Tópico: Brasil entrou no novo ciclo econômico do social-desenvolvimentismo, diz Mantega

[Adriano]

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, em entrevista exclusiva à Radiobras, que o Brasil já entrou em um novo ciclo econômico, que ele chama de " social-desenvolvimentismo " . Segundo Mantega, o país experimenta agora um momento novo, de crescimento vigoroso repetido nos quatro últimos anos e que deve permanecer daqui para a frente.

" Eu chamo esse novo ciclo de social-desenvolvimentismo porque é um crescimento que ocorre concomitantemente ao aumento da renda da população, aumento do poder aquisitivo e fortalecimento do mercado de massa. É um novo tipo de crescimento que o Brasil nunca trilhou " .

Mantega afirmou que o crescimento econômico será mais próximo de 5% este ano, com a tendência de, nos anos seguintes, ser ainda maior. " Estamos com crescimento econômico de 5% mas o consumo está crescendo 13% " .

Segundo o ministro, o país hoje tem um mercado de massa, com a entrada de grandes contingentes da população que estão aumentando o seu poder aquisitivo. Além disso, o crédito também está mais barato e mais abundante. " Isso tudo impulsiona o mercado consumidor brasileiro " .

Ele citou dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam para um aumento também robusto nos investimentos. " Estão crescendo especialmente os investimentos dos brasileiros que estão apostando no futuro do país " .

A pesquisa do IBGE referente ao mês de julho mostra um crescimento na produção nacional de bens de capital em 17%, o que significa que as indústrias estão investindo em máquinas e equipamentos para ampliarem a produção. A importação de bens de capital cresce 30% ao ano. " Tem muita empresa comprando máquinas e equipamentos e fazendo investimentos no país " .

Mantega também chamou atenção para a entrada dos Investimentos Estrangeiros Diretos (IED), que este ano vem alcançando recordes. Segundo o Banco Central, até julho os investidores estrangeiros aplicaram US$ 24,448 bilhões diretamente no setor produtivo do país. No período de 12 meses terminados em julho, o IED chegou a US$ 34,159 bilhões, o melhor resultado da história.

" À medida que nos aproximamos do grau de investimento, é possível que haja uma atração maior pelo Brasil e inevitavelmente virão mais investimentos, mais capitais externos que serão canalizados para a geração de empregos, geração de renda e pagamento de tributos " .

Para Mantega, o grau de investimento - nota dada por agências de classificação de risco e que indica que o país é confiável para aplicar recursos - virá no próximo ano.

" Estamos numa trajetória de crescimento sustentado no país, porque é um crescimento sólido, que se faz em cima de fundamentos sólidos que a economia brasileira tem hoje " .

http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/valor/2007/09/06/ult1913u75518.jhtm

[Rodion]

céus, ninguém merece um ministro que fale tanta besteira... acho que só segue o exemplo do chefe, né?

[Fabi]

Claro...

[AllanCMM]

céus, ninguém merece um ministro que fale tanta besteira... acho que só segue o exemplo do chefe, né?

A onde está a besteira que eu não vi, é claro que nosso país não se encontra numa situação das melhores do mundo, mas jé esteve muito pior. Nos últimos tempos não só o Brasil mas todas as economias emergentes têm passado por um processo de crescimento econômico como a China, a Rússia, a própria Índia, etc. E é provavel que esse estado de crescimento e desenvolvimento se perdure por um bom tempo. Não podems esquecer que se caso o Brasil continue a crescer desse modo, em pouco tempo nossa matriz energética não será capaz de abastecer a indútria que a cada dia consome mais energia. Acredito que o Brasil está quase no rumo certo!!!!

[RainorX]

Crescimento incrível. Posso ver bem isso quando vou ao centro de Porto Alegre e vejo como a economia está aquecida. Há CDs e DVDs piratas sendo vendidos nas calçadas (tantos que quase não há mais calçadas pra caminhar), há tênis de todas as marcas sendo vendidos no chão, na frente de lojas de calçados, por uns chineses que mal entendem o português. Por falar em chineses, outra grande mostra da pujança de nossa economia é a grande quantidade de brinquedos, piranhas de cabelo, canetinhas e outros apetrechos orientais oferecidos por preços módicos e dispostos sobre pedaços de pano no chão. Na área da alimentação também há um boom, podendo-se encontrar hot-dogs de uma, duas ou até três salsichas por menos de dois reais sendo vendidos em carrocinhas de metal. Se o presidente viesse visitar o centro de minha cidade, com certeza ia fica satisfeito com esse espetáculo do crescimento.

[Adriano]

Para falar mal do governo vale até fechar os olhos para a realidade econômica. É mais fácil falar que os indicadores macroeconômicos, que são utilizados no mundo inteiro para avaliação da crescimento estão errados.

Ou então, dizer que a visão de mundo, a percepção econômica pessoal (quanta imparcialidade  ) é diferente das notícias baseadas nos indicadores. Assim a realidade constatada pelos institutos de pesquisa econômicos se tornam fraude perante a realidade pessoal de alguns.

Eu ainda prefiro os fundamentos das ciências econômicas para essas análises. Se as ciências sociais de uma forma geral ainda deixam a desejar, a economia tem um grau de cientificidade muito grande.

[RainorX]

Para falar mal do governo vale até fechar os olhos para a realidade econômica. É mais fácil falar que os indicadores macroeconômicos, que são utilizados no mundo inteiro para avaliação da crescimento estão errados.

Ou então, dizer que a visão de mundo, a percepção econômica pessoal (quanta imparcialidade  ) é diferente das notícias baseadas nos indicadores. Assim a realidade constatada pelos institutos de pesquisa econômicos se tornam fraude perante a realidade pessoal de alguns.

Eu ainda prefiro os fundamentos das ciências econômicas para essas análises. Se as ciências sociais de uma forma geral ainda deixam a desejar, a economia tem um grau de cientificidade muito grande.

Cursei Economia e digo, seu grau de "cientificidade" é quase nulo. Economia é política, é escolha, é poder. Cálculos macroeconômicos apenas pintam um quadro, mas dependem das variáveis. Variáveis estas que são elencadas pelos pesquisadores conforme sua ideologia. A verdade é que o Brasil está ficando para trás no mundo globalizado. E se alguém gosta de estatísticas, basta ver que o percentual de produtos industrializados nas exportações brasileiras vem caindo ano após ano, estamos, como sempre, exportando matéria prima, bens sem nenhum valor agregado. Somos grandes exportadores de suco de laranja, carne, minério de ferro, bauxita, cavaco de madeira (sim, é verdade). Típica economia de colônia. Mesmo o turismo vem caindo ano após ano e recebemos menos turistas que países como Costa Rica e Chile. "Fundamentos das ciências econômicas" é um termo bonito mas que não diz muita coisa. Toda análise econômica que nos é apresentada vem de uma imprensa medíocre (quando não comprometida) que, há poucas semanas, nem previa o rombo nos derivativos norte-americanos.

[Adriano]

Para falar mal do governo vale até fechar os olhos para a realidade econômica. É mais fácil falar que os indicadores macroeconômicos, que são utilizados no mundo inteiro para avaliação da crescimento estão errados.

Ou então, dizer que a visão de mundo, a percepção econômica pessoal (quanta imparcialidade  ) é diferente das notícias baseadas nos indicadores. Assim a realidade constatada pelos institutos de pesquisa econômicos se tornam fraude perante a realidade pessoal de alguns.

Eu ainda prefiro os fundamentos das ciências econômicas para essas análises. Se as ciências sociais de uma forma geral ainda deixam a desejar, a economia tem um grau de cientificidade muito grande.

Cursei Economia e digo, seu grau de "cientificidade" é quase nulo. Economia é política, é escolha, é poder. Cálculos macroeconômicos apenas pintam um quadro, mas dependem das variáveis. Variáveis estas que são elencadas pelos pesquisadores conforme sua ideologia. A verdade é que o Brasil está ficando para trás no mundo globalizado. E se alguém gosta de estatísticas, basta ver que o percentual de produtos industrializados nas exportações brasileiras vem caindo ano após ano, estamos, como sempre, exportando matéria prima, bens sem nenhum valor agregado. Somos grandes exportadores de suco de laranja, carne, minério de ferro, bauxita, cavaco de madeira (sim, é verdade). Típica economia de colônia. Mesmo o turismo vem caindo ano após ano e recebemos menos turistas que países como Costa Rica e Chile. "Fundamentos das ciências econômicas" é um termo bonito mas que não diz muita coisa. Toda análise econômica que nos é apresentada vem de uma imprensa medíocre (quando não comprometida) que, há poucas semanas, nem previa o rombo nos derivativos norte-americanos.

Mas isso é previsto pelas teorias de comércio internacional. Os países desenvolvidos produzem produtos com mais valor agregado devido ao seus avanços tecnológicos e científicos. Os em subdesenvolvimento produzem produtos com ênfase na utilização da mão de obra intensiva como é o caso da China. É por isso que a desigualdade mundial aumenta cada vez mais.

Mas apesar disso as economias emergentes estão desenvolvendo suas econômicas com base nos fundamentos macroeconômicos, fazendo a manutenção dessas variáveis importantes, que independente da ideologia já são aceitas por todos, como é o caso do Brasil, que no cenário econômico não houve mudança nesse governo com relação ao anterior. O desenvolvimento ocorre em toda a América Latina.

E na nossa história, não precisa ir muito longe, sempre foi de fracassos em planos econômicos, e atualmente ocorreu uma redução da pobreza com a estabilidade da economia, no plano real, e novamente com as políticas sociais.

A riqueza de dados econômicos, das mais diversas economias é o que garante, a princípio, um ponto de partida para as análises e posteriores posicionamentos ideológicos, caso contrário tem base falaciosa. Assim como a ideologia epistemológica, pois é possível embasar até mesmo o direito como ciência, como foi o desenvolvimento da teoria geral do direito por Hans Kelsen. E economia e direito são as mais importantes disciplinas no cenário internacional.

[RainorX]

.... Assim como a ideologia epistemológica, pois é possível embasar até mesmo o direito como ciência, como foi o desenvolvimento da teoria geral do direito por Hans Kelsen. E economia e direito são as mais importantes disciplinas no cenário internacional.

A teoria geral do Direito de Kelsen é apenas uma tentativa de normatizar a maneira correta (segundo a óptica dele) de se produzir leis. Não há nada de científico ali, é apenas uma técnica. Direito é norma, regulamentação, é a forma como o poder constituído impõe regras sobre a demais sociedade. Economia também não é ciência, é apenas um campo de estudos onde se utiliza de algumas ciências (matemática, estatística) para se criar "construtos" que permitam um certo entendimento sobre algumas facetas da atividade humana. Mesmo a famosa "Lei da Oferta e da Demanda" não encontra respaldo do ponto de vista científico, é apenas um enunciado que pretende explicar a mecânica dos preços mas que, nem de longe, pode ser usado como se faria com uma lei física, pois, muitas vezes, não funciona como previsto.

[Adriano]

.... Assim como a ideologia epistemológica, pois é possível embasar até mesmo o direito como ciência, como foi o desenvolvimento da teoria geral do direito por Hans Kelsen. E economia e direito são as mais importantes disciplinas no cenário internacional.

A teoria geral do Direito de Kelsen é apenas uma tentativa de normatizar a maneira correta (segundo a óptica dele) de se produzir leis. Não há nada de científico ali, é apenas uma técnica. Direito é norma, regulamentação, é a forma como o poder constituído impõe regras sobre a demais sociedade. Economia também não é ciência, é apenas um campo de estudos onde se utiliza de algumas ciências (matemática, estatística) para se criar "construtos" que permitam um certo entendimento sobre algumas facetas da atividade humana. Mesmo a famosa "Lei da Oferta e da Demanda" não encontra respaldo do ponto de vista científico, é apenas um enunciado que pretende explicar a mecânica dos preços mas que, nem de longe, pode ser usado como se faria com uma lei física, pois, muitas vezes, não funciona como previsto.

Toda ciência é baseada em normatização, no estabelecimentos de critérios, na técnica. As leis da física são isso, uma leitura da realidade, e que tem muito por avançar e com muitas questões em aberto. O respaldo científico é a falseabilidade, que nada mais é que uma teoria com base no empirismo, no qual garante a objetividade da ciência pelo uso de instrumentos que diminuem os erros da percepção direta dos sentidos humanos. Somente a tentativa de validação da cientificidade já tem uma problemática muito maior do que as ciências humanas em si. É mais uma questão de política científica. Basta ver as nomenclaturas adotadas pelas universidades em todo o mundo. Fora isso tem os avanços incontestáveis, tomando a economia como base, dos mercados de capitais e o sistema financeiro, entre muitos outros em diversas disciplinas.