E eu aqui continuo me surpreendo com as coincidências?

Ontem à noite lendo uma resposta do Dantas [1] a um tópico, já não me lembro qual, pensei em iniciar um tópico para discursão sobre "egoísmo".
[1] Tive a curiosidade, naquele instante, Dantas, de saber sua opinião.

Eu aqui, já faz algum tempo, cheguei à conclusão que para ficar bem, as coisas à minha volta precisam estar bem, então numa decisão egoísta, cheguei à conclusão que, em parte, elas dependem de mim.
Foi um achado e tanto descobrir que o que faço pelos outros, faço também por mim - e isso inclui brigar, algumas vezes, dizer "verdades" incômodas, ultrapassar a superficialidade. Foi quando descobri também o valor inestimável da sinceridade.
Durante muitos anos, na maioria das minhas relações, evitei confrontos - mas percebi que sempre guardava as coisas e aquilo não era muito inteligente. Eu não tinha coragem de enfrentar as pessoas e acabei deixando sentimentos importantes morrerem contaminados pelo acúmulo. Foi quando decidi ser mais egoísta e devolver as coisas em vez de guardá-las. E descobri que é mais fácil perdoar também o que colocamos às claras.
Bom, claro que nem sempre funciona assim, bonitinho, mas melhorou muito as minhas relações. Existem, claro, momentos em que é preciso calar, mas geralmente essa é uma das piores coisas que fazemos a nós mesmos - até porque, quase sempre, calamos apenas momentaneamente - na primeira oportunidade levantamos o defunto. Então, melhor mesmo é enterrá-lo na hora.

Para não magoar as pessoas que gostamos, às vezes, deixamos que elas nos magoem - mas sei lá, acho que isso é uma faca de dois gumes - pois corre o risco de magoarmos além do necessário numa próxima oporunidade. E além de perder a razão, nos sentimos mal com isso. Também, no exato momento que as coisas incomodam é mais fácil falar sem tanta acidez que depois de ruminar aquilo.