Autor Tópico: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento  (Lida 1012 vezes)

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Offline Diego

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A Rússia se retirou hoje do tratado de Forças Convencionais na Europa (FCE), um dos acordos mais importantes de desarmamento da Guerra Fria e fundamental para a estabilidade do continente europeu, aumentando ainda mais a tensão das relações do país com o Ocidente.

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou o decreto que suspende a obrigatoriedade da Rússia de cumprir o disposto no FCE devido "às extraordinárias circunstâncias que afetam a segurança da Federação Russa e que exigem a adoção de medidas irreparáveis".

Em abril, o dirigente russo já tinha cogitado impor uma moratória para o cumprimento do FCE em sua mensagem sobre o estado da nação.

No discurso, ele deu um ano de prazo à Otan para cumprir suas exigências de não enviar forças ao país.

O tratado foi assinado em Paris em 19 de novembro de 1990, um ano antes do desmembramento da União Soviética (URSS), quando Mikhail Gorbachov chefiava o país e George Bush, pai do atual presidente dos Estados Unidos, estava à frente da Casa Branca.

O FCE, que muitos políticos e militares russos consideram contraditório, limita a presença de forças armadas e armamento convencional - tanques, blindados, artilharia pesada e aviação de combate - na Europa, incluindo áreas da parte européia da Rússia.

A decisão russa de se retirar do acordo ocorre em um contexto de confronto entre Moscou e Washington devido aos planos americanos de instalar componentes do sistema de Defesa Nacional contra Mísseis no Leste Europeu, o que a Rússia considera uma "ameaça direta" à sua segurança.

Em sua visita aos Estados Unidos no início de julho, Putin havia proposto ao presidente americano, George W. Bush, alternativas à instalação do escudo americano na Polônia e na República Tcheca, como o uso de dois radares, um na Rússia e outro no Azerbaijão, perto do Irã.

A ausência de uma resposta positiva por parte de Washington - o chefe do Pentágono, Robert Gates, descreveu as propostas russas como complementares" - parece ter levado Moscou a tomara a decisão.

Minutos depois do anúncio do Kremlin, o Ministério de Assuntos Exteriores russo disse em comunicado que a suspensão do tratado entrará em vigor 150 dias depois de a Chancelaria informar aos signatários do acordo da decisão russa.

O chefe do Kremlin mandou que o Ministério envie hoje as notificações necessárias.

O comunicado, que descreve o decreto presidencial como "sem precedentes na história moderna da Rússia", lembra que Moscou tinha advertido de que a atual situação "não responde aos interesses de segurança da Rússia e não podia continuar eternamente".

Por isso, a Rússia "suspenderá provisoriamente o fornecimento de informação - aos outros países signatários - e as inspeções" internacionais, e não se considerará obrigada a "limitar seu armamento convencional", principalmente em regiões fronteiriças, como o Cáucaso, tradicionalmente o local mais instável da Rússia.

No entanto, acrescenta a nota, "a quantidade real de armamento dependerá da evolução político-militar, o que inclui a disposição dos outros países do FCE em mostrar moderação".

A Rússia, que considera que o tratado "impede o combate eficaz do terrorismo", acusa a Otan de não ratificar o novo convênio assinado em 1999 que deveria fazer com que o tratado se adaptasse à nova situação criada com o desmantelamento da URSS.

Realmente, apesar de Moscou ter ratificado esse convênio, a Rússia ainda mantém presença militar na Geórgia e na região separatista da Transnístria, na Moldávia, o que fez com que vários países da Otan se negassem a cumprir o FCE.

Em todo caso, o Ministério de Exteriores russo indicou em seu comunicado que a decisão não significa que a Rússia "fecha a porta a um diálogo futuro", já que, "em caso de os temas colocados pela Rússia serem resolvidos, poderá ser garantido com rapidez o cumprimento coletivo das premissas do tratado".

A resposta da Otan, que considera que não se deve misturar o caso do escudo com o tratado FCE, não demorou e o porta-voz da organização, James Appathurai, qualificou o anúncio da Rússia de "decepcionante" e de "um passo na direção errada".

"A Otan lamenta esta decisão. Os países aliados consideram que o tratado é uma pedra angular importante da segurança européia", acrescentou.

Em sua última visita à Rússia, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, havia pedido a Moscou que não se retirasse do FCE, "um dos mais importantes acordos do século XX".

A decisão russa de deixar o acordo significa também a suspensão de outros tratados relacionados ao FCE e assinados também antes da queda da URSS.

Entre esses está o tratado de limites máximos para a quantidade de armamento convencional presente no território da URSS e nos países do Leste Europeu que faziam parte do Pacto de Varsóvia (Bulgária, Hungria, Polônia, Romênia e Tchecoslováquia).

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2007/07/14/ult1808u97023.jhtm

Offline Daniboy

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #1 Online: 14 de Julho de 2007, 19:25:50 »
Os EUA tentaram fazer a UE uma intocável como eles, nisso que dá.

:o
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Offline Porto

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #2 Online: 14 de Julho de 2007, 21:28:25 »
Esse é o legado que o governo Bush está dando ao mundo.
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"....mas há que notar que na época de Pepino, o breve, diriam que é praticamente herético usar manteiga e azeite de oliva na mesma refeição."

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #3 Online: 28 de Março de 2009, 02:58:42 »
EUA e Rússia estudam novo acordo de desarmamento


Hillary afirmou que EUA querem 'reiniciar' relações com a Rússia

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concordaram nesta sexta-feira em tentar alcançar até o final do ano um novo acordo para a redução de armamentos estratégicos, entre eles armas nucleares (o acordo é conhecido pela sigla inglesa Start).

"Esta é a maior prioridade de nossos governos", afirmou Hillary Clinton após um encontro de duas horas de duração com Lavrov, em Genebra, na Suíça.

Já o chanceler russo, descreveu o atual acordo para o desarmamento - que expira no próximo mês de dezembro - como "obsoleto".

Pelo Start I, assinado em 1991 pela então União Soviética e os EUA, os dois países se comprometeram a limitar em 6 mil o número de ogivas nucleares para cada um dos lados, assim como em 1.600 o número de mísseis e bombardeiros.

O acordo foi seguido pelo Start II, que, no entanto, nunca foi colocado em prática.

Divergências

Após a reunião em Genebra, Hillary e Lavrov também afirmaram que os dois países concordaram em trabalhar juntos em outras questões de interesse comum, como a Guerra no Afeganistão, o Oriente Médio, Irã, a Coreia do Norte e a redução de armas nucleares.

Mesmo assim, os dois representantes afirmaram que as diferenças nas posições dos dois países continuam.

"Eu estou convencido de que a secretária de Estado (Hillary Clinton) vai concordar que estas prioridades coincidem em sua maioria. (Mas) seria um exagero afirmar que concordamos em tudo. Chegamos a um consenso de que em todas as questões, incluindo aquelas em que temos diferenças, nós trabalharemos como parceiros, de modo honesto e aberto", disse Lavrov após a reunião.

Já Hillary afirmou que as relações entre os dois países precisam de "mais confiança, previsibilidade e progresso".

Tradução

Durante o encontro entre os dois diplomatas, Hillary fez uma brincadeira com Lavrov, presenteando-o com uma pequena caixa com um botão vermelho com a palavra "reset" (reiniciar, em tradução livre), um símbolo da vontade de Washington de começar uma nova relação com Moscou.

A brincadeira, no entanto, não foi totalmente bem sucedida.

Ao entregar o presente a Lavrov, Hillary perguntou se a tradução estava correta, afirmando que "trabalhamos duro para achar a palavra certa em russo".


Presente dado por Hillary a Lavrov tinha erro de tradução

"Você acha que acertamos?", perguntou Hillary.

Lavrov, no entanto, afirmou que a tradução estava errada.

Ele se referia ao fato de o botão trazer a palavra russa "Peregruzka", que significa algo como "sobrecarregado", e não "Perezagruzka", que seria a tradução correta para o russo.

Mesmo assim, o chanceler afirmou que guardaria o presente em sua mesa de trabalho.

Divergências

Antes do encontro, em uma entrevista à BBC em Bruxelas, Hillary afirmou que o desejo do presidente dos EUA, Barack Obama, de renovar as relações com Rússia não quer dizer que Washington esteja desistindo de apoiar seus aliados.

"Existem áreas em que nós simplesmente discordamos completamente, e não vamos colocar isso debaixo do tapete", afirmou Hillary, em entrevista à BBC.

"Não vamos reconhecer as zonas separatistas da Geórgia, não vamos reconhecer qualquer esfera de influência por parte da Rússia ou nenhuma possibilidade de eles terem algum poder de veto sobre quem pode se juntar à União Europeia ou à Otan", acrescentou.

As relações entre russos e americanos se deterioraram nos últimos anos. O papel da Rússia na guerra na Geórgia e o apoio dos Estados Unidos à entrada da Geórgia e da Ucrânia na Otan contribuíram para isso.

Outro tema que provoca atrito na relação entre Estados Unidos e Rússia são os planos americanos de instalar um sistema de defesa antimísseis nos territórios da Polônia e da República Checa. A iniciativa não conta com a aprovação de Moscou.

O correspondente da BBC em Moscou, Rupert Wingfield-Hayes, no entanto, afirma que a situação agora está diferente, com a Rússia sinalizando com uma postura menos beligerante.

Segundo ele, a crise financeira atingiu fortemente a economia russa, e o país agora precisa de parceiros e investimentos, e não de uma nova Guerra Fria.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090306_hillarylavrov_cq.shtml

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #4 Online: 06 de Abril de 2009, 16:26:12 »
Rússia e EUA anunciam retomada de negociações nucleares

A Rússia e os Estados Unidos deverão retomar negociações sobre a redução de seus arsenais nucleares, disseram nesta quarta-feira os presidentes russo, Dmitry Medvedev, e americano, Barack Obama.

O anúncio foi feito em um comunicado conjunto, após um encontro entre os dois presidentes, que estão em Londres para participar da reunião dos líderes do G20, que ocorre nesta quinta-feira.

Os dois presidentes disseram ter ordenado a seus negociadores nucleares que apresentem os primeiros resultados em julho.

Obama já disse que há diferenças marcantes entre Washington e Moscou, mas também há diversos interesses comuns. Segundo o líder americano, Estados Unidos e Rússia estarão em uma posição mais forte para reforçar o Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares se derem o exemplo e reduzirem seus próprios arsenais.

A expectativa é de que essas negociações levem a um novo acordo para substituir o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start, na sigla em inglês), que expira no final do ano.

Atualmente, os Estados Unidos têm 2,2 mil mísseis nucleares estratégicos e a Rússia, 2,8 mil. Segundo um tratado firmado em 2002, os dois lados se comprometeram a reduzir esse arsenal para entre 1,7 mil e 2,2 mil até 2012, mas um novo acordo poderia definir uma redução ainda maior.

Otimismo

O presidente americano aceitou um convite de Medvedev para visitar Moscou em julho. Os dois líderes também afirmaram que concordaram em discutir a "cooperação internacional mútua".

Após o encontro com Obama, Medvedev disse estar otimista em relação ao futuro das relações bilaterais.

Segundo o especialista em diplomacia da BBC Jonathan Marcus, este é o primeiro sinal tangível de um restabelecimento das relações entre Moscou e Washington desde que Obama assumiu o governo.

No comunicado conjunto, Obama e Medvedev pediram ainda que o Irã colabore com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e prove que seu programa nuclear tem fins pacíficos - e não o objetivo de desenvolver armas nucleares.

Os dois presidentes também concordaram em trabalhar juntos em relação ao Afeganistão e expressaram preocupação com os planos da Coreia do Norte de lançar o que se supõe ser um míssil de longo alcance.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/04/090401_russiaeuanuclear_ac.shtml

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #5 Online: 23 de Março de 2010, 09:47:12 »
Moscou prevê acordo armamentista Rússia-EUA nos próximos dias

Negociadores da Rússia e dos EUA devem concluir nos próximos dias um histórico novo acordo de desarmamento nuclear, disseram autoridades russas na segunda-feira.

"Estamos quase, acho que esse negócio será concluído nos próximos dias", afirmou o vice-chanceler Sergei Ryabkov à agência estatal RIA.

Objeto de meses de negociação em Genebra, o acordo é um elemento crucial para a melhoria das relações russo-americanas, após anos de tensões.

Na sexta-feira, durante visita a Moscou, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse que os dois governos estão "à beira" de substituir o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start 1), que foi adotado em 1991 e expirou em dezembro de 2009.

Também na segunda-feira, o mais graduado general russo, Nikolai Makarov, disse que o acordo deve ser assinado em abril, mas que ainda há discordâncias sobre a polêmica questão da disputa antimísseis.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23703455

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #6 Online: 26 de Março de 2010, 15:29:34 »
Obama e Medvedev fecham pacto sobre armas nucleares

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente russo, Dmitry Medvedev, fecharam um acordo para um tratado histórico de redução de armas nucleares durante um telefonema nesta sexta-feira, informou a Casa Branca.

Obama e Medvedev irão se encontrar no dia 8 de abril em Praga para assinar o tratado.

"Esse acordo histórico é um avanço na segurança de ambas as nações, e reafirma a liderança norte-americana e russa em nome da segurança nuclear e não-proliferação mundial", disse a Casa Branca em comunicado.

Depois de meses de impasse, um acordo para a substituição do tratado START, do período da Guerra Fria, marcou a mais concreta conquista de Obama em política externa desde que assumiu o cargo, e poderá impulsionar seu esforço de "recomeçar" as relações com Moscou.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=23734502

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Offline Geotecton

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #7 Online: 27 de Março de 2010, 13:41:51 »
Rússia e EUA anunciam retomada de negociações nucleares

[...]

Atualmente, os Estados Unidos têm 2,2 mil mísseis nucleares estratégicos e a Rússia, 2,8 mil. Segundo um tratado firmado em 2002, os dois lados se comprometeram a reduzir esse arsenal para entre 1,7 mil e 2,2 mil até 2012, mas um novo acordo poderia definir uma redução ainda maior.

[...]


Unknow tenho pelos menos duas dúvidas neste trecho.

A primeira é que, eu acho, nem os EUA e nem a Rússia tem aquele número de mísseis nucleares, e sim de ogivas operacionais.

Basta lembrar, por exemplo, que cada míssil estadunidense Trident D5, do tipo SLBM, carrega de 10 a 14 ogivas nucleares do tipo MARV e que um submarino da classe Ohio carrega 24 desses mísseis. Se não estiver enganado existem 16 submarinos operacionais deste tipo na frota da US Navy.

A segunda é que acho que mesmo com uma (teórica) superioridade técnica dos vetores estadunidenses, eles não permitiriam uma supremacia russa em número de ogivas nucleares.

Por fim, há de se verificar quantas ogivas nucleares que estão na reserva, em cada Estado supramencionado possui.
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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #8 Online: 21 de Novembro de 2010, 03:14:04 »
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Obama anuncia novo escudo antimísseis para os países da Otan

Sistema será capaz de defender a Europa, parte da Ásia e os Estados Unidos contra projéteis de longo alcance

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira que foi fechado um acordo para implementar um sistema de defesa antimísseis, que cobrirá todos os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). A decisão foi tomada durante uma reunião da cúpula do grupo, que acontece em Lisboa.

A Otan pedirá à Rússia que coopere com a o "escudo", que protegerá os países da aliança tanto na Europa como na América do Norte. Outra decisão tomada no encontro foi a de apoiar um acordo entre a Rússia e os Estados Unidos, que prevê a redução de seus estoques de armas nucleares.

Neste sábado, a cúpula discutirá a Guerra no Afeganistão, com a meta de encerrar os combates em 2014, e receberá o presidente russo, Dmitry Medvedev. Segundo Obama, o Afeganistão "está entrando numa nova fase", já que o país agora enfrenta uma transição, na qual autoridades afegãs terão mais responsabilidades. Essa passagem de poder será tema da discussão entre os 48 países que enviaram forças militares ao país.

"A transição começará no início de 2011 e deve ir de forma escalonada até 2014. Isso não significa que vamos retirar todas as tropas em 2014. Vamos permanecer ainda um bom tempo por lá, mas com outras tarefas, principalmente de formação", afirmou o secretário geral da aliança Anders Rasmussen.

Máfia do ópio

O presidente afegão, Hamid Karzai, que deve comparecer à cúpula neste sábado, disse querer que a Otan passe ao país o controle de sua segurança até o fim de 2014.

Para o correspondente da BBC em Cabul Paul Wood, a última coisa que a Otan quer é deixar que partes do país terminem nas mãos de senhores de guerra e da máfia do ópio. Segundo ele, porém, se a violência chegar a um nível em que puder ser combatida por forças afegãs, a Otan considerará ter cumprido o papel e iniciará a retirada.

Convite ao Brasil

Sem ter a Rússia como inimigo, a Otan vai ampliar sua área de atuação. Os novos alvos agora incluem tráfico de drogas, de pessoas e de armas; terrorismo, crime organizado; consequências de Estados fracassados (como é o caso da Somália); ameaças ambientais e ciberataques.

Para combater esses crimes, a organização pretende realizar parcerias com outros países - e o Brasil é um deles. "Definimos aqui o que vai ser a aliança no século XXI", afirmou a ministra espanhola da Defesa, Carmen Chacón.

O governo russo também será consultado em temas como a luta contra a pirataria, o tráfico e o terrorismo. A Otan também pretende que Moscou participe do esforço no Afeganistão, enviando pessoal especializado para dar formação para as forças de segurança e permitindo que o transporte de tropas se faça através do território russo.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/obama+anuncia+novo+escudo+antimisseis+para+os+paises+da+otan/n1237831368798.html

Pergunta: se a Rússia se aliar à OTAN... qual será a utilidade da OTAN?

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #9 Online: 20 de Dezembro de 2010, 00:50:27 »
Obama pede que senado aprove tratado de armas com Rússia

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama voltou a pedir ao Senado americano que ratifique um tratado de controle de armas com a Rússia antes que o Congresso - atualmente liderado pelos Democratas - mude.

Alguns senadores republicanos tentaram adiar o debate até janeiro, quando o Congresso eleito incluirá mais senadores republicanos.

Em seu pronunciamento semanal, Obama disse que "a segurança e a proteção da América" estavam em jogo.

Os presidentes americano e russo assinaram um novo Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start) em abril, mas a ratificação foi adiada por causa de desacordos entre os partidos.

Para que os Estados Unidos transformem o acordo em lei, é preciso que o tratado seja aprovado por uma maioria de dois terços no Senado.

Isso quer dizer que, além dos votos dos 58 senadores democratas, Obama precisará de pelo menos nove votos republicanos a favor da ratificação.

O tratado é uma parte principal dos esforços de Obama para "reiniciar" as relações com a Rússia.

No entanto, os Republicanos levantaram uma série de questões sobre se o tratado permitirá a modernização do arsenal nuclear do país.

Diminuição de ogivas

Os termos do novo tratado restringiriam as duas nações a um máximo de 1.550 ogivas nucleares - um corte de cerca de 30% do limite de oito anos atrás.

O tratado limitará a 700 o número de mísseis e de aviões de bombardeio nuclear que podem ser acionados.

Também estabeleceria um novo mecanismo para o envio de inspertores a instalações nucleares em outros países.

No pronunciamento, Obama pediu aos Senadores que deixem de lado as diferenças partidárias e ratifiquem o acordo.

Ele lembrou que os tratados anteriores foram apoiados por todos os presidentes americanos desde Ronald Reagan, e disse que o atual acordo tem também o apoio dos militares.

O presidente americano disse ainda que não aprovar o tratado prejudicaria a credibilidade do país com outras nações.

"Corremos o risco de sabotar a liderança americana não só em proliferação nuclear, mas em outros desafios em todos o mundo", afirmou.

O tratado anterior expirou em dezembro de 2009 e, desde então, não Rússia e o Estados Unidos não puderam fazer inspeções nas reservas nucleares um do outro.

"Cada minuto em que nos arrastamos é um minuto em que não temos inspetores nas instalações nucelares russas", disse Obama. "Está na hora de acabar com isso".

A votação deve acontecer no começo na próxima semana.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/12/101218_obama_armas_russia_cc.shtml

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #10 Online: 21 de Dezembro de 2010, 02:44:43 »
Rússia diz que não aceita mudanças em tratado nuclear com EUA

A Rússia fez nesta segunda-feira um alerta aos parlamentares americanos, afirmando que qualquer mudança no tratado contra de armas nucleares entre os dois países de implicaria no fim do pacto.

O ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, disse nesta segunda-feira que o novo Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start) não pode ser renegociado, segundo a agência de notícias russa Interfax.

Apesar de o pacto ter sido assinado pelos dois governos em abril, sua ratificação nos Estados Unidos foi adiada por causa de objeções de senadores americanos, mas deve ocorrer nessa terça-feira.

“O tratado Start, cuja primeira versão foi feita sob total paridade (entre as duas partes), acata totalmente os interesses nacionais tanto da Rússia como dos Estados Unidos”, afirmou Lavrov à Interfax.

“Por isso, ele não pode ser reaberto nem se tornar alvo de novas negociações.”

Alguns republicanos vêm pressionando para mudar o texto do acordo. Eles também querem adiar o debate até janeiro, quando o Congresso eleito terá mais senadores do mesmo partido.

O senador republicano Jon Kyl afirmou no domingo que o “acordo precisa de alterações”. O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, também disse que se oporia ao acordo.

Votos suficientes

No entanto, cerca de dois terços do senado americano, formado por cem representantes, defende a ratificação da atual versão do tratado.

Senadores democratas afirmam ter votos suficientes para ratificar o tratado - que reduziria os arsenais dos Estados Unidos e da Rússia para 1,5 mil ogivas nucleares, um corte de cerca de 30% do limite de oito anos atrás.

O pacto também limitaria a 700 o número de mísseis e de aviões de bombardeio nuclear que podem ser acionados. Além disso, estabeleceria um novo mecanismo para o envio de inspetores a instalações nucleares em outros países.

Desde que o tratado Start anterior expirou, em dezembro de 2009, Rússia e Estados Unidos não estão conseguindo conduzir inspeções em seus respectivos arsenais nucleares – trazendo incertezas sobre o que cada lado está fazendo.

‘Segurança em jogo’

Se a ratificação do pacto for adiada, a situação do presidente americano, Barack Obama, no que diz respeito a um dos assuntos mais importantes de sua política externa, pode se complicar.

Isso porque em janeiro os republicanos terão mais representantes no Senado, reduzindo as chances de o acordo ser aprovado.

Obama, que sustenta que o pacto tornará o mundo mais seguro, está fazendo lobby com os senadores, pressionando para que eles aprovem o texto.

“A segurança dos Estados Unidos está em jogo”, afirmou o presidente americano sobre o tema no sábado, durante seu pronunciamento semanal.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/12/101220_lavrov_pacto_armas_mdb.shtml

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« Resposta #11 Online: 23 de Dezembro de 2010, 02:52:27 »
Senado dos EUA aprova pacto nuclear com a Rússia

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira um pacto nuclear com a Rússia que prevê a redução dos arsenais nucleares dos dois países.

Setenta e um senadores votaram a favor do tratado, conhecido como Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start, na sigla em inglês), cuja ratificação é vista como fundamental para as boas relações entre Moscou e Washington. Outros 26 parlamentares rejeitaram o projeto.

A ameaça de que o texto não fosse aprovado pelo senado levou figuras-chave do governo a se mobilizar para convencer parlamentares republicanos a respaldar o tratado.

No final, vários senadores republicanos, integrantes da oposição ao presidente Barack Obama, acabaram aprovando a proposta.

Ameaças

O tratado, assinado em abril por Obama e pelo presidente russo, Dmitry Medvedev, espera agora aprovação pelo Parlamento em Moscou, o que deve ocorrer no ano que vem.

Segundo o correspondente da BBC em Washington Iain Mackenzie, a oposição vinha ameaçando adiar a aprovação do Start para o ano que vem, alegando que o pacto iria restringir a capacidade de os Estados Unidos desenvolver um sistema de defesa antimísseis no futuro.

Eles também exigiram do governo que mais verbas fossem investidas na atualização do arsenal que permanecesse, caso o texto fosse aprovado.

O governo russo já havia publicamente criticado a possibilidade de que o texto do acordo, resultado de uma delicada negociação, fosse mudado pelos senadores em Washington.

Na segunda-feira, o chanceler russo, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, indicou que Moscou não aceitaria quaisquer alterações e que, caso elas fossem adotadas, isso significaria que o fim do tratado.

Redução

O Start reduz os arsenais dos Estados Unidos e da Rússia para 1,5 mil ogivas nucleares, um corte de cerca de 30% do limite de oito anos atrás.

O pacto também limita a 700 o número de mísseis e de aviões de bombardeio nuclear que podem ser acionados.

Além disso, estabelece um novo mecanismo para o envio de inspetores a instalações nucleares em outros países.

Desde que o tratado Start anterior expirou, em dezembro de 2009, Rússia e Estados Unidos não estão conseguindo conduzir inspeções em seus respectivos arsenais nucleares – trazendo incertezas sobre o que cada lado está fazendo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/12/101222_start_ratificadorg.shtml

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Re: Rússia se retira de um dos mais importantes acordos sobre desarmamento
« Resposta #12 Online: 14 de Abril de 2011, 10:14:28 »
EUA e Rússia iniciam inspeções de arsenal nuclear

Uma equipe de inspetores americanos chegou nesta quarta-feira à Rússia para realizar a primeira revisão do arsenal e das instalações nucleares do país sob o novo acordo de desarmamento, em vigor desde 5 de fevereiro.

Desde 6 de abril, ambos os países podem fazer inspeções mútuas, informou nesta quarta-feira o Departamento de Estado.

As inspeções no local, junto com as trocas de dados e notificações sobre os sistemas estratégicos e as instalações sujeitas ao novo Start, são elementos essenciais do regime de verificação estipulado entre ambos os países.

O novo acordo entrou em vigor em 5 de fevereiro depois que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, acertaram em Munique os instrumentos de ratificação correspondentes.

O tratado foi assinado em 8 de abril de 2010 em Praga pelos presidentes russo, Dimitri Medvedev, e americano, Barack Obama.

O novo tratado Start, que tem uma vigência de dez anos, reduz em 30% o número de ogivas nucleares, para 1.550 por país, e limita a 800 o de vetores estratégicos.

Além disso, introduz um novo sistema de inspeções dos arsenais nucleares.

No entanto, o acordo não limita as ogivas nucleares armazenadas que não estejam prontas para o uso, nem as chamadas "armas nucleares táticas", de menor alcance.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=28363518

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