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Segunda-feira, 10 de Setembro de 2007 Neonazismo em Israel Alberto Gaspar, de Jerusalém A polícia israelense prendeu um grupo neonazista, anti-semita e racista em Jerusalém – formado por judeus e descendentes de judeus.A polícia recolheu evidências em computadores de alguns dos acusados: fotos mostrando símbolos e saudações nazistas e vídeos de agressões a estrangeiros, usuários de droga e religiosos. O grupo é formado por oito jovens com idades entre 16 e 21 anos, que fazem parte de uma comunidade numerosa em Israel: a dos imigrantes russos descendentes de judeus, que foram para lá a partir do fim da União Soviética; os russos são cerca de um milhão, num país com menos de 7 milhões de habitantes. Os indivíduos presos faziam parte de uma célula neonazista com atividade ideológica e prática, segundo o porta-voz da polícia. Alguns confessaram, e há os que negam tudo. “Não fizemos nada”, diz um rapaz com o rosto coberto. “Meu pai é judeu. Minha mãe é judia. Eu, pessoalmente, não ataquei ninguém”. Um outro investigado, integrante das Forças Armadas israelenses, conseguiu fugir do país antes do escândalo estourar. Surpreendentemente, ao contrário de outros países, Israel não tem leis específicas proibindo atividades neonazistas. Mas já há quem defenda mudanças nesse sentido, inclusive com a criação de regras para a expulsão sumária de imigrantes envolvidos. Por enquanto, os jovens presos devem ser indiciados, nesta terça-feira, com base em outros crimes, como racismo e lesões corporais graves. Além das cenas de violência, um plano descoberto nos computadores chocou a opinião pública: os rapazes queriam comemorar o aniversário de Adolf Hitler no Memorial do Holocausto Judeu, em Jerusalém.