Autor Tópico: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais  (Lida 1529 vezes)

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Offline Fabi

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No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Online: 08 de Setembro de 2007, 20:07:36 »
O governador do Rio cultivou, por meses a fio, uma ilusão. Pedira a Lula, no final do ano passado, a ajuda das Forças Armadas no combate à bandidagem carioca. O presidente dissera que atenderia ao pedido. E Cabral acreditara.


Conversa daqui, reúne dali o Exército disse o seguinte: tudo bem quanto ao mapeamento da encrenca e à cessão de instalações militares para o uso de policiais civis. Nada a opor quanto ao compartilhamento de informações de inteligência.

 

E quanto ao emprego de tropas no policiamento ostensivo? Bem, neste ponto, a resposta do Exército foi a seguinte: nã, nã, ni, nã, não... Neca-di-pitibiriba. Nem pensar. Noves fora os impedimentos legais, diz-se que a soldadesca é preparada para guerrear com o inimigo externo. Nada a ver com a violência urbana interna.

 

Depois deles, o presidente que mais confetes joga em Lula é George Bush. Tudo o que ele quer na vida é um presidente brasileiro que manda tropas para o Haiti, congela o apoio à renegociação da dívida argentina e é visto como um quindim pelo FMI e como um esquerdista pelo "New York Times".

 

Corta para Cité Soleil, favela do capital do Haiti, catalogada pela ONU como um dos lugares mais perigosos do mundo. Ali, acotovelam-se 250 mil moradores. Em janeiro de 2006, registraram-se no favelão haitiano 106 casos de feridos a bala. Em março passado, esse tipo de ocorrência caiu a zero.

 

Na última segunda-feira (2), o ministro Nelson Jobim (Defesa) passeou pelas ruas de Cite Soleil. Foi inspecionar o trabalho do Exército brasileiro. Enviados ao Haiti no início de 2004, os soldados da tropa de Caxias transformaram-se numa espécie de CPMF fardada, com pernas e braços. Nascida provisória, a missão militar vai sendo eternizada.

 

Até o começo de 2007, as incursões em Cité Soleil eram feitas em carros blindados. Há dois meses, os soldados brasileiros passaram a patrulhar a favela a pé e em veículos leves. São temidos pelos bandidose festejados pelos moradores.

 

Ora, por que o governo companheiro sonega ao Rio aquilo que provê em Porto Príncipe, a capital do Haiti? Jobim revela a intenção de usar a experiência haitiana nas favelas cariocas. Antes, diz ele, seria preciso mudar as leis brasileiras. Pois que seja mudada. Afinal, como diz o célebre refrão, "o Haiti é aqui".
Fonte: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/
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Offline Worf

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #1 Online: 08 de Setembro de 2007, 20:15:06 »
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Antes, diz ele, seria preciso mudar as leis brasileiras. Pois que seja mudada. Afinal, como diz o célebre refrão, "o Haiti é aqui".

ahahaha, perfeito.
Olha, quem acha que no Rio não há uma espécie de guerra civil está muito enganado. Não custa nada, também, dar um treinamento extra para os militares ("elementos da guerrilha urbana do tráfico" seria um bom nome). Afinal, manejar armas eles já sabem. Quanto maior a ajuda, melhor.

Offline J Ricardo

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #2 Online: 08 de Setembro de 2007, 20:46:24 »
Seria muito bom, pois o que o governo gasta com soldados que ficam coçando o saco país a fora não é facil não. Se recebem treinamento, que os ponha a prova... como está sendo posto no Haiti.

Offline Quereu

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #3 Online: 08 de Setembro de 2007, 20:47:51 »
Não vejo porquê o exército possa fazer o trabalho melhor do que a polícia.
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Offline J Ricardo

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #4 Online: 08 de Setembro de 2007, 20:51:48 »
Se bem que seria muito fácil vazar táticas militares de invasão a favelas, até mesmo porque não é dificil imaginar um soldado que tenha amigos e familiares em favelas (que poderiam ser coagidas). Pior, vai que os próprios soldados tenham contato, familares, amigos envolvidos com a bandidagem?

Offline Rodion

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #5 Online: 08 de Setembro de 2007, 21:15:28 »
Não vejo porquê o exército possa fazer o trabalho melhor do que a polícia.

o exército está alheio à situação. pelo menos a princípio, enquanto o envolvimento é menor, dá pra esperar menos corrupção de oficiais. tem melhor treinamento com armas de maior calibre também, e acho que maior disposição e aptidão à ocupação; a polícia normalmente faz blitz-invasões e vai embora.
sei lá. funcionou no haiti.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #6 Online: 08 de Setembro de 2007, 21:23:32 »
Eu fico pensando só naquele povo de 18 anos de idade, forçado a ir para o exército por conta de um autoritarismo constitucional. Chega lá, cortam teu cabelo, tiram sua barba, dão um fuzil para você e mandam você subir o morro...


Isso não daria certo...
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Offline Rodion

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #7 Online: 08 de Setembro de 2007, 21:32:46 »
não é esse tipo de soldado que sobe o morro. não é o tipo que foi pro haiti, pelo menos.
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Offline Pregador

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #8 Online: 08 de Setembro de 2007, 21:54:35 »
não é esse tipo de soldado que sobe o morro. não é o tipo que foi pro haiti, pelo menos.

Sei não...para lá devem ter ido cabos, sargentos, engenheiros etc etc. Será mesmo que aqui mandariam esse povo?
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Offline Quereu

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #9 Online: 09 de Setembro de 2007, 10:24:05 »
Não vejo porquê o exército possa fazer o trabalho melhor do que a polícia.

o exército está alheio à situação. pelo menos a princípio, enquanto o envolvimento é menor, dá pra esperar menos corrupção de oficiais. tem melhor treinamento com armas de maior calibre também, e acho que maior disposição e aptidão à ocupação; a polícia normalmente faz blitz-invasões e vai embora.
sei lá. funcionou no haiti.

Concordo com a sua posição. Mas a polícia poderia ser treinada também - qual o impedimento? No Haiti, imagino, devem ter mandado a elite do exército para representar e fazer uma boa imagem do brasil lá fora. O exército tem disponível mais gente como essa? Em número suficiente para cobrir todas as necessidades? Porque no Haiti houve todo um esforço de se fazer bonito, de afirmar que o brasil poderia assumir mais responsabilidade, ter mas capacidade.
Eu fico pensando só naquele povo de 18 anos de idade, forçado a ir para o exército por conta de um autoritarismo constitucional. Chega lá, cortam teu cabelo, tiram sua barba, dão um fuzil para você e mandam você subir o morro...


Isso não daria certo...

Exatamente. É justo enviar soldados não renumerados para combater criminosos perigosos? Se um morresse qual a reação da família? Afinal, não é para isso que o alistamento é obrigatório. Uma coisa é defender o seu país numa guerra, outra é combater bandidos substituindo uma força que deveria fazer o trabalho e não faz e que ganha para isso.

O grosso da tropa é formado por homens de 18 anos que recebem um ano de treinamento e que nesse período praticam duas seções de tiros. Os tiros de guerra trabalham de terça a sexta, duas horas por semana, e aos sábados quatro. Mais da metade do treinamento é ordem unida e preparação para desfiles de sete de setembro, aniversário da cidade, proclamação da república, etc. Falo, pois já fui atirador. É mito afirmar que o exército é tão mais preparado.
« Última modificação: 09 de Setembro de 2007, 11:31:42 por Quereu »
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Offline Týr

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #10 Online: 09 de Setembro de 2007, 11:23:36 »
Lembrando que o EB não é feito para isso, pode até fazer em situações extremas, mas é como o Amon disse acima, são jovens de 18 anos, que moram com os pais, são dependentes e inexperientes. O EB tem como principal finalidade defender a soberania nacional diante de um agressor externo, eis que surge a pergunta, isso não torna os jovens ainda mais inúteis? Não, pois esse é um caso extremo, seriamos nós ou eles.

EB nas ruas não funciona.

Offline Unknown

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #11 Online: 10 de Setembro de 2007, 18:13:27 »
Assunto relacionado.

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Tropas do Brasil são saudadas como 'gente boa' no Haiti; assista
 
Assim que os militares brasileiros entram na favela de Cité Soleil, na capital haitiana, Porto Príncipe, os moradores os saúdam com o termo no dialeto creole ''bon bagay'', que, em tradução livre, significa ''gente boa''.

Alguns chegam até a arriscar alguns termos em português, que aprenderam com os soldados. Nas diferentes ocasiões em que a reportagem da BBC Brasil acompanhou incursões dos militares pela favela, ouviu com freqüência os haitianos dizerem em português, com sotaque carregado, expressões como ''zente boa'', ''beleza'' e ''zangue bom''.

Uma jovem que abordou um dos comandantes brasileiros usou seu escasso português para pedir ''dinheilô''. Diante da negativa do oficial, ela acrescentou: ''ok, depois, depois''.

Veja como tropas são recebidas na favela

Em um país que conta com 70% de desemprego e 80% dos habitantes vivem abaixo da linha de pobreza, tais abordagens são corriqueiras por parte dos mais pobres, em especial as crianças.

Quando tomam ciência de que estão diante de um brasileiro, muitas vezes assediam-no dizendo, em português, ''amigo, um dólar, por favor''. Um menino de pouco menos de 10 anos pediu essa quantia ao repórter e acrescentou, ao apontar para seus quatro amiguinhos: ''é para dividir''.

Um rapaz, que se identificou como Robertson, disse que ele e os moradores de Cité Soleil ''estão muito felizes, porque os soldados do Brasil trouxeram a paz à 'Cidade Sol''. Mas acrescentou, ''meu problema é que os soldados nunca me deram nada. E as casas daqui ainda estão muito ruins''.

A maior parte das habitações locais não conta com eletricidade, gás ou água corrente. Há verdadeiras montanhas de lixo espalhadas por vários cantos, porque a coleta foi interrompida, uma vez que, até março deste ano, a favela era palco de diversas confrontações violentas entre as forças de paz e gangues que a controlavam.

O Exército brasileiro diz que promover assistência social não é uma de suas atribuições no comando da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti, na sigla em francês). Mas afirma ter ido muito além de suas atribuições, ao se envolver em obras de infra-estrutura, como a reconstrução de casas arrasadas por tiroteios, a pavimentação de ruas e a perfuração de poços e até a criação de uma escolinha de futebol.

O morador Joseph Jean, que foi empregado pelas forças brasileiras em uma dessas obras, que o Exército qualifica como sendo de ação cívico-social, disse: ''Eu amo o Brasil, vocês fizeram muitas coisas boas por aqui''.

'Excesso de força'

ONGs locais contam ter recebido no passado denúncias de excesso de força praticado por militares do Brasil contra os habitantes, mas afirmam que a situação mudou por conta do aumento da segurança nas áreas de favelas e das obras de reconstrução realizadas pelos soldados.

Pierre Esperance, diretor da organização de direitos humanos haitiana Reseau National de Defense des Droits Humains, afirma ter recebido denúncias de que no passado as forças do Brasil cometeram abusos contra moradores, em ações realizadas nas favelas de Belair e Cité Soleil.

''Acreditamos que a ONU não responde com rigor quando é implicada em acusações de desrespeito aos direitos humanos. Desde o início deste ano, a situação melhorou muito, com os habitantes das regiões pobres se sentindo livres para circular novamente.''

Esperance acrescenta que, ''no passado, quando os soldados intervinham, as vítimas acabavam não sendo os líderes de gangues, mas sim crianças e mulheres grávidas. E as tropas da Minustah nada faziam para auxiliar as vítimas, e isso é grave''.

O coronel Tomás Miné Ribeiro Paiva refuta as acusações. ''Além de havermos treinado intensamente durante seis meses para esse tipo de operação, para garantir que daríamos tiros certeiros, é importante lembrar que sempre prestamos socorro às vítimas inocentes'', diz.

Popular

O coronel Tomás é um dos militares brasileiros que parecem desfrutar de popularidade entre os moradores de Cité Soleil. Quando ele percorre as vielas da favela, muitos sorriem e gritam seu nome. Alguns aproveitam para fazer queixas, como um jovem que disse que a polícia haitiana tentou prendê-lo injustamente.

O coronel tranqüilizou-o, dizendo que ele era ''um amigo dos brasileiros''. Em Cité Soleil, muitos já se referem ao coronel como 'Tomás Bon Bagay'.

Para os militares, o tratamento carinhoso é plenamente justificável. ''O povo se entusiasma ao ver a reconstrução de suas casas e de sua comunidade'', comenta o comandante Ricardo Henrique Santos do Pilar.

Ele também atribui a popularidade entre os habitantes à ''personalidade do brasileiro'' e explica: ''Ao mesmo tempo em que exigimos o cumprimento da lei, somos flexíveis ao conduzirmos ações sociais. A população reconhece isso e trata nossos oficiais pelo nome''.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2007/09/070910_haitisoldadosbrasil_bg_cg.shtml

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Offline RainorX

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #12 Online: 10 de Setembro de 2007, 18:34:45 »
Tinham é que fazer um novo dia D. Invadir o Rio com os Fuzileiros, Paraquedistas, Comandos de Guerra na Selva, Forças Especiais, Batalhão de Montanha, etc, etc. Tomar todas as favelas, identificar TODOS os moradores, destruir todos os pontos de tráfico, prender usuários que forem se abastecer, desalojar metade dos favelados, abrir ruas, colocar iluminação, etc.

Offline André Luiz

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #13 Online: 07 de Janeiro de 2008, 15:43:15 »
Me desculpem por desenterrar o topico, mas é que eu sempre vejo com temor a esta ideia absurda de querer usar as forças armadas em tarefas de segurança publica

De tempos em tempos estas ideias surgem na imprensa brasileira, geralmnete feita por pessoas que pouco sabem  da area , seja relaçoes internacionais ou ciencias militares

O pessoal faz muita confusao entre segurança publica e guerra urbana

É claro que guerras sao travadas em meios urbanos, todo exercito tem uma doutrina de guerra urbana
( o que é bem diferente de segurança publica)

Na guerra urbana sao empregados, forças especias , artilharia , tanques , infantaria , helicopteros etc,etc,..
(aquele papo que exercito é so para selva ou fronteira tambem é mito)

Mandar as forças armadas, principalmente o exercito para fazer policiamento ostensivo criaria uma vulnerabilidade estrategica no que se refere a defesa externa , fora a decaracterizaçao da força, queda no preparo  e a contaminaçao dela pela corrupçao

O que é feito no Haiti é com regras de engajamento de guerra, nao é operaçao policial

O problemas da policia realmente tem que serem resolvidos , mas ela que faça a segurança publica

Defesa externa e projeçao de poder é com as forças armadas

Offline Twinning Hook

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #14 Online: 07 de Janeiro de 2008, 17:34:05 »
Lembrando que o EB não é feito para isso, pode até fazer em situações extremas, mas é como o Amon disse acima, são jovens de 18 anos, que moram com os pais, são dependentes e inexperientes. O EB tem como principal finalidade defender a soberania nacional diante de um agressor externo, eis que surge a pergunta, isso não torna os jovens ainda mais inúteis? Não, pois esse é um caso extremo, seriamos nós ou eles.

EB nas ruas não funciona.

Perfeito, como o Amon falou.

O o envolvimento do exercito em um combate urbano nacional alem de inconstitucional e' inefetivo e tras inumeras complicacoes.

Os cabos do EB sao recrutados, e' um servico obrigatorio. E' completamente diferente da policia, que e' um emprego. O exercito nacional nao deve se involver nesse tipo de conflito de modo algum. O certo e' concertar os erros e fazer com que execute o servico e' o que tinha que faze-lo em primeiro lugar.

Se a situacao na favela esta um caos a culpa e' do governo municipal que nao previniu isso com acao policial, culpar o governo e requerer o exercito esta fora de cogitacao na minha opniao.

Offline Spitfire

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #15 Online: 07 de Janeiro de 2008, 18:57:30 »
Durante o governo FHC houve uma greve nacional dos caminhoneiros.... FHC pediu para o exército intervir e a resposta foi exatamente a mesma... NÃO!

Certo o exército... se os governantes são relapsos e incompetentes para gerir a segurança pública, que aprendam então.

Offline André Luiz

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #16 Online: 08 de Janeiro de 2008, 08:42:36 »
Concordo no que se refere a ineficiencia do serviço militar obrigatorio, a pirralhada nao serve nem como massa de manobra, o tempo de preparo é muito curto e só consome recursos

O ideal é forças mais enxutas e profissionais, mais oficias formados e menos recrutas

Outro ponto, ja ouvi de muitas pessoas que desistiram da ideia de forças armadas em açoes ostensivas de segurança publica, mas os filhos da mae defendem agora açoes pontuais, acham que as forças especiais que sao especialistas em combate  urbano  podem "fazer a limpa"  em operaçoes  "secretas"

Alem de ser ilegal, para a tropa é imoral e desmoralizante, nenhum dos comandos se orgulharia diste tipo de tarefa ja que nao se trata de um inimigo externo e só porque politicos demagogicamente prometem o uso do exercito em palanques

Offline FZapp

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Re: No Haiti, Exército vai à favela; no Brasil, jamais
« Resposta #17 Online: 08 de Janeiro de 2008, 08:59:56 »
Tinham é que fazer um novo dia D. Invadir o Rio com os Fuzileiros, Paraquedistas, Comandos de Guerra na Selva, Forças Especiais, Batalhão de Montanha, etc, etc. Tomar todas as favelas, identificar TODOS os moradores, destruir todos os pontos de tráfico, prender usuários que forem se abastecer, desalojar metade dos favelados, abrir ruas, colocar iluminação, etc.

No final da frase comecei a concordar.

Tinham que entrar em condomínios de luxo também. Aqui (Aldeia da Serra, um bairro bonitinho de Barueri, próximo a São Paulo) encontraram o maior traficante colombiano.

Se levar gás encanado, escola, fazer ruas de verdade, iluminação pública, ter como ter emprego formal e tal, não vai ter traficante nem lei da selva. Tem porque o estado deixa as coisas assim...

O que é 'destruir um ponto de tráfico' ? O 'ponto' são as pessoas...
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
derecho ande el sol se esconde
tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

"Why do you necessarily have to be wrong just because a few million people think you are?" Frank Zappa

 

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