E olha o Chavez aí de novo.
Nada como o monopólio da informação para forçar o consenso.
Depois da RCTV, parece que a Globovision é a bola da vez.
08/07/2007 - 18h22
Globovisión denuncia "pressões" e "ameaças" por parte do Governo Chávez
Caracas, 8 jul (EFE).- A rede de notícias "Globovisión" reiterou neste domingo que sofre "pressões" e "ameaças" por parte do Governo da Venezuela, por causa de sua linha "independente", o que mostra que no país existe uma "política de Estado de flagelação e intimidação para restringir a liberdade de expressão".
A "Globovisión" enviou uma carta ao vice-presidente venezuelano, Jorge Rodríguez, no dia 29 de junho, e publicou a mensagem hoje como aviso publicitário na imprensa local, para responder a uma declaração do alto funcionário durante um ato oficial pelo Dia do Jornalista.
A carta citou a afirmação de Rodríguez de que "não houve Governo na história política deste país que respeite mais a liberdade de expressão como o Governo bolivariano do presidente (Hugo) Chávez".
Na carta, assinada pelo presidente da rede, Guillermo Zuloaga, a "Globovisión" afirma que a declaração oficial de que existe plena liberdade de expressão "não consegue respaldo" na "realidade" venezuelana.
Contou que a rede - opositora do Governo - foi "ameaçada constantemente" por Chávez e outros funcionários com a não renovação de sua concessão, que vence em 2015, segundo dados da empresa.
"O Governo decidiu pressionar a 'Globovisión' negando-lhe a possibilidade de ampliar sua cobertura (...) não respondeu a mais de dez pedidos de permissões (...) e ignoraram direitos que a 'Globovisión' tem sobre freqüências que estavam reservadas a seu favor", afirmou a carta.
Em 2 de junho, num grande ato governista em Caracas, Chávez lembrou que a lei local permite suspender a concessão de um meio não só porque ela vence, mas "antes, por violações à Constituição", em clara referência à "Globovisión".
Uma semana antes, o ministro da Comunicação e Informação, William Lara, acusou a "Globovisión" na Promotoria de "instigar o magnicídio (assassinato do governante)" e encorajar os protestos em Caracas a favor da rede "Radio Caracas Televisión" ("RCTV").
A carta da "Globovisión" afirma que na Venezuela o "sistema de justiça é usado como mecanismo para amedrontar", e exemplificou que apenas contra si "existem 19 ações judiciais, seis procedimentos administrativos e várias investigações penais (...) todas improcedentes e com claras motivações políticas".
"Senhor vice-presidente, diante de uma realidade como esta, plenamente constatada pelos venezuelanos e pelo mundo, suas declarações (de que agora na Venezuela existe, como nunca, plena liberdade de expressão) não conseguem apoio algum e simplesmente evidenciam essa política arrumada de Estado para amedrontar a "Imprensa Livre", concluiu a mensagem.