Autor Tópico: Molécula Orgânica Gigante é Descoberta no Espaço  (Lida 1687 vezes)

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APODman

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Molécula Orgânica Gigante é Descoberta no Espaço
« Online: 25 de Julho de 2007, 11:13:49 »
Um dos argumentos recorrentes de criacionistas contra a origem da vida através da abiogênese é o fato de que longs cadeias de carbono são normalemnte muito frágeis e de difícil formação em ambiente natural na Terra quanto mais terem no espaço, um ambiente muito mais hostil permeado por radiações ionizantes que destruiriam estas frágeis moléculas.

Assim mesmo o meteorito Murchinson contendo cerca de 80 tipos de aminoácidos sendo 12 deles de uso por seres vivos isto não indicaria que cadeias de carbono complexas maiores do que 4 atómos de carbono poderiam ser formar espontâneamente natureza e o fato de que não tinhamos descoberto moléculas mais longas do que isto no espaço seria uma prova de que estariam certos. ( Uma cadeia de nove átomos de carbonos como o RNA nem pensar ! )

Mas mais uma vez o apelo a ignorância mostra o pq é uma falácia !

Uma equipe de astronômos do National Radio Astronomy Observatory, Virginia, conseguiu descobrir, através de espectroscopia, moléculas orgânicas com cadeias com 8 átomos de carbono em um envelope de gás o redor de um estrela moribunda.

Cada elemento da natureza possui um assinatura espectroscópica única já que é cada elemento ou composto químico possui uma quantidade de energia de ionização únicos.

Abaixo vemos o espectro solar completo, cada elemento ou molécula presente no Sol corresponde a um ou mis faixas escuras do espectro, estas faixas correspondem a energia da frequência eletromagnética que é absorvida pelos atómos dos elementos ou compostos químicos no Sol:



Observem que em algumas regiões do espectro existem bandas de absorção e não apenas linhas de absorção isto pq esta absorção corresponde aquela ocasionada por moléculas com muitos eletrons. Na verdade se utilziassemos espectroscópios de lata resolução estas bands mostrariam-se como uma miriade de linhas individuais o que permite indentificar qual a molécula é reponsável por ela.

Porém quanto maior a molécula maioir a complexidade ( maior o número de linhas ) que encontraremos nestas bandas assim a indeitificação de moléculas gigantes é muioto dificil por ser dificil determinar se tods as linhs correpondem a uma única molécula ou a muitas moléculas cujos eletrons absorvem a energia de frequências muito próximas daquelas que outros eletrons de outra molécula tb absorvem o que dificult o trabalho dos astronomos.

Apesar do espectro acima ser dentro da faixa de frequência da luz visível o espectro tb se extende tanto as frequências correspodentes as ondas de rádio quanto ao Raio-x nos extremos opostos do espectro. Assim os astronomos de um radio observatório utilizam o espectro na faixa do rádio apontando as antenas as estrels determinam quais frequências da emeissao de rádio são absorvidas pelos elementos ou moléculas constituintes da estrela.

Desenvolvendo simulações laboratoriais os astronomos do National Radio Astronomy Observatory determinaram qual seria o espectro esperado para diversos tipos de moléculas com cadeias longas de carbono. e então partiram para vasculhar o espaço com seus equipamentos buscando encontrar, em lugares específicos, pela assinatura química destas moléculas.

E foi ao observar a estrela IRC+10 216 a 500 milhões de anos-luz da Terra que finalmente localizaram o anion de uma molécula octatetraeno ( (C8H¯) com 8 átomos de carbono !

A IRC+10 216  é uma estrela moribunda, tendo cerca de 1,5x a 4x a massa  de nosso Sol ela é uma gigante vermelha que liberou ao espaço seus envelopes externos de gás criando uma gigantesca nuvem fria ao seu redor e justamente por ser fria que ela permite que tenham lugar reações químicas que formem moléculas complexas ( se fosse altmente radiante como um gigante azul a temperatura da nuvem aumentaria e ela se tornaria menos densa dificultando reações químicas complexas além do que a alta temperatura e a intensa radiação ionizante facilmente destruiriam moléculas grandes ). Por isto esta nuvem é conhecida como uma Nuvem Molecular.

Abaixo um sequência de imagens em infravermelho que mostra as mudanças desta nuvem o redor da estrela em um período de 3 anos:



Abaixo uma representação artística da região central da nuvem com Gignte vermelh ao centro circundada por uma infinidade de blocos de gelo correspondentes ao que sobrou do sistema solar desta estrela:



Os modelos de formação de moléculas em nuvens moleculares indicam que as reações químicas complexas que formam grandes moléculas ocorrem na superfície de grãos de poeira com uma capa de gelo ou de blocos de gelo como os encontrados ao redor desta estrela. E ao que parece nossos modelos de formação de grandes moléculas orgânicas no espaço tem se saido muito bem em seus testes na natureza !

Esta descoberta é importante pq ela abre a possibilidade de realmente encontrarmos moléculas ainda maiores e vitais aos seres vivos no espaço, como o RNA que é constituido por nove moléculas de carbono o que diziam ser considerado altamente improvável ( tanto quanto uma molécula com 8 átomos de carbono ) de formar-se espontâneamente na natureza.

E mais: as características da nuvem molecular encontradas ao redor da IRC+10 216  são as mesmas encontradas ao redor de milhares de estrelas nas mesmas condições apenas ao redor da Via Láctea. Assim não somente a formação de longas moléculas orgânicas é possível como deve ser COMUM, NO UNIVERSO !

Um outro ponto importante desta descoberta é que a molécula trata-se de um ânion, ou seja uma molécula negativamente carregada ( com um "excesso" de eletrons) e é a terceira do tipo descoberta em menos de um ano. Até a primeira molécula com esta carga ser descoberta era considerado impossível que uma molécula carregasse um excesso de eletrons devido a radiação UV no espaço que "arranca" com facilidade os eletrons das moléculas transformando-as no máximo em moléculas eletricamente neutras ou positivamente carregadas ( cations ).

Obviamente que as reações químicas ocorrendo apenas entre moléculas postivamente carregadas ou neutras limita a amplitude dos tipos de reações que poderiam ocorrer e os astroquímicos normalmente descartam trabalhar com reações envolvendo anions.

Mas com estas descobertas os tipos de reações aumentam enormemente aumentando igualmente a multiplicidade de moléculas orgânicas possíveis incluindo aquelas biológicas.

Mas as possibilidades não param por ai, modelos recentes sugerem que a formaçõ de moléculas orgânicas biológicas complexas essenciais a vida como conhecemos pode se formar no espaço e não apenas através de reações fotolíticas na superfícies de graos de poeira ou blocos de gelo mas tb na fase gasosa, ou seja, diretamente no gás das nuvéns moleculares.

Dois modelos em especial dão conta que a Adenina e mesmo açúcares (entre eles a ribose ) poderiam se formar no espaço e no caso dos açúcares SEM A PRESENÇA DE CATALISADORES !

Sem dúvida vivemos um novo momento da astroquímica e creio que em breve conseguiremos resultados antes considerados "improváveis", "milagrosos" sobre a ocorrência de elemntops fundamentais ao surgimento da vida como conhecemos.

A natureza definitivamente não respeita falácias.


Mais em:

- Interstellar Chemistry Gets More Complex With New Charged-Molecule Discovery
- Organic compound found in the stars
- Analysis of Radio Astronomical Data of the Negative Ion C6H- in IRC +10 216
- Adenine Synthesis in Interstellar Space: Mechanisms of Prebiotic Pyrimidine-Ring Formation of Monocyclic HCN-Pentamers
- Sugar Synthesis from a Gas-Phase Formose Reaction
- IRC +10216
- Sizzling Comets Circle a Dying Star
- Mundos Acuáticos
- Formation and Evolution of Habitable Worlds
- Infrared spectra of extremophile bacteria under Europan conditions and their astrobiological significance


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« Última modificação: 25 de Julho de 2007, 11:24:27 por APODman »

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Re: Molécula Orgânica Gigante é Descoberta no Espaço
« Resposta #1 Online: 25 de Julho de 2007, 15:52:56 »
A cada nova descoberta o surgimento da vida fica parecendo não só altamente provável, como também um processo bioquímico inevitável e bastante freqüente no universo.
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Suyndara

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Re: Molécula Orgânica Gigante é Descoberta no Espaço
« Resposta #2 Online: 26 de Julho de 2007, 10:16:23 »
A cada nova descoberta o surgimento da vida fica parecendo não só altamente provável, como também um processo bioquímico inevitável e bastante freqüente no universo.

O mais interessante é o fato de ser um processo praticamente "inevitável", mais ou menos algo como dizer que no espaço de eventos, o surgimento da vida é a única solução possível :wink:

E isso é realmente incrível e magnífico :) E torna-se cada vez mais desnecessário a hipótese de um ID!!!

[]s

 

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