Autor Tópico: Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia  (Lida 9782 vezes)

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Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia
« Online: 16 de Agosto de 2007, 17:40:53 »
Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia; veja fotos
 
Uma expedição de cientistas realizada este ano revelou novas espécies de animais na região do interflúvio dos rios Purus e Madeira, na região amazônica do Brasil.

Segundo os especialistas, foram achados pelo menos quatro novas espécies de aves e uma nova de macaco.

Além disso, eles identificaram diversos tipos diferentes de insetos e plantas, que ainda estão sendo analisados para se descobrir se são espécies novas ou não.

"É muito cedo para saber quantas espécies novas nós encontramos", disse à BBC Brasil o biólogo Mario Cohn-Haft, do Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA), que liderou a expedição.

"O que nós sabemos de cara é que encontramos um macaco novo, que vai ser descrito como uma subespécie por uma tecnicalidade taxonômica, mas que pode também ser considerado uma espécie nova. Ele foi avistado com outro macaco, quase certamente uma espécie nova, mas cujos dados não foram coletados."

"Além disso, foram encontradas na região pelo menos quatro espécies novas de aves."

Grande biodiversidade

Os cientistas divulgaram imagens feitas durante as duas expedições, realizadas em abril e julho deste ano. As imagens da nova subespécie de macaco não foram reveladas, pois devem ser divulgadas apenas após a publicação de artigos científicos.

Segundo Cohn-Haft, a região do interflúvio Purus-Madeira é uma área de grande biodiversidade dentro da Amazônia, pois possui diversos tipos diferentes de ambientes – desde florestas, campos naturais não-florestais e regiões de bambus.

"Essa heterogeneidade (de ambientes) leva a uma biodiversidade muito grande, porque cada ambiente tem espécies novas. Além disso, há poucos estudos anteriores. É uma parte da Amazônia quase inexplorada."

O Projeto Geoma que promoveu as expedições é formado por entidades científicas de diversas áreas diferentes, entre elas o Inpa, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).

Além do financiamento do ministério de Ciência e Tecnologia do governo brasileiro, através da rede Geoma, os cientistas também fizeram parceria com a Petrobras, que cedeu um helicóptero para uso do projeto.

Os cientistas planejam voltar para a região, mas ainda não organizaram uma nova expedição.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/08/070815_amazonia_especies_dg.shtml

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Cientistas acharam animais diferentes na Amazônia. Agora eles investigam quais espécies são novas. Foto: Viviane Deslandes do Nascimento/Geoma/Divulgação


Samambaia atípica e ainda não-identificada do gênero Schizea. Foto: Pedro Lage Viana/Geoma/Divulgação


Insetos em geral, como este homóptero, mostram uma grande diversidade, muitas vezes estranha e ainda pouco conhecida. Foto: Pedro Lage Viana/Geoma/Divulgação


Tanto as borboletas como as plantas floridas oferecem beleza, mas também requerem estudos por especialistas para serem identificadas. Foto: Pedro Lage Viana/Geoma/Divulgação
   

Essa é uma das espécies que os cientistas acreditam ser nova e que ainda será descrita: um urutau do genero Nyctibius. Foto: Pedro Lage Viana/Geoma/Divulgação


Um urutau "mãe-da-lua", espécie noturna e exclusivamente neotropical (Nyctibius griseus). Foto: Mario Cohn-Haft/Geoma/Divulgação


Um amblipigeo, bicho noturno, relativamente raro e de uma beleza estranha. Foto: Pedro Lage Viana/Geoma/Divulgação


A região entre os rios Purus e Madeira é rica em ambientes diferentes, o que favorece a biodiversidade. Foto: Mario Cohn-Haft/Geoma/Divulgação


Uma rã Edalorhina perezi, cuja aparência imita folhas secas. Essa espécie é típica tipica da Amazônia peruana e colombiana. Foto: Mario Cohn-Haft/Geoma/Divulgação


Espera-se que a maioria dos opiliões e muitas das aranhas encontradas sejam espécies novas. Foto: Eduardo Henrique Wienskoski Filho/Geoma/Divulgação


Cientistas ainda estão no processo de reconhecer as espécies. Foto: Eduardo Henrique Wienskoski Filho/Geoma/Divulgação


A região da Amazônia é rica em ambientes e biodiversidade. Foto: Mario Cohn-Haft/Geoma/Divulgação


Especialistas não tem certeza, mas acreditam que esta pode ser uma planária terrestre. Foto: Eduardo Henrique Wienskoski Filho/Geoma/Divulgação


Foto mostra besouro Scarabidae enorme encontrado na região. Foto: Eduardo Henrique Wienskoski Filho/Geoma/Divulgação

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Offline Südenbauer

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Re: Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia
« Resposta #1 Online: 16 de Agosto de 2007, 17:47:57 »
:)

Offline Nina

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Re: Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia
« Resposta #2 Online: 16 de Agosto de 2007, 19:38:33 »
Em peixes há algumas estimativas sobre a biodiversidade de água doce que animam qualquer zoólogo. Algumas dizem que há cerca de 5 mil espécies descritas na região neotropical, e ainda outro tanto deste a descrever. Se pensarmos que são mais de 24 mil espécies de peixes no mundo (aproximadamente o mesmo dos demais vertebrados juntos), pode parecer pouco, mas ainda é bastante coisa.
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Pregador

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Re: Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia
« Resposta #3 Online: 17 de Agosto de 2007, 09:54:07 »
Isso até passar a rodovia Porto Velho - Manaus, bem por cima dessa região. Além da hidroelétrica do Madeira que já foi aprovada que vai alagar parte dela...

Melhor catalogar, por que irá acabar em breve...
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Offline Mauricio Rubio

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Re: Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia
« Resposta #4 Online: 17 de Agosto de 2007, 11:16:48 »
Isso até passar a rodovia Porto Velho - Manaus, bem por cima dessa região. Além da hidroelétrica do Madeira que já foi aprovada que vai alagar parte dela...

Melhor catalogar, por que irá acabar em breve...

Grande bosta os catalogos ...
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Offline Nina

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Re: Cientistas descobrem novas espécies na Amazônia
« Resposta #5 Online: 19 de Agosto de 2007, 20:34:58 »
Isso até passar a rodovia Porto Velho - Manaus, bem por cima dessa região. Além da hidroelétrica do Madeira que já foi aprovada que vai alagar parte dela...

Melhor catalogar, por que irá acabar em breve...

Melhor que isso só a transposição do São Francisco.... ::)
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

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Expedição acha espécies diferentes na Amazônia
« Resposta #6 Online: 20 de Agosto de 2008, 14:24:11 »
Expedição acha espécies diferentes na Amazônia; veja
 
Uma expedição na floresta amazônica da Guiana descobriu espécies de peixes, sapo e morcegos que podem nunca ter sido catalogadas.

Uma equipe de cientistas e cineastas passou seis meses observando animais na floresta para um documentário da BBC chamado Lost Land of the Jaguar (Terra Perdida do Jaguar, em tradução literal).

A equipe acredita ter encontrado duas espécies novas de peixes, uma de sapo e várias de morcegos. Após capturar os animais, os estudiosos estão agora verificando em laboratório se eles são de fato novos.

Uma das espécies que pode não ter sido catalogada é um pequeno peixe listrado, que foi capturado próximo do acampamento da expedição. A outra seria um pequeno peixe-gato parasita, que foi encontrado nas escamas de outro peixe-gato.

"Em pouco tempo, nós capturamos centenas de espécies, 10% das quais podem ser novas para a ciência. Era irreal, inacreditável", disse o zoólogo George McGavin, um dos apresentadores do documentário.

"Pegá-los é a parte fácil, a parte difícil é voltar para o laboratório e examinar as espécies, comparando-as com as coleções e os livros – vendo se elas são novas para os cientistas. Uma hora de trabalho de campo pode significar centenas de horas no laboratório."

A expedição também filmou uma sucuri – a mais pesada cobra do mundo, "que parece uma pilha de pneus de tratores", segundo McGavin – e a maior espécie de águia do mundo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/07/080730_amazonia_especies_dg.shtml

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Em Imagens: Expedição na Amazônia


Um dos animais encontrados na expedição foi esta aranha Golias, que tem patas de 2,5 cm.


Este peixe da família Characidae foi uma das espécies mais estranhas achadas no rio Essequibo.


Este sapo com chifres se esconde entre as folhas para surpreender insetos e devorá-los.


Esta cobra esmeralda (Corallus caninus) se alimenta de roedores e de outras cobras.


Esta lagarta com aparência incomum foi encontrada perto do acampamento da expedição.

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Amazônia tem uma nova espécie descoberta a cada 3 dias
« Resposta #7 Online: 26 de Outubro de 2010, 15:27:04 »
Amazônia tem uma nova espécie descoberta a cada 3 dias

Entre 1999 e 2009, mais de 1.200 novas espécies foram identificadas na região, segundo o relatório do WWF


A tarântula Pamphobeteus grandis, encontrada no Amazonas e no Acre, chama a atenção por sua coloração lilás. O gênero Pamphobeteus engloba algumas das maiores aranhas do mundo

A organização ambientalista internacional WWF (World Wide Fund for Nature) lançou um relatório que faz uma extensa compilação das mais de 1.200 novas espécies de animais e vegetais descobertas na Amazônia na última década.

Segundo o estudo, intitulado "Amazon Alive!" uma nova espécie foi descoberta a cada três dias na região entre 1999 e 2009.

Os números comprovam que a Amazônia é dos lugares de maior biodiversidade da Terra: foram catalogados 637 novas plantas, 257 peixes, 216 anfíbios, 55 répteis, 39 mamíferos e 16 pássaros.

"O volume de descobertas de novas espécies é incrível - e isso sem incluir o grupo dos insetos, onde as descobertas também são muitas", afirma a coordenadora da WWF no Brasil Sarah Hutchison.

"Esse relatório mostra a incrível diversidade da vida na Amazônia e por isso precisamos de ações urgentes para que essas espécies sobrevivam."

Mais imagens no site: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/uma+nova+especie+descoberta+na+amazonia+a+cada+tres+dias/n1237812117288.html

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Offline Geotecton

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Re: Amazônia tem uma nova espécie descoberta a cada 3 dias
« Resposta #8 Online: 26 de Outubro de 2010, 18:14:09 »
E o governo federal, as madeideiras, os agropecuaristas, os grileiros e o MST não dão a mínima para isto, a não ser é claro, como discurso de fachada.
Foto USGS

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Re: Amazônia tem uma nova espécie descoberta a cada 3 dias
« Resposta #9 Online: 28 de Dezembro de 2010, 20:04:40 »
Desmatamento da Amazônia leva à descoberta e à extinção de espécies

Na Amazônia peruana uma espécie de ave é descoberta ao ano e uma de mamífero a cada quatro, mas paradoxalmente cada nova descoberta faz parte de uma tragédia, pois ocorre devido ao desmatamento realizado por empresas de petróleo, mineradoras e madeireiras. Em muitos casos, a descoberta de uma nova espécie caminha lado a lado com o começo de sua extinção.

"As descobertas de aves, mamíferos e outras espécies na maioria ocorrem devido não a uma pesquisa científica, que custa muito dinheiro, mas pela presença de empresas petroleiras, mineradoras e de corte de árvores", disse à AFP Michael Valqui, da ONG conservacionista WWF-Peru (Fundo Mundial para a Natureza).

"Este tipo de descoberta põe em risco a espécie que se descobre, já que pode entrar em risco de extinção porque este lugar é seu único hábitat, devido ao clima ou bacia", acrescentou.

Entre as novas espécies descobertas nos últimos cinco anos estão a rã 'Ranitomeya amazonica', com coloração de fogo na cabeça e patas azuis, o papagaio-de-testa-branca e o beija-flor-de-colar-púrpura.

O Peru é o quarto país do mundo em extensão florestal, com 700 mil quilômetros quadrados de florestas tropicais amazônicas, que contribuem para reduzir o aquecimento global e abrigam grande biodiversidade.

Em outubro, mais de 1.200 novas espécies foram apresentadas em uma cúpula das Nações Unidas sobre biodiversidade. Delas, cerca de 200 foram descobertas na Amazônia peruana.

A região tem 25.000 espécies de plantas --10% do total mundial-- e é o segundo lugar do mundo com mais diversidade de aves, abrigando 1.800 espécies. Também ocupa o quinto lugar do mundo no que diz respeito à diversidade de mamíferos (515 espécies) e répteis (418 espécies).

Ernesto Ráez, diretor do Centro para a Sustentabilidade Ambiental da Universidade Cayetano Heredia, de Lima, comenta: "O número de espécies que desaparece para sempre no mundo todos os dias é muito superior ao número de espécies que descobrimos todos os dias. Há espécies, em outras palavras, que desapareceram antes que as tenhamos conhecido."

A Amazônia peruana deve fazer frente a um agressivo programa estatal de exploração petroleira e mineradora, que tem confrontado o governo e as comunidades indígenas do local.

"Uma empresa mineradora ou de hidrocarbonetos não é, em si mesma, destrutiva; a chave é se é limpa ou não", explicou Gérard Hérail, do IRD (sigla em francês de do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento de Lima).

Segundo os cientistas, a lagartixa de Lima, um animal de hábitos noturnos encontrado apenas em "huacas" (santuários arqueológicos) da capital peruana, está prestes a se extinguir, enquanto outras espécies já desapareceram, como o rato endêmico da "lomas" ou encostas (Calomys sp, um ratinho orelhudo).

"Os arqueólogos, ao limpar as 'huacas' para sua restauração, destroem o habitat da lagartixa de apenas dois a três centímetros, com cor avermelhada, que vive nos recantos e locais escuros do local", disse Valqui, do WWF-Peru.

Em 2009, o governo propôs, perante um organismo internacional sobre mudanças climáticas a preservação de 540 mil quilômetros quadrados de florestas e reverter processos de corte e queima para reduzir o desmatamento.

Atualmente, há no Peru 70 áreas naturais protegidas, que ocupam 200 mil quilômetros quadrados, 15% do território nacional.

"Faltam sinais claros para dizer até onde o país vai na defesa de sua biodiversidade", disse à AFP Iván Lanegra, defensor adjunto para o Meio Ambiente da Defensoria do Povo.

Para Nicolás Quinte, biólogo guia do parque nacional do Manu, no Amazonas, deve-se promover "as atividades que não sejam claramente extrativistas, mas também produtivas e que sejam sustentáveis com o passar do tempo. Uma delas pode ser o turismo que usa a floresta sem destruí-la."

http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/851718-desmatamento-da-amazonia-leva-a-descoberta-e-a-extincao-de-especies.shtml

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