Autor Tópico: Brasil-potência  (Lida 3621 vezes)

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Offline Adriano

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Brasil-potência
« Online: 14 de Agosto de 2007, 16:33:36 »
'Revolução prudente' de Lula cria Brasil-potência, diz jornal

Uma "revolução prudente" liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva está fazendo nascer uma "potência econômica" do Brasil, afirma matéria publicada nesta segunda-feira no jornal italiano La Repubblica.

"Aquele líder barbudo que por muitos anos foi o espantalho do grande capital acabou se tornando o presidente do Brasil que agrada o mundo das finanças e da indústria", diz o texto.

"As empresas crescem, o mercado interno se desenvolve e também os capitalistas."

Em tom positivo, o artigo nota que "o Brasil mantém sua posição de guia do continente, maior exportador regional, e economia mais industrializada capaz de produzir fenômenos empreendedores notáveis".

"Famílias novas e tradicionais consolidam seus poder e se expandem para o exterior", diz o Repubblica, citando empresários como Roger Agnelli, que encabeça a Companhia Vale do Rio Doce, os banqueiros Joseph e Moise Safra, o governador do MS e plantador de soja, Blairo Maggi, e os irmãos Constantino, da Gol.

No entanto, a matéria ressalva que "a transição para uma economia capitalista moderna permanece incompleta", porque ainda falta resolver "o problema da forte desigualdade".

"O país mantém as contradições de sempre, com um desenvolvimento econômico que não reduz as desigualdades e a incapacidade, nos últimos vinte anos, de criar um novo modelo de industrialização."


Competitividade

O diário argentino La Nación traz uma matéria em que descreve o debate, no Brasil, para "reverter a perda de competitividade".

"O Brasil perdeu posições em conhecimento e competitividade em relação à Argentina e outros países da América Latina", diz o texto.

O problema foi debatido em um encontro promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em que, segundo o jornal, os empresários "pediram políticas ativas" do governo: taxas de juros mais baixas, investimentos em inovação tecnológica e um marco regulatório mais simplificado.

De acordo com o diário argentino, empresários no encontro disseram que o país não pode pensar apenas em um plano nacional, e deve investir na regionalização econômica para garantir um desenvolvimento sustentável.

Efeito à distância

Preços de sucos de laranja já estão aumentando no Japão em decorrência da expansão das áreas de plantação de cana-de-açúcar para fabricação de biocombustível, afirma matéria do diário japonês Yomiuri Shimbun.

Segundo o jornal, grande parte do efeito inflacionário se explica pela transformação de áreas de cultivo no Brasil, produtor de 60% de toda a laranja mundial. A menor oferta de laranja eleva o seu preço.

A matéria diz ainda que o aumento dos sucos de laranja já ameaça criar um 'efeito dominó' sobre o preço de outros sucos de fruta industrializados.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/04/070430_pressreviewpu.shtml



Brasil, potencia mundial em 2020?

O Brasil vem sendo apontado, em diversos estudos prospectivos, como uma das potências mundiais dentro de mais alguns anos. Esses estudos, que tomam por base projeções quanto à população, produção de bens e serviços, participação no comércio mundial e contribuição para os fluxos mais dinâmicos dos intercâmbios internacionais (produtos culturais, finanças, conhecimento gerado pela pesquisa científica), apontam o Brasil, junto com outros grandes países em desenvolvimento, como Índia e Indonésia, como um dos países mais importantes em âmbito planetário, dando contribuições positivas para a paz e o progresso da humanidade.
De fato, o Brasil já é, hoje, uma grande economia, sendo o primeiro fornecedor mundial de uma série de produtos alimentícios e de recursos naturais, o que tende naturalmente a se ampliar nos anos à frente. Por outro lado, nossa exclusiva mistura racial e a excepcional convivência, em nosso país, dos mais diversos povos do mundo, sem distinções de qualquer espécie, convertem o Brasil em exemplo único de sociedade multirracial.
Podemos igualmente contribuir cada vez mais, e de fato já estamos contribuindo para a paz mundial, participando de operações de paz da Organização da Nações Unidas e ajudando no desenvolvimento de diversas nações africanas, que aliás nos deram a base de parte substancial de nossa atual população. Nossos cientistas, por outro lado, são plenamente capazes de não apenas acompanhar de perto os mais diferentes progressos das pesquisas de ponta no plano mundial, como também de contribuir para a inovação e de realizar descobertas científicas capazes de beneficiar a humanidade.
Tudo depende, é claro, de nós mesmos, de nossa própria capacidade de reforçar essas características positivas de nossa nação. A julgar, entretanto, pelas estatísitcas relativas a crescimento econômico, o Brasil tem ainda um grande esforço a fazer para se posicionar no pelotão de vanguarda da economia mundial. Nosso desempenho nos últimos anos, e provavelmente nas duas últimas décadas, tem sido próximo de pífio, e isso não se deve essencialmente a crises externas ou fatores internacionais adversos, e sim a nossa própria incapacidade de retomar o ritmo de crescimento sustentado.

http://paulomre.blogspot.com/2005/12/82-brasil-potencia-mundial-em-2020.html

Assisti ontem uma entrevista com um economista americano sobre o futuro do Brasil como uma nova potência econômica, caso mantenha os atuais índices de crescimento econômico. A notícia e o texto estão dentre desse contexto.

Será que o gigante adormecido vai finalmente acordar?
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Offline Rodion

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Re: Brasil-potência
« Resposta #1 Online: 14 de Agosto de 2007, 17:36:42 »
talvez os italianos devessem mandar correspondentes pra cá, for a change.
se o brasil dorme e irá acordar, ainda está nos primeiros 20 minutos da noite.
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Offline Quereu

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Re: Brasil-potência
« Resposta #2 Online: 14 de Agosto de 2007, 17:51:02 »
O quê?

O gigante adormecido se revelou um anão subdesenvolvido
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Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #3 Online: 14 de Agosto de 2007, 18:20:51 »
Agora encontrei uma reportagem sobre o economista da entrevista que assisti:



Para economista, Brasil pode ser potência
Para isso, PIB do Brasil terá de crescer mais: entre 6% e 7% ao ano por três décadas.
Contudo, ex-economista de Clinton diz que economia brasileira tem bases sólidas.

O Brasil pode se tornar uma potência econômica mundial nos próximos 30 a 40 anos. A opinião é do norte-americano Nouriel Roubini, que foi economista-chefe do governo Bill Clinton. "O país tem uma situação financeira sólida, que pode levá-lo a essa condição", afirmou, em palestra realizada nesta terça-feira (7) na escola de negócios Ibmec São Paulo.

O economista ressaltou, no entanto, que a consolidação do Brasil como uma potência depende de um crescimento contínuo de 6% a 7% ao ano – em 2006, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro registrou crescimento de 3,7%. "O Brasil tem todas as condições para ter uma posição de destaque, se for capaz de manter a solidez da economia", disse.

Segundo Roubini, nos últimos quatro a cinco anos os mercados emergentes conquistaram uma condição muito superior à das últimas décadas. Para o professor, a melhora na macroeconomia, a inflação em queda e as sólidas políticas econômicas dos países emergentes credenciam esses mercados a, no médio e longo prazos, terem um PIB superior ao do G7 (grupo dos sete países mais ricos do mundo). "Está em curso uma grande mudança nos poderes econômicos mundiais", disse. "De certa forma, esse é o melhor dos tempos para a economia do mundo".

http://g1.globo.com/Noticias/Economia/0,,MUL84218-5599,00.html

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Offline Pregador

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Re: Brasil-potência
« Resposta #4 Online: 14 de Agosto de 2007, 19:26:09 »
É mentira. As empresas não crescem (quiçá talvez bancos e grandes conglomerados). O que crescem são os tributos. No governo FHC subiu muito e no governo Lula continua igualzinho. O tal Supersimples é um engodo, representou aumento da carga tributária para a maioria dos setores.

Empresas gigantes como a Vale do Rio Doce e a Petrobrás pouco significam. O que faz um país crescer de fato é a pequena industria, e esta está sendo esmagada pelo governo, com tributação excessiva e uma parafernalha de obrigações acessórias.

Nem preciso dizer do baixo investimento em infra-estrutura, educação etc. Existe certo investimento sim não podemos ser hipócritas, mas com toda certeza não é suficiente par atransformar o Brasil em potência. Eu diria que na melhor das hipóteses, dado o quadro atual, o Brasil ficará na mesma, daqui a 20 anos...
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Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #5 Online: 14 de Agosto de 2007, 19:41:51 »


De acordo com análise feita pelo IBPT, o Brasil apresenta a terceira maior carga tributária do mundo entre as maiores economias mundiais, ficando atrás somente de França e Itália.

http://impostos.portaleconomia.com.br/index.shtml

O Brasil é uma grande potência na arrecadação de impostos  :|




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Offline Diego

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Re: Brasil-potência
« Resposta #6 Online: 14 de Agosto de 2007, 23:36:09 »

O Brasil é uma grande potência na arrecadação de impostos


Disse tudo...

Offline Spitfire

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Re: Brasil-potência
« Resposta #7 Online: 15 de Agosto de 2007, 08:42:40 »
Depois dizem que vivemos em um regime capitalista.... mas o governo é sócio em 40% de qualquer empresa, principalmente as pequenas... e o que é mais triste, não entrou com nenhum centavo de investimento para a composição e se a empresa quebrar, não assume os 40% das dívidas. Nosso estado é uma grande sangue-suga, chupa de tudo que é produzido... para sustentar uma maquina pesada, ineficiente e corrupta.

Depois querem que não exista sonegador e/ou mercado informal.

Offline Pregador

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Re: Brasil-potência
« Resposta #8 Online: 15 de Agosto de 2007, 09:52:01 »
Depois dizem que vivemos em um regime capitalista.... mas o governo é sócio em 40% de qualquer empresa, principalmente as pequenas... e o que é mais triste, não entrou com nenhum centavo de investimento para a composição e se a empresa quebrar, não assume os 40% das dívidas. Nosso estado é uma grande sangue-suga, chupa de tudo que é produzido... para sustentar uma maquina pesada, ineficiente e corrupta.

Depois querem que não exista sonegador e/ou mercado informal.

Na minha concepção, a melhor palavra para definir o Estado brasileiro é: PARASITA!
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Offline Ricardo RCB.

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Re: Brasil-potência
« Resposta #9 Online: 15 de Agosto de 2007, 10:56:48 »
Depois dizem que vivemos em um regime capitalista.... mas o governo é sócio em 40% de qualquer empresa, principalmente as pequenas... e o que é mais triste, não entrou com nenhum centavo de investimento para a composição e se a empresa quebrar, não assume os 40% das dívidas. Nosso estado é uma grande sangue-suga, chupa de tudo que é produzido... para sustentar uma maquina pesada, ineficiente e corrupta.

Depois querem que não exista sonegador e/ou mercado informal.

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Donald Kendall

Offline Herf

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Re: Brasil-potência
« Resposta #10 Online: 15 de Agosto de 2007, 12:59:57 »
Culpar o capitalismo pelos problemas do Brasil é tão patético quanto culpar a monarquia pelos problemas dos EUA.

Offline Jeanioz

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Re: Brasil-potência
« Resposta #11 Online: 15 de Agosto de 2007, 13:32:25 »

O Brasil é uma grande potência na arrecadação de impostos


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Offline Spitfire

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Re: Brasil-potência
« Resposta #12 Online: 15 de Agosto de 2007, 13:58:35 »
Culpar o capitalismo pelos problemas do Brasil é tão patético quanto culpar a monarquia pelos problemas dos EUA.

Errrr... não sei, acho que não captastes a minha ironia.  :wink:

Eu quis dizer que embora "oficialmente" o regime brasileiro seja o capitalismo, com a atual carga tributária estamos mais para comunismo.  :hihi:

O governo é sócio de qualquer empresa brasileira.... e com inúmeras vantagens.

Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #13 Online: 15 de Agosto de 2007, 14:03:00 »
Culpar o capitalismo pelos problemas do Brasil é tão patético quanto culpar a monarquia pelos problemas dos EUA.
Por isso a abordagem de Mészaros é revolucionaria, pelo menos na esquerda, pois ele faz a despersonificação do capitalismo, separa capital de capitalismo e crítica essa confusão como um erro do socialismo. Ele desenvolve a a teoria do sociometabolismo do capital, de forma que esse é incontrolável.  E um exemplo atual é o mercado financeito, o qual alguns especialistas apontam a necessidade de um controle em nível internacional, igual ocorre nas bolsas nacionais, que possuem mecanismos para isso.

Mas além disso a teoria do sociometabolismo do capital, resgata o conceito de valor-trabalho de Marx, e  assim toda a teoria marxista.
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Offline Quereu

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Re: Brasil-potência
« Resposta #14 Online: 15 de Agosto de 2007, 18:14:00 »
Quimbanda marxista! O cara (Marx) não morre nunca. É só o regime socialista/comunista chafurdar na miséria e naufragar que vem um pai-de-santo ressucitá-lo. Por todos os orixás...
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Offline Herf

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Re: Brasil-potência
« Resposta #15 Online: 15 de Agosto de 2007, 19:44:14 »
Errrr... não sei, acho que não captastes a minha ironia.  :wink:

Eu quis dizer que embora "oficialmente" o regime brasileiro seja o capitalismo, com a atual carga tributária estamos mais para comunismo.  :hihi:

O governo é sócio de qualquer empresa brasileira.... e com inúmeras vantagens.
Sim, entendi que você não culpou o liberalismo pelos problemas do Brasil, ao contrário do que muitos pedantemente fazem.

Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #16 Online: 15 de Agosto de 2007, 19:59:30 »
Quimbanda marxista! O cara (Marx) não morre nunca. É só o regime socialista/comunista chafurdar na miséria e naufragar que vem um pai-de-santo ressucitá-lo. Por todos os orixás...
E vem com força total, o Mészaros participou do Fórum social mundial e o marxismo está muito presente na sociologia, devido a sua interpretação social ser mais ampla.

Errrr... não sei, acho que não captastes a minha ironia.  :wink:

Eu quis dizer que embora "oficialmente" o regime brasileiro seja o capitalismo, com a atual carga tributária estamos mais para comunismo.  :hihi:

O governo é sócio de qualquer empresa brasileira.... e com inúmeras vantagens.
Sim, entendi que você não culpou o liberalismo pelos problemas do Brasil, ao contrário do que muitos pedantemente fazem.
Mesmo o liberalismo tem uma versão social, o chamado liberalismo social, que luta pela igualdade social baseada no constratualismo. É chamado também de liberalismo positivo.

Já o liberalismo baseado na manutenção da propriedade privada, é chamado liberalismo negativo, pois não tem pretensões de liberdade para todos e sim de preservar os bens econômicos de quem já tem.
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Offline Worf

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Re: Brasil-potência
« Resposta #17 Online: 15 de Agosto de 2007, 20:02:54 »
Defina liberdade.

O que você chama de liberalismo negativo talvez tenha relação com direitos negativos. A questão não é manter os bens de quem já os têm, e sim de preservar o direito à propriedade que todo ser humano tem, segundo os direitos negativos.
« Última modificação: 15 de Agosto de 2007, 20:05:26 por Worf »

Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #18 Online: 15 de Agosto de 2007, 20:12:11 »
Defina liberdade.

O que você chama de liberalismo negativo talvez tenha relação com direitos negativos. A questão não é manter os bens de quem já os têm, e sim de preservar o direito à propriedade que todo ser humano tem, segundo os direitos negativos.

Sim e existe também a corrente neocontratualista, que ao meu ver é o que embasa as ações afirmativas no direito.

Tem um vídeo do Paulo Ghiraldelli sobre filosofia americana, que ele aborda essas duas correntes filosóficas e seus autores.
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Offline Spitfire

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Re: Brasil-potência
« Resposta #19 Online: 15 de Agosto de 2007, 21:03:34 »
Muitas ideologias e muitos ismos para quem esta preocupado em trabalhar, gerar riquezas, gerar empregos, produzir bens de consumo e distribuir renda...

Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #20 Online: 15 de Agosto de 2007, 22:20:14 »
Muitas ideologias e muitos ismos para quem esta preocupado em trabalhar, gerar riquezas, gerar empregos, produzir bens de consumo e distribuir renda...

Mas como você pensa que o país pode avançar com o crescimento?  Seria com a reforma tributária de forma a diminuir a alta taxação do setor produtivo ?
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Spitfire

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Re: Brasil-potência
« Resposta #21 Online: 15 de Agosto de 2007, 23:08:17 »
Muitas ideologias e muitos ismos para quem esta preocupado em trabalhar, gerar riquezas, gerar empregos, produzir bens de consumo e distribuir renda...

Mas como você pensa que o país pode avançar com o crescimento?  Seria com a reforma tributária de forma a diminuir a alta taxação do setor produtivo ?


Primeiro lugar... é preciso organizar o estado para que o mastodonte saia da inércia, precisamos de um estado ágil e enxuto... mudar a mentalidade que transforma o estado em cabide de empregos para apadrinhados políticos e começar a adotar critérios puramente técnicos, composto por pessoas que realmente saibam o que estão fazendo.

Segundo lugar... diminuir com a burocracia que emperra o empreendedorismo. Quase metade (numero chutado arbitrariamente) dos funcionários governamentais são para (tentar) gerir esta burocracia. Quantas pessoas poderiam sair do mercado informal e oficializar suas atividades? Milhões!

Terceiro lugar... descentralizar o poder federal, dar mais autonomia para os estados e municípios.

Quarto lugar... reforma fiscal e tributária. O estado não gera riquezas, quem faz isto é o setor produtivo... não é justa a forma como a união vem tratando este setor. Hoje, se eu tivesse 1 milhão de reais para investir, preferiria investir no setor financeiro do que em setores produtivos. Somos uma nação que não possui a mentalidade de produção, preferimos especular... é preciso reverter esta lógica perversa.

Offline HSette

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Re: Brasil-potência
« Resposta #22 Online: 15 de Agosto de 2007, 23:20:40 »
Citar
Hoje, se eu tivesse 1 milhão de reais para investir, preferiria investir no setor financeiro do que em setores produtivos.

E estaria fazendo um grande bem para economia.
O setor produtivo se sustenta exatamente dessas aplicações no setor financeiro.
O sistema financeiro não é nenhum vilão nessa história.

Citar
...mudar a mentalidade que transforma o estado em cabide de empregos para apadrinhados políticos e começar a adotar critérios puramente técnicos

No primeiro mandato de FHC, uma corrente de economistas da UNICAMP, se não me engano, que na época tinha influência no governo de então, tentou isso. O projeto foi sepultado pelo fisiologismo com o PFL. Desde então nada de concreto foi feito nesse sentido.
Uma grande perda de tempo, e a permanência de uma fonte de corrupção.

Citar
descentralizar o poder federal, dar mais autonomia para os estados e municípios.

Essa questão precisa mesmo ser revista com urgência. Desde a Constituição de 88, Estados e Municípios receberam uma série de responsabilidades (saúde básica, ensino primário, rodovias, etc.), mas nada se definiu sobre a origem desses recursos. A União centraliza o grosso do bolo, e quando o divide, divide mal.
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Offline Adriano

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Re: Brasil-potência
« Resposta #23 Online: 15 de Agosto de 2007, 23:42:08 »
Muitas ideologias e muitos ismos para quem esta preocupado em trabalhar, gerar riquezas, gerar empregos, produzir bens de consumo e distribuir renda...

Mas como você pensa que o país pode avançar com o crescimento?  Seria com a reforma tributária de forma a diminuir a alta taxação do setor produtivo ?


Primeiro lugar... é preciso organizar o estado para que o mastodonte saia da inércia, precisamos de um estado ágil e enxuto... mudar a mentalidade que transforma o estado em cabide de empregos para apadrinhados políticos e começar a adotar critérios puramente técnicos, composto por pessoas que realmente saibam o que estão fazendo.

Segundo lugar... diminuir com a burocracia que emperra o empreendedorismo. Quase metade (numero chutado arbitrariamente) dos funcionários governamentais são para (tentar) gerir esta burocracia. Quantas pessoas poderiam sair do mercado informal e oficializar suas atividades? Milhões!
É a necessidade da reforma política e da reforma administrativa, para enxugar o estado, desburocratizar e atualizar o quadro de servidores públicos.

Terceiro lugar... descentralizar o poder federal, dar mais autonomia para os estados e municípios.
Conheço pouco sobre a descentralização. Mas me parece interessante.

Quarto lugar... reforma fiscal e tributária. O estado não gera riquezas, quem faz isto é o setor produtivo... não é justa a forma como a união vem tratando este setor. Hoje, se eu tivesse 1 milhão de reais para investir, preferiria investir no setor financeiro do que em setores produtivos. Somos uma nação que não possui a mentalidade de produção, preferimos especular... é preciso reverter esta lógica perversa.
É como o HSette disse, o setor produtivo é financiado pelo mercado financeiro. A especulação dos investidores garante recursos ao setor produtivo, embora com relação ao tamanho da nossa economia o setor financeiro no país é bem modesto.

E o estado tem um papel fundamental de garantir a infraestrutura para o possível desenvolvimento do setor produtivo. Assim o estado é um importante condutor do desenvolvimento econômico. Além disso tem a administração da política macroeconômica, que é essencialmente técnica.

E para mim outro ponto importante é o do desenvolvimento social propiciado pelo governo, além do puro desenvolvimento econômico. Nesse caso, sem considerar o aspecto social, seria mais um ismo, do qual critico, pois bota muita fé no crescimento econômico como panacéia dos de todos os problemas. É um pensamento tão em voga, que nem é percebido como sendo um ismo.
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Offline Spitfire

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Re: Brasil-potência
« Resposta #24 Online: 16 de Agosto de 2007, 00:40:45 »

E estaria fazendo um grande bem para economia.
O setor produtivo se sustenta exatamente dessas aplicações no setor financeiro.
O sistema financeiro não é nenhum vilão nessa história.

Não... só que as taxas de juros e a ganância por lucros, quase sempre de forma ilícita, é o que impede o acesso ao financiamento.
Conheces alguém que tenha feito algum empréstimo e que não tenha que recorrer a justiça por conta de cobranças indevidas nos cálculos de juros (aplicam juros sobre juros)?

Se eu aplicar 1 milhão, meu, no setor produtivo, terei um lucro de X... se aplicar no financeiro, terei X+(X+Y). Não existe estimulo nenhum para a produção e sim para a especulação.


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Essa questão precisa mesmo ser revista com urgência. Desde a Constituição de 88, Estados e Municípios receberam uma série de responsabilidades (saúde básica, ensino primário, rodovias, etc.), mas nada se definiu sobre a origem desses recursos. A União centraliza o grosso do bolo, e quando o divide, divide mal.

Penso que o município deveria ser a "entidade" mais forte de um sistema federativo próximo do ideal... pessoas vivem e trabalham em cidades... país e estado são "entidades" virtuais.

 

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