Autor Tópico: Ipea "expurga" economistas divergentes  (Lida 1383 vezes)

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Offline Thufir Hawat

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Ipea "expurga" economistas divergentes
« Online: 15 de Novembro de 2007, 12:52:04 »
Citação de: Folha de São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Ipea "expurga" economistas divergentes

Quatro pesquisadores do órgão governamental que não se alinham com pensamento de novos dirigentes são afastados
Ipea, comandado por Pochmann, afirma que eles estavam irregulares; Delfim diz que nem na ditadura instituto sofreu censura


GUILHERME BARROS
COLUNISTA DA FOLHA

Quatro pesquisadores independentes e considerados não alinhados ao atual pensamento econômico do governo foram afastados nesta semana do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Rio, pela nova direção do instituto, vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos, comandado por Roberto Mangabeira Unger.
São eles: Fabio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonelli. Os dois primeiros, que estavam cedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), foram informados de que seus convênios não seriam renovados no vencimento, em dezembro.
Já para os outros dois, que estão no Ipea há 40 anos e faziam trabalhos regulares para o instituto, a alegação foi a de que eles já estavam aposentados.
Procurados pela Folha, por meio de suas assessoria de imprensa, os economistas Marcio Pochmann, presidente do Ipea, e João Sicsú, diretor de Estudos Macroeconômicos do órgão, considerada a mais importante posição do instituto, e que fica instalada no Rio, não se pronunciaram.
A assessoria da Ipea confirmou a saída dos quatro pesquisadores, mas deu motivos diferentes dos que foram apurados pela Folha. De acordo com a versão oficial, Giambiagi e Tourinho teriam pedido para voltar para o BNDES, e, em relação aos outros dois, o Ipea informou que apenas estariam aposentados.
Segundo a Folha apurou, no entanto, Giambiagi e Tourinho teriam sido informados ou por Sicsú ou por seu assessor Renault Michel de que seus convênios com o BNDES não seriam renovados. Os dois já estavam cedidos ao Ipea pelo BNDES há vários anos.
Já Bonelli e Rezende, especialistas respectivamente em indústria e agricultura, foram convidados a deixar as salas que ocupavam no Ipea por já estarem aposentados. No governo Fernando Henrique Cardoso, Bonelli ocupou uma diretoria do BNDES, e Rezende, uma diretoria da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Para os quatro, a direção do Ipea alegou que havia irregularidades nos contratos deles com o instituto.
Os quatro pesquisadores tinham em comum também o fato de serem críticos do excesso de gastos do governo, o que contraria o pensamento tanto de Pochmann como de Sicsú, que se definem "desenvolvimentistas" e defendem um aumento da política de gastos públicos para acelerar o crescimento da economia.
O clima no Ipea é de indignação e desconforto com a saída dos quatro economistas. Ontem, pesquisadores do instituto organizaram um almoço de solidariedade, no Rio, aos quatro técnicos afastados. O ambiente era de preocupação com a nova orientação da direção do instituto.

Ditadura
Considerado um dos maiores centros do pensamento econômico do país, o Ipea, criado há 43 anos, sempre se caracterizou pela liberdade de pensamento. Mesmo no período da ditadura militar, o Ipea nunca deixou de exercitar a crítica -por exemplo, à política de distribuição de renda.
O ex-deputado Delfim Netto, que comandou a economia no período de 1979 a 1985, durante o regime militar, chegando a ser chamado de superministro, lamentou e criticou a saída dos quatro pesquisados do Ipea. Delfim foi até chamado por Pochmann -e aceitou- para assumir o cargo de conselheiro do Ipea.
"Tenho esses profissionais [os quatro pesquisadores afastados] em alta conta. São economistas dedicados à pesquisa, com boa formação acadêmica e trabalhos relevantes prestados à economia brasileira", afirmou o ex-deputado.
Delfim lembrou-se do período do autoritarismo e de sua convivência com o Ipea, quando ministro: "Nunca houve censura de nenhuma natureza no Ipea. No período da ditadura, eles atacavam a ditadura à vontade e ainda recebiam aumento de salário. O que espero é que não haja nenhuma censura à pesquisa acadêmica que o Ipea tem produzido".
Outros pesquisadores do Ipea, segundo a Folha apurou, pensam em deixar o instituto. O economista Ricardo Paes de Barros, um dos maiores especialistas do país da área social e um nome reconhecido internacionalmente, já está de passagem marcada para Chicago, nos Estados Unidos, onde irá permanecer por um tempo dando aulas e realizando seminários.

Obs: Não pus um link pois é da área para assinantes da página da Folha.
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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #1 Online: 15 de Novembro de 2007, 13:47:10 »
Acabou de me ocorrer:
Vejamos se os que apoiaram a invasão de reitorias contra a suposta ameaça à autonomia das universidades públicas do estado de São Paulo vão se opor ao fim da autonomia do Ipea, agora que o instituto é subordinado à secretaria do Mangabeira Unger (ou seja, em última instância, ao governo).
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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #2 Online: 15 de Novembro de 2007, 17:22:44 »
Eu teria apoiado o protesto dos alunos se:

a) Houvesse uma real ameaça à autonomia das universidades paulistas;
b) Fosse um movimento universitário representativo e não centrado nas patotas politiqueiras de sempre;
c) Não tivessem vandalizado o patrimônio público.

Quanto ao IPEA, nem tem o que dizer. É um tiro no pé, puro e simples.

Offline Rodion

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #3 Online: 15 de Novembro de 2007, 17:36:00 »
lamentável.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Thufir Hawat

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #4 Online: 16 de Novembro de 2007, 01:42:28 »
Eu teria apoiado o protesto dos alunos se:

a) Houvesse uma real ameaça à autonomia das universidades paulistas;
Tirou as palavras da minha boca, Dbohr. A invasão só foi acontecer depois que as principais questões como a presidência do Cruesp, o contingenciamento de verbas e a contratação de funcionários já tinham voltado a normalidade. E aí, a coisa virou uma questão puramente sintática, a reitoria foi invadida, na prática, por causa de uma ambiguidade num documento.
E no fim das contas, apesar dos óbvios exageros, ninguém foi punido.

Já no recente caso do Ipea, não apenas a direção do instituto ficou de fato subordinada a uma secretaria criada às pressas pelo atual governo, como essa já entrou mandando pesquisadores embora. Mas ninguém levantou a voz para protestar contra essa clara violação da autonomia do instituto. Por isso me ocorreu a comparação com a invasão da reitoria da USP no início do ano.
« Última modificação: 16 de Novembro de 2007, 01:57:23 por Thufir Hawat »
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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #5 Online: 16 de Novembro de 2007, 10:58:08 »
Acho que o governo atual fará um estrago que só será consertável em mais de uma década...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline HSette

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #6 Online: 16 de Novembro de 2007, 11:07:43 »
A Folha publicou hoje uma matéria a respeito. Alguns dados:


Citar
O afastamento de quatro pesquisadores que tinham pensamento econômico divergente do predominante no governo, divulgado ontem pela Folha, segue a linha adotada após a transferência do órgão da tutela do ministro Paulo Bernardo (Planejamento) para a do ministro Mangabeira Unger (Extraordinário de Assuntos Estratégicos), há alguns meses.

Acho que o primeiro erro já ocorre aí. Estão tirando do Ipea sua forte tradição de foco de debates para transformá-lo em apoiador das políticas públicas de plantão. Vai ficar ao sabor das circunstâncias, e isso é péssimo.

Citar

Segundo a Folha apurou, a idéia com a reestruturação é tentar abrir mais espaço para a corrente autodenominada "desenvolvimentista", que, na avaliação de integrantes do governo, estava sufocada por ortodoxos alinhados com as idéias econômicas do governo anterior e do ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda).

Entenda-se aí que os auto-denominados "desenvolvimentistas" são os que entendem que o Poder Público tem papel de relevância no alavancamento do crescimento econômico.

Citar
O ministro Paulo Bernardo, remanescente das fileiras paloccistas, era muito criticado nas reuniões internas do governo por não "enquadrar" o Ipea.
Apesar das pressões, o ministro não só manteve a autonomia do instituto como incorporou propostas sugeridas nos debates do Ipea. Uma delas previa equilibrar, no médio prazo, as contas públicas de tal forma que as receitas cobririam todos os gatos, inclusive com juros, o chamado déficit nominal zero.
Após embate público com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que desqualificou o projeto classificando como "rudimentar" no final do primeiro mandato de Lula, a idéia emplacou como uma das medidas fiscais do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A desvinculação do Ipea do Planejamento e a transferência para a esfera no novo ministro Mangabeira Unger provocaram uma revolta geral entre os pesquisadores do instituto no início deste ano. Eles temiam a censura e a implantação de um pensamento único no órgão, que sempre se destacou pela diversidade de idéias. Sem isso, acreditam, o Ipea não existe.

Se essa política tiver prosseguimento, com certeza a instituição será descaracterizada, e o pior é que pode ser para sempre.  :no:
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
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Offline Dbohr

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #7 Online: 16 de Novembro de 2007, 12:41:57 »
Sim. Qual político quer um instituto independente questionando a fórmula mágica da ocasião?

Bola fora MESMO  :no:

Offline Thufir Hawat

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #8 Online: 18 de Novembro de 2007, 00:58:31 »
Eu nunca me preocupei antes com as opniões do Paulo Henrique Amorim, pra mim nem fede nem cheira. Mas o comentário no blog dele a respeito do expurgo no Ipea foi foda:

Citação de:  Paulo Henrique Amorim
Máximas e Mínimas 751

 O Brasil é uma pré-democracia (*), mas todo mundo pode dizer o que quer.
 Mas, não pode usar a o logotipo do Governo para falar mal do Governo.
 Seria o mesmo que a Miriam Leitão falar mal da Globo no “Bom (?) Dia Brasil”.
:o  :susto:
 
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
O economista Fabio Giambiagi é vinculado politicamente ao presidente eleito José Serra.
Apesar de discordar do Serra a respeito de questões econômicas fundamentais como as política de juros e cambial?
E mesmo que fosse aliado do serra, no que isso justifica sua expulsão?
 
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
O economista Fabio Giambiagi quer fazer uma reforma da Previdência Social parecida com a do Chile, aquela que o Farol de Alexandria, pelas mãos de André Lara Resende, quis montar no Brasil e os eleitores chilenos – de Bachelet – repudiaram nas urnas.
 O economista Fabio Giambiagi é favor de cortar os gastos e reduzir impostos – itens obrigatórios da agenda neo-liberal.
Novamente, no que isso justificaria sua expulsão? O Ipea sempre foi pautado pela diversidade de idéias. Se o Pochmann ou o Amorim não gostam da posição do Giambiagi isso lhes dá o direito de expulsá-lo?
 
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
O economista Fabio Giambiagi pode pensar o que quiser e escrever o que quiser.
 Mas, não pode usar o logotipo do IPEA ou do BNDES (do qual é funcionário) para falar mal do Governo.
2 :o  :susto:
Quer dizer então que ele não pode escrever o que quiser?
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
O economista Fabio Giambiagi é o “talking head” predileto do PIG, quando se trata de falar mal dos gastos da Previdência.
 Tem uma cadeira cativa na CBN e na Globo.
 Está ótimo.
Então, isso é motivo pra expulsá-lo?
 
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
Só que não pode usar a bandeira do BNDES ou do IPEA.
 Precisa se licenciar dos dois, deixar o Governo e, só então, descer a lenha no Governo.
3 :o :susto:
 
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
Vamos supor que o economista Fabio Giambiagi volte para o IPEA.
 Vamos supor que o economista Fabio Giambiagi resolva fazer um estudo sobre o desperdício na compra de ambulâncias pelo Ministério da Saúde, no Governo FHC.
 E quando o presidente eleito José Serra tomar posse – ele vai dar entrevista sobre o assunto ou publicar artigos sobre o tema ?
E o que que tem a ver o c* com as calças? 
 
Citação de:  Paulo Henrique Amorim
O presidente do IPEA, Marcio Pochmann, acabou de dar todos os motivos para explicar a saída de Giambiagi.
 Não se trata de um “expurgo” político, segundo Pochmann.
 Não é expurgo, não.
 O problema do economista Fabio Giambiagi é uma questão de pudor – ou simancol.

(*) Em que democracia do planeta uma única rede de televisão tem 75% da verba publicitária da indústria da televisão ?

Tradução: cala a boca, Giambiagi!
E a nota nota sobre a globo é totalmente despropositada.

Do jeito que ele escreve, dá impressão que só o Giambiagi foi expulso do Ipea, e que a posição política do cara é mais do que um bom motivo pra isso. E ainda sugere que tinham que chutar o cara do BNDES também. Não dá pra acreditar, o cara está argumentando que é legítimo expulsar de instituições de pesquisa pessoas que discordam do modelo governista  :corrente: :medo:.
« Última modificação: 18 de Novembro de 2007, 01:02:17 por Thufir Hawat »
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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #9 Online: 18 de Novembro de 2007, 03:11:06 »
O atual governo é um lixo... o FHC era horroroso, mas acho este ainda pior. Este fará e faz estragos difíceis de consertar...
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Offline Rodion

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #10 Online: 18 de Novembro de 2007, 03:44:42 »
putz, paulo petralha amorim é terrível, hein?
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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #11 Online: 18 de Novembro de 2007, 21:38:28 »
Estou sem palavras. Patético, patético.  :|

Offline Ricardo RCB.

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Re: Ipea "expurga" economistas divergentes
« Resposta #12 Online: 19 de Novembro de 2007, 10:02:11 »
putz, paulo petralha amorim é terrível, hein?

Não sei se é correto chamar o amorim de petralha, ele me parece mais um que se orienta conforme o governo de ocasião, se é o fhc, pró-fhc, se é o lula, pró-lula. Tipo o pmdb.
“The only place where success comes before work is in the dictionary.”

Donald Kendall

 

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