WASHINGTON - O ex-ministro socialista francês Dominique Strauss-Kahn assumirá no dia 1º de novembro a chefia do Fundo Monetário Internacional (FMI), após ser eleito ontem pelo Conselho Executivo da instituição como sucessor do espanhol Rodrigo de Rato. Strauss-Kahn, de 58 anos, era o candidato da União Européia (UE) e derrotou Josef Tosovsky, ex-primeiro-ministro e ex-presidente do banco central da República Checa, indicado pela Rússia. O Conselho Executivo, composto pelos 185 países-membros da instituição, escolheu Strauss-Kahn “por consenso”, segundo informou o FMI em comunicado.
Após o anúncio, Strauss-Khan – que também é professor de economia – disse estar determinado “a impulsionar sem demora as reformas necessárias para o FMI fazer com que a estabilidade financeira beneficie a comunidade internacional, ao mesmo tempo em que promove o crescimento e o emprego”. Strauss-Kahn agradeceu a ajuda de Jean-Claude Juncker, primeiro-ministro luxemburguês, dizendo que “graças a ele, tudo isto começou”.
Também reconheceu o apoio do presidente de seu país natal, Nicolas Sarkozy, por “seu apoio enérgico em nome da França”, assim como o dos ministros da UE, que o escolheram como candidato.
Strauss-Kahn terá um mandato de cinco anos, com possibilidade de reeleição. Ele será o quarto diretor geral do FMI de nacionalidade francesa. Os franceses ocuparam o posto de maior poder na principal instituição financeira internacional por mais da metade de seus 61 anos de existência. A vitória do ex-ministro de Economia e Finanças francês (1997-1999) já era esperada, pois tinha recebido o apoio público dos Estados Unidos – maior acionista do Fundo –- além de países emergentes como Brasil, Argentina, Chile e Índia. (EFE)
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