Também, mais ou menos. A maior parte do medo me parece ser injustificado. Parece haver um medo de que se comer algo transgênico mais tarde se pode desenvolver tentáculos, ou que eles vão se espalhar e contaminar outras plantações (não havendo maior risco do que há com seres "normais"). Também já ouvi protestos sobre que tecnologias do tipo "terminator" obrigariam os agricultores a comprar mais e mais sementes, em vez de poder replantar sementes das próprias colheitas, mas novamente, isso só seria problema se os transgênicos fossem impostos, obrigatórios, o que não é o caso. Que eu saiba, todos podem continuar usando sementes não-transgênicas, ou comprar transgênicos sem essa tecnologia específica.
A única coisa um tanto mais excepcional é que a tecnologia de ponta teoricamente pode trazer diferenças mais significativas relevantes à saúde do que seria possível se chegar com hibridações já mais tradicionalmente estabelecidas e testadas. É um processo não-gradual, permite "saltos" de modificação, que seriam meio análogos a se pegar uma variedade totalmente desconhecida e meio "ET", com possivelmente coisas um pouco além daquelas que se esperaria das linhagens naturais.
Isso e coisas como aquilo de uma tecnologia que serve para se poder usar mais agrotóxicos; mas novamente, só é problema se esse "mais" significar algo como que há menos perda de colheira por uma quantidade saudável de agrotóxicos, em vez de que aumentar o risco de algo potencialmente nocivo ao consumo (risco existente também em não se usar agrotóxicos, alternativa que além de mais arriscada deve ser inerentemente mais cara). Não sei bem qual é o caso.
PS.: Não é mais para a área "ciência"?