[psicologia de botequim]Acho que tem a ver com a questão da insegurança. Um homem que não faz tanto sucesso quanto gostaria com as garotas pode sofrer de baixa auto-estima e procurar se auto-afirmar dentro de um grupo de jovens com problemas semelhantes que assumem ideologias radicais e um comportamento semelhante como forma de se sentirem poderosos e cultivar uma auto-imagem mais positiva de si mesmos[/psicologia de botequim]
[psicologia evolutiva de botequim]
Não é tão simples assim, essa explicação é meramente behavioristóide, que nega a seleção natural, ou ao menos para o cérebro e o comportamento, como se eles fossem de alguma forma mágica e miraculosa não suscetíveis a seleção natural. Os nossos cérebros, e logo o nosso comportamento, foram moldados pela seleção natural, e portanto uma explicação para esse fenômeno deve se basear nela.
Há diferentes linhas explicatórias possíveis, duas diferentes adaptações que consigo imaginar:
1 - as fêmeas impõem um "teto" no total reprodutivo da população, e portanto as possibilidades de cada macho individual passar os genes para a próxima geração é consideravelmente reduzida. Diante dessa situação, levam vantagem reprodutiva aqueles machos mutantes que tenham uma predisposição a adotar um comportamento mais agressivo, eliminando o excedente dos machos, como através de câmaras de gás (em alguns casos, de forma seletiva, não aleatória, tão grande é o poder da seleção natural), por exemplo. Os machos com os genes para se comportarem como sempre se comportariam com uma proporção 1:1 de sexos, são gradualmente substituídos. Quando a proporção 1:1 se restabelece, então passam a ser selecionadas negativamente as subpopulações que diminuem o número de machos restringindo a variabilidade populacional de forma deletéria. Isso talvez seja o que ocorra em todos os casos,mas há a possibilidade de acabar sendo selecionado um gene que receba um input ambiental via feromônios, desengatando o comportamento ecologicamente adequado à situação.
2 - Em alguns casos, talvez o comportamento agressivo seja adaptativo, bem como a desproporção sexual na população (talvez como uma adaptação para maior agressão, uma vez que as fêmeas são normalmente menos agressivas), e nessas situações poderiam ser selecionadas positivamente as fêmeas com tendências migratórias (ou mais agressivas), e os machos mais agressivos. Aqui se vê como é falaciosa a alegação recorrente de que os adaptacionistas não aceitam "spandrels" e coisas do tipo, uma vez que a seleção de fêmeas com tendências migratórias é uma forma mais ou menos tosca de selecionar-se a desproporção dos sexos adaptativa, que pode ser selecionada antes de eventualmente surgirem mutações que de fato façam com que essa determinação ocorra na espermatogênese.
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