Com degelo crescente, ilhas antes desconhecidas despontam no Ártico Ilhas antes desconhecidas na região ártica estão surgindo à medida que o gelo atinge uma retração recorde neste verão no Hemisfério Norte. Na sexta, a cobertura atingiu a menor extensão já registrada pelo homem, com 5,23 milhões de quilômetros quadrados.
O alerta foi dado ontem em um seminário de 40 cientistas e políticos que aconteceu em Ny Alesund, a 1.200 quilômetros do Pólo Norte.
“As ilhas estão aparecendo logo aqui no fiorde”, disse o cientista Kim Holmen, diretor do Instituto Polar Norueguês. “Já estamos vento efeitos adversos em ursos polares e outras espécies.”
Ursos e focas que vivem no Arquipélago de Svalbard têm tido dificuldade para caçar devido ao fenômeno.
“Sei de duas ilhas que apareceram no norte de Svalbard (Noruega) neste verão. Elas ainda não foram reconhecidas”, afirmou o especialista ambiental Rune Bergstrom, do governo norueguês.
Ele disse que uma delas tem o tamanho de um campo de beisebol e que outras ilhas novas também foram registradas na Groenlândia e no Canadá.
“As reduções de neve e gelo estão acontecendo em um ritmo alarmante”, disse a ministra do Meio Ambiente da Noruega, Helen Bjoernoy, que participou do encontro. “Esta aceleração parece ser mais rápida do que foi previsto.”
Modelos climáticos indicam que o gelo no Ártico pode desaparecer completamente no verão a partir do meio do século por causa do aquecimento global. (Reuters, Ny Alesund)
(O Estado de SP, 22/8)
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