Autor Tópico: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!  (Lida 3012 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Sem querer ridicularizar, mas já ridicularizando. Há trabalhos sérios e etc, bem embasados e tudo mais; não quero sugerir que não sejamos animais nem nada disso, nem que todos os trabalhos sejam tão furados como as coisas que podemos imaginar... é só diversão mesmo, ainda que tenha lá o sua fração de crítica...



Teoria genético-egoísta do altruísmo para com mulheres grávidas de outros homens

Aqui parece haver um aparente paradoxo no comportamento humano. As pessoas, mesmo homens, são gentis e prestativos com mulheres grávidas de filhos que não são deles, que não levam os seus genes. Outros mamíferos sociais, como leões, agem de forma que evidencia mais o egoísmo genético: matam a prole de outros leões, para que as leoas voltem a ovular e possam ter filhos deles. Apesar de ser o comportamento razoavelmente esperado, assombrosamente não corre no ser humano. Por que? Será que nós humanos seríamos aberrações da natureza, não sujeitos à evolução? Ou seríamos dotados de almas com livre-arbítrio pleno como os religiosos defendem? Ou estaria correta a teoria da tábula rasa, de que os cérebros nascem completamente vazios e tem igual potencial, de forma que podemos colocar um papagaio na faculdade e formá-lo em astrofísica?

Na verdade, uma análise um pouco mais profunda nos leva a concluir que não precisamos abandonar a biologia e adotarmos credos religiosos em favor de almas imateriais não sujeitas aos processos darwinianos. Basta nos lembrarmos que as gentilezas cometidas por esses indivíduos para com as gestantes, com exceção de certos indivíduos como médicos e parteiras (na maioria das vezes, altruísmo recíproco, uma vez que eles são pagos, eliminando a maior parte do problema biológico, ainda que haja possibilidade de tendências inatas à a essas profissões terem evoluído, beneficiando o grupo e aos indivíduos, evidência isso é crianças brincarem de médico), é mínima. Não é nada comparado ao investimento parental verdadeiro.

Isso, de qualquer forma, não resolve todo o problema, porque ainda há um gasto. Se há um gasto, tem que haver uma contrapartida em aptidão, pois de outra forma estaríamos defendendo a obsoleta idéia de evolução ortogenética, tendências biológicas que surgem e progridem ou se mantém, a despeito de aptidão menor.

Poderia-se imaginar ser, como os Gouldianos chamam, um mero subproduto, um "spandrel": uma simples falha dos indivíduos homens em identificar as fêmeas grávidas como estando grávidas de outros, e não deles mesmos, e agiriam sempre de acordo com os instintos que determinam o próprio investimento parental nos próprios filhos. Isso talvez até explicasse adoção, que na verdade, não seria uma adaptação, mas também uma extensão desse "spandrel". Essa hipótese, pode facilmente ser descartada como falsa, ao averiguarmos fatos como que o investimento parental nos filhos dos outros e nos próprios filhos biológicos é quantitativa e qualitativamente distinto; que os homens não aceitam na maioria dos casos, cuidar de filhos que não os seus próprios filhos biológicos.

Vamos então à explicação real desse estranhíssimo comportamento humano, tão aparentemente paradoxal.

Primeiramente, precisamos explicar outra adaptação: os estranhos desejos femininos durante a gravidez. Mas essaadaptação não é nem de longe um problema tão grande, e posso lidar com ela em apenas um parágrafo. Era o Pleistoceno, a vida não era nada fácil, e as mulheres tinham que garantir bons genes, e bons pais, altos níveis de investimento parental por parte deles. Esses desejos estranhos durante a gravidez então surgiram como forma de selecionar os homens mais hábeis em conseguir as coisas mais estapafúrdias possíveis para satisfazer a mulher; esses homens tem maior inteligência, força e posição social, e logo, melhores genes de modo geral, que produzirão melhores filhos, que também terão mais filhos, levando seus genes de carona. E a situação hormonal da gravidez reforça o vínculo com o parceiro através da satisfação desses desejos de grávida, garantindo que tenha mais filhos com ele no futuro.

Prosseguindo então para o mistério principal do altruísmo aparentemente "anti-genético". No período Pleistoceno, antes da evolução da maior parte da medicina, e paralelamente à evolução de polimorfismos determinantes de módulos cerebráis instintivos de médico/curandeiro, muitas gravidezes não tinham sucesso total, e haviam também maiores índices de mortalidade infantil (principalmente no início do Pleistonceno, antes do ser humano ter se adaptado perfeitamente ao Pleistoceno). Os pais, no entanto, jutavam recursos para a criação dos filhos, mesmo assim, para tentar garantir a sua saúde, ou a propagação dos próprios genes. Os recursos são captados principalmente através daqueles estranhos desejos das mulheres grávidas.

É nesses recursos os indivíduos estão geneticamente interessados quando agem altruisticamente com gestantes dos filhos dos outros. Essa ajuda, é uma adaptação parasítica, que se aproveita da adaptação anterior dos desejos estranhos das mulheres durante a gravidez.  As gestantes estão numa situação hormonal - níveis mais altos de oxitocina - que favorece a criação de laços emocionais - originalmente selecionados para favorecer aos parceiros provedores - e persistem mesmo após uma interrupção de gravidez ou morte de um filho pequeno. Assim, seja por interrupção da gravidez ou morte infantil, os "altruístas" podem vir a usufruir dos recursos captados pelo casal, por um custo que pode ter sido praticamente simbólico.

Ao longo do tempo, então esses homens que se predispunham mais a ser levemente altruístas - sem investir muito - com mulheres grávidas, mesmo que de outros homens, acabaram tendo mais prole do que aqueles que não o fizeram, ou que fizeram com gastos mais elevados. Mais um mistério da psicologia humana explicado exemplarmente pela seleção natural.





Acho que a minha próxima teoria será sobre a especiação corrente da espécie humana, não de acordo com raças, como uns sugerem, não de acordo com classes sociais e beleza, como sugerido por outros; mas por peso. Os EUA tem hoje 60% de "obesos", que na verdade possivelmente são uma nova evolução da espécie humana. Copos de coca-cola de um litro, são o fenótipo extendido de genes de uma nova espécie em formação.


Agora criem as suas!  :lol:

Atheist

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #1 Online: 22 de Dezembro de 2007, 04:35:25 »
Hm... Acho que se explica melhor pela empatia (ver a Mente e Cérebro deste mês)...

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #2 Online: 22 de Dezembro de 2007, 16:53:41 »
[ainda psicólogo-evolutivo determinsta ultra-selecionista]

A empatia é apenas a "ponta do iceberg", a forma que a adaptação tomou, não a forma como ela surgiu. Isso é como dizer que a melhor explicação para as pernas dos tetrápodes é o desenvolvimento ontológico em vez da seleção natural.

[/ainda psicólogo-evolutivo determinsta ultra-selecionista]


Offline Alegra

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #3 Online: 22 de Dezembro de 2007, 17:44:54 »
Fiquei curiosa por saber porque voce criou esta "teoria"... :?
Está gostando de alguma mulher grávida?  :vergonha:



Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Alegra

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #4 Online: 22 de Dezembro de 2007, 17:51:23 »
Bem, pelo o que entendi... acho que quando um homem fica a gostar de uma mulher grávida de outro é simplismente porque ela tem as qualidades que o atrai, independente de estar grávida ou não.
Se ela é uma pessoa merecedora dessa admiração, não sei porque uma gravidez diminuiria suas qualidades...  :?

Ou então acho que não entendi nada.



 
Já sinto sua falta. Vá em paz meu lindo!

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #5 Online: 22 de Dezembro de 2007, 17:53:38 »
Fiquei curiosa por saber porque voce criou esta "teoria"... :?
Está gostando de alguma mulher grávida?  :vergonha:





|( não, estamos na área "piadas e brincadeiras"... é só uma paródia dessa tendência que há de explicar tudo em termos de vantagem reprodutiva para o comportamento específico.

Luz

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #6 Online: 23 de Dezembro de 2007, 14:45:19 »

|( não, estamos na área "piadas e brincadeiras"... é só uma paródia dessa tendência que há de explicar tudo em termos de vantagem reprodutiva para o comportamento específico.

 :lol: 

Você está criando um monstro!  :D 

Uma teoria feminista da psicologia evolutiva, determinismo biológico e tal ameaçou brotar...  :P   que já estou ficando sismada com essa TENDÊNCIA de explicar TUDO em termos de VANTAGENS...  :hihi:

Atheist

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #7 Online: 24 de Dezembro de 2007, 06:15:29 »
Danniel, paladino de Lewontin!

 :biglol:

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #8 Online: 24 de Dezembro de 2007, 12:39:14 »
Nem tanto Lewontin... até o Pinker tem seus critérios... criticou por exemplo, um cara que teorizava que o judaísmo poderia ser um tipo de evolução de grupo.

Narkus

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #9 Online: 24 de Dezembro de 2007, 17:19:06 »
Bem, pelo o que entendi... acho que quando um homem fica a gostar de uma mulher grávida de outro é simplismente porque ela tem as qualidades que o atrai, independente de estar grávida ou não.
Se ela é uma pessoa merecedora dessa admiração, não sei porque uma gravidez diminuiria suas qualidades...  :?

Ou então acho que não entendi nada.
Que eu saiba mulheres grávidas são menos atraentes... Claro que tem muita mulher que em "condições normais" são piores do que muitas grávidas "jeitosinhas".  :histeria:

Empatia não significa atração física né?

Eu tenho empatia com mulheres idosas, mulheres da minha família etc, mas isso não quer dizer que eu queira algum tipo de relacionamento sexual com elas.

Narkus

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #10 Online: 24 de Dezembro de 2007, 17:31:29 »
Que eu saiba os seres humanos competem menos entre si por recursos, sendo menos individualistas que leões.

Não sei de nenhuma pesquisa sobre este assunto... Ao meu ver esta "empatia" pode estar mais relacionado a algum tipo de "solidariedade" e "heroísmo" natural em humanos.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #11 Online: 24 de Dezembro de 2007, 22:31:11 »
Teoria da bio-fisionomia científica
E perspectivas para a bio-fisionomia extendida

Resumo

Esse é um dos casos interessantes onde a ciência vem a corroborar aquilo que veio a ser considerado mero preconceito ou superstição. A fisionomia, do grego physis, "natureza", e gnomon, "julgar", "interpretar", consiste na idéia de que a aparência física das pessoas, em especial a sua face, revelam particularidades de seu caráter. Juntamente com a frenologia, foi abandonada pela pseudociência neo-lisenkoísta politicamente correta, mas agora ambas encontram defesa em heróicas vozes que ousadamente se levantam contra os dogmas impostos por uma falsa ditadura da igualdade, vozes que se importam apenas em serem cientificamente corretos, mesmo que isso implique freqüentemente em ser politicamente incorreto.





Elaboração

Segundo a neurologia, a genética e o desenvolvimento embrionário, o cérebro é apenas mais um órgão sujeito a variações genéticas e de desenvolvimento, não uma espécie de cúpula mágica para a alma, um homunculus totalmente independente de qualquer coisa que tenha a ver com genes ou restrições de qualquer tipo no desenvolvimento.

O ser humano, não é especial na natureza, e como todos os outros animais, tem um número limitado de genes para todas suas características. Essa limitação implica que os mesmos genes muitas vezes serão utilizados para diferentes coisas no decorrer do desenvolvimento, e isso é verdade, mesmo que fira o nosso orgulho humano e nos obrigue a descer do nosso pedestal egocêntrico das ciências sociais cultuadoras da pseudociência da tábula rasa.

Assim sendo, é possível que características cognitivas, de personalidade e faciais estejam em muitos casos, codificadas pelos mesmos genes, fazendo com que essas características não se segreguem independentemente, e corroborando assim as intuições provenientes de dados empíricos dos pioneiros que foram várias pessoas do passado - dentre eles, até mesmo Aristóteles - hoje acusados de preconceituosos irracionais.

A prova cabal disso, são condições genéticas como a síndrome de Down, síndrome de Williams, e síndrome do X frágil. Todas elas são conhecidas por implicarem em uma identidade fisionômica das pessoas, bem como características físicas, cognitivas e de personalidade causalmente associadas.

Assim sendo, podemos generalizar tranqüilamente, e fazer previsões que facilmente se atesta serem reais. Por exemplo, a síndrome de Down, teve outro nome abolido pela nomenklatura politicamente correta: mongolismo; essa designação se deve a similaridade fisionômica das pessoas com essa síndrome, com asiáticos (ou mongolóides). A síndrome de Down tem, dentre uma de suas manifestações físicas, a determinação de elasticidade natural nas juntas; um paralelo nos asiáticos é a elasticidade que acabou acarretando a origem oriental de 99% de todas as artes marciais e dos contorcionistas circenses.

Com base nisso, podemos tranqüilamente concluir que devem existir também paralelos mentais entre os dois grupos, bem como, por exemplo, a síndrome do X frágil e os povos nórdicos; alguns povos africanos e a síndrome de Williams (talvez sendo em parte corroboração das afirmações de Watson (2007)).


Essas é apenas a constatação empírica da verdade da biofisionomia científica. Graças a ela, podemos então explicar o que comumente costumava se chamar de "preconeito". Na verdade, um instinto de auto-preservação, mesclando provavelmente de forma complexa mecanismos como neurônios-espelho, teoria da mente, lapidados pela seleção natural de acordo com a capacidade de aprender a identificar correlações verdadeiras entre caracterísitcas faciais e informações sobre a índole dos indivíduos do grupo ou de outros grupos. Não necessariamente se limitando a lapidar um sistema de aprendizado de correlações, mas certamente, em diversos casos, colocando impressos em nossos cérebros essas correlações de forma inata, pois isso certamente tem vantagem com relação ao estado que depende totalmente do aprendizado, já que este pode falhar em se desenvolver, e o reconhecimento inato, não.

Isso explica por que temos um senso inato e universal de beleza. Aquelas pessoas que consideramos mais belas, não são simplesmente mais belas, mas são melhores pessoas; e inversamente, as pessoas de compleições desagradáveis são dignas de desconfiança, pois representavam um perigo aos nossos ancestrais do pleistoceno. Uma evidência disso é a constatação de que as pessoas feias são mais comumente condenadas nos tribuinais do que réus bonitos.

Essa correlação da beleza com a inteligência e bom caráter, recapitulando, se deve à limitação genética e de desenvolvimento. Genes que causam um desenvolvimento imperfeito no cérebro e na personalidade, tem como subproduto inevitável diferenças de aparência física. Então era duplamente vantajoso aos nossos ancestrais ter a preferência sexual pela beleza: não estavam selecionando apenas saúde física, mas também características comportamentais favoráveis, um bom caráter, confiável, que acaba beneficiando a todo grupo; indivíduos que tivessem instintivamente preferência por pessoas que consideramos feias, não estariam apenas minando a saúde de sua descendência, que se degeneraria com o passar das gerações através de feedback de retroalimentação positiva - pessoas feias com genes para preferir pessoas feias - mas também o próprio sucesso do grupo devido a desonestidade, egoísmo, e baixas capacidades intelectuais de seus membros, que acabariam sabotando o grupo e acelerando sua extinção talvez até mesmo antes de atingirem a inviabilidade genética por deterioração da saúde física apenas.

Outro exemplo, é o estereótipo de pessoas que usam óculos como sendo inteligentes. Recentemente se descobriu que genes ligados a miopia estão relacionados ao desenvolvimento do cérebro, e dessa forma, esse é outro "preconceito" que é confirmado. Provavelmente as pessoas se beneficiam em reconhecer os indivíduos inteligentes através da miopia, bem como eles poderiam anunciar sua inteligência superior através dela - um indicador de aptidão. Alguns indivíduos tem a estratégia bullying, quando o vêem como rival, potencial competidor por fêmeas ou recursos, e outros adotam estratégias cooperativas, evidenciando que há também instinto para interações mutualistas.

Algumas fotos aleatórias que comprovam como nossos instintos são apurados. Veja como temos uma tendência natural a classificá-las como boas ou más, conforme são mais ou menos apessoadas; inteligentes ou burras, conforme são desajeitadas ou não. Pode confiar nos instintos, em qualquer dos casos:


Veja só esse cara, que boa pinta. Aposto que conquista
todas as garotas, com seu ar de confiabilidade e inteligência.
Elas por sua vez, fazem um bom negócio ao se envolver com
ele, pois seus instintos apontam infalivelmente para uma
seus bons genes e conseqüente bom gênio.






Eu prefiro não comentar porque não gosto de ficar falando
mal das pessoas, principalmente dos idosos.






A própria expressão deste aqui já mostra como é perigosa a feiura.
Mesmo sendo uma criação da ficção, mostra como nossos instintos são corretos.






Exemplo de como pessoas desajeitadas são burras. Nos salta aos olhos
o retardamento mental associado ao seu estado físico deteriorado.





Exemplo contrário de um rapaz que deve ser brilhante.
O corpo bem trabalhado é, contra os estereótipos que tentavam
ser igualitários do politicamente correto, não compensado com
burrice, mas hoje sabe-se que é exatamente o contrário, o exercício
físico estimula o crescimento de novos neurônios.





Aqui, o rosto da inocência, exemplo perfeito, irrefutável,
de como esses assim chamados  "preconceitos" são
apenas verdades instintivas, que temos a adaptaptação
de sentir, simplesmente com o olhar. Talvez tenha até conexão
com a apreciação estética da arte.






Perspectivas para o futuro das novas ciências da personalidade e além

Essas possibilidades fantásticas de diagnóstico de baixa tecnologia (se é que podemos considerar nossos instintos intrincados como sendo de baixa tecnologia) e alta confiabilidade sobre características mentais e comportamentais certamente virão a ser teoricamente expandidas conforme avançamos contra os dogmas politicamente corretos, e estudamos mais essa fantástica realidade. A seguir exponho alguns exemplos.



Adivinhação através da voz: a voz e maneirismos também passam por algumas das mesmas restrições que tem a face e a mente, algo que já é área de investigação na fonologia forense, por reconhecimentos de vozes - únicas, como as digitais e o DNA - e testes de detecção de mentiras através de padrões da voz (detectado porque não podemos fingir ter um DNA que não temos, fugir da nossa natureza). A gagueira também é outro indício a favor. Podemos prever que haverão correlações com modos de falar, talvez sotaques e vozes, e características da personalidade; as mulheres do tele-sexo, devem sempre ser realmente sexys e desinibidas como nos telefon-- aham... nos anúncios da TV sobre esses serviços.


Loiras cognitivamente desprivilegiadas: elas devem ser assim porque a despigmentação do cabelo juntamente com algum hormônio feminino deve ser subproduto de algum déficit cognitivo. Talvez a ausência de melanina no cabelo seja algum indício de algo relacionado à ausência de neuromelanina no interior da cabeça, ou ainda alguma outra causa mais complexa que essa. Loiras tingidas ou descoloridas, devem ter lesões cerebrais acarretadas pela química da pintura que acaba sendo absorvida pelo organismo, ou pela descoloração (provavelmente excesso de radicais livres provenientes da água oxigenada).


Uma foto de uma loira aleatória, que podemos saber que
deve ter um QI no limiar do retardamento mental, apenas por ser loira.

Esse fato das loiras cognitivamente desprivilegiadas, associado a uma relativamente popular predileção dos homens por elas, parece confrontar a previsão de retroalimentação positiva da beleza e inteligência, no entanto, apenas diante de uma análise superficial. Devemos lembrar que as loiras são minoria, e além disso, devido aos conflitos de interesses sexuais, é bem possível que essa predileção relativa seja uma estratégia dos machos para evitar a evolução de fêmeas iinteligentes demais, que talvez fossem seletivas demais, levando a população à extinção, ou a fenótipos ultra-inteligentes totalmente "nerds" e incapazes de sobrevivência autônoma por muito tempo e com propensão a sangramento nasal, freqüentemente levando à morte.

Apenas uma pequena parcela de loiras na população teria o efeito de manter uma certa quantidade de genes de inteligência inferior de forma controlar a inteligência da espécie num nível mais ou menos estável após a evolução das loiras. Seria a evolução de um feedback negativo, que talvez evite a própria extinção. 


Quiromancia científica: tanto nosso DNA quanto as linhas de nossas mãos, são únicos, e as linhas das mãos devem trazer assim informações sobre o nosso DNA, e indiretamente mas inexoravelmente sobre outras características de nossa personalidade. Prova disso é a correlação de tamanho dos dedos, níveis hormonais durante o desenvolvimento, e coisas como sucesso nos esportes, homossexualidade e etc.

Os ciganos possivelmente são um grupo que se isolou reprodutivamente de forma a poder evoluir um instinto particular, mas alternativamente, pode ser uma adaptação universal dos nossos ancestrais pleistocênicos, que foi preservada em seu estado natural apenas pelos ciganos, , de forma análoga a que apenas algumas culturas ainda vivem como caçadores-coletores; em outras populações, talvez a cultura tenha se perdido, mas também talvez até mesmo esses instintos não utilizados (possibilidade também para alguns ciganos, devido à miscigenação), o que explicará possíveis falhas nas previsões dos ciganos. Um forte indício da exclusividade dos ciganos é esse padrão genealógico.

No entanto, talvez esse padrão esteja relacionado a um instinto auxiliar que, não apenas faz a leitura das características das pessoas através da interface mão-DNA, mas faz projeções matemáticas de possibilidades de eventos para essa pessoa com base nessas informações. Casos similares provavelmente se encontrarão na iridologia (com evidências na utilização da íris como identificação individual, tal como as digitais) e coprologia (também com características individuais).


Indícios de uma nova astrologia? há algum tempo se sabe que, espantosamente, irmãos gêmeos, apesar de terem o mesmo DNA, não se movem sincronizadamente (nem mesmo as gêmeas do nado sincronizado da equipe olímpica brasileira são sincronizadas em 100% do tempo) nem fazem tudo igualzinho ao mesmo tempo pelo resto de suas vidas, nem mesmo com uma defasagem relativa a diferença de ordem no parto.

Outras possibilidades controversas ainda estão sendo averiguadas, como diferenças de personalidade, gostos, etc - praticamente como se fossem pessoas diferentes, apesar do mesmo DNA. Esse cenário estarrecedor acaba nos colocando contra a parede, sem resposta, e não parece mais tão absurda a sugestão de influências sutis de fatores que dêem uma "outra individualidade", além daquela oriunda dos genes.

Diante desse cenário geral de redescobertas dos conhecimentos antigos, uma interessante hipótese a ser considerada seriam influências dos astros, que movem-se a velocidades fantásticas a todo instante, de forma que a conformação de todos os astros no universo não é exatamente a mesma, por mais breve que tenha sido o intervalo entre o parto de dois irmãos gêmeos. Há ainda a interessante possibilidade de que as influências dos astros estejam agindo de forma diferenciativa desde a divisão do zigoto em dois.

Prevejo que teremos em breve uma nova colaboração das ciências exatas às ciências biológicas, comparável à origem da biologia molecular no século passado; primeiro, foram as moléculas que trouxeram a certeza de variáveis mínimas determinando essas características biológicas que não mais precisam ser explicadas pelo sobrenatural, agora, provavelmente dimensões ainda menores terão seu papel revelado; partículas emaranhadas explicarão como o movimento de corpos do outro lado do universo atuam como maestros cósmicos dando um toque individual na leitura das partituras genéticas dos seres vivos.

Offline Luis Dantas

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #12 Online: 24 de Dezembro de 2007, 23:08:08 »
Por falar em Lewontin, ele já tem um artigo na Wikipedia anglófona e outro na hispaniófona, mas nada de artigo na lusófona até o momento:

http://en.wikipedia.org/wiki/Richard_Lewontin
http://es.wikipedia.org/wiki/Richard_Lewontin
http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Lewontin

Algum voluntário? :)
« Última modificação: 24 de Dezembro de 2007, 23:47:12 por Luis Dantas »
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.


Offline Alegra

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #14 Online: 25 de Dezembro de 2007, 11:04:52 »
Fiquei curiosa por saber porque voce criou esta "teoria"... :?
Está gostando de alguma mulher grávida?  :vergonha:

|( não, estamos na área "piadas e brincadeiras"... é só uma paródia dessa tendência que há de explicar tudo em termos de vantagem reprodutiva para o comportamento específico.

 :ok:  :D Eu não tinha visto que estávamos na área de piadas e brincadeiras...

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Offline Alegra

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #15 Online: 25 de Dezembro de 2007, 11:14:00 »
Bem, pelo o que entendi... acho que quando um homem fica a gostar de uma mulher grávida de outro é simplismente porque ela tem as qualidades que o atrai, independente de estar grávida ou não.
Se ela é uma pessoa merecedora dessa admiração, não sei porque uma gravidez diminuiria suas qualidades...  :?

Ou então acho que não entendi nada.
Que eu saiba mulheres grávidas são menos atraentes... Claro que tem muita mulher que em "condições normais" são piores do que muitas grávidas "jeitosinhas".  :histeria:

Empatia não significa atração física né?

Eu tenho empatia com mulheres idosas, mulheres da minha família etc, mas isso não quer dizer que eu queira algum tipo de relacionamento sexual com elas.

Sim Narkus, empatia não significa atração física, também concordo, mas empatia pode ser um passo para começarmos a gostar de uma pessoa de uma outra forma...

Isso de atração é relativo, o que me atrai numa pessoa pode não ser o mesmo que faz você (ou outra pessoa) se sentir atraído...
Por exemplo: eu não me sinto atraída por homens ruivos e muito brancos, ou extremamente alto e (muito) magro. Mas conheço pessoas que "morreriam" por ruivos e/ou extremamente altos e muito magros...  :)



 
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Offline Alegra

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #16 Online: 25 de Dezembro de 2007, 11:18:54 »
Que eu saiba os seres humanos competem menos entre si por recursos, sendo menos individualistas que leões.

Não sei de nenhuma pesquisa sobre este assunto... Ao meu ver esta "empatia" pode estar mais relacionado a algum tipo de "solidariedade" e "heroísmo" natural em humanos.


Acho que empatia tem mais a ver com compreensão do que o outro sente. É se colocar na "pele" do outro.
O que não quer dizer que tem que ser necessariamente solidário com a outra pessoa.

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Offline Alegra

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #17 Online: 25 de Dezembro de 2007, 11:33:14 »
Algumas fotos aleatórias que comprovam como nossos instintos são apurados. Veja como temos uma tendência natural a classificá-las como boas ou más, conforme são mais ou menos apessoadas; inteligentes ou burras, conforme são desajeitadas ou não. Pode confiar nos instintos, em qualquer dos casos:

Para não ter mais decepções eu criei uma auto defesa interessante quanto a isso. Nunca julgo pelas aparências e sempre desconfio primeiro para depois confiar se for o caso...  ::)

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e etc!
« Resposta #18 Online: 25 de Dezembro de 2007, 11:37:36 »
Citar
Esse fato das loiras cognitivamente desprivilegiadas, associado a uma relativamente popular predileção dos homens por elas, parece confrontar a previsão de retroalimentação positiva da beleza e inteligência, no entanto, apenas diante de uma análise superficial. Devemos lembrar que as loiras são minoria, e além disso, devido aos conflitos de interesses sexuais, é bem possível que essa predileção relativa seja uma estratégia dos machos para evitar a evolução de fêmeas iinteligentes demais, que talvez fossem seletivas demais, levando a população à extinção, ou a fenótipos ultra-inteligentes totalmente "nerds" e incapazes de sobrevivência autônoma por muito tempo e com propensão a sangramento nasal, freqüentemente levando à morte.

 :histeria:

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Offline Buckaroo Banzai

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #19 Online: 26 de Dezembro de 2007, 01:49:47 »
Mais evidência para uma nova astrologia:


Pessoas de Libra e Gêmeos usuárias de aspirinas tem maior chance de doenças cardíacas - um grupo de cientistas estudando a ligação entre aspirina e doenças cardíacas se deparou com a descoberta inesperada de que pessoas nascidas sob os signos de Gêmeos e Libra tem maior propensão a sofrer de doenças cardíacas se tomarem aspirina regularmente. [fonte]

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Crie sua própria teoria de psicologia evolutiva, determinismo biológico e et
« Resposta #20 Online: 01 de Janeiro de 2008, 17:35:47 »
Teoria da função adaptativa dos obesos

O adaptacionismo nos ensina que devemos buscar similaridades entre os organismos, e a partir daí podemos fazer generalizações, pois elas se devem à convergência ou paralelismo adaptativo: situações ambientais similares selecionando adaptações - soluções - também similares. Há uma outra espécie de mamífero, também social, também sem pêlos revestindo o corpo, com variações de indivíduos obesos e outros mais magros: as toupeiras.

Os indivíduos magros são trabalhadores das colônias, realizando aproximadamente 95% de todo o trabalho, e os indivíduos gordos, são os preguiçosos, ociosos, praticamente apenas engordam - mais uma vez o adaptacionismo diz que os instintos populares sobre os assim chamados "estereótipos" não são apenas "preconceito" mas uma capacidade biológica de aferir realidades sobre o nosso meio social. Faz todo sentido, não existiria se não conferisse aptidão, e o preconceito "errado" não seria adaptativo, logo não existe (ainda que possam haver mutações determinando soluções inadequadas quanto a esses "preconceitos").

Mas por que tal comportamento teria evoluído? Basta voltarmos nossos olhos às nossas parentes toupeiras. Nas estações chuvosas, as toupeiras gordas começam a cavar e a se reproduzir, tanto com outras colônias, ou até fundando novas colônias. Esse polimorfismo garante a transmissão dos genes da colônia para as próximas gerações, pelas toupeiras gordas terem mais energia para reprodução e poderem também aumentar a variabilidade genética da sua prole.

No ser humano, deve ser praticamente a mesma coisa, mas talvez em diferentes graus. Não pode ser coincidência que as mulheres - especializadas na reprodução - são justamente as que mais tem concentrações de gordura no corpo e que naturalmente se especializaram nos cuidados parentais, enquanto os homens fazem 95% de todo o trabalho de verdade.

Há tribos, populações em estado mais natural, nas quais o padrão de beleza das mulheres requer bem mais gordura do que o considerado ideal para os padrões ocientais/hollywoodianos que distorceram a realidade biológica em nome do igualitarismo sexual politicamente correto. Mas mesmo nos padrões ocidentais umas gordurinhas "estratégicas" são essenciais para que as mulheres sejam consideradas atraentes, mostrando que não conseguimos fugir dos nossos instintos originais.

De forma similar, mesmo os homens mais gordos certamente são uma espécie de variação desse polimorfismo, especializado numa reprodução sazonal mais eficiente. As toupeiras não entram em conflito com os indivíduos gordos, porque os seus genes estão também neles e serão passados adiante em parte graças a eles, e assim eles ficam satisfeitos em realizar a maior parte do trabalho para que eles engordem.

De forma similar, a divisão de trabalho tradicional entre homem e mulher é a menos conflitosa. Geralmente os homens não apenas aceitam que as mulheres não trabalhem, como se vêem incomodados com mulheres "liberadas", "emancipadas", etc. Isso não reflete um complexo de inferioridade, mas é apenas sinal de que os instintos masculinos estão alertas, provocando uma reação instintiva de aversão ao comportamento atípico ou anormal/mutante para o que aparenta ser uma fêmea.

É mais reprodutivamente vantajoso "apostar" que uma fêmea é uma fêmea mesmo, e que será uma boa reprodutora, se ela aceitar o seu lugar nas divisões de trabalho, ou seja, não trabalhar. Indivíduos pleistocênicos que achassem tão atraentes as fêmeas trabalhadoras poderiam ser evolutivamente ludibriados por indivíduos geneticamente masculinos com síndrome de insensibilidade à testosterona, ou mesmo mulheres de verdade, mas com instintos maternais falhos, que abandonariam a cria, diminuindo a probabilidade de passar os genes às próximas gerações.

Algo mais ou menos equivalente é econtrado até mesmo com os homens mais gordos: enquanto não são considerados atrentes pelos outros homens, são vistos comumente como "gordinhos simpáticos", explicando o sucesso de pessoas como Jô Soares, Faustão, Bolinha, Chacrinha, Oliver Hardy ("o gordo"), Curly (dos "três patetas"), e tantos outros.

 


 

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