Autor Tópico: A AIDS e a Evolução Humana  (Lida 3034 vezes)

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Offline Südenbauer

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A AIDS e a Evolução Humana
« Online: 02 de Junho de 2005, 16:52:16 »
Aids e a evolução humana
[/size]

O que teria acontecido se não existisse a ciência? A humanidade seria exterminada pelo HIV?

Por Fernando Reinach

A ciência foi rápida na criação de medicamentos capazes de controlar a aids. A sociedade não acompanhou o desenvolvimento científico e um número enorme de pessoas infectadas pelo HIV não tem acesso aos anti-retrovirais.

Mas a evolução não depende da vontade humana. Enquanto a ciência desenvolve medicamentos, a evolução age na surdina selecionando os genes que conferem resistência à aids.

O irônico é que esses genes vão beneficiar exatamente as sociedades que não têm dinheiro para comprar os anti-retrovirais.

Desde que a doença apareceu nos EUA, o progresso científico foi enorme. Os cientistas descobriram que a doença é infecciosa, isolaram o vírus, seqüenciaram seu genoma e desenvolveram drogas capazes de bloquear seus efeitos. Os anti-retrovirais estão disponíveis para quem puder pagar.

Mas o que teria acontecido se não existisse a ciência? A humanidade seria exterminada pelo HIV?

É difícil prever, mas seguramente a mortalidade pela aids seria muito maior e, na pior das hipóteses, sobreviveriam somente as pessoas resistentes ao vírus.

O planeta seria recolonizado por seres humanos resistentes ao HIV. A espécie humana teria sobrevivido sem o auxilio da ciência, como sobreviveu por milhões de anos.

Nos últimos anos, foram identificadas pessoas que, apesar de infectadas pelo HIV, não desenvolvem a doença. Hoje sabemos que existem pelo menos 14 genes humanos ou mutações em genes humanos que conferem resistência ao HIV.

É a evolução agindo sob nossos olhos. Em todos os seres vivos, e o homem não é exceção, as mutações surgem ao acaso.

Entre os milhões de mutações que compõem a diversidade humana, existem algumas poucas, presentes em algumas poucas pessoas, que fazem com que essas pessoas sejam resistentes ao HIV.

Essas mutações provavelmente surgiram muito antes de o HIV aparecer entre os humanos e, até o aparecimento do vírus, eram inúteis. Quando o HIV apareceu, essas pessoas se tornaram especiais por não desenvolverem a doença.

Nos países em que a aids ainda não é tratada, as pessoas com essas mutações são "superiores". Têm uma chance maior de sobreviver e transmitir seus genes para os filhos.

As pessoas "normais" são infectadas pelo vírus e morrem. É fácil imaginar que, com o passar das gerações, o número de pessoas com essas mutações vai crescer gradativamente até que toda a população seja resistente ao HIV.

É claro que, durante esse processo, a mortalidade nessas populações será enorme. É o preço que a seleção natural cobra para espalhar um novo gene em uma população.

É caro, mas o resultado é uma população imune ao vírus e que independe da ciência e dos medicamentos para conviver com o HIV.

Os geneticistas estão monitorando a freqüência desses genes de resistência nos países africanos e (in)felizmente ela deve aumentar. Infelizmente porque isso significa que muitas pessoas morrerão de aids por não terem acesso a medicamentos.

E felizmente porque, na pior das hipóteses, os futuros habitantes desses países serão seres superiores, resistentes ao HIV. É a evolução agindo na surdina, como sempre agiu até que surgisse a ciência.

Mais informações em Human genes that limit aids, na Nature Genetics, volume 36, página 565, de 2004.
(O Estado de SP, 1/6)

Offline Edson Martins Medrado

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Re: A AIDS e a Evolução Humana
« Resposta #1 Online: 04 de Junho de 2005, 00:34:54 »
Citação de: Fernando
Aids e a evolução humana
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O que teria acontecido se não existisse a ciência? A humanidade seria exterminada pelo HIV?

Por Fernando Reinach

A ciência foi rápida na criação de medicamentos capazes de controlar a aids. A sociedade não acompanhou o desenvolvimento científico e um número enorme de pessoas infectadas pelo HIV não tem acesso aos anti-retrovirais.

Mas a evolução não depende da vontade humana. Enquanto a ciência desenvolve medicamentos, a evolução age na surdina selecionando os genes que conferem resistência à aids.

O irônico é que esses genes vão beneficiar exatamente as sociedades que não têm dinheiro para comprar os anti-retrovirais.

Desde que a doença apareceu nos EUA, o progresso científico foi enorme. Os cientistas descobriram que a doença é infecciosa, isolaram o vírus, seqüenciaram seu genoma e desenvolveram drogas capazes de bloquear seus efeitos. Os anti-retrovirais estão disponíveis para quem puder pagar.

Mas o que teria acontecido se não existisse a ciência? A humanidade seria exterminada pelo HIV?

É difícil prever, mas seguramente a mortalidade pela aids seria muito maior e, na pior das hipóteses, sobreviveriam somente as pessoas resistentes ao vírus.

O planeta seria recolonizado por seres humanos resistentes ao HIV. A espécie humana teria sobrevivido sem o auxilio da ciência, como sobreviveu por milhões de anos.

Nos últimos anos, foram identificadas pessoas que, apesar de infectadas pelo HIV, não desenvolvem a doença. Hoje sabemos que existem pelo menos 14 genes humanos ou mutações em genes humanos que conferem resistência ao HIV.

É a evolução agindo sob nossos olhos. Em todos os seres vivos, e o homem não é exceção, as mutações surgem ao acaso.

Entre os milhões de mutações que compõem a diversidade humana, existem algumas poucas, presentes em algumas poucas pessoas, que fazem com que essas pessoas sejam resistentes ao HIV.

Essas mutações provavelmente surgiram muito antes de o HIV aparecer entre os humanos e, até o aparecimento do vírus, eram inúteis. Quando o HIV apareceu, essas pessoas se tornaram especiais por não desenvolverem a doença.

Nos países em que a aids ainda não é tratada, as pessoas com essas mutações são "superiores". Têm uma chance maior de sobreviver e transmitir seus genes para os filhos.

As pessoas "normais" são infectadas pelo vírus e morrem. É fácil imaginar que, com o passar das gerações, o número de pessoas com essas mutações vai crescer gradativamente até que toda a população seja resistente ao HIV.

É claro que, durante esse processo, a mortalidade nessas populações será enorme. É o preço que a seleção natural cobra para espalhar um novo gene em uma população.

É caro, mas o resultado é uma população imune ao vírus e que independe da ciência e dos medicamentos para conviver com o HIV.

Os geneticistas estão monitorando a freqüência desses genes de resistência nos países africanos e (in)felizmente ela deve aumentar. Infelizmente porque isso significa que muitas pessoas morrerão de aids por não terem acesso a medicamentos.

E felizmente porque, na pior das hipóteses, os futuros habitantes desses países serão seres superiores, resistentes ao HIV. É a evolução agindo na surdina, como sempre agiu até que surgisse a ciência.

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Voltaire

Offline Edson Martins Medrado

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Re: A AIDS e a Evolução Humana
« Resposta #2 Online: 04 de Junho de 2005, 00:37:13 »
Citação de: Edson Martins Medrado
Citação de: Fernando
Aids e a evolução humana
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O que teria acontecido se não existisse a ciência? A humanidade seria exterminada pelo HIV?

Por Fernando Reinach

A ciência foi rápida na criação de medicamentos capazes de controlar a aids. A sociedade não acompanhou o desenvolvimento científico e um número enorme de pessoas infectadas pelo HIV não tem acesso aos anti-retrovirais.

Mas a evolução não depende da vontade humana. Enquanto a ciência desenvolve medicamentos, a evolução age na surdina selecionando os genes que conferem resistência à aids.

O irônico é que esses genes vão beneficiar exatamente as sociedades que não têm dinheiro para comprar os anti-retrovirais.

Desde que a doença apareceu nos EUA, o progresso científico foi enorme. Os cientistas descobriram que a doença é infecciosa, isolaram o vírus, seqüenciaram seu genoma e desenvolveram drogas capazes de bloquear seus efeitos. Os anti-retrovirais estão disponíveis para quem puder pagar.

Mas o que teria acontecido se não existisse a ciência? A humanidade seria exterminada pelo HIV?

É difícil prever, mas seguramente a mortalidade pela aids seria muito maior e, na pior das hipóteses, sobreviveriam somente as pessoas resistentes ao vírus.

O planeta seria recolonizado por seres humanos resistentes ao HIV. A espécie humana teria sobrevivido sem o auxilio da ciência, como sobreviveu por milhões de anos.

Nos últimos anos, foram identificadas pessoas que, apesar de infectadas pelo HIV, não desenvolvem a doença. Hoje sabemos que existem pelo menos 14 genes humanos ou mutações em genes humanos que conferem resistência ao HIV.

É a evolução agindo sob nossos olhos. Em todos os seres vivos, e o homem não é exceção, as mutações surgem ao acaso.

Entre os milhões de mutações que compõem a diversidade humana, existem algumas poucas, presentes em algumas poucas pessoas, que fazem com que essas pessoas sejam resistentes ao HIV.

Essas mutações provavelmente surgiram muito antes de o HIV aparecer entre os humanos e, até o aparecimento do vírus, eram inúteis. Quando o HIV apareceu, essas pessoas se tornaram especiais por não desenvolverem a doença.

Nos países em que a aids ainda não é tratada, as pessoas com essas mutações são "superiores". Têm uma chance maior de sobreviver e transmitir seus genes para os filhos.

As pessoas "normais" são infectadas pelo vírus e morrem. É fácil imaginar que, com o passar das gerações, o número de pessoas com essas mutações vai crescer gradativamente até que toda a população seja resistente ao HIV.

É claro que, durante esse processo, a mortalidade nessas populações será enorme. É o preço que a seleção natural cobra para espalhar um novo gene em uma população.

É caro, mas o resultado é uma população imune ao vírus e que independe da ciência e dos medicamentos para conviver com o HIV.

Os geneticistas estão monitorando a freqüência desses genes de resistência nos países africanos e (in)felizmente ela deve aumentar. Infelizmente porque isso significa que muitas pessoas morrerão de aids por não terem acesso a medicamentos.

E felizmente porque, na pior das hipóteses, os futuros habitantes desses países serão seres superiores, resistentes ao HIV. É a evolução agindo na surdina, como sempre agiu até que surgisse a ciência.

Mais informações em Human genes that limit aids, na Nature Genetics, volume 36, página 565, de 2004.
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Ah eu sei que a evolucao com milhoes de anos faz milagres ok?
Virus=virus a bilhoes de anos :roll:
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Offline Südenbauer

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Re.: A AIDS e a Evolução Humana
« Resposta #3 Online: 04 de Junho de 2005, 02:08:03 »
:?:  :?:  :?:  :?:  :?:  :?:  :?:

Já pensou na possibilidade de não dizer nada quando não se tem nada a dizer?

Offline Nina

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Re.: A AIDS e a Evolução Humana
« Resposta #4 Online: 06 de Junho de 2005, 01:11:55 »
Ai ai.... daqui a pouco ele vai dizer que chimpanzés são provas da criação...  :lol:
"A ciência é mais que um corpo de conhecimento, é uma forma de pensar, uma forma cética de interrogar o universo, com pleno conhecimento da falibilidade humana. Se não estamos aptos a fazer perguntas céticas para interrogar aqueles que nos afirmam que algo é verdade, e sermos céticos com aqueles que são autoridade, então estamos à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer." Carl Sagan.

Offline Edson Martins Medrado

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Re: Re.: A AIDS e a Evolução Humana
« Resposta #5 Online: 11 de Junho de 2005, 02:17:31 »
Citação de: Fernando
:?:  :?:  :?:  :?:  :?:  :?:  :?:

Já pensou na possibilidade de não dizer nada quando não se tem nada a dizer?


Bem... nao sou soh eu ou protestantes fundamentelistas que pensam assim,leia eh de um site catolico!!!
Leia!Leia! |(

em: http://www.montfort.org.br/secao=cartas&subsecao=ciencia&artigo=20050503201250&lang=bra
Teoria evolucionista foi observada pela primeira vez no vírus da Aids
--------------------------------------------------------------------------------
 
Nome: Eduardo Vieira Tavares
Enviada em: 03/05/2005  
Local: Rio de Janeiro - RJ ,  Brasil  
 

Senhores,
A teoria da evolução não pôde ser observada, nem comprovada porque se leva milhares de anos para as adaptações ocorrerem nas espécies.

No entanto, cientistas puderam comprovar a teoria da evolução nos vírus da Aids.

Em anexo, envio um entre milhares de links na internet em que vc podem verificar essa informação. Não sei se isso valida toda a teoria de darwin, mas com certeza, não a invalida totalmente.

PS. A reportagem não fala especificamente sobre isso, mas com um pouco de boa vontade será o suficiente para você encontrar mais informações sobre isso.

[ ]s
Eduardo

http://cienciahoje.uol.com.br/controlPanel/materia/view/2952

"...O austríaco é um dos formuladores de um dos mais bem aceitos modelos matemáticos para a progressão do HIV dentro do corpo humano.

Também esse modelo se baseia na teoria da evolução de Darwin. A alta taxa de mutação do HIV (que armazena sua informação genética em moléculas de RNA, e não de DNA) é fundamental para explicar seu ciclo no organismo. O modelo de Nowak prevê com exatidão o padrão de evolução da carga viral do HIV no sangue de um paciente soropositivo: a grande taxa inicial nos primeiros meses, seguida por uma queda acentuada e alguns anos de latência, quando o vírus é combatido de forma eficaz pelo sistema imune, até o período de colapso, cerca de dez anos após a infecção, quando as mutações do vírus enganam definitivamente as defesas do corpo, a Aids se instala e leva o paciente à morte."



 
 
   Resposta

Prezado Eduardo Vieira,
salve Maria!
 
            A notícia em questão mostra que a mutabilidade dos vírus pode ser mensurável e, até mesmo, previsível. Pode-se construir um modelo matemático que prevê a dinâmica de um vírus no organismo e esse modelo pode se aplicar a outras coisas que mudam.
            Contudo, sinto lhe informar, mas tal situação não comprova nem evidencia em nada a teoria evolucionista.
            Em primeiro lugar, a teoria da Evolução não está errada por que não pode ser observada. Ela contém erros de princípios, erros fundamentais.
            O ferramental matemático, de dinâmica populacional e genética de populações é bastante eficiente e preciso, mas não mede evolução. Mede mudanças acidentais, genéticas, mas não há como medir o grau de especiação, por exemplo.
            Tenho insistido nesse ponto, pois vejo que ainda é um erro fundamental que persiste: Evolução não é mudança de freqüência gênica, nem descendência com modificação. Evolução é mudança de espécies. Equivaler evolução a uma mudança qualquer é um sofisma. E me parece que esse sofisma é como um “chiclete”: é barato e perde o gosto rápido, mas quando gruda é difícil de soltar.
            Um vírus como o da AIDS pode até ter a mudança genética como estratégia reprodutiva e ser este um caractere que lhe confere vantagem. Mas ele será sempre vírus.
            A reportagem sugerida não traz novidade nenhuma em termos de evidências da evolução.
 
No Coração de Maria Santíssima,
Fábio Vanini

Ninguem aguenta mais este catatau evolucionista!
Acordem! |(
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Offline Südenbauer

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Re.: A AIDS e a Evolução Humana
« Resposta #6 Online: 11 de Junho de 2005, 12:46:01 »
Como sempre, falta de conhecimento na área científica de criacionistas.

Você já viu a Terra circundando o Sol? Você já viu um átomo?

Acordem!

 

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