Vejam que e-mail ótimo, mas ele assinou "saudações SOCIALISTAS", achei estranho, talvez seja uma piada!
http://br.groups.yahoo.com/group/ceticismoaberto/message/24364REPASSANDO>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
Tirando as falácias de autoridade, companheiro Rudá,
você não afastou de maneira nenhuma a discussão sobre
a objetividade da verdade na Ciência. A Ciência tem
inferência da política, isto é um fato concreto.
Copérnico estava ligado à evolução política de seu
tempo. Mas a concepção cooperniciana não era mais
exata que a de Ptolomeu porque era politicamente mais
progressista, mas porque simplesmente a terra gira ao
redor do sol...
É claro que as pesquisas científicas modernas
mostraram que havia muitas exatidões na astronomia de
coopérnico, mas não conseguiram afastar o basilar no
sistema, QUE A TERRA ORBITA AO REDOR DO SOL, hoje
sabemos que não em órbita perfeita, mas em órbita
elíptica. Discorda disto? Há algum pesquisador sério
que consiga provar o contrário. A ciência está em
constante evolução, de uma verdade menos científica
para uma verdade mais científica, não por conta das
paixões, emoções e "opiniões" dos seus pesquisadores,
mas porque a evolução, inclusive a tecnológica,
consegue provar de forma irrefutável uma série de
fatos antes questionáveis, como a existência dos
átomos, dos vírus, da órbita dos planetas e das
estrelas, das nebulosas, dos dinossauros.
O companheiro citou um monte de gente, um monte de
autor de livro, o que é a melhor maneira de NÃO
DISCUTIR. Aliás, esta foi a maneira pela qual os
estruturalistas construíram sua NOVA VERDADE... Um
autorizava o outro e criavam teoria para lá de loucas
como a de que a teoria da relatividade de Einstein era
machista, já que dava predominância a luz em prejuízo
dos fluidos, que eram de per si matéria feminina.
Assim Einstein estaria impregnado de machismo e sua
teoria viciada... Desta maneira se construíram grandes
"autoridades" em ciência, cujas teorias não dariam
inveja a ninguém que discutisse o sexo dos anjos.
Desta forma a ciência se transforma em "POLÍTICA",
afastando-se a objetividade da verdade científica e a
existência concreta e material de um mundo exterior,
anterior aos seres humanos, para lá de qualquer ser
humano, sobre o qual a pesquisa científica vai ter
verdades cada vez mais aproximadas, conforme sua
evolução.
A Ciência não é política no sentido de que não é um
discurso humano cuja validade esteja na autoridade do
pesquisador ou de acordo com suas crendices, a ciência
tem que provar sua validade no concreto, no real, na
experiência e na prática. O critério se a uma teoria
científica equivale uma verdade é, antes de tudo, um
critério prático, a sua validação no mundo real.
DOIS MAIS DOIS SÃO QUATRO, seja você de que partido
for. As doenças infecto-contagiosas são causadas por
fatores externos ou são devidas a um estado do próprio
organismo? Pode parecer ridícula esta minha pergunta,
mas foi a grande batalha travada pelo grande médico
Pasteur, e que revolucionou a ciência médica. Quem
estava certo no debate? Como foi isto provado? Na
prática! Não porque Pasteur fosse mais progressista ou
mais engajado que seus adversários que negavam a
existência de vírus e bactérias.
O holocausto existiu ou não?
Existiram as ditaduras militares ou não?
Mesmo nas ciências sociais o "relativismo" tem um
campo muito pequeno de emprego. Sartre ao se insurgir
contra o materialismo dialético, manteve o
materialismo histórico (vou citar Sartre, mas explicar
o porquê). Ele não acreditava que a dialética pudesse
explicar tudo na ciência, e temia que seu uso
indiscriminado, em lugar de racionalizar e objetivar
as ciências, criasse uma camisa-de-força entre o
"dialético" e o "não-dialético", e com isto afastasse
exatamente a objetividade e a racionalidade da
pesquisa científica. Mas defendia o materialismo
histórico, porque efetivamente, em ciência sociais,
não há cientistas "neutros", todos sempre terão uma
interpretação ideológica da história. Mas, como já
vimos, até esta interpretação ideológica tem seus
limites, para além dos quais se afasta qualquer
paradigma e qualquer possibilidade de discussão.
Se eu transformo tudo da ciência em discurso, em
ideologia, eu posso ver de maneira "otimista" 50
milhões de mortos na segunda guerra mundial, posso
negar (como vem fazendo a ciência ocidental) 25
milhões de soviéticos mortos, 5 milhões de judeus
mortos e refazer a história, sem nenhuma objetividade,
haja vista que ciência é política, no pior sentido, no
sentido da relativização total, pragmático
estruturalista, de que ciência serve a um discurso.
Relativizar a ciência de acordo com a convicção do
pesquisador é entrar num descaminho sem fim, porque se
tudo depende da minha convicção política, tanto faz eu
dizer que o universo provém de uma grande explosão e
de uma sucessão de acúmulo de massas que entram em
revoluções cósmicas ou que foi criado por Deus em 6
dias... e ele descansou no sétimo e foi ao Maraca
assistir o jogo do Mengão... Está a gosto do
pesquisador.
E aí vemos pesquisas "científicas" para desenterrar a
arca de Noé...
Nâo, companheiro, não vou urdir armas do lado dos
"relativistas" científicos. Não estou do lado dos que
clamam pela crise da razão e pela relativização do
conhecimento, de acordo com o discurso e com a
estrutura.
Vou sim me entricheirar do lado daqueles que defendem
a razão, a objetividade, os critérios não pessoais de
pesquisa científica, porque é assim que se construiu o
progresso da ciÊncia.
Afundar no poço lamacento de que Ciência é política,
discurso, opinião, nos leva a um vale tudo no qual não
há critérios objetivos para distinguir falso de
verdadeiro.
E você pode apresentar as autoridades que quiser
falando a seu favor. Como o personagem da fábula de
Voltaire, você pode dizer o que quiser, mas não
conseguirá me provar que este mundo é de vidro.
Entre o confusionismo e o relativismo filosófico,
prefiro ser considerado como um discípulo do
iluminismo e defensor da razão.
Saudações Socialistas,
Roberto Ponciano
Visite minha página pessoal: http://geocities.yahoo.com.br/cariocabeto
Abraços,
Roberto Ponciano
Edit: NÃO É piada:
http://br.geocities.com/cariocabeto/Politica.htm Mas como ele pode ser "contra" a NEGAÇÃO dos mortos soviéticos e MESMO ASSIM ser socialista??