constantemente incitam ao ódio e a violência? Não seria isso a causa muito mais forte, grave e constante desta violência e do alimento à intolerância?
Para ir de uma cidade a outra, quase sempre é preciso passar por uma das 500 barreiras militares colocadas pelo Exército israelense na Cisjordânia. Todo palestino tem uma história de humilhação sofrida em uma dessas barreiras.
Quem é revistado e pega fila em aeroportos do mundo inteiro hoje por causa do terrorismo, é humilhado também? Quem atravessa fronteiras entre países que pega filas e checagens está sendo humilhado?
E mesmo que assim fosse, que culpa tem Israel, que não quer ver suas crianças, mulheres e velhos mortos por terroristas suicidas? Não houvesse isso não haveria demora, "humilhações" e etc....
E os israelenses quer diariamente pegam filas, são revistados e tem que parar em todos os lugares públicos por conta das bombas e armações palestinas, não estão sendo também "humilhados"?
O nível de desemprego é de 24%, mas as melhores oportunidades de trabalho para os jovens estão do outro lado do muro que separa o território palestino do israelense, construído a partir de 2002.
Que bonito! Veja reconhece implicitamente, mas não explicitamente que Israel dá oportunidades de empregos decentes a milhares de palestinos em seu território para que não morram de fome. Que outro país em conflito já fez isso com seus inimigos?
Querendo atacar Israel por causa da cerca ( e não muro), Diogo teve que usar este argumento, mas tentou disfarçá-lo para que uma verdade aterradora destas não ficasse explicita. Afinal, o que será que existe do "OUTRO LADO DO MURO QUE SEPARA O TERRITÓRIO PALESTINO DO ISRAELENSE"? UAU!!!! ISRAEL!!!! Será a maldição do oráculo de um olho só?
Além disso, a reportagem não menciona e não contextualiza que estes empregos não estão em risco. Palestinos continuam indo trabalhar normalmente. A cerca só serve para INTERROMPER FLUXO DE TERRORISTA. Quem tem papelada e visto de trabalho entra facilmente em Israel.
E por fim, mas não menos importante: NÃO QUISESSE CERCA, NÃO COMETESSE TERRORISMO. A CERCA DE SEPARAÇÃO É CONSEQUENCIA DO TERROR. FOI CONSTRUIDA POR CAUSA DELE. NÃO A QUER? PAREM O TERRORISMO. DESARMEM O HAMAS, JIHAD ISLAMICA, BRIGADAS DE MARTIRES. A FÓRMULA É SIMPLES. BASTA APLICAR.
Estes são os principais defeitos de uma matéria corrompida, onde o principal objetivo do autor foi tentar aliviar a barra de Hamas e Fatah na luta intestina palestina e culpar Israel de alguma maneira pelo fracasso na estabilização da região.
É verdade, acreditem: para a mídia, palestinos nunca fazem nada errado. Israelenses nunca fazem nada certo. Por convenção. Ou nem que tenhamos que forçar a barra um pouco para isso
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