Autor Tópico: Dawkins e Hitchens guiam ateístas  (Lida 1316 vezes)

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Offline Adriano

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Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Online: 27 de Julho de 2007, 21:02:50 »
Biólogo norte-americano e polemista ensaísta britânico levam argumentos ceticistas a extremos e viram best-sellers. Para Marcelo Gleiser, "novos ateístas" não representam comunidade científica e colecionam inimigos pela arrogância

"Graças ao telescópio e ao microscópio, a religião não oferece mais explicações para nada importante", diz Christopher Hitchens em "God Is Not Great".

O polemista britânico, conhecido agitador político de direita, conhece hoje, por conta de suas provocações à religião, um sucesso nunca antes alcançado por seus mais de 20 livros e inúmeros ensaios publicados em jornais e revistas.

Apenas uma semana após o lançamento, no Reino Unido, Hitchens já havia vendido 4.000 cópias do livro. Seis semanas depois, ele estava em sua sétima impressão e desembarcava nos EUA com loas da crítica e curiosidade geral.

"Eu já tinha criticado o uso nocivo da religião quando escrevi o livro sobre Madre Teresa de Calcutá", disse Hitchens à Folha. "Agora, faço um ataque geral à religião, pois ela é uma má influência."

O argumento principal de "God Is Not Great" é que a religião serviu ao homem como explicação do mundo quando a ciência não existia. Depois disso, não só teria se tornado inútil como passado a ser um entrave para o conhecimento.

Com ironia e pegadinhas retóricas, Hitchens lança desafios: "Se Deus é o criador de todas as coisas, por que devemos celebrá-lo incessantemente por fazer algo que para ele é tão natural?".

Também acusa tanto o islamismo como o cristianismo de impedirem que avanços da ciência ajudem a sanar feridas do Terceiro Mundo.

Os extremistas islâmicos, por resistir a receber ajuda dos países ricos, achando que a medicina ocidental faz parte do projeto de dominação capitalista dos EUA, e a Igreja Católica, ao condenar milhões à morte por ser contra o aborto e o uso da camisinha, baseada em dogmas irracionais.

O ensaísta se refere ao papa Bento 16 como "reacionário medíocre".

Hitchens pega carona no sucesso de Richard Dawkins, cujo "Deus, um Delírio", que chega aqui em agosto, vendeu meio milhão de exemplares nos EUA e mais de 300 mil no Reino Unido.

Biólogo especializado na teoria da evolução, Dawkins diz que a intenção de seu livro é convencer as pessoas de que devem libertar-se totalmente desse "vício" que é a religião e acrescenta que Deus é homofóbico, racista, genocida, entre outros atributos nada afáveis.

Para o biólogo, Deus não poderia ser uma divindade, pois um ser tão complexo e superior ao homem só poderia ter surgido bem depois deste, como conseqüência da evolução, e não antes de todas as coisas, contrariando a teoria de Charles Darwin (1809-1882).

Em "Quebrando o Encanto", o filósofo norte-americano Daniel Dennett faz uso do darwinismo para analisar a religião como produto da evolução humana, e não como força de raízes sobrenaturais.

Em entrevista à “Folha de SP”, Dennett disse que espera que as pessoas aprendam a discutir e a investigar a religião de um modo mais natural e científico – e está otimista.

"É preciso que deixemos de evitar tópicos que podem ofender os devotos. E acho que cada vez mais há pessoas religiosas que querem discutir suas crenças com céticos e cientistas."

Dennett defende uma revolução no modo como se estuda religião aos moldes da que Alfred Kinsey (1895-1956) provocou com relação ao sexo nos anos 40.

No Brasil

As prateleiras das livrarias brasileiras já estão cheias de recentes títulos ateístas.

O best-seller do filósofo francês Michel Onfray, "Tratado de Ateologia", acaba de sair pela Martins Fontes, enquanto "O Livro Negro do Cristianismo – Dois Mil Anos de Crimes em Nome de Deus", de Jacopo Fo, Sergio Tomat e Laura Malucelli, chega agora pela Ediouro.

Plínio Junqueira Smith, doutor em filosofia pela USP, participa de um grupo de discussões sobre o ceticismo, formado na Unicamp.

"Nossa preocupação é tentar compreender a história do ceticismo e fazer a reflexão sistemática sobre questões céticas atuais", disse.

Smith organizou "Ensaios sobre Ceticismo", coleção de artigos sobre o tema, e fez o prefácio de "Ateísmo e Revolta", de Paulo Jonas de Lima Piva, uma análise do pensamento do padre ateu Jean Meslier, que viveu no século 17.

Ambos os livros saem agora pela editora Alameda.

Confusão

Para o colunista da “Folha de SP” Marcelo Gleiser, o grupo de "novos ateístas" está causando uma "grande confusão". "Estão exacerbando as já arraigadas posições anticientíficas dos mais religiosos e criando novos inimigos devido à arrogância."

Gleiser, professor de Física Teórica no Dartmouth College (EUA), acha perigoso que eles sejam vistos como porta-vozes da comunidade científica.

"Não é verdade. Do ponto de vista da ciência, a posição de ateu radical não faz sentido. Para se afirmar que Deus não existe, é necessário supor que detemos a totalidade do conhecimento, algo que é inatingível pelo fato de a ciência ser uma criação humana e limitada."

Para ele, o máximo que cientistas podem dizer é que "a existência de um Deus judaico-cristão é contrária ao que conhecemos do mundo".

Por outro lado, "não podemos afirmar que a informação atual da ausência de uma divindade é definitiva pois não temos informação sobre tudo. A única posição consistente com a ciência é o agnosticismo ou, no máximo, um ateísmo liberal, pronto a aceitar evidência em contrário, caso ela ocorra". (Sylvia Colombo e Marcos Strecker)
(Folha de SP, 21/7)

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=48941

Sou contra a idéia do texto, pois Marcelo Gleiser não pode representar a comunidade científica com suas idéias. Não concordo com o entendimento dele de ciência. Mas enfim é a divulgação do ateísmo e a possibilidade de debate sobre o tema, a busca do diálogo.  :)
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Alenônimo

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #1 Online: 27 de Julho de 2007, 22:33:26 »
Acho que o Marcelo Gleiser anda se esforçando para não parecer muito um ateu ou um agnóstico. Ou ele simplismente não é e está desmerecendo quem seja.
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Luiz Souto

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #2 Online: 27 de Julho de 2007, 23:41:14 »
Citar
Para o colunista da “Folha de SP” Marcelo Gleiser, o grupo de "novos ateístas" está causando uma "grande confusão". "Estão exacerbando as já arraigadas posições anticientíficas dos mais religiosos e criando novos inimigos devido à arrogância."

Gleiser, professor de Física Teórica no Dartmouth College (EUA), acha perigoso que eles sejam vistos como porta-vozes da comunidade científica.

"Não é verdade. Do ponto de vista da ciência, a posição de ateu radical não faz sentido. Para se afirmar que Deus não existe, é necessário supor que detemos a totalidade do conhecimento, algo que é inatingível pelo fato de a ciência ser uma criação humana e limitada."

Para ele, o máximo que cientistas podem dizer é que "a existência de um Deus judaico-cristão é contrária ao que conhecemos do mundo".

Por outro lado, "não podemos afirmar que a informação atual da ausência de uma divindade é definitiva pois não temos informação sobre tudo. A única posição consistente com a ciência é o agnosticismo ou, no máximo, um ateísmo liberal, pronto a aceitar evidência em contrário, caso ela ocorra". (Sylvia Colombo e Marcos Strecker)
(Folha de SP, 21/7)

http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=48941

Sou contra a idéia do texto, pois Marcelo Gleiser não pode representar a comunidade científica com suas idéias. Não concordo com o entendimento dele de ciência. Mas enfim é a divulgação do ateísmo e a possibilidade de debate sobre o tema, a busca do diálogo.  Smile

Não discordo assim do Marcelo Gleiser. Acho que a postura dele é sóbria pra lembrar que qualquer discurso sobre Deus ( negando ou afirmando) não é científico ,Deus não é objeto de estudo pela ciência ( ou para ser mais preciso , das ciências exatas e das biológicas).
Acho que a afirmação dele de que os cientistas podem dizer que o deus judaico-cristão é contrário ao que conhecemos do mundo na verdade nega a validade das religiões cristâs , judaica e muçulmanas , que se baseiam neste deus. Ao negar o ateísmo como sendo possível de ser afirmado pela ciência Gleiser tem em mente outros conceitos de deus que não o judaico-cristão e que não são afetados pelos avanços nas ciências ( neste caso certamente o Deus de Spinoza).
Na verdade os livros de Onfray  e Dawkins ( não li nada de Hitchens) fazem o que Gleiser coloca: negam o deus judaico cristão  , mas quanto ao conceito de deus em geral... Para um espírita ,por exemplo , nada muda já que sua religião é evolucionista e procura incorporar todo avanço científico dentro de uma ótica espiritualista.
A ciência não pode ser a base única do ateísmo porque ele substitui apenas uma das funções sociais da divindade: a de explicar o universo fìsico. Já quanto a outra função , a mais importante, a do sentido da existência humana esta foge do escopo da ciência. Achar que a ciência vai derrotar a religião é um preconceito iluminista , como se as Luzes da Razão fizessem desaparecer as Trevas do Obscurantismo. Enquanto não pudermos criar uma ética materialista , que dê conta de um sentido para a existência humana sem apelar para causas transcendentes a religião manterá sua posição. Por isso acho interessante os escritos de Comte-Sponville  , que não tem uma divulgação tão ampla como o Onfray mas que é muito melhor como pensador.
Se não queres que riam de teus argumentos , porque usas argumentos risíveis ?

A liberdade só para os que apóiam o governo,só para os membros de um partido (por mais numeroso que este seja) não é liberdade em absoluto.A liberdade é sempre e exclusivamente liberdade para quem pensa de maneira diferente. - Rosa Luxemburgo

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Offline Adriano

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #3 Online: 28 de Julho de 2007, 00:31:32 »
Não consigo dissociar essa idéia que diz que não é possível negar nem afirmar deus do positivismo lógico do circulo de Viena que Popper tanto criticou, mas estou pesquisando mais sobre isso para tirar essa dúvida. No momento estou considerando a filosofia pragmática americana, com Richard Rorty como principal expoente, e que tem influência no pensamento de Dennett e Donald Davison. O pragmatismo toma como base a filosofia analítica e a da linguagem e faz uma refutação da metafísica sem recorrer ao empirismo verificacionista do positivismo.
Quanto a ética, o pragmatismo faz o complemento da refutação da dualidade mente e corpo, como é bem evidente na filosofia da mente de Dennett e na de Davison. Os neo-ateus, chamados de Brights, são naturalistas, e o movimento engloba Dennett e Dawkins.
E sobre a ciência e a religião, eu pessoalmente não penso que a ciência vai derrotar a religião, e sim que já derrotou. O que vai ocorrer é um diálogo maior das questões ditas religiosas.
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Luz

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #4 Online: 28 de Julho de 2007, 10:07:43 »

Eu já começo a achar que tudo isso tem menos a ver com Ciência, ateísmo e Religião e mais com traços de personalidade - indiferente da postura. Do mesmo modo que há teístas militantes há ateus, que vêem as coisas com tanta clareza que precisam mostrar ao mundo o que enxergam - cativando, claro, uma certa antipatia com isso - porque ninguém está com saco para o proselitismo dos outros.

Posturas mais moderadas, como parecer ser o caso de Marcelo Gleiser, tendem a ver com exagero qualquer militância ideológica, de um lado ou de outro - eu concordo com ele.

Offline Adriano

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #5 Online: 28 de Julho de 2007, 10:40:33 »
Eu concordo com a questão da personalidade, mas não tem grupos de pensamentos isentos, pois a personalidade agnóstica também pode ser radical ao criticar teísmo e ateísmo ao mesmo tempo e querer ser o melhor pensamento, o mais moderado. Não vejo sentido, pois é querer impor uma postura como certa. Se é para não ter radicalismos, não deve ocorrer dos teístas, dos ateístas e muito menos dos agnosticos. Quem procura ver militância ideológica encontra, e não é por isso que age diferente, mas não é uma postura sadia e sim belicosa.

A questão não tem a ver com as ciências naturais, e por isso não concordo com esse entendimento de ciência. Por exemplo, nas ciências humanas a personalidade é um objeto de estudo e seria possível entender através da ciência essa questão, considerando a hipótese da personalidade.
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Luz

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #6 Online: 28 de Julho de 2007, 11:17:04 »

Concordo que não existem grupos isentos, mas discordo que o agnosticismo queira parecer melhor, sobretudo se visto como apenas mais uma postura que, como qualquer outra, expõe o que pensa. Por que o agnóstico deveria estar isento de dar sua opinião?

A militância ideológica, qualquer que seja, com seus discursos muitas vezes arrogantes, só encontra apoio naqueles que concordam com seus pontos - pode ser uma excelente forma de desabafo, mas é ineficiente no que aparentemente pretende.

A verdade é que quando discutimos idéias diferentes, de uma forma ou de outra, estamos tentando convencer alguém de nossos pontos - o que umas vezes é feito através de argumentos, outras de falácias.

O agnosticismo não é e nem pretende ser exemplo de moderação, posto que há teístas e ateus tão ou mais moderados que aqueles. O que esses nem sempre são. É justamente o que eu pretendia dizer - independente de ser ateu, teísta ou agnóstico, creio que os traços de personalidade contam muito nas atitudes - porque uns são militantes outros não, pensando, muitas vezes, de forma muito parecida.


Offline Adriano

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #7 Online: 28 de Julho de 2007, 11:35:07 »
Sem dúvida, mas o termo militante acabou se tornando algo pejorativo, pois poderia significar apenas divulgação. No seu caso por exemplo, ao expor a sua opinião está militando? Eu penso que não, assim como penso que os chamados ateus militantes, como os citados no texto, estão fazendo apenas isso, e de forma educada e civilizada, pois é através de livros e a mídia. São canais e meios de comunicação democráticos, e que dificilmente deram espaço ao ateísmo, o que pode significar também uma conquista.

Por isso achei que não foi de bom tom dizer que ateus fazem prolesitismo, pois ninguem é obrigado a ler seus livros, nem ler as reportagens sobre isso. Mas o que as reportagens demonstram é o sucesso das obras, o que quer dizer que tem muitas pessoas interessadas, um bom público.

E acho incoerente criticar o ateísmo como sendo militante, por este criticar o teísmo. Com esse parâmetro quem critica o ateísmo está assim militando contra o ateísmo, como o Marcelo Gleiser
« Última modificação: 28 de Julho de 2007, 11:38:36 por Adriano »
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Luz

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #8 Online: 28 de Julho de 2007, 13:07:46 »
Bom, o problema da militância, na minha opinião, é que ela não está aberta a discussão, pois não aceita nada menos que a concordância com suas idéias. Já a divulgação, concordo, é mais uma exposição, no intuito, claro, de convencer pelos argumentos e compra a idéia quem quer.

Quando a militância se difunde através da divulgação de espantalhos que desdenham por antecedência daqueles que possam ameaçar discordar - e na minha opinião, essa é uma característica marcante desses escritores - fica parecendo que o objetivo não é convencer, mas apenas confrontar, pois quem bate na cara dos outros expõe a própria cara a tapas.

Se o objetivo deles é trocar bofetadas, à princípio, estão sendo bem-sucedidos. Por outro lado, se o objetivo for, realmente, convencer, diferente do que me parece - não tem se mostrado muito eficiente, num primeiro instante, pois tem conquistado mais desafetos que afetos, inclusive, dentro da própria área, mas quem pode dizer que frutos colherão a longo prazo, não é mesmo?

Offline Adriano

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Re: Dawkins e Hitchens guiam ateístas
« Resposta #9 Online: 28 de Julho de 2007, 14:00:33 »
É questão de opinião mesmo, para mim é apenas divulgação de idéias, e que ninguém tem que concordar, e pode espancar essas idéias, assim como é feito com o ateísmo, pode bater a vontade, pois como diria Popper, no campo das idéias, quem morre são os argumentos.

A crítica ao teísmo, e nisso concordo com Dawkins, é que o teísmo tenta se intrometer no mundo real, tentando colocar a vontade de deus na prática. Então não é só uma questão de idéias e sim de atitude. O teísmo diferente do ateísmo, utiliza as instituições religiosas, que gozam de prestígio por parte do estado com a isenção de impostos. Comparar e juntar no mesmo saco o teísmo e o ateísmo, é no meu entender uma grande crueldade para com o ateísmo.

E como eu já disse acima discordo da opinião de que a ciência é agnóstica, pois as ciências naturais não dizem respeito ao homem e a sociedade. E mesmo assim nas ciências naturais impera a racionalidade e o empirismo, e não afetos e desafetos, o que tem peso são os argumentos através dos fatos. Além disso religião não é um objeto de estudo das ciências naturais, e não deve ser entendido por esse ângulo, pois um físico e astrônomo como o Marcelo Gleiser pode estar falando muitas falácias e penso que realmente está.
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