O DINHEIRO
ALEIXENKO
Quem vive sem ele?
Quem não gosta dele?
“O cobrador de impostos”, assim era conhecido Mateus, um dos grandes apóstolos de Cristo. Por quê o povo o chamava de o cobrador de impostos? E não pelo nome, como com os outros discípulos? Por causa do dinheiro, o vil metal, que a população devia ao estado na forma de impostos. Mas ninguém, ninguém mesmo gosta de dispor de dinheiro, mesmo que este seja dívida com outrem.
Na atualidade existem casas de cobranças, as quais empregam brutamontes para intimidar, ou até coagir os devedores; já as instituições públicas usam postos de arrecadação “agenfas”, e caso os inadimplentes não compareçam por livre e espontânea vontade, a justiça é acionada, o que sempre gera uma celeuma com processos, audiências e outras artimanhas jurídicas, a razão de tudo isso? O dinheiro.
Em todo o mundo campeia a ganância, a corrupção, a usura, sempre em função do “ter”, “ser”, “poder”, e o que dá estes status? O dinheiro.
Independente do nome que é chamado é um imã de atração de peripécias. No Brasil o nome real é real, uma cacofonia, mas é real. Porém chamam-no de vários adjetivos e/ou substantivos objetivos ou pejorativos, outra cacofonia, esdrúxulos como bufunfa, minguado; jocosos como dim-dim, grana; internacionalizado como money, dólar; mineralizado como breu, cobre, prata, ouro; fabulizado como conto; sonorizado como gaita, nota; pornográfico como fudido; religioso como o antigo cruzeiro e o jovem cruzado; e por aí a fora.
Em outros países ele também tem apelidos, os mais variados, como também tem o nome oficial, se não vejamos alguns: na Bulgária é lev, na Grécia é dracma, na Índia é rúpia, na Itália é lira, na Nigéria é naira, no Peru é sol, na Polônia é sloty, na Tunísia é dinar, na Rússia é rublo, na Venezuela é bilivar, no Zaire é zaire e assim segue. Mas sempre significando o mesmo poder.
Quem tem, tem e quer sempre ter mais; quem não tem, não tem, mas quer ter o máximo. Um exemplo crasso é a jogatina de nós brasileiros nos jogos de azar, que para nosso azar, mais uma cacofonia, são oficializados, explorados, organizados e administrados pelo governo.
Ao que tudo indica não tem exceção a regra, talvez uns mais outros menos, mas todos nós queremos sempre ganhar mais, para gastar mais, que automaticamente nos leva a querer ganhar mais, e a bola está sempre em movimento. Em direção ao dinheiro.
“Dinheiro, pra que dinheiro se ela não me dá bola...” Este refrão de um samba popular, não tem nada com a realidade, não acredite.
