China nega acusação de espionagem online em 103 paísesO governo da China negou, nesta segunda-feira, acusações de envolvimento em uma rede internacional de espionagem online que atuaria em 103 países.
A denúncia havia sido feita em um estudo do Information Center Monitor, ligado à universidade de Toronto, no Canadá, e encomendado pelo escritório do Dalai Lama, o líder do Tibete.
Em um comunicado, o porta-voz da embaixada chinesa em Londres, Liu Weimin, disse que não há provas de envolvimento de Pequim e sugeriu que as acusações feitas fariam parte de uma "campanha de propaganda" encampada pelo governo tibetano no exílio.
Liu afirmou que o material recolhido pelos pesquisadores "não passa de algumas imagens editadas de fontes diferentes com o objetivo de atacar a China".
O diplomata afirma que na China "é contra a lei espionar em computadores alheios" e que o problema da espionagem online é um "desafio global" que pede cooperação internacional.
"A China é um participante ativo neste tipo de operação ao redor do mundo", disse o comunicado.
Documentos confidenciaisO estudo canadense afirma que a rede de espiões se infiltrou em 1.295 computadores de 103 países, incluindo máquinas pertencentes a ministros de Relações Exteriores e embaixadas.
Entre os espionados estariam os ministérios das Relações Exteriores de Irã, Bangladesh, Letônia, Indonésia e Filipinas, entre outros.
Os pesquisadores afirmam que embora a maioria dos hackers tenha sido localizada na China, não há evidências de participação do governo chinês.
O estudo foi encomendado pelo gabinete do Dalai Lama devido a temores de que seus computadores tivessem sido alvo de hackers.
Segundo os pesquisadores, a suspeita se confirmou, pois foram descobertos sinais de que os computadores foram atacados por programas maliciosos para extrair documentos confidenciais relativos ao governo tibetano no exílio.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090330_china_espionagem_rc.shtml