Autor Tópico: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra  (Lida 789 vezes)

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Temma

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OAB reage à declaração de secretário sobre migração de traficantes

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, Margarida Pressburger, reagiu à declaração do secretário de Segurança Pública, nesta terça-feira (23), ao afirmar que "um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra".

 

ESCUTE A DECLARAÇÃO AQUI

Para Margarida, o secretário “assumiu publicamente que, para o governo, o morador de classe média da Zona Sul recebe tratamento diferente e tem direitos de cidadania que o trabalhador que mora na favela não tem. Quando é obrigado a ficar no fogo cruzado dos policiais com os traficantes, tem sua casa invadida por uns e por outros e não tem onde se abrigar”.


Margarida disse ainda, que “realmente fica difícil imaginar uma operação policial, nos moldes mostrados pela TV, num condomínio de classe média ou alta”. E completou: “Será que a polícia atiraria em quem corresse? Será que as pessoas que hoje criticam a defesa dos direitos humanos – para qualquer cidadão – apoiariam essas operações de guerra?” – questionou.


“O que a OAB defende é igualdade na aplicação dos direitos de cidadania, para pobres ou ricos, de qualquer parte do Rio. O que a OAB repudia é a política de confronto que mata inocentes.” Ela lembrou os resultados registrados pelo próprio governo: “menos prisões (- 23,6%), menos armas apreendidas (-14,3%) e mais mortos (33,5%)” na comparação dos primeiros seis meses de 2007 e de 2006.


http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL155626-5606,00-OAB+REAGE+A+DECLARACAO+DE+SECRETARIO+SOBRE+MIGRACAO+DE+TRAFICANTES.html






essa é a política de segurança pública que temos

Temma

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Re: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra
« Resposta #1 Online: 23 de Outubro de 2007, 17:57:28 »
[size=20]Traficantes estão migrando para a Zona Sul, diz secretário[/size]


Segundo José Mariano Beltrame, esta é nova estratégia dos criminosos.
Ainda de acordo com o secretário, nessa região o risco das operações policiais é maior.
Do G1, com informações da CBN entre em contato
ALTERA O
TAMANHO DA LETRA
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O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou, nesta terça-feira (23), que os traficantes do Rio estão migrando para a Zona Sul da cidade e deslocando armamentos para as favelas dessa região. De acordo com Beltrame, essa é a nova estratégia do tráfico para evitar prisões e apreensões já que, segundo o secretário, é mais difícil fazer operações na Zona Sul do que em outros pontos, como as comunidades do subúrbio.

 

“Buscá-los (os traficantes) na Zona Sul, no Dona Marta, no Pavão-Pavãozinho, 'eu (polícia) estou muito próximo da população'. É difícil a polícia ali entrar. Porque um tiro em Copacabana é uma coisa, um tiro na Coréia, no Alemão, é outra. E aí?”, disse. Segundo o secretário, a repercussão das ações na Zona Sul do Rio é maior, já que os prédios de moradores da classe média ficam perto das favelas.


Beltrame também admitiu que o efetivo da Força de Segurança Nacional no Rio de Janeiro está sendo reduzido por causa da solicitação de outros estados. Após os Jogos Pan-Americanos, o governo federal garantiu que 1,2 mil homens continuariam na cidade até o fim do ano. Mas o próprio secretário nacional de Segurança Pública, Antônio Carlos Biscaia, confirmou que o número está menor. “Já está abaixo de mil (homens). Mas a recomposição já está sendo feita. Esse compromisso de manter 1,2 mil homens está ainda confirmado”, afirmou

Offline Memphis Belle

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Re: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra
« Resposta #2 Online: 25 de Outubro de 2007, 11:16:28 »
Nem pedirei desculpas aos advogados  do Clube , até porque pretendo  me formar em direito.Porém  não posso deixar de  dizer que a OAB é uma entidade tão hipócrita quanto qualquer outro órgão das esferas  do poder em nosso país.Aqui no Brasil  sempre houve dois pesos e duas medidas .E é claro que o problema é grande , enorme , mas tem que ser tratado de maneira seria e não com contrapontos e modos escandalizados, que mais geram  confusão...Será que a OAB não tem mais nada a fazer ou dizer que  seja simplesmente  ir  contra a  uma afirmação que todos sabemos ser verdadeira."um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra".
Essa infelizmente é a nossa realidade. Mas cadê a solução?Ou melhor, em que implicaria a solução, pois  pra tudo  há uma.
Estou dizendo  isso por conhecer bem a realidade das favelas aqui do Rio de Janeiro.Já fiz extensos trabalhos sociais em muitas delas.E tenho certeza que a solução não seria fácil ou menos  onerosa para o estado , portanto aos nossos  bolsos, do que  magnífica para a nossa segurança e  também o bem estar de pessoas de bem que moram em tais comunidades. Que labutam como qualquer outro cidadão, mas que  são  rechaçados e banidos de muitos locais  simplesmente por  serem moradores de áreas consideradas  'de risco' e em muitas ocasiões , como a impressa já mostrou, serem confundidos  com marginais, ou com  eles coniventes`.É um quadro bem complexo que tanto o governo quanto sociedade, juntos deveriam sentar e discutir saídas apropriadas para um momento  tão influenciável na vida  tanto  do morador de favela   , quanto da zona sul ou de qualquer outro lugar que coabitem   na  violência  ,na  questão da insegurança ( creio que  TODO o estado  do Rio de Janeiro )
« Última modificação: 25 de Outubro de 2007, 16:52:34 por Artemis »
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele ou por sua origem, ou sua religião.
Para odiar, as pessoas precisam aprender.
E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto.
A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."
(Nelson Mandela)

Offline Raphael

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Re: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra
« Resposta #3 Online: 25 de Outubro de 2007, 15:46:56 »
Nem pedirei desculpas aos advogados  do Clube , até porque pretendo  me formar em direito.Porém  não posso deixar de  dizer que a OAB é uma entidade tão hipócrita quanto qualquer outro órgão das esferas  do poder em nosso país.Aqui no Brasil  sempre ouve dois pesos e duas medidas .E é claro que o problema é grande , enorme , mas tem que ser tratado de maneira seria e não com contrapontos e modos escandalizados, que mais geram  confusão...Será que a OAB não tem mais nada a fazer ou dizer que  seja simplesmente  ir  contra a  uma afirmação que todos sabemos ser verdadeira."um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra".
Essa infelizmente é a nossa realidade. Mas cadê a solução?Ou melhor, em que implicaria a solução, pois  pra tudo  há uma.
Estou dizendo  isso por conhecer bem a realidade das favelas aqui do Rio de Janeiro.Já fiz extensos trabalhos sociais em muitas delas.E tenho certeza que a solução não seria fácil ou menos  onerosa para o estado , portanto aos nossos  bolsos, do que  magnífica para a nossa segurança e  também o bem estar de pessoas de bem que moram em tais comunidades. Que labutam como qualquer outro cidadão, mas que  são  rechaçados e banidos de muitos locais  simplesmente por  serem moradores de áreas consideradas  'de risco' e em muitas ocasiões , como a impressa já mostrou, serem confundidos  com marginais, ou com  eles coniventes`.É um quadro bem complexo que tanto o governo quanto sociedade, juntos deveriam sentar e discutir saídas apropriadas para um momento  tão influenciável na vida  tanto  do morador de favela   , quanto da zona sul ou de qualquer outro lugar que coabitem   na  violência  ,na  questão da insegurança ( creio que  TODO o estado  do Rio de Janeiro )


:ok:

Sem mais.
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Lua

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Re: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra
« Resposta #4 Online: 25 de Outubro de 2007, 16:04:36 »


O grande problema da OAB é que ela acha que precisa opinar sobre tudo que acontece... E as vezes faz constações óbvias apenas pra obter a simpatia da sociedade... É lamentável...

Offline PauloCesar

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Re: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra
« Resposta #5 Online: 25 de Outubro de 2007, 16:19:23 »
O grande problema da OAB é que ela acha que precisa opinar sobre tudo que acontece... E as vezes faz constações óbvias apenas pra obter a simpatia da sociedade... É lamentável...

Mesma coisa sobre o 'oba-oba' com o filme 'Tropa de Elite'. Alguns até dizem: "É um filme corajoso que mostra a realidade da segurança pública brasileira'. Ora, desde quando é preciso que alguém faça um filme para mostrar a situação da segurança pública no Lisarb???
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rizk

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Re: um tiro em Copacabana é uma coisa, e um tiro na favela da Coréia é outra
« Resposta #6 Online: 27 de Outubro de 2007, 19:56:48 »
“Buscá-los (os traficantes) na Zona Sul, no Dona Marta, no Pavão-Pavãozinho, 'eu (polícia) estou muito próximo da população'. É difícil a polícia ali entrar. Porque um tiro em Copacabana é uma coisa, um tiro na Coréia, no Alemão, é outra. E aí?”

Quando li o título, achei que fosse um daqueles discursos básicos "ninguém liga até matarem um dos nossos". Que susto! Muito chocante esse tom matter-of-factly, hm.
Além disso, vale notar que o secretário disse que a "população" mora na zona sul, ergo o resto não conta.:S

 

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