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O Fundo Monetário Internacional (FMI) cita o declínio recente da desigualdade social no Brasil, com base em uma média ponderada a partir da população. Em relatório divulgado ontem à noite, parte dos capítulos analíticos do documento "Perspectiva Econômica Mundial", o FMI constata que as tendências de concentração de renda são bastante distintas entre as principais economias emergentes, com avanço acentuado da desigualdade na China e declínio no Brasil, por exemplo.PUBLICIDADEEntre as economias mais avançadas, a desigualdade parece ter declinado apenas na França, acrescenta o FMI. As projeções oficiais serão divulgadas no dia 17 de outubro, na semana do Encontro Anual do FMI, em Washington.No entanto, quando o parâmetro usado é o coeficiente de Gini, o Fundo constata que a desigualdade avançou nas últimas duas décadas em regiões como Ásia em desenvolvimento, Europa emergente, América Latina e economias asiáticas industrializadas recentemente, enquanto revela redução nos países de baixa renda agregada, como na região subsaariana.AgrícolaO Brasil, junto com Argélia, Nicarágua e Tailândia, é um exemplo entre países onde o aumento da exportação de produtos agrícolas tem sido associado com declínio da desigualdade social, segundo o FMI."É notável a redução da desigualdade de renda como efeito positivo do comércio, particularmente com relação às exportações agrícolas, especialmente em países em desenvolvimento onde a agricultura ainda emprega uma larga escala da força de trabalho." Esta conclusão é derivada de indicações de que um avanço na produtividade relativa agrícola é associada com redução na desigualdade.TecnologiaNa avaliação do FMI, o progresso tecnológico é o que mais tem contribuído para o aumento da desigualdade no globo nas últimas duas décadas. No entanto, o Fundo constata que o efeito da globalização sobre a desigualdade é relativamente pequeno especialmente nos mercados emergentes e países em desenvolvimento.No entanto, o economista do Departamento de Pesquisa do FMI, responsável pela análise de "globalização e desigualdade", Subir Lall, destaca que a globalização e também o progresso tecnológico trouxeram prosperidade para o mundo. No entanto, ele adverte que "é importante garantir que os benefícios da globalização e do progresso tecnológico sejam compartilhados amplamente pela população".Crescimento e recessãoO crescimento econômico global dos últimos cinco anos é o mais rápido do que em qualquer outro momento desde a década de 1960, com forte ritmo e baixa volatilidade. No entanto, "baixa volatilidade não elimina recessões ocasionais", alertou o FMI no relatório divulgado na noite de ontem. Para o Fundo, a tarefa de manter a continuidade das expansões exige que as autoridades identifiquem e se adaptem a novos desafios à medida que estes forem surgindo."Esta foi a lição aprendida a duras penas durante a crise da Ásia no final da década de 1990 e, antes disto, na década de 1960 e no início da década de 1970", afirma o economista do FMI Nikola Spatafora. Para ele, o recente tremor nos mercados financeiros serviu como lembrete dos desafios que podem aparecer. "É crítico que o crescimento prolongado que temos testemunhado não incite complacência", advertiu.http://br.noticias.yahoo.com/s/10102007/25/economia-fmi-cita-brasil-exemplo-redu-da-desigualdade.html