"Vinho português" uma pitomba, eles compravam era o PORTO - afinal de contas lá também há outo vinho famoso, o verde. O porto era um vinho meio merdinha, mas que com o tratado e a conseqüente demanda, o Pombal ajudava os produtores (creio que eram subsídios) e o Porto foi melhorando até se tornando o vinho fantástico que é. Ok.
A dívida a que você se refere foi justamente porque se comprava mais lã do que se vendia vinho e porque os donos de terra estavam fazendo viticultura e aí precisava importar COMIDA também. Importar comida é um mal da península, aliás. E, aliás, não é certo que a indústria têxtil portuguesa tenha estagnado - têxtil inglês é "comércio de luxo", como se diz, e não há registro que eu conheça de os pobres andando nus.
(Foi bem colocado esse seu "diz-se", aliás, porque não havia exclusividade - daí que não era situação colonial. Sob esse ponto de vista, Portugal nem seria mais "metrópole", dividindo o exclusivo com a Inglaterra como estava. Enfim, isso é da minha cabeça e há que ver)
Agora, quanto ao resto, parece-me, porém, que a Coroa que era dona do ouro e, no geral, "dona" do que se tirava da colônia, sem dúvida, mas não fez isso sozinha. Afinal de contas, não era el Rei que montava a banquinha e vendia madeira e açúcar e tal, eram os comerciantes. Eles também são beneficiários da riqueza que se tirou da América - daí que creio que FECHA. São os comerciantes que compram o tecido e eles que vendem para a burguesia e nobreza.
Mas não ponho a mão no fogo por isso, naturalmente.