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Citação de: HSette em 15 de Janeiro de 2008, 22:14:11Citação de: Arcanjo Lúcifer em 15 de Janeiro de 2008, 16:38:43Não morro de amores pelo Bush ,sei que existe tráfico nos EUA tb e sei que os americanos tb fizeram muita coisa errada...mas o que sinto pelo Chapolim e pelo Lullalá é o mais puro ódio.O ódio é um péssimo conselheiro.E Chavez segue granjeando simpatias:CitarYolanda Pulecio, mãe da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, seqüestrada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), disse nesta terça-feira em Caracas que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não quer o diálogo, e que o governante da Venezuela, Hugo Chávez, é a esperança e a solução para a crise.(...)A mãe de Betancourt disse que participará de uma reunião em Caracas, esta semana, com o presidente venezuelano e com um grupo de deputados italianos.http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u363877.shtmlNão sei se a intenção de Chavez não é desgastar tanto o governo colombiano ao ponto de justificar uma intervenção militar dele no país, com apoio das FARC e com crivo da maioria da população.Ou então emplacar um candidato pró-farc, financiá-lo e espandir sua ideologia ridícula.
Citação de: Arcanjo Lúcifer em 15 de Janeiro de 2008, 16:38:43Não morro de amores pelo Bush ,sei que existe tráfico nos EUA tb e sei que os americanos tb fizeram muita coisa errada...mas o que sinto pelo Chapolim e pelo Lullalá é o mais puro ódio.O ódio é um péssimo conselheiro.E Chavez segue granjeando simpatias:CitarYolanda Pulecio, mãe da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, seqüestrada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), disse nesta terça-feira em Caracas que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não quer o diálogo, e que o governante da Venezuela, Hugo Chávez, é a esperança e a solução para a crise.(...)A mãe de Betancourt disse que participará de uma reunião em Caracas, esta semana, com o presidente venezuelano e com um grupo de deputados italianos.http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u363877.shtml
Não morro de amores pelo Bush ,sei que existe tráfico nos EUA tb e sei que os americanos tb fizeram muita coisa errada...mas o que sinto pelo Chapolim e pelo Lullalá é o mais puro ódio.
Yolanda Pulecio, mãe da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt, seqüestrada pelas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), disse nesta terça-feira em Caracas que o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, não quer o diálogo, e que o governante da Venezuela, Hugo Chávez, é a esperança e a solução para a crise.(...)A mãe de Betancourt disse que participará de uma reunião em Caracas, esta semana, com o presidente venezuelano e com um grupo de deputados italianos.
Chávez já está pensando em um futuro sem Uribe Passado o delicado episódio da libertação de Clara Rojas e Consuelo González pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a descoberta de Emmanuel, o filho de Clara, em um orfanato de Bogotá e o encontro com sua mãe, o assunto dos seqüestrados "políticos" pela guerrilha e a longínqua possibilidade de uma troca humanitária de reféns por guerrilheiros prisioneiros volta ao seu meio natural: a política. E que retorno.Em um discurso diante da Assembléia Nacional venezuelana, o presidente Hugo Chávez lançou uma carga de profundidade às águas muitas vezes tempestuosas das relações entre Colômbia e Venezuela e das brigas entre os presidentes Chávez e Uribe. O presidente venezuelano converteu em uma bandeira de luta internacional o que há tempos, e sem o dizer concretamente, havia aceitado e potencializado: o reconhecimento da beligerância das Farc como exército que ocupa uma zona da Colômbia, com comando central e um ideal político revolucionário.Que Chávez tem ideologias "bolivaristas" em comum com as Farc já era sabido. Mas agora não só as manifesta como também exige que o governo colombiano, e também muitos outros governos do mundo, reconheçam a legitimidade da luta da guerrilha e seu status de beligerância, no sentido do direito internacional, o que implicaria em que as Farc mantivessem relações oficiais com os estados interessados no caso do conflito colombiano.Armado o alvoroço na Colômbia e na Europa por estas exigências de Chávez, que não poucos consideraram como uma chantagem contra a Colômbia, o tema do reconhecimento das Farc adquire novas proporções, porque não só se debate o retorno aos tempos em que a guerrilha não era considerada como um grupo terrorista, com todas as vantagens que isso implicava para os insurretos, como também porque é legítimo que Chávez peça, justamente, a legitimidade das Farc..Dupla confusão que tensiona ainda mais as cordas, mas ao mesmo tempo permite uma clareza antecipada no hipotético processo de paz da Colômbia, que necessariamente deve passar por um futuro de negociações e pela aceitação, por parte do Estado, da legitimidade da guerrilha como interlocutor válido; e, em conseqüência disso, da existência de um conflito armado de origem social. Aceitado o fato, as Farc deixariam de ser nominalmente terroristas. Porque os governos envolvidos no assunto -Colômbia, França, Espanha, Suíça e, sobretudo, os Estados Unidos - teoricamente não negociam com terroristas.Desta maneira, a carta lançada por Chávez não pode ser lida somente em um presente no qual causa mais tensões com a Colômbia e acentua a crise entre os dois países, ameaçando inclusive as relações comerciais entre eles, o que já começa a doer nos bolsos dos empresários colombianos. O objetivo real (já que se trata de uma carga de profundidade) é começar a sondar um futuro de negociações que necessariamente passaria por uma mesa à qual se sentariam as Farc despojadas de sua condição de organização terrorista, o governo colombiano, os países internacionais que oferecem garantias e até mesmo os gringos.Desta maneira, Chávez, que tem uma leitura dos tempos dilatados parecida com a das Farc e que conta com a possibilidade de ficar no poder por muito tempo para consolidar sua revolução bolivariana, joga em longo prazo e começa, depois de seu sucesso na libertação das duas seqüestradas, a "medir a aceitação" de um cenário muito maior que o do chamado intercâmbio humanitário, o de um real processo de paz na Colômbia - com o governo de Uribe, se as coisas andarem em curto prazo, ou com um futuro governo, a partir de 2010, que inclusive poderia ser de esquerda: se não pró-Chávez, ao menos distante do antagonismo atual do governo Uribe.A simples colocação da proposta de Chávez levantou na Colômbia uma pilha de reações de condenação àquilo que foi considerado como uma intervenção direta em assuntos colombianos. Até a esquerda considera que Chávez exagerou. Mas pelo menos isso permitiu a reabertura do debate sobre a legitimidade e beligerância das FARC, que é o tema de fundo, ainda que na Colômbia se deseje tornar o fato de que Chávez está propondo a idéia como desculpa para encerrar qualquer negociação, já que a interferência dele é inadmissível.De imediato, a posição de Chávez complica ainda mais o assunto do intercâmbio humanitário e dá mais motivos para Uribe sabotá-lo. O tema da desocupação dos dois municípios para as negociações é cada vez menos tratável. A libertação dos demais seqüestrados políticos se complica ainda mais, mas o caminho está aberto para a discussão de fundo, a da guerra na Colômbia em sua generalidade, terreno no qual se deve dar o debate e as soluções históricas, sem os panos quentes oferecidos por trocas de prisioneiros, libertações e diálogos de surdos.Os observadores mais meticulosos na Colômbia, e possivelmente também mais defasados, se perguntam como Chávez pode apoiar o projeto político das Farc quando o único objetivo deste projeto é derrotar pela via militar o governo colombiano. É claro que nisso consiste a beligerância e a hipotética legitimidade. As Farc pretendem, exatamente, tomar o poder e mudar o modelo social, e é por isso que fazem guerra, em forma de subversão, para alguns, e de insurgência para outros. Por isso se sentem legítimas e querem o reconhecimento internacional.Mas o problema é que as Farc nos últimos anos não fizeram outra coisa que promover o tráfico de drogas, atacar a população civil, seqüestrar, usar a força de maneira indiscriminada e não respeitar as regras da guerra. E isso, sem dúvida, se ajusta ao conceito do terrorismo aceito pela comunidade internacional. Ou bem as Farc param com esse modo de agir (que é a essência de seu combate, da mesma forma que o seqüestro político é de alguma maneira sua política) e se aproximam naturalmente da comunidade internacional, ou então continuam na mesma e nem Chávez nem ninguém, por mais alaridos exigentes que dê, convencerá antes de tudo aos colombianos que o movimento guerrilheiro respeita o Direito Internacional Humanitário e as convenções de Genebra.De novo sobre o tapete fica o dilema que já vivemos: as Farc podem ser uma força revolucionária, um exército no sentido clássico da guerra, mas não poucas de suas ações são terroristas. Os terroristas que querem a revolução ou os revolucionários que usam o terrorismo, o que são? É aí que fica o fio da navalha. Mas ainda assim a situação existente permitiria uma escolha entre um lado ou o outro, o que já representa um avanço não só para as Farc como para a paz na Colômbia. E, claro, também para os propósitos do astuto Chávez, que orquestrou as libertações, ciente de que já guardava a grande carta explosiva do reconhecimento das Farc.Tudo foi tentado na Colômbia para pôr fim à guerra. A guerra mesmo em suas últimas conseqüências, como no caso de Uribe e sua solução militar. Mas os fatos e a história são teimosos. Quando as armas não permitem triunfos em uma guerra estável e prolongada, e, portanto ainda mais imoral, a política se impõe como solução. E isso é o que acaba de fazer Chávez.http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI2240872-EI6578,00.html