Autor Tópico: Direitos Humanos  (Lida 779 vezes)

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Offline O Grande Capanga

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Direitos Humanos
« Online: 23 de Outubro de 2007, 12:30:49 »
O texto abaixo eu postei há um bom tempo em outro fórum, onde estávamos debatendo sobre DH. Abaixo da linha está um tracho de um post de outro forista. Gostaria que você analisassem e dessem suas opiniões:


Por que os DH deveriam ir dar atenção à família? O que eles poderiam fazer por ela? Entregar flores?

Eu acho que o DH somente defende a integridade do cidadão, sendo ele ou não um bandido.

O cara matou e estuprou, é um bandido, ninguém discorda, mas o estado (agentes: policiais, carcereiros, etc.) não tem o direito de maltratá-lo porque ele fez aquilo. Do mesmo modo não deve criar meios para que isso aconteça. Eles defendem o que a constituição descreve quanto ao direito de defesa e integridade física. Eles não estão defendendo o bandido, mas o cidadão que ele é. Da mesma forma que eles fazem a mesma cobrança quando um inocente sofre na mão do estado de forma arbitrária.

Digam-me, o que eles poderiam fazer pelas vítimas? Levar flores, apoiá-la, etc.?

Mas na minha opinião, eu não dou a mínima se o estado desce o couro nos bandidos; só que eu entendo que o trabalho dos DH é legítimo, pois eles lutam para que seja aplicada a lei da forma correta.
_____________________________

O Estado sempre precisa dar o exemplo, mostrar como é o jeito certo. Não interessa o que os caras malvados façam; os caras bonzinhos precisam fazer as coisas direitinho. A Lei é uma maneira de controlar a criminalidade e de reeducar o infrator, não uma vingança da sociedade.

Offline Raphael

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #1 Online: 23 de Outubro de 2007, 16:06:38 »
A Lei é uma maneira de controlar a criminalidade e de reeducar o infrator, não uma vingança da sociedade.

Concordo com ele. Acho que é de conhecimento de todos a causa de uma pessoa matar, estuprar, esquartejar, dilacerar...enfim, cometer crimes. Há vários fatores envolvidos. Mentais e sociais.
« Última modificação: 23 de Outubro de 2007, 17:00:38 por Raphael »
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Nigh†mare

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #2 Online: 23 de Outubro de 2007, 16:44:07 »
Concordo com ele, tirando a parte de não dar a mínima se o Estado "desce o coruro" nos "bandidos".

Offline Dr. Manhattan

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #3 Online: 23 de Outubro de 2007, 18:26:27 »
Concordo também, com a mesma ressalva.
As pessoas que reclamam dos DH vivem a fantasia de que a violência
de um estado que desrespeita esses direitos só se volta contra os culpados.
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Offline Quereu

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #4 Online: 23 de Outubro de 2007, 18:32:15 »

Acho que é de conhecimento de todos a causa de uma pessoa matar, estuprar, esquartejar, dilacerar...enfim, cometer crimes. Há vários fatores envolvidos. Mentais e sociais.

As causas são todas conhecidas? Por favor, me indique o(s) livro(s) ou site(s) onde estão essas respostas.
A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

Offline Raphael

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #5 Online: 23 de Outubro de 2007, 22:33:08 »

Acho que é de conhecimento de todos a causa de uma pessoa matar, estuprar, esquartejar, dilacerar...enfim, cometer crimes. Há vários fatores envolvidos. Mentais e sociais.

As causas são todas conhecidas? Por favor, me indique o(s) livro(s) ou site(s) onde estão essas respostas.

Psicologia

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A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde[1]. Os atos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em coito ou não) é um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime. O comportamento pedófilo é mais comum no sexo masculino.

A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, define que os países signatários devem tomar "todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas" adequadas à proteção da criança, inclusive no que se refere à violência sexual (artigo 19)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedofilia

Social.

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3. Casos específicos

a. Amanda tinha 9 anos quando teve pai e mãe mortos por traficantes. No dia em que sua mãe levou um tiro na cabeça, ela não mostrou nenhuma emoção. Quando cheguei para trabalhar, ela me levou ao local do crime e sua ênfase foi na trajetória da bala que tinha varado um olho. Logo depois, Amanda começou a viver em diversas casas dentro da favela. Sua agressividade aumentou barbaramente. Sem referência nenhuma, começou a se prostituir no centro da cidade. Hoje tem dez anos e está completamente estragada no seu íntimo. Não consegue freqüentar uma escola, não consegue aprender.

b. Josenilson tem 10 anos. Mãe bêbada, não conhece o pai, irmã de 14 anos prostituta, um irmão doente e vivendo em condições sub-humanas. Sua agressividade apareceu muito cedo e não consegue se comunicar a não ser por socos e pontapés. É o primeiro a chutar um cadáver e, com nove anos, já era "avião da droga", consumindo maconha. Roubou um traficante e foi punido três vezes: com um fio desencapado, foi amarrado num formigueiro e teve um braço quebrado. Além de apanhar do traficante, apanhava em casa. Suas mãos tremem, nenhuma concentração, não consegue falar direito e não é articulado.

c. Carlos, 10 anos. Mãe alcoólatra, não conhece o pai. Vive com a mãe e com um irmão homossexual. Desde pequeno participa da vida sexual em casa. Já apresenta sinais de homossexualismo. Por diversas vezes teve que ser levado ao hospital com fissura no ânus. Muito inteligente e rápido. Apesar disso, não consegue freqüentar uma escola. É inquieto, agressivo e não tem concentração.

d. Lilica, 10 anos, uma de dez filhos. Não vai à escola; muito inteligente, mas com grandes dificuldades de aprendizagem e de concentração. Vive no mundo da fantasia. Inventa histórias rocambolescas e acha que é sua realidade.

e. Everton, 4 anos, não conhece o pai. Apanha desde pequeno e recolheu-se em seu mundo interior. Às vezes, consigo estabelecer algum contato, mas ele é rápido e logo se volta para dentro. Começa a querer falar, mas não consegue. Está sempre triste, não ri nunca.

f. Felipe, 6 anos, não conhece o pai. Foi estuprado aos quatro anos e, desde então, não consegue nem brincar. Bate o tempo todo e sua concentração é zero.

Estes são exemplos representativos de milhões de crianças brasileiras que estamos condenando. Serão adultos problemáticos e nunca conseguirão chegar a um equilíbrio, se não se fizer alguma coisa. Este é o meu trabalho, um trabalho de construção difícil e mal compreendido. Talvez eu não consiga ver a mudança que eu gostaria de ver acontecer no Brasil. Mas eu quero ser uma pequena parte deste processo. Não viver só olhando para o meu próprio umbigo, num país que precisa do trabalho e do amor de todos nós.

http://www.ceticismoaberto.com/ciencia/homemassassino.htm]

Há muitos mais, Quereu. Noutro dia, estive a ver no Discovery, um experimento muito interessante. Funcionava da seguinte forma: Uma pessoa(1), dita cuja, comum, normal, fazia perguntas pra uma outra pessoa(2), se a pessoa(2) não respondesse corretamente, a pessoa(1), teria que apertar um botão, que supostamente daria um choque na pessoa (1). O que a pesquisa prova? Prova que nem todos, diantes de algumas situações, somos tão bonzinhos como aparentamos. Ou seja, ninguém realmente parece ser um assassino, não há esteriótipos pra isso.

:ok:
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Offline Quereu

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #6 Online: 24 de Outubro de 2007, 18:44:23 »
O brasil é um país interessante. Pensa-se muito nos direitos das minorias esquecendo-se que a esmagadora maioria não tem direitos. É claro que os presos devem ser tratados com justiça, sem torturas e com dignidade. Não devemos esquecer, porém, que o cidadão comum recebe um salário acachapante, é geralmente sub-empregado, possui baixo índice de escolaridade e os serviços que o estado oferece são mínimos. O judiciário não funciona, a polícia não investiga, quando não confunde brutalidade com energia, a saúde é o descalabro que todos conhecem. A educação, essa, então, foi para o espaço e todos possuem diploma mas conhecimento que é bom...

Os homens comovidos e preocupados com o bem-estar infantil criam o estatuto da criança, uma espécie de lei especial. Lei não é para todos? Para proteger os idosos outro estatuto. E assim vamos criando foros privilegiados onde somente aqueles grupos capazes de se fazer representar, em detrimento de todo o resto que fica calado, são ouvidos. Querendo promover a justiça criamos privilegiados e as mudanças necessárias ficam para o dia de São Nunca. Esse é o brasil, tudo capaz de deturpar.

Quanto aos presos, não se pode esperar que sejam mais justamente tratados do que as pessoas comuns. Cá fora as pessoas dão o couro por uma gorjeta mensal, afora os maus-tratos cotidianos e o trabalho bruto e sem sentido. Dentro das celas exigem dignidade e respeito. Mas todos exigimos dignidade e respeito. Todos. Onde estão as ONGs dos cidadãos comuns? Não existem. O cidadão comum não dá verbas milionárias...
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Nigh†mare

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Re: Direitos Humanos
« Resposta #7 Online: 24 de Outubro de 2007, 18:57:12 »
O brasil é um país interessante. Pensa-se muito nos direitos das minorias esquecendo-se que a esmagadora maioria não tem direitos. É claro que os presos devem ser tratados com justiça, sem torturas e com dignidade. Não devemos esquecer, porém, que o cidadão comum recebe um salário acachapante, é geralmente sub-empregado, possui baixo índice de escolaridade e os serviços que o estado oferece são mínimos. O judiciário não funciona, a polícia não investiga, quando não confunde brutalidade com energia, a saúde é o descalabro que todos conhecem. A educação, essa, então, foi para o espaço e todos possuem diploma mas conhecimento que é bom...
:ok:

Os homens comovidos e preocupados com o bem-estar infantil criam o estatuto da criança, uma espécie de lei especial. Lei não é para todos? Para proteger os idosos outro estatuto. E assim vamos criando foros privilegiados onde somente aqueles grupos capazes de se fazer representar, em detrimento de todo o resto que fica calado, são ouvidos. Querendo promover a justiça criamos privilegiados e as mudanças necessárias ficam para o dia de São Nunca. Esse é o brasil, tudo capaz de deturpar.
Exemplifique sobre esses "privilégios" e "privilegiados", por favor. Quais são? Quem são?


Quanto aos presos, não se pode esperar que sejam mais justamente tratados do que as pessoas comuns. Cá fora as pessoas dão o couro por uma gorjeta mensal, afora os maus-tratos cotidianos e o trabalho bruto e sem sentido. Dentro das celas exigem dignidade e respeito. Mas todos exigimos dignidade e respeito. Todos. Onde estão as ONGs dos cidadãos comuns? Não existem. O cidadão comum não dá verbas milionárias...
Rapaz, se você fizesse a mínima idéia da quantidade de gente que é presa injustamente, você não falaria um absurdo desses. Ninguém aqui está livre de ser preso injustamente, sério mesmo. Basta uma mulher apontar para você e dizer "ele me estuprou" que só vão te ouvir séculos depois de você ter todos os seus direitos violados. É para evitar esse tipo de coisa que os grupos de DHs que você critica concentram esforços nas celas de presídios.

 

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