Autor Tópico: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"  (Lida 1083 vezes)

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Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Online: 23 de Agosto de 2007, 10:54:28 »
Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"

Uma equipe de cientistas induziu experiências "fora do corpo" em pessoas sadias com a ajuda de óculos de realidade virtual que confundiram os sinais enviados ao cérebro, segundo um artigo publicado hoje pela revista Science.
As "experiências fora do corpo", que muitos cientistas consideram produto da imaginação e para outros são indício de transtornos mentais, ocorrem quando uma pessoa em estado de vigília percebe que observa seu corpo de um lugar fora dele.

Há relatos de experiências desse tipo em condições clínicas que perturbam o funcionamento normal do cérebro. É o caso de infartos, ataques epilépticos parciais, abuso de drogas e experiências traumáticas, como em acidentes.

Segundo a revista, cerca de uma de cada 10 pessoas alega ter passado por uma experiência extracorpórea em algum momento de suas vidas. Na literatura esotérica, as referências a essas experiências são chamadas de "projeção astral".

Em anos recentes, porém, diversas experiências mostraram que o fenômeno pode ser induzido pelo estímulo de certas áreas do cérebro. Freqüentemente as experiências fora do corpo se começam com um sonho lúcido. As pessoas relatam ter experimentado a sensação enquanto estavam dormindo, adormecendo ou acordando.

Numa alta percentagem, a situação descrita é uma em que o sonho não era particularmente profundo, devido a doença, ruídos, estresse emocional, cansaço, ou interrupções freqüentes. Na maioria dos casos as pessoas contaram que sentiam que estavam acordando. Aproximadamente a metade informou que sentia uma paralisia.

H. Henrik Ehrsson, do Departamento de Neurociências Clínicas do Instituto Karolinska, em Estocolmo (Suécia), afirmou no artigo da revista Science que "a experiência ilusória pode ser induzida em participantes sadios".

Segundo Ehrsson, o fenômeno é "uma ilusão perceptiva na qual os indivíduos experimentam que seu centro de consciência, ou seu 'eu', está situado fora de seus corpos físicos, e que olham para seus corpos do ponto de vista de outra pessoa".

"Esta ilusão demonstra que o sentido de 'ser' localizado dentro do corpo físico pode estar determinado plenamente por processos perceptivos, isto é pela perspectiva visual junto com o estímulo multi-sensorial do corpo", acrescentou.

Nas experiências, Ehrsson e seus colegas do Centro Wellcome Trust de Neuroimaen, no Instituto de Neurologia de Londres, usaram câmeras de vídeo e óculos de realidade virtual. Doze voluntários assistiram a imagens de seus próprios corpos, da perspectiva de alguém sentado atrás deles e com uma visão estereoscópica.

Um cientista se manteve parado ao lado do participante e dentro de seu campo visual, e utilizou duas varinhas de plástico para tocar simultaneamente o peito real da pessoa e o peito do "corpo ilusório". A segunda varinha era movimentada para o lugar onde a ilusão ficaria, fora da visão das câmeras.

O esquema criou, pela primeira vez em laboratório, a ilusão de que os voluntários podiam sentir seus corpos virtuais.

"Após dois minutos de estímulo, pedimos aos participantes que completassem um questionário no qual tinham que afirmar ou negar 10 possíveis efeitos perceptivos", explicou Ehrsson. Os voluntários não só perceberam que viam a si mesmos de fora de seus corpos, mas também sentiram que seu corpo real era tocado.

Ehrsson e sua equipe destacaram a importância dos estudos, que tentam explicar a natureza das experiências extracorporais, até agora sem uma explicação científica.

"Não existia antes uma forma de induzir uma experiência extracorporal em pessoas saudáveis, a não ser nos relatórios sem fundamentos da literatura esotérica. É uma descoberta apaixonante e com repercussões em várias disciplinas, da neurociência à teologia", concluiu.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1849077-EI8147,00.html

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Offline Spitfire

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #1 Online: 23 de Agosto de 2007, 11:11:36 »
E agora, kardecistas?

blue pill

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #2 Online: 23 de Agosto de 2007, 11:34:50 »
E agora, o que um conhecimento mais detalhado dessa sensação vai trazer não é a negação da projeção astral, mas a compreensão dela, depois de ter experiências similares não mais duvidei que pudesse haver uma "projeção astral", mas que quem as tinha, via de regra nunca era capaz de explica-la de uma maneira convincente que não se embasasse em alguma crença da mesma...

Citar
...Segundo Ehrsson, o fenômeno é "uma ilusão perceptiva na qual os indivíduos experimentam que seu centro de consciência, ou seu 'eu', está situado fora de seus corpos físicos, e que olham para seus corpos do ponto de vista de outra pessoa".

"Esta ilusão demonstra que o sentido de 'ser' localizado dentro do corpo físico pode estar determinado plenamente por processos perceptivos, isto é pela perspectiva visual junto com o estímulo multi-sensorial do corpo", acrescentou...

Citação de: blue pill
Ao passar das horas, me via na mais incrível excursão pela mente, nunca havia me sentido daquela forma antes, senti que deitado na cama naquele momento, adormecia, meu corpo adormecia mas INCRIVELMENTE eu não estava dormindo, minha percepção estava mais aguçada do que nunca, como alguem que esta prestes a saltar de bungee jump e com a taxa de adrenalina elevadissima, eu era estava muito ágil na percepção como nunca estive, porem o relaxamente do corpo lembrava o sono, o corpo totalmente "solto" na cama, ao passo que podia realizar movimentos extremamente bruscos mesmo assim (Falo isso pois me mexi e senti desta maneira, inclusive num momento em que ouvi um barulho de fora me assustei e tive um pulo pra vigílha e atenção aos movimentos responsaveis por aquilo)...Existe uma faculdade da mente que é responsavel por "criar" uma projeção do corpo, quer dizer, simula a forma geométrica, a forma espacial, que seu corpo ocupa, mesmo de olhos fechados temos a famosa "noção de espaço" (Expeculação, talvez esta característica da mente tenha sido moldado por pura seleção natural, onde aquele que melhor domina o corpo tem maior chance de sobreviver)
Esta noção de espaço era incrivelmente nítida, podia saber exatamente onde é que estava a divisão entre o meu dedo mindinho do pé e o dedo ao lado (Nome???), estava com a sensibilidade extraordinária, estava com o tato, visão, audição... todos sentidos podiam definir sutis alterações e diferenças...

E estava exatamente como se acorda no meio da madrugada, com a consciência "la no fundo", parecia que olhava meus braços e via la longe eles, no entanto a consciência "la do fundo" era intensa de tal maneira que podia suprir essa distância, era um paradoxo de estar consciênte do mundo a minha volta com estar totalmente fora do mundo e adentrado no reino da mente por completo, este é um paradoxo, mas é o que via e vivia, via tanto uma como outras sensações, ambas juntas, e ambas tinham motivos suficientes pra acreditar que não era puro engano, pois tinha a todo momento provas disto, como as reações que tinha aos barulhos, a velocidade com que ainda podia me mexer, provavam pra mim que estava totalmente "consciênte", ao passo que deitava-me na cama e me desligava do mundo e podia criar sonhos facilmente, parecia poder moldar qualquer objeto geométrico naquilo que chamamos de visão, podia criar cores no pretume da escuridão... (é facil perceber este paradoxo, ao fechar os olhos vemos cores e o preto fundidos (que teóricamente teria de ser ausência de cor)... Era assim que se fundiam os dois mundos, o mundo sensível, o espetáculo que se me apresentavam pelos sentidos, com o reino da mente, o reino onde surge os sonhos, reino do qual alguns céticos extremistas julgam não existir... (a qual mundo mais poderia pertencer os sonhos? É exatamente desta distinção entre o mundo que nós "assistimos"  os sonhos e o mundo que assistimos os sentidos que chamo de mundos diferentes, e ambos se fundiam de maneira espetacular naquele momento...
« Última modificação: 23 de Agosto de 2007, 11:40:23 por Blue Pill »

Offline Leafar

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #3 Online: 23 de Agosto de 2007, 18:27:00 »
E agora, kardecistas?
Conclusão final e definitiva da experiência:

Todos os que já tiveram experiências foram do corpo usavam óculos de realidade virtual acoplado a uma câmera de vídeo. Pronto! Tão fácil!!! Como não percebemos antes?

É claro que essa deve ser a conclusão final e definitiva a la Spitfire, pois o próprio pesquisador, que a meu ver parece sério, teve o cuidado de dizer:

"Ehrsson e sua equipe destacaram a importância dos estudos, que tentam explicar a natureza das experiências extracorporais, até agora sem uma explicação científica."

Um abraço.
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Nigh†mare

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #4 Online: 23 de Agosto de 2007, 19:46:35 »
Está de onda, né, Leafar?

Offline ReVo

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #5 Online: 23 de Agosto de 2007, 20:25:07 »
Leafar,
Último parágrafo:
""Não existia antes uma forma de induzir uma experiência extracorporal em pessoas saudáveis, a não ser nos relatórios sem fundamentos da literatura esotérica. É uma descoberta apaixonante e com repercussões em várias disciplinas, da neurociência à teologia", concluiu."

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Offline Leafar

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #6 Online: 24 de Agosto de 2007, 07:49:46 »
ReVo:

Citar
Um cientista se manteve parado ao lado do participante e dentro de seu campo visual, e utilizou duas varinhas de plástico para tocar simultaneamente o peito real da pessoa e o peito do "corpo ilusório". A segunda varinha era movimentada para o lugar onde a ilusão ficaria, fora da visão das câmeras.
Assim até os meus filhos pequenos conseguem iludir um ao outro... Como ilusionista, o pesquisador deve ser um bom cientista.

É claro que a experiência é válida de qualquer forma. Mas está muito longe de "induzir uma experiência extracorporal em pessoas saudáveis", como afirma o parágrafo. Melhor esperar um pouco mais antes de tirar essa conclusão.

Eu vou levar a sério quando conseguirem produzir experiências extracorporais em pessoas lúcidas e sem truques de varinhas ou óculos de realidade virtual acoplados a câmeras.

Aliás, eu duvido que isso um dia aconteça, pois nas experiências extra-corpóreas ditas legítimas, a consciência se projetaria para fora do corpo, de onde o observaria. Neste caso, o corpo não teria consciência e, logo, a experiência com pessoas lúcidas tenderia a malograr. Esperemos mais para ver o que ocorre...

Um abraço.
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Offline Unknown

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Re: Realidade virtual induz "experiência fora do corpo"
« Resposta #7 Online: 24 de Agosto de 2007, 11:43:02 »
Reportagem mais completa:

Citar
Passeio fora do corpo

Agência FAPESP – Com o uso de realidade virtual para misturar sinais sensoriais que chegam ao cérebro, cientistas europeus induziram voluntários a experiências extracorpóreas, sugerindo uma explicação científica para o fenômeno normalmente considerado produto de ilusão ou de ficção.

A visão de seus corpos transferidos para outro local – graças ao equipamento – associada à sensação de serem tocados simultaneamente fez com que voluntários sentissem que estavam se movendo fora de seu corpo físico, de acordo com dois artigos publicados na edição desta sexta-feira (24/8) da revista Science.

Uma desconexão entre os circuitos cerebrais que processam esse tipo de informação sensorial pode ser responsável por algumas das experiências extracorpóreas, segundo os autores.

“Estamos interessados nas razões pelas quais sentimos que cada ‘eu’ está dentro de nossos corpos, ou, em outras palavras, por que temos uma experiência intracorpórea”, disse o autor de um dos estudos, Henrik Ehrsson, da Universidade College London, na Inglaterra, e do Instituto Karolinska, na Suécia.

Tanto Ehrsson como a equipe liderada por Olaf Blanke, da Escola Politécnica Federal de Lausanne e do Hospital Universitário de Genebra, ambos na Suíça, utilizaram câmeras e óculos de realidade virtual para exibir aos voluntários imagens de seus próprios corpos a partir da perspectiva de alguém posicionado atrás deles. Ao mesmo tempo, os pesquisadores tocaram os corpos dos voluntários, tanto os reais como os virtuais.

Os voluntários do estudo de Ehrsson viram, por meio dos óculos especiais, imagens gravadas por câmeras. No trabalho de Blanke e equipe, o vídeo foi convertido em simulações computacionais semelhantes a holografias.

O primeiro grupo movimentou um pino de plástico logo abaixo das câmeras, enquanto os voluntários eram tocados no peito no ponto correspondente. Questionários feitos em seguida indicaram que os voluntários sentiram que estavam sentados no local em que estavam as câmeras e observavam diante de si um manequim ou um corpo que pertenceria a outra pessoa.

“Esse experimento sugere que a perspectiva visual de primeira pessoa é criticamente importante para a experiência intracorpórea. Ou seja, sentimos que nosso ‘eu’ está localizado onde estão nossos olhos”, disse Ehrsson.

O cientista sueco também fez os voluntários olharem um martelo que era balançado em direção a um ponto abaixo da câmera, como se estivesse batendo em uma parte do corpo virtual fora do campo de visão.

Medições de condutividade da pele, que refletem respostas emocionais como o medo, indicaram que os voluntários sentiram que seu “eu” havia deixado o corpo físico e se movido para o corpo virtual.

Para os pesquisadores, casos que envolvem a sensação de sair do corpo e vê-lo a partir de uma perspectiva externa podem estar relacionados, em parte, com o uso de drogas, ataques epiléticos e outros tipos de distúrbios cerebrais.

Ao projetar a consciência de uma pessoa em um corpo virtual, as técnicas utilizadas nesses estudos poderiam, segundo os autores dos estudos, ser úteis para treinamento em delicadas tarefas de “teleoperação”, como a realização remota de cirurgias.

As conclusões das pesquisas também poderiam ajudar a eliminar o estigma imputado a pacientes de distúrbios neurológicos que têm essas experiências, freqüentemente atribuídas a uma imaginação ativa ou a algum tipo de fenômeno paranormal. De acordo com os pesquisadores, os estudos têm potencial de ajudar a resolver antigas questões sobre como o ser humano percebe seu próprio corpo.


Disfunções cerebrais

A equipe de Blanke utilizou uma instalação semelhante para criar experiências extracorpóreas. Nesse caso, as imagens em vídeo foram convertidas em simulações tridimensionais e holográficas.

Depois da experiência de realidade virtual, um pesquisador vendava os voluntários e os conduzia mais para trás. Quando era pedido que voltassem à posição inicial, eles demonstravam tendência a se dirigir ao local em que haviam visto seu corpo virtual.

Os dois estudos concluíram que o “conflito multissensorial” é o mecanismo-chave na base da experiência extracorpórea. “As disfunções do cérebro que interferem nos sinais de interpretação sensoriais podem estar na origem de certos casos clínicos de experiência extracorpórea. No entanto, não sabemos se todas essas experiências são provenientes das mesmas causas”, disse Ehrsson.

Além dos sinais sensoriais, de acordo com Blanke, a consciência do corpo poderia também implicar uma dimensão cognitiva: a capacidade de distinguir o próprio corpo de outros objetos.

Sustentando essa idéia, os autores relataram que, quando os voluntários viram uma coluna de tamanho humano, no lugar da imagem de um corpo humano, puderam voltar a seu local inicial, indicando que a ilusão de experiência extracorpórea não ocorria mais.

“A consciência do corpo parece requerer não apenas o processo ‘ascendente’ de correlacionar a informação sensorial, mas também o conhecimento ‘descendente’ do corpo humano”, disse Blanke.

Algumas experiências extracorpóreas que haviam escapado anteriormente a qualquer explicação científica poderiam estar relacionadas com uma perceção corporal distorcida, de acordo com Blanke. Segundo ele, os sistemas de realidade virtual talvez poderão trazer novas respostas no futuro.

“Tivemos décadas de pequisa intensa sobre a percepção visual, mas não se avançou muito sobre a percepção corporal. No entanto, isso poderia mudar, agora que a realidade virtual oferece um meio mais sistemático para manipular a percepção do corpo inteiro e para testar de uma nova forma as experiências extracorpóreas, assim como a consciência corporal”, disse o cientista suíço.

Os artigos The Experimental induction of out-of-body experiences, de Henrik Ehrsson, e Video ergo sum: Manipulating bodily self-consciousness, de Olaf Blanke e outros, podem ser lidos por assinantes da Science em www.sciencemag.org

http://www.sciencemag.org/cgi/content/short/317/5841/1020a

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