acho que quase fiquei emocionado hoje. recebi um email do joão mellão neto(estava na lista por ter solicitado o livro dele de graça, ehe) com uma prestação de contas dos primeiros meses de mandato. pior é que eu justifiquei meu voto, o que me deixa até com a consciência pesada...
é/foi jornalista, não acadêmico, daí que não tenha idéias tão profundas. mas como político, como homem de ação, me cativou. apesar de ter escrito meu nome errado, a iniciativa é salutar. acho um exemplo a ser seguido.
já foi deputado federal, não entendi por que se contenta com uma vaga na assembléia estadual.
Caro Bruno
Escrevo a você, Breno , para apresentar-lhe um balanço resumido de meus primeiros três meses e meio de mandato como deputado estadual.
Faço parte da bancada de apoio ao governador José Serra que, a meu ver, vem fazendo uma excelente gestão. Neste sentido, não medi esforços no sentido de votar e aprovar todos os bons projetos provenientes do governo. Votei favorável à ampliação da Linha quatro do metrô paulistano, à criação da SPprev, - o instituto de previdência próprio dos funcionários públicos paulistas – ao piso estadual de R$ 420,00, como salário mínimo em todo território paulista e à Lei de Diretrizes Orçamentárias que define como será o orçamento do Estado em 2008.
Elaborei e apresentei, com amplo apoio da maioria dos deputados, um detalhado projeto de Lei que institui, no governo de São Paulo, o bem sucedido sistema norte-americano de provimento dos cargos de direção, lastreado em um órgão independente a ser criado, cuja função será analisar currículos e desempenho dos funcionários e apresentar ao governo os nomes mais capacitados para os postos. O órgão, à semelhança da OPM (Office of personnel management) americana, será independente do governo e avaliará os candidatos a cargos de direção levando em conta exclusivamente o mérito e a qualificação profissional de cada um, sem influências político-partidárias. A Lei cria, também, a carreira de gestores públicos, da qual só farão parte aqueles que, funcionários públicos ou não, tiverem sido aprovados em um curso de gestão pública que o governo disponibilizará através de convênios com instituições de ensino idôneas. A idéia é acabar de vez com o partidarismo, o amadorismo e o empreguismo na administração pública. O meu entendimento é que o poder público, no Brasil, desperdiça muito mais recursos por causa da incompetência dos quadros dirigentes (todos eles escolhidos por critérios políticos) do que até mesmo em função da corrupção. Esta lei, após aprovada, acaba definitivamente com este problema, como ocorreu nos EUA, com a aprovação da Lei Pedlenton, em 1883. A formulação de tal projeto de Lei demandou de minha parte, mais de três meses de estudos e pesquisas. Eu optei por exercer o mandato que me foi outorgado por pessoas esclarecidas, como você, apresentando poucos, mas profundos projetos de Lei.
Pretendo, para o início do segundo semestre, apresentar outro projeto de longo alcance, regulamentando a Lei de Falências no âmbito estadual. Já estou promovendo estudos neste sentido e conto, para tanto, com a assessoria de diversos especialistas.
Estou destinando as verbas a que tenho direito para ajudar as Santas Casas dos municípios paulistas, que estão em dificuldades financeiras devido aos repasses insuficientes do SUS, para o atendimento das populações carentes. A Santa Casa de São Manuel (cidade de meus ancestrais), por exemplo, só não fechou as portas devido às verbas que consegui liberar para lá.
No mais, continuo à sua disposição na Assembléia Legislativa. Meu gabinete é o 22, meus telefones são: 11 3886-6615 e 3886-6616 e meu e-mail é joao@mellao.com.br
Breno , espero, assim, estar fazendo jus, ao voto de confiança que você me concedeu. Estou aberto a sugestões de sua parte. Apareça por lá ou escreva-me, o que será muito proveitoso para o meu trabalho.
Um grande abraço do
João Mellão Neto
São Paulo, 20 de julho de 2007