Autor Tópico: Mitos persistentes e suas refutações  (Lida 983 vezes)

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Offline Dr. Manhattan

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Mitos persistentes e suas refutações
« Online: 23 de Outubro de 2007, 12:52:13 »
Não me refiro a religiões nem outras superstições, mas a certas idéias que persistem mesmo
em pessoas que deveriam saber melhor. Um exemplo, já discutido em outro tópico, é a visão da
Guerra do Paraguai como o "Genocídio Americano". Outro é a idéia da "Globalização como geradora
de desigualdade". Esse mito é brilhantemente refutado[1] na palestra do link abaixo (inglês):
http://www.ted.com//talks/view/id/92

Outros exemplos? De preferência com refutações baseadas em dados concretos.


[1] Isso não quer dizer que a globalização por si só diminua a desigualdade econômica. Isso pode ocorrer
devido a outros fatores, inclusive o próprio crescimento econômico dos países.
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Alan Watts

Offline Adriano

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Re: Mitos persistentes e suas refutações
« Resposta #1 Online: 23 de Outubro de 2007, 13:08:45 »
[1] Isso não quer dizer que a globalização por si só diminua a desigualdade econômica. Isso pode ocorrer
devido a outros fatores, inclusive o próprio crescimento econômico dos países.


Essa idéia de que o crescimento econômico resolva a desigualdade é outro mito. Contribui sim, mas existem limites para isso. E existem muitos casos demonstrando isso, o Chile é um exemplo. E muitas teorias como a assimetria da informação, e o prêmio nóbel desse ano demonstrando os mecanismos econômicos. Existe a teoria explicativa dessa  desigualdade crônica, que é a teoria do ciclo de pobreza intergeracional. E tem muitas pesquisas embasando isso, inclusive no Brasil.


Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.


Offline RickRJ

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Re: Mitos persistentes e suas refutações
« Resposta #3 Online: 23 de Outubro de 2007, 13:41:05 »
Um outro mito é desconsiderar o fator humano na solução de seus próprios problemas.Não sei se estou correto, mas Malthus dizia que os meios de produção - é isso mesmo? - cresciam em uma P.A. e a população em P.G., e com isso haveria fome.
E isso não se tornou um mito? Hoje produzimos alimentos aos borbotões - até se joga fora!!! - e outros problemas nos assolam.
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Offline Dr. Manhattan

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Re: Mitos persistentes e suas refutações
« Resposta #4 Online: 23 de Outubro de 2007, 19:20:17 »
Não podemos esquecer do mito do "bom selvagem"!
Sobre isso, vale a pena ler o seguinte artigo de Steven Pinker:

http://www.edge.org/3rd_culture/pinker07/pinker07_index.html
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Alan Watts

Offline Herf

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Re: Mitos persistentes e suas refutações
« Resposta #5 Online: 25 de Agosto de 2008, 21:08:39 »
Não podemos esquecer do mito do "bom selvagem"!
Sobre isso, vale a pena ler o seguinte artigo de Steven Pinker:

http://www.edge.org/3rd_culture/pinker07/pinker07_index.html
Este persiste atualmente não como mito do bom selvagem, mas sim como o mito do bom pobre.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Mitos persistentes e suas refutações
« Resposta #6 Online: 25 de Abril de 2009, 15:36:36 »
O mais curioso é que o mito do bom selvagem talvez seja ele próprio um mito:

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The Myth of the Noble Savage By Terry Jay Ellingson

In this important and original study, the myth of the Noble Savage is an altogether different myth from the one defended or debunked by others over the years. That the concept of the Noble Savage was first invented by Rousseau in the mid-eighteenth century in order to glorify the "natural" life is easily refuted. The myth that persists is that there was ever, at any time, widespread belief in the nobility of savages. The fact is, as Ter Ellingson shows, the humanist eighteenth century actually avoided the term because of its association with the feudalist-colonialist mentality that had spawned it 150 years earlier.
The Noble Savage reappeared in the mid-nineteenth century, however, when the "myth" was deliberately used to fuel anthropology's oldest and most successful hoax. Ellingson's narrative follows the career of anthropologist John Crawfurd, whose political ambition and racist agenda were well served by his construction of what was manifestly a myth of savage nobility. Generations of anthropologists have accepted the existence of the myth as fact, and Ellingson makes clear the extent to which the misdirection implicit in this circumstance can enter into struggles over human rights and racial equality. His examination of the myth's influence in the late twentieth century, ranging from the World Wide Web to anthropological debates and political confrontations, rounds out this fascinating study.

http://books.google.com/books?id=NLyiYuD25rYC

 

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