Tópico: Marcos Valério volta ao mundo dos negócios

[Johnny Cash]

Marcos Valério volta ao mundo dos negócios

Empresário ligado ao escândalo do mensalão se instala em fazenda a 110 quilômetros de Belo Horizonte, para criação de gado nelore de elite. Ele diz que usa o local para guardar os cavalos de sua filha

Bernardino Furtado - Estado de Minas

Arquiteto do milionário esquema de financiamento ilegal de políticos do PT e de partidos aliados, que ficou conhecido como escândalo do mensalão, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza reaparece no mundo dos negócios. Em fins de semana dos últimos três meses, ele tem sido visto numa fazenda de criação de gado nelore de elite. A propriedade, denominada Fazenda Santa Clara, no município de Caetanópolis, a cerca de 110 quilômetros a noroeste de Belo Horizonte, tem 360 hectares e é valorizada por uma suntuosa casa de 700 metros quadrados, distribuídos em dois pavimentos e um mirante. Junto à residência, uma capela, área de lazer com piscina e salão de refeições com churrasqueira.

A presença, na valiosa fazenda, de um personagem que se tornou figura carimbada no noticiário nacional, por meses a fio causou frisson na região. Especialmente depois que Marcos Valério, em pessoa, comprou ração animal na loja da Cooperativa Agropecuária de Paraopeba (Coapa). As cidades de Caetanópolis e Paraopeba formam praticamente uma zona urbana contínua.

Circulou entre corretores de imóveis a informação de que o valor da compra da propriedade superou R$ 6 milhões, com a ressalva de que a transação com o empresário Benito Porcaro Filho foi registrada num contrato particular. O valor foi considerado alto por alguns deles, apesar da qualidade do terreno, das pastagens e dos currais, além das dimensões, do conforto e do requinte da casa-sede. Vizinhos e empregados da fazenda e moradores de Paraopeba ligados à atividade agropecuária ouvidos pelo Estado de Minas afirmaram que Marco Valério comprou a fazenda há, no máximo, três meses.

As características da Santa Clara e o perfil de seus proprietários originais dificultam os esforços de Marcos Valério de manter uma vida discreta, depois do encerramento da CPI do Mensalão. Inaugurada em 1997, a casa da fazenda foi projetada por Myrna Porcaro, atualmente mulher do empresário Benito, arquiteta de renome nacional. Há alguns anos, numa entrevista, Myrna disse que procurou fundir elementos de casas de fazenda americanas com o estilo colonial mineiro. Ela também se esmerou na decoração. Na construção da lareira, por exemplo, usou uma peça do fim do século 19.

O empresário Benito Porcaro tem excelente conceito entre criadores de nelore e é também um investidor ousado. Num leilão recente, pagou R$ 182 mil por um único acasalamento entre a vaca Ryatna do Sabiá com o touro Big Ben da Santa Nice, animais premiadíssimos no Brasil. Na chamada pecuária de elite, o produtor não cria gado para vender a carne, mas, sim, exemplares de alta linhagem com registro de origem, para reprodução ou simplesmente comercializa óvulos e embriões para cruzamento.

Bloqueio

Com os bens bloqueados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito que apura o mensalão, Marcos Valério disse na sexta-feira que a relação com a Fazenda Santa Clara se resume a aluguel que inclui terra para manter os cavalos da filha, Natália, de 16 anos, e a casa. “Nem vou muito lá. Todo mundo sabe que não gosto de campo”, afirmou. “Os 11 cavalos estão bloqueados pelo STF e eu sou o fiel depositário. Não posso me desfazer deles. A outra opção, mais cara, era alugar cocheiras para os animais”, justificou. O empresário não quis informar o valor do aluguel. “Isso eu vou declarar apenas ao Imposto de Renda”, afirmou.

O casal Benito Porcaro Filho e Myrna de Fátima Gondim Porcaro divulgou nota em que diz ter arrendado a fazenda para Marcos Valério Fernandes de Souza. Acrescenta ainda que, de acordo com registros na Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), o rebanho existente na Santa Clara continua a pertencer ao casal.

http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_3/2007/08/04/em_noticia_interna,id_sessao=3&id_noticia=23730/em_noticia_interna.shtml


Dói ler essas coisas. 

[Rodion]

ele tem de comer, né?
deixa o homem trabalhar.

[Spitfire]

Marcos Valério era apenas um peão... desde a época do Aércio Neves, um dos seus primeiros patrões.

Mas concordo com o Bruno... se for uma atividade lícita, deixa o homem trabalhar (trocadilho infame).

[Johnny Cash]

cês tão falando sério? 

[Spitfire]

Ué... o que você tem contra ganhar a vida honestamente? Antes criando gado, gerando empregos, gerando divisas, do que fazendo falcatruas... que bom é se isto for verdade.

Gostaria de ver é as cabeças dos líderes destas falcatruas rolarem... mas isto, no Brasil, é meio impossível... se for para deixar os verdadeiros culpados impunes, que ao menos se dê a chance de ver o "burro de carga" tentar organizar a vida de forma honrada e honesta... é sério.

[Johnny Cash]

“Nem vou muito lá. Todo mundo sabe que não gosto de campo”, afirmou. “Os 11 cavalos estão bloqueados pelo STF e eu sou o fiel depositário. Não posso me desfazer deles. A outra opção, mais cara, era alugar cocheiras para os animais”

Ah sim, pobre homem trabalhador. Tá certo, qualquer cidadão brasileiro que fosse dono de 11 cavalos (e que estivessem bloqueados pelo STF) faria a mesma coisa... certamente qualquer um compraria uma fazenda de R$ 6 milhões.


Tinha é que ficar preso muito tempo. Sendo ele o "burro de carga" ou não.

[Daniboy]

Do jeito que ele é safado e tem conexões com a quadrilha do PT, vai continuar sendo corrupto, ou sendo laranja, ou vai lavar dinheiro com a fazenda, alguma coisa ele vai fazer podem ter certeza, para parar de usar drogas tem de cortar sua relação com seus companheiros de cocaína, o que ele não fez.

[Týr]

Trabalho é um direito constitucional, desde que lícito. O triste é ele e todos os mensaleiros continuarem livres por ai.